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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

NANA KOYOTE


NANA KOYOTE
Musico sul-africano que vinte anos depois escalou o palco do centro de Conferencia Birchwood em Johannesburg, mesmo ali ao lado do Aeroporto Oliver Thambo
Qual e a sensação de estares aqui neste palco vinte anos depois?
Sabia o que esperar do publico Ja actuei nestes palcos mais de quatro vezes, e uma atmosfera por mim conhecida. Mas o que achaste do concerto? Você é que deve dizer me, afinal de contas o concerto era teu e não meu.
Apesar de ter estado aqui antes, durante as primeiras duas músicas estava apreensivo quanto a reacção do público que esta habituado a ver me actuar com a banda Stimela e com outros grupos com os quais venho trabalhando.
Esta e uma aparição singular onde estendo os braços para público. Sabes! Depois das primeiras duas músicas, levantei o voo, relaxei e disse a mim, esta casa é minha. Dali em diante comecei a desfrutar e digo que tive um bom momento de diversão e agradeço a todos os presentes.
Deixe me ficar neste canto para me tirares uma foto. Dizia Nana coyote ao fotografo do Sowetan Newspaper, Pete ‘ the picture man’
Naquela noite Pete concentrava me no levantar e no aterrar dos aviões no aeroporto Oliver Tambo em Johannesburg como se de uma criança se tratasse. Mas o meu objectivo nao era olhar para aquelas luzes todas do aeroporto que quase se cruzavam com as estrelas como se fossem laranjas bem amareladas. Aquela estoria como a do tipo que saiu de Inhambane e se engraçou com as luzes da cidade.
Só que desta vez não se tratava se de Inhambane mas sim da terra do Rand e o meu objectivo como disse era Nana Koyote.
Este e teu último álbum. Qual é o titulo da seu segundo rebento?
O álbum e intitulado ‘ Monphe Second Time Around’, e Monphy significa partilhar, dar. Se uma criança pedir peixe não a dêem uma cobra. A principal faixa e Monphe, mas, a que mais gosto e a que agradeço a deus por ter salvo a minha vida. No ano passado fui hospitalizado e operado devido a uma doença 'buracos nos intestinos' que cheguei a pensar que estava morto e agora e só estender as asas e continuar a voar.
Hoje achas que as pessoas vão partilhando dando um ao outro ou ‘e cada um por si e deus por todos onde o nos e praticamente inexistente apenas o eu permanece?
A questão da xenofobia que estamos a tentar combater, lembro me de anos anteriores na época do apartheid nos refugiamos nestes países vizinhos como, Zimbabwe, Moçambique, Angola onde estive pessoalmente e essas pessoas nunca me trataram mal e por que temos que os tratar mal no nosso pais quando de facto precisam de ajuda! E preciso dar, dar e dar mais aos que precisam de ajuda, não podemos dizer que essas pessoas vieram para aqui para roubarem os nossos empregos. Isto significa que somos preguiçosos e eu estou a combater a xenofobia.
A quem culpabilizas por aquela vaga xenófoba que recentemente aconteceu aqui na África Sul. A mentalidade esclavagista ou ao sistema?
Posso ser preso pelo que vou dizer, mas não sou nenhum cobarde e deus esta sempre ao meu lado, então ai vai.
O governo não quis ouvir aquando dos primeiros avisos sobre a xenofobia, lembro me que o meu antigo presidente Thabo Mbeki ter dito que não havia nenhuma crise. Mas as crises rebentavam dentro do país. Convocou aos militares. Que fariam os militares! Matar o seu próprio povo? O governo falhou, não ouviu a voz da sabedoria, a voz do povo.
E preciso ver a questão da educação através dos olhos de uma criança, os pais, lidere devem garantir uma visão futurista positiva para os futuros líderes de forma a evitar que existam guerras no mundo. Existem muitos conflitos armados no mundo, a partir dos países mais desenvolvidos ate aos que estão em vias de desenvolvimento porque os políticos estão interessados em acomodar se nos milhões que através do governo tem acesso se esquecem de pensar no povo que votou neles.
Olho para Nelson Mandela o ‘messias ‘ do mundo sempre pronto para dizer o que lhe vai na alma. Nana Koyote perfeitamente satirizava a forma de se expressar de Mandela dizendo ‘ nasci preso durante 27 anos por acreditar que estou certo. Agora não e momento para castigar a essas pessoas, vamos tentar e alcançar a ponte e mostrar a essas pessoas que somos uma nação de perdão
Dar e dar. Qual e o teu ponto de vista sobre a fura criação dos Estados Unidos da África partindo do contexto actual do continente varrido por vários problemas como, pobreza conflitos armados e por ai em diante?
Vamos construindo e depois se vê. Acredito que um dia a longo prazo possamos ter os Estados Unidos da África. E preciso focalizar e saber e acreditar no que estamos a procura e principalmente um pensamento positivo, a positividade vence sempre.
Como dizes e preciso dar e dar cada vez mais, para não falar do titulo do teu ultimo álbum cujo significado e dar.
Pensas que estamos a dar o suficiente?
Não estamos a dar o suficiente

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