Freshlyground em Jazz Festival
Por Estacio Valoi
23-03-07
Em contagem decrescente para o primeiro festival internacional de jazz em Moçambique a realizar se nos dias 3 e 4 de Abril na cidade da Matola cruzei linhas com um dos agrupamentos Jovem Sul Africano que estará entre nos próximos dias.
Para esta banda já conhecida no seio dos amantes desta música, dizer fershlyground pela primeira vez em Moçambique seria uma hecatombe ou talvez masturbação mental.
Mas dizer que pela primeira vez num festival internacional de Jazz Moçambicano seria o mais certo.
Não será a vossa primeira vez em solo Moçambicano, mas primeira num festival deste género, num campo maior e o qual se pretende que venha estar no ranking dosa dez maiores num espaço de cinco anos. Qual é a vossa expectativa? Que vislumbra de novo pelo horizonte para publico que vos espera?
Já me falas do horizonte e vem mesmo a calhar. Estou nesta noite sentada de olhos fitos para céu cheio de estrelas enquanto penso. Ia, horizonte o outro lado de lado. Será a nossa primeira vez num evento destes, mas referir que mentalmente já nos encontramos a espera do dia ´D´.
É sempre bom actuar em Moçambique, nossa segunda casa, lembro dos momentos fantásticos durante a nossa última estadia.
Podemos transbordar como oceano ao encontro do mundo que presenciou o nosso concerto.
Transbordar do oceano! Não estão a pensar em provocar um ´TSUNAME´ em Moçambique?
risos
Evidentemente que não, mas como sempre esperamos uma nova e diferente aparição perante o publico neste evento impar considerando que será o prelúdio de uma nova fase no cenário musical ´cultural´ moçambicano.
Uma das bandas jovem bem sucedida não só na Africa do Sul mas também em outros quadrantes a nível mundial. Como foi a vossa última tournée pela Europa?
Foi excepcional, contando que algum publico já conhecia o nosso reportório. Estivemos pela Inglaterra, Dinamarca, Espanha, enfim o resultado foi fantástico com os concertos repletos de gente, o que significa um reconhecimento relativamente ao nosso trabalho.
Em que pé esta a vossa integração neste mundo da musica feita de vários embrólios?
Nada é assim tão fácil como parece. São concertos seguidos, correrias para cima para baixo palco, estrada e as vezes não há tempo para outras coisas, em fim um turbilhão. Quanto a nossa integração na Africa do Sul, é algo que vai fazendo paulatinamente claro que a ferro e fogo na continua conquista do nosso espaço o que cada vez mais vem se concretizando nesta procura permanente de fazer mais e melhor.
Agora que voltam a Moçambique. Aquando da vossa estadia em Maputo em 2006, que mais vos marcou?
Muita coisa, para não mencionar que temos um elemento Moçambicano na nossa banda que é o Julinho de quem em vários momentos tragamos algo sobre o País. Mas mais do que nunca foi o calor com que fomos acolhidos, mais calor das pessoas, a curiosidade em saber mais sobre a banda e os jornalistas que sempre andaram por perto em esta e aquela entrevista. Infelizmente não podemos ficar mais tempo de forma a explorar mais os ritmos locais, a gastronomia, as artes plásticas e por ai em diante.
O vosso número de álbuns produzidos vai de vento em popa. Quantos álbuns Freshlyground têm neste momento, qual é o vosso preferido e qual tem sido o vosso progresso?
Continuamos a trabalhar e neste momento temos seis álbuns. Seria difícil dizer qual é o nosso preferido, quando uma mãe tem dez filhos, estes são todos queridos apesar de deixar mimos e maior atenção para o último filho, o ´bebe´ da casa, então são todos preferidos e sempre postos em berço, balançando, acarinhando -os.
E o convite que vos foi feito para actuarem em primeira mão no evento sobre a copa mundial de futebol realizado ai na África do sul ano passado em Joanesburgo no que concerne ao sorteio da serie das equipas de futebol que vão jogar no mundial e difundido em directo por algumas estacões televisivas nacionais e internacionais para o mundo todo?
Não era de esperar esperando, enquanto trabalharmos arduamente transformamos os nossos sonhos em realidade. De facto uma surpresa mas principalmente o contributo que temos dado na arena musical, não só pela África do sul mas pelo mundo levando alto o nome deste país e não só, mas também o de Moçambique afinal de contas temos uma veia ´Julinho´ Moçambicana nesta convergência de ritmos que fazemos jazz
Neste evento tendo a mCell, a Rádio 9SFM e outros associados como os produtores do festival internacional de Cape Town a espAfrika qual é a vossa opinião?
É de louvar a iniciativa destes, a companhia de telefonia móvel que vem abraçando a área cultural na mediada do possível em Moçambique, claro sem deixar de lado os outros parceiros que juntos formam este conjunto que faz com que coisas desta natureza aconteçam em prol da cultura.
Dizer que estaremos ai Maputo-Matola dentro de pares de dias
Mais uma vez, que trazem para esta zona do indico?
O melhor dos freslyground que esse povo merece.
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