terça-feira, 15 de dezembro de 2009
ROSA LANGA 2
Moçambique, Mulheres e Vida II
Estacios Valoi foto: Ismael Miquidade
2/12/09
Foi recentemente relançado em Maputo o livro da Jornalista Rosa Langa numa cerimónia onde algumas das pessoas entrevistadas para o livro presenciaram o evento e o publico que se fez a ao Centro Cultural da Universidade Eduardo Mondlane.
‘Moçambique Mulheres e Vida uma obra com dimensão nacional, pela maneira como Langa vasculhou e palmilhou o pais para trazer histórias de todas mulheres numa cozinha que abarca o feminino dos vários estratos sociais moçambicano, camponesas estilistas, empresarias, as que detêm o verdadeiro, poder, as vendedeiras do sexo ‘prostitutas’.
O livro tem 56 páginas de estorias e exemplos da vida, de depoimentos de mulheres sofridas que da venda do carvão conseguiram formar os seus filhos, revelações importantes que a Rosa leva ao encontro do público.
Lançado em 2005 foram entrevistadas 30 mulheres e celebrava se os 30 anos da independência do país, vinte e nove continuam entre na porque a cantora Zaida Lhongo perdera a vida.
Juntou neste livro duas personalidades, a Rosa jornalista e a mulher. Como mulher conseguiu atingir o intimo de outras mulheres trazendo a luz aspectos como a vida amorosa dessas mulheres, o primeiro beijo, revelações difíceis de ter destas pessoas, o desmistificar das figuras públicas que desfilam todos os dias pela praça ecrãs das televisões, rádio, jornal, por a primeira-ministra a contar as suas peripécias.
‘Escrever tudo com amor e explicar tudo o que acontece neste planeta’
Segundo Frederico Jamisse o prefaciador da obra este foi o seu primeiro desafio pelo qual se apaixonou levado pelas entrevistas que ia bebendo ao longo do depoimento das mulheres pela Jornalista entrevistadas, mulher camponesa que foi a machamba atirou a semente e no dia da colheita roubaram na tudo, a mulher que vende sexo, como é que por cada noite conseguia dormir com muitos homens.etc.
Numero reduzido mas que representam o grosso da mulher moçambicana e este é um livro histórico e de referencia.
Mais ainda Rosa busca um pouco o país, e um facto curioso foi em 2005 na Província da Zambézia com o livro ainda em processo de investigação em que a jornalista acompanhava certas festividades e fez uma reportagem em directo para a Rádio Moçambique e dizia, aqui em Quelimane acabou tudo, acabou a água, vida ate os preservativos acabaram mas não acabou a esperança.
Esta vontade de ela ir buscar mais mulheres, essa parte que enriquece o livro e nos apelidamos a ela de 4*4 não muito por ela fazer mas sim por muito fazer com qualidade e perfeição e de forma muito abnegada luta para trazer a verdade.
Claro que nunca podia deixar de ser Rosa dentro daquele vestido amarelado, que pelo brilho quase que me queimava os olhos, a semelhança da própria jornalista naquele dia que era apenas dela apesar do livro já não a pertencer mas sim ao publico só o seu rosto salientava o lhe vinha na alma.
‘Num ambiente como este melhor é deixar as coisas acontecerem por conta das emoções.
Cada historia aqui contada é um pedaço de vida, quem me dera ser poeta, escreveria com certeza as cartas mais lindas de amor para todas as mulheres, gostaria porque não é fácil amar, amar é um trabalho. O que mata não é aquilo que entra pela boca mas aquilo que sai através dela, passagem bíblica.’
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