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domingo, 3 de outubro de 2010

Novo complexo turístico na Província Zambézia



Novo complexo turístico na Província Zambézia
Estacios Valoi
18/10/10
Trata-se de Zalala Beach Lodge Safare (ZBLS) localizado na zona costeira a 60 Quilómetros da Cidade de Quelimane ate Sopinho onde o complexo este instalado, ponto em que converge o mar e o rio Namacura com uma extensão de 25 hectares.
Com um investimento de cerca de 3 milhoes de dólares, o seu processo de construção encontra se com 80% das obras concluídas e tem como investidores um cidadão de nacionalidade inglesa e outro moçambicano.
A infra-estrutura com uma visibilidade paisagística da margem do Distrito de Macuzi tem a sua abertura oficial agendada para o mês de Dezembro próximo, época em que estará concluída a terceira fase que engloba uma piscina, restaurante, uma sala de jogos ténis de mesa, bilhar. Também fazem parte do pacote desportos aquáticos e espera se a introdução do turismo de Mangal bem como viagens turísticas para locais históricos dentro da Província.
Segundo Manuel de Araújo um dos sócios, para além do projecto turístico em Zalala-Sopinho, também estão empenhados na abertura de um outro referente a águas térmicas localizado no Distrito de Nicoadala Nhafuba a cerca de 58,5 quilómetros da Cidade de Quelimane.
“O projecto Zalala- Sopinho engloba três fases e a primeira já cobriu a construção de 10 casas tipo ‘bungalows’ e a piscina já concluída e no momento temos em construção o restaurante, sala de jogos e de conferências’. A segunda fase vai depender da conclusão desta e daquilo que será a resposta que o mercado nos der e vai incluir mais 20 casas, sendo 10 do tipo 2 e as outras 10 do tipo 3 e nossa previsão e ter tudo concluído e abrirmos no mês de Dezembro deste ano”
Infelizmente temos o problema das vias de acesso, caso contrário já teríamos aberto Agosto último. Para alem da via que liga Quelimane a praia de Zalala que se encontra em péssimas condições ’, também temos os 15 quilómetros de troço que separam Zalala de Sopinho (ZBLB) que são os mais críticos.
“E uma estrada de terra batida e neste momento a empresa esta a arcar com todos os custos de construção colocando saibro com o uso do nosso camião de 20 toneladas e o tractor. São 15 quilómetros que precisam de uma reparação e isto retarda os nossos planos. Esse e o nosso grande ‘ calcanhar de Aquiles”.
Assim como a maior parte das artérias de Quelimane, menos os 12km dos 50 que devem ser alcatroados e que na época Chuvosa tornam se numa autêntica panela de papinha, o complexo também enfrenta problemas de abastecimento de água potável.
“ Ate ao momento não tem água canalizada, mesmo na praia de Zalala. Tivemos que trazer alguns técnicos da Província de Sofala, construímos um sistema de quatro poços que com a ajuda de uma motobomba alimentada com energia eléctrica ou painéis solares que pelos cálculos feitos temos diariamente 80 mil litros que vai sendo canalizada para a construção e essa quantidade vai ser suficiente para as três fases da construção do complexo. Até ao ano passado tínhamos uma grande esperança quando foi nos dito que o FIPAG ia construir um tanque na zona de Colono o qual iria abastecer Zalala até Sopinho. Esperamos que o Fundo de Investimento de abastecimento de Agua (FIPAG) faca isso.
Responsabilidade social
Segundo De Araújo a Bastante tempo que a população local vinha se queixando sobre problemática da falta de água
“ Antes do projecto fez se um estudo de caris sociológico e identificamos quais eram as principais preocupações da população circunvizinha e uma delas era a questão da água. Neste momento estamos a trabalhar para fornecer 10 mil litros de água por dia a população e, a fonte de energia por excelência o sistema de quatro poços. A nossa ideia era abrirmos furos mas o estudo geológico mostrou nos que não seria salutar porque a esta profundidade teríamos água salgada.
Este programa com a população de Sopinho existe a sensivelmente oito meses e, temos um outro colateral de provisão financeiro rotativo para um grupo de homens e mulheres mas também inclui a população da Ilha de Idugo que faz parte desta zona e um campo de futebol.
No Distrito de Nicoadala oferecemos carteiras a uma das escolas na localidade de Maquivale assim com construímos quarto salas de aulas em colaboração com FDC (Federação Desenvolvimento de Zambézia) na escola anexa ao Centro na Formação de Professores Primários no mesmo Distrito. A escola com carteiras custou nos cerca de 30 mil dólares e podemos dizer que no âmbito social estamos a investir 80 mil dólares”.
Apesar dos feitos ate aqui alcançados pela (ZBLF) pouco ou quase nada veio das instituições de direito como o ministério do turismo que vai propalando sobre o desenvolvimento turístico no Pais.
”A grande preocupação é vias de acesso. Temos apelado a direcção provincial das obras públicas, a Administração de Nicoadala, a Direcção do Turismo no sentido de vermos se juntos podem resolver esta questão. Como apoio ate aqui só nos foi dado a indicação pela Administração de Nicoadala do local onde podíamos extrair o saibro e colocar na estrada”.
Penso que o turismo em Moçambique poderia ser o petróleo, mas um petróleo sustentável com grande impacto na criação da riqueza e no próprio combate a pobreza que tem sido o apanágio do governo. É preciso um grande investimento. O governo e os próprios investidores deviam trabalhar juntos para a criação destas infra-estruturas, estradas, energia; a província da Zambézia tem grandes potencialidades turísticas, tem aguas quentes na Maganja da Costa, Nhanfuba, Murrumbala, praias como Pebane, Olinda, Nhuncoes das gazelas e, aqui mesmo a de Mucela com um grande potencial.
“Nós como Zalala Beach Lodge Safare participamos nas feiras internacionais de Berlim, de Maputo (Facim), da África Austral Indaba na África do Sul na promoção do potencial turístico Moçambicano e nos apercebemos através de muitos operadores turísticos que eles tem turistas que vão a Vilanculo, Gorongosa e que gostariam de ir a Pemba via terrestre, contudo atravessam uma Zambézia e no meio encontram um deserto turístico o que lhes sai muito caro. Querem usar quer Nhafuba quer Sopinho como seus pontos de trânsito.
Águas quentes de Nhafuba
“Pensamos em ter o complexo aberto ao público até Abril de 2011, ate lá pelo menos a primeira fase estará concluída porque neste momento estamos concentrados em Zalala-Sopinho. Nhafuba significa trazer variedades turísticas que ainda não existem Moçambique e penso que nesta área seremos os pioneiros num empreendimento avaliado em cerca de 500 mil dólares.
A construção arquitectónica é uma mistura da zimbabueana e sul-africana, técnicas ecológicas mas tudo pormenorizado com o intuito de manter o meio ambiente natural existente. Uma construção de alvenaria, pedra tijolo, pedra da Namahacha’, o tal capim do Zimbabwe. Também identificamos algumas zonas aqui na província que tem este capim e mobilizamos a população local que já nos traz como por exemplo em Nhafuba.
Estas águas têm propriedades medicinais e população vai continuar a fazer o uso do espaço da fonte a qualquer hora. Fizemos uma consulta com a população e chegamos a um acordo em como não íamos interferir no seu direito e uso.
NHAFUBA a zona das aguas quentes também não foz a questão da problemática de infra-estruturas, como vias de acesso, agua.
Energia, projecto que também abarca 3 fases que actualmente tem 15 trabalhadores efectivos a receberem acima do salário mínimo e outros ocasionais.
“ Actualmente temos 15 trabalhadores efectivos a receberem acima do salário mínimo. Aqui convidamos um consultor do Brasil especializado neste tipo de construções e para formar esta comunidade para que não mexêssemos com o habitat natura muito menos com a cultura da população residente. Agora o resto do trabalho de cobertura das casas esta sendo feito pela própria população que esta a utilizar capim local. Vamos usar energias renováveis como painéis solar. Quanto a água vamos montar um sistema de poços e furos.
É um investimento que vai ter efeitos secundários, o próprio emprego, formação das pessoas em áreas em que elas não têm habilidades e quando a obra estiver concluída vamos continuar a recrutar e formar o pessoal local porque esta é a nossa filosofia de trabalho. Afinal isto é deles e de todos nós.

CHEFE É QUE MANDA

CHEFE É QUE MANDA
“A Frelimo é que fez a Frelimo é que faz”
Estacios Valoi
07/10/10
Em Quelimane pagamentos ilícitos continuam a florir no Conselho Municipal da Cidade de Quelimane pouco tempo depois de ser constatado a contratação de alegados familiares pelo edil do município
De acordo com alguns elementos dos órgãos de decisão deste município os secretários recebem entre 1000 a 8.000 algo que vai contra a lei estabelecida no Pais. Em Setembro de 2009 secretariado do comité da cidade foi suspenso segundo as nossas fontes deveu sem explicações claras relativamente a este acto.
Segundo pouco convincentes para a tal decisão circunscreve-se na falta de coordenação entre o partido, o secretário do comité da cidade e o município.
“O município, edil Pio Matos diz não haver coordenação entre o partido e o secretário do comité da Cidade. Após isto foi indicada uma comissão chefiada por Rodolfo João warela em coordenação com sete camaradas para dirigir o comité da cidade ate as eleições legislativas, presidenciais e províncias de 2009 num período de seis meses o que não veio a acontecer porque a comissão já leva um ano de mandato.
No comité da cidade para alem desta comissão, este funciona com os primeiros secretários dos comités de zona, esses primeiros secretários dos comités de zona deixam de exercer o seu papel como órgãos políticos agora estão a desempenhar papel de órgãos administrativos a mando do presidente do concelho municipal que lhes garantiu pagar o salário de oito mil meticais mensais alegando ter os nomeado como primeiro secretario dos”. Neste momento estão se a prepara as eleições para a eleição de um novo secretário.
No seio do partido Frelimo em Quelimane, enquanto uns tocam o tambor, outros dançam há os que c comem a maçaroca.
“Aquilo que nós chamamos de secretários permanentes o que a lei não prevê e não existe esta categoria de secretário permanente para as zonas urbanas, é uma violação mas o senhor presidente do conselho municipal faz isto para manter a sua segurança nas áreas económicas de modo que essas figuras políticas acatem com as suas ordens.
São todos camaradas do partido Frelimo, convenceu - os e neste momento esta com os secretários dos comités de círculo e já lhes garantiu 1000 meticais mensais. Houve uma reunião em que se discutiu que esses camaradas não deviam receber esse valor uma vez que o partido era grande e que tem muitos secretários de círculo, são 64 elementos que se assim acontecesse haveria vozes para que se fizesse o mesmo em outros lugares como Molocue, Mocuba em diante. Não pode ser apenas do partido Frelimo em Quelimane a receber e os outros não.
Por aquilo que sabemos o presidente do conselho municipal tem um salário que não sabemos qual e este salário de 64 mil para 64 secretários dos comités não compensa o salário do presidente. Mas o presidente teve a sua justificação alegando que foram eles que trouxeram a vitória do partido Frelimo na cidade de Quelimane. Mas ele foi questionado porque a vitoria do partido Frelimo não foi trazida só na cidade de Quelimane mas em todo o Pais. Esta gratificação do edil não deveria apenas ser direccionada só para os secretários de zona na cidade de Quelimane. Tudo o que esta a acontecer na cidade de Quelimane sobretudo tudo o que o edil de Quelimane esta a fazer não esta previsto na lei e, é do conhecimento do governador
Tudo na Zambézia é do conhecimento do governador que deixou o seu contacto a nossa disposição, assim como este caso. Estamos na base e ainda não sabemos o que esta a acontecer, esperamos que a conferência marcada para este mês de Outubro traga boas soluções para que o partido em Quelimane seja preparado e operativo.
Enquanto o governador da Zambézia Itae Meque anda em sirenetes de ensurdecer a qualquer um sempre que se desloca para as suas visitas diárias dentro do município em discursos repetitivos , há quém diga sem conteúdo vezes sem conta num ruído de matar. O caldeirão vai fervilhando no seio do partidão e as nossas fontes enfatizam.
“ Essas pessoa vem sendo pagas no inicio do mes de Abril deste ano e algumas pessoa dizem que este dinheiro continua a ser pago. Alguns secretários diziam que tem que se tratar em segredo mas como se trata de salários a quem recebe e que não recebe e já não é segredo.
A espera da provável conferencia para a primeira quinzena de Outubro, neste momento a nossa preocupação é que todos os candidatos ao comité da cidade estão desdobrando suas forcas para poder concorrer. Neste momento já se fala de um camarada mais forte e o Pio Matos não vai encontrar espaço para fazer os seus caprichos e fugir daquilo que são as suas obrigações conforme os estatutos do nosso partido. Foi indicado pelo partido Frelimo, os camaradas acolheram-no, toda a figura o respeito é graças ao partido Frelimo.
Os mil meticais é um assunto que ainda não foi gerido a nível geral mas tratou no partido, assegurar que depois das eleições esses 1000 meticais não passam, se o camarada Pio Matos acha que tem muito dinheiro vai entregar esse dinheiro ao partido e este vai gerir.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

George Benson conta as peripécias da sua vida


George Benson conta as peripécias da sua vida

Texto: Estacios Valoi
Fotos: Cortesia George Benson
29/09/10

Sobrevivi na contra mão. Desde os EUA, Europa e pela Asia, foram oito meses a fio a espera da entrevista com o George Benson, tudo devido a uma daquelas perguntas como quando em sonho fiz a Nina Simone aquando do nosso encontro num dos bares Memphis antes e depois da sua actuação. Então viraste a garrafa toda de Whisky ate a última gota, bem exprimida ou também andas em outras? Foi tudo naquela noite em que o álcool fazia milagres, cambaleando quase que o microfone se perdia na margem do rio Mississípi e ela disse me ‘ sou a rainha’ (Im the Queen).

Desta já na realidade George Benson ‘mandou’ me ver se ele estava na esquina. Claro que não, porque na altura, isto entre Março e Abril o mestre cruzava os céus com destino ao Cape Town Internacional Jazz festival. A fio fui viajando com Benson pela sua recente tournée pela Europa e agora que voz escrevo pela Ásia. Depois da pergunta furacão que fiz disse o que também era homem de deus e susceptível a cometer ‘erros’. Benson é ‘virado’ a religião, tradicionalista, quiçá conservador. Lá se foram os meses, e veio ‘musica a ultima verdadeira voz do espírito humano’

Nascido em Pittsburgh nos Estados Unidos da América faz a sua primeira aparição nos anos oitenta cantando, dançando e tocando Ukelele. Com 21 anos trabalhou com músicos como o organista Jack Mcduff, Herbie Hancock e Wes Montgommery afirmando-se num guitarrista de jazz de reputação.
Mas é em 1964 que faz a produção do seu primeiro álbum como líder e no fim dos anos 60 uni esforços com o produtor Creer Taylor além o horizonte. Naquela fase, bem notório como jazzista instrumental, as evidências dos seus gostos pelo R&B, pop e rock não ficaram a margem. É nos finais dos anos 70 e prelúdio dos 80 que as suas gravações ganham a base vocal explorando com maior ênfase o R&B/Pop em contínua mistura e, nestas inclui-se o álbum ‘Greatest Love of All’, On Broadway’, Give Me The Night, Turn your Love Around’

Sob liderança de Tommy Li Puma, já no final dos anos 80 e 90 retorna a linha do standard jazz clássico e acústico para a GRP. Em Nova Yorque colaborou com Djs e, produtores como Little Louis Vega e Kenny "Dope" Gonzalez, Aka como mestre de cerimónia no mais aclamado projecto ‘ Nuyorican. Sua gloriosa contribuição ‘ You Can Do It (Baby) tornou se numa batida dançante de arrepiar.

Ao longo da sua carreira Benson sempre dormiu sobre a vertente jazzistica virando para o jazz vocal contemporâneo e R&B/Pop. Nos diferentes géneros é um dos artistas que teve maior crítica e sucesso comercial e a sua ritmissidade electrificante faz dele um dos mais respeitados músicos dos últimos 30

EV - Quem é George Benson, o homem por de trás do músico?

GB -Primeiro fui um entertainer, como criança cantei, dancei e toquei Ukelele em clubes nocturnos. Durante o meu percurso tive a oportunidade de actuar com músicos de jazz de renome ‘Gatos’ do planeta mas a fama ou isto não me fez perder a cabeça, o prazer de actuar para pessoas comuns, este intercâmbio permanente. Isto é o que eu realmente sou.

O Jack fez me ver muita coisa, muitas das tonalidades do jazz. O lado intelectual veio mais tarde do Charlie Parker e tornou se num conhecedor de som. ‘ Gosto mais quando as pessoas rodopiam ao extremo da loucura “
EV- 2010 Internacional Cape Town Jazz Festival a teve uma audiência astronómica que rebentava pelas costuras. Que foi para ti fazeres parte daquele evento?

GB - Depois de ter actuado no primeiro concerto inter-racial nos anos 80 em Cape Town, hoje foi fantástico ver que ao longo deste processo a África do Sul tinha alcançado o estágio de convivência da relação racial. Mais, foi gratificante constatar o amor e o gosto pela música jazz da comunidade.

EV -Que foi para si partilhar o palco com todos aqueles músicos que eram cerca de 100?

Actualmente o jazz é feito de diferentes formas. De várias maneiras isto envolveu as pessoas dos diferentes estratos sociais de formas diferentes. O resultado disto é a nova geração de músicos e amantes do jazz que dão vida a esta nova comunidade. A variedade das linhas jazzisticas em Cape Town foi maravilhosa. Muitos dos músicos que naquele dia tocaram são meus amigos pessoais que actualmente mantêm o jazz vivo.
EV -Em termos de inspiração, a sua carreira musical tem o lado da perscrutação ‘ chereitar’ daquilo que as pessoas gostam de ouvir e o que ele adora tocar.

GB - os álbuns “On Broadway” e “Give Me The Night,” baralharam alguns dos meus fans de longa data, por carregar esta nova vertente pop que é sucesso. Penso que foi o maior erro que alguma vez cometi desde que os fans do jazz vão surgindo.
Nem sempre gostam de ver te actuar para o público geral, comum, querem ser direccionados. Mas tentei aproximar me e não funcionou. Ninguém permanece 30 anos no mesmo rumo, sempre tentei deixar que a minha experiencia viesse ao de cima. Tu aprendes, tu mudas. A porta abriu se e através dela caminhei

Com nove prémios awards Benson ainda gira em torno do seu álbum ‘ Breezin’, galardoado como a melhor actuação instrumental pop em 1976 e o mais recente ‘ irreplaceable’. Actualmente com mais de 30 álbuns, como líder produziu o seu primeiro álbum em 1964. Mas foi em 1976 que arrecada o disco de platina com ‘ Breezin’.Contudo não deixa ilhado um dos seus mais recentes trabalhos ‘ Irreplaceable’ que segundo George foi como trazer algo inédito para o público, dar lhes algo que não esperavam e diz mais.

‘ Foi exactamente como em 1976 quando gravei Breezin e todos estavam a espera de um instrumental em 8.000 notas por segundo como no passado’.

EV - Qual o teu álbum favorito e porque?
GB - Charlie Parker com as cordas (‘Charlie Parker With Strings’), este foi um álbum clássico de muitas inovações da sua época e contínua entre os melhores do jazz alguma vez gravados, isto se não for o melhor.
EV-Antes de subires ao palco algum ritual em especial?
GB - Não tem ritual
EV - Como é que descreve o electrificante tributo por você prestado a Nat King Cole com o tema “Mona Lisa”?
GB - Sinto me como se tivesse substituído o Nat King Cole que não pode estar lá em Cape Town naquela ocasião e é de facto uma honra.
Em cima do palco balançando a sua guitarra que te vem em mente?
Não porque seja contra ouvir a música ‘ pimba ou fanfarronadas’, mas gosto que as minhas sejam sonantes e não apenas os ruídos das gravações. Algumas das faixas de apoio que nos usamos são boas. Quanto ao som, estas deram me algumas mordidelas de modo a balançar a minha guitarra ao encontro de linhas reais. Ao longo do percurso tive que quebrar algumas regras, existia uma lei não escrita, invisível: seja legal, calmo e não vulgar.

Uma vez que a audiência sabe que a respeito então deixam me ser aquilo que eu quero.
Mas o jazz sempre veio carregado de musicalidade e a forma mais simples de envolver as pessoas é telas a baterem levemente o chão com os pés. Quando batem um pouco seguem o teu caminho. Então é quando posso flutuar com qualquer linha do jazz musica adentro. Espero e acredito que sempre será assim.
Sobrevivi na contra mão. Fico de olho aberto a espera de notícias sobre o teu périplo pela Ásia.