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terça-feira, 12 de junho de 2012

Em Cabo DelgadoCentro de saude Sem água sem cozinha

Estacios Valoi 13/06/12 Centro de saúde do posto administrativo de Metoro no distrito de Ancuabe na província de Cabo Delgado com capacidade de atendimento e mais de 150 pessoas dia num universo populacional de 41.318 habitantes enfrenta graves problemas da falta de água e cozinha desde da sua construção em 2007. O centro que se localiza a cerca de 90 quilómetros da cidade de Pemba teve com prelúdio da sua construção o mês de Agosto de 2007 numa parceria entre o governo moçambicano em colaboração com a agência espanhola de Cooperação e Internacional, Colégio oficial de médicos de Madride e Medicus mundi. Actualmente com três blocos, com o terceiro concluído em 2011 com o objectivo de realização de pequenas cirurgias, mas que ainda não foi oficialmente inaugurado quiçá a espera das autoridades para tal fim, tem um banco de socorros, sala de internamento, um laboratório, maternidade e outros serviços mas também atende pacientes provenientes do distrito de Chiuri. Enquanto a inauguração oficial do novo bloco destinado a pequenas cirurgias, único cujo na sua fase de construção contemplou uma “ Cozinha”, também sem equipamento, os pacientes continuam entregues a sua sorte. Num centro de saúde que também atente pacientes provenientes do distrito de Chiure, a água vai sendo adquirida com recurso a latas ou recipientes de 20 litros a cerca de 300 metros do hospital por parentes dos pacientes a 1 metical e assim a confecção de alimentos é feita a mesma ordem. A nossa reportagem no local, ao aperceber se do vaivém de algumas senhoras de e para o hospital, num percurso de cerca de trezentos metros carregando recipientes contendo o precioso liquido adquirido numa fonte ao lado da casa do administrador ao preço de um metical, conversou com elas e deslocou se a unidade hospitalar onde encontrou não só vários pacientes sentados no chão frio a espera de serem atendidos também viu o fumo que se espalhava pelo ar. Nas traseiras da unidade hospitalar, com sistema de abastecimento de agua inexistente, a cozinha, essa foi outra hecatombe que nos saltou aos olhos. Uma “cozinha”, ao relento, produtos adquiridos aos olhos da cara, o fervilhar a intensidade do produto lenhoso, a poeira, cinza, expostos ao sol, quiçá também a chuva, as panelas, saúde pública, sem as mínimas condições de higiene, dançam a mesma música a espera de melhores dias. Contudo, a data do fim da dança, continua no segredo da direcção provincial da saúde de Cabo Delgado. Sem Água e sem cozinha “Água nos levamos ali no poço perto da casa do chefe, pagamos quinhentos ou mil (quinhentos centavos ou um metical) todos dias de manha a tarde, no hospital na sai agua. Levamos para os doentes e hospital também todo. Não sabemos quando vai sair água, não falaram nada". “Nós cozinhamos aqui para os nossos doentes, nossa comida. Aqui não temos cozinha desde muito tempo. Temos nossas panelas”. Desde muito tempo, não temos cozinha aqui, dizem que estão a organizar mas até aqui não vimos. Mas temos que cozinhar todos os dias. Não tem sombra, nem vedação, água temos, mas temos que ir levar lá perto da casa do administrador no poço.” Desabafaram as senhoras. No total foram cerca de nove senhoras, e todas unânimes relativamente a problemática da água e a cozinha ainda por vir. Mas segundo Júlio Sibro Reque técnico de medicina geral naquela unidade hospitalar afirmou que ainda se espera a resposta dos seus superiores. Ate lá, mais promessas e realizações! “Segundo os nossos superiores dizem que vão resolver e aguardamos a resposta. Nesta unidade sanitária dizer que há um problema muito grave. Temos falta de água e a direcção distrital assim com a provincial tem conhecimento. Várias vezes fizemos o pedido de canalização de água. Até agora temos falta de água na nossa unidade sanitária. Temos dois blocos. Aqui funciona o banco de socorros, temos internamentos de pediatria assim como adultos. Naquele local onde estávamos temos a maternidade é onde se fazem as primeiras consultas e segundas de mulheres grávidas. Temos o novo bloco que até agora não esta em funcionamento porque não foi entregue oficialmente e inaugurado, apenas o laboratório esta em funcionamento a espera de sermos entregues. O ultimo bloco de 2011 fez se a entrega provisória, na cozinha sem equipamento e sem cozinheiros”. Capacidade do centro de saúde “Por enquanto a capacidade esta um pouco normal, tem oito camas. Exemplo aqui na pediatria é oito, assim como no internamento de adultos são oito camas. No novo bloco tinha se feito para pequena cirurgia, mas os dirigentes quando vieram, chegaram naquele local e viram que não é ideal para se fazer uma pequena cirurgia, nessa parte os chefes da direcção provincial estão a dar seguimento. Estavam aqui no mês passado, dizem que se esta a procura de um novo lugar para se fazer um novo bloco”. “Quanto a cozinha, é preciso que nós que somos aqui da unidade sanitária arranjar meios possíveis depois de arranjar a comida na direcção distrital, procurarmos acompanhantes para fazer um pouco de comida. Não temos cozinheiro para cozinhar para os doentes, há falta de pessoal. Patologias “As patologias mais frequentes, no primeiro ponto é a malária, anemia, problemas respiratórios, bronco pneumonias, asma e ma nutrição que tem entrado mas não é como em outras unidades sanitárias. Por dia nas consultas de pediatria é normal a malária tingir cerca de 15 crianças, feito e confirmado o teste no laboratório e, no banco de socorro é normal encontrar outros 17 ou mais casos para serem confirmados. Ė normal num dia fazer se mais de 30 analises de malária e positivo serem 20 confirmados no laboratório. Significa que a malária é mais frequente na nossa unidade sanitária. Anemia por dia quatro a cinco casos e, como a nossa unidade sanitária não tem capacidade para se fazer a transfusão sanguínea, depois de confirmar no laboratório transferimos para o centro de saúde de Ancuabe Elevado índice de Malária “ O que se encontra é que os activistas, colegas, sempre nas manhas fazem palestras sobre essas áreas, queimar lixo, fazer limpeza nas nossas residências. Há uma ONG que costuma disponibilizar redes mosquiteiras e nós distribuímos a nossa comunidade, mas quando passamos das aldeias, naquele tempo de campanha encontramos as pessoas a usarem a rede como vedação para casa de banho. Usam para outros fins e nós quando perguntamos eles não nos dão nenhuma resposta. Anemia, é a deficiência de ferro, alimentação não adequada. A má nutrição não são casos consideráveis” Medicamentos Quando há falta de medicamentos mandamos o doente para comprar na farmácia e se não encontra, vai outras unidades sanitárias. Agora que estou a falar não há falta de medicamentos porque acabamos de receber. A margem do curso de capacitação de jornalistas organizado pela direcção província da saúde em colaboração com organização não governamental norte-americana Pethfinder Internacional, com temas sobre a cólera, malária, planeamento familiar Hiv-Sida… sobre o funcionamento daquela unidade hospitalar de Metoro em Ancuabe a nossa reportagem ouviu a directora da saúde de Cabo Delgado Sãozinha Paula Agostinho “Infelizmente estou a tomar conhecimento agora em relação a esta questão. Mas o que podemos dizer é que vamos trabalhar com o distrito para perceber melhor porque existem condições logísticas para de facto nós possamos oferecer a dieta alimentar aos doentes. Ė primeira vez que estou a ser deparada com a informação, agora mesmo passo por lá para perceber melhor”. Afirmou Sãozinha. Esperemos que tenha passado .

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