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segunda-feira, 4 de junho de 2012

Dinamizar o turismo no distrito

-Ministro do Turismo Texto e fotos: Estacios Valoi 28/05/12 Realizou se semana finda na vila da Mocimboa da Praia o IX conselho coordenador do sector do turismo sob o lema “ Dinamizando o turismo no distrito” onde fizeram se presentes representantes do sector de todo o pais. Foram dois dias de análise profunda, debate de questões inerentes ao desenvolvimento da área, sua contribuição para o desenvolvimento económico-social no País. Sob lema “ Dinamizando Turismo no Distrito”, o ministro do pelouro Fernando Sumbana que em jeito de apelo e a esteira do sistema da “ Carrinha de quatro rodas”, isto é, o envolvimento de quatro sectores, o publico e privado, o sindicato dos trabalhadores de hotelaria, turismo e similares e as comunidades locais, no contexto de uma planificação harmonizada e coordenada a todos os níveis partindo do distrito, abriu a sessão. A questão da coordenação multissectorial na área no País, tem sido uma problemática, uns levantam casas e pensam que já estão a fazer turismo, o recente caso reportado por um jornal local relativamente a limpeza de espécies marinhas no Tofo na província de Inhambane, onde o sector das pescas com o apoio do banco mundial adquiriu uma embarcação pesqueira para uma certa comunidade mas que a mesma serve a interesses chineses, coagindo ao pescador a pescar tubarões, raias..espécies de atracção turística para a posterior vender aos chineses e outros. A luz do Organismo responsável pelo Marketing do turismo na SADC e dados do Banco de Moçambique, Sumbana afirma que o turismo foi um dos principais sectores na exportação. “Do distrito, pólo de desenvolvimento, devem ser implementados os projectos de desenvolvimento. No nosso Pais o turismo assume um papel preponderante no desenvolvimento socioeconómico e na preservação dos recursos naturais”. Enfatizando, disse que enquanto a madeira é exportada com um único benefício e entrada de capital uma única vez, o elefante permanece, é muitas vezes visitado, o turista paga varias vezes para ver o mesmo elefante…” “Em 2011 em termos de receitas provenientes do turismo internacional aumentou para 231 milhões de dólares comparativamente aos 197.3, um crescimento em 17.1%. Em termos de investimentos, de entre hotéis e agências de viagem, no ano transacto foram aprovados projectos na ordem de 540 milhões de dólares americanos, contrariamente aos 740 em 2010, menos 27.1%. Hoje o sector emprega cerca de 42 mil trabalhadores, incremento da estabilidade socioeconómica nos locais onde os investimentos estão implantados” Sumbane destacou com entusiasmo algumas estâncias turísticas em cerca de cinquenta e duas nas diversas áreas de actuação em todo o pai, e fez alusão a visita do Secretario Geral da Organização Mundial do Turismo que saudou o “ Papel proactivo” para o desenvolvimento do turismo em Moçambique, a recente adesão de Moçambique como membro executivo da organização mundial do turismo (OMT) e sua participação na XIX assembleia da organização. Assumpção a presidência do organismo responsável de Marketing do turismo (RETOSA) a nível da SADC. Nos debates acesos realizados durante os dois dias, que iam desde período da manha noite adentro, com planos, perguntas, respostas, o elenco do turismo e seu timoneiro também analisou em pormenor o projecto Capula que desde a sua implementação não produziu resultados satisfatórios Fracasso do projecto Capula “Fomos confrontados com alguns constrangimentos nos distritos que não permitiram a implantação do projecto Capulana ao ritmo desejado e a criação de infra-estruturas básicas nas zonas de Interesse Turístico para a viabilização dos projectos integrados”, mas não detalha os constrangimentos e apela pela positiva. Recursos minerais vs turismo “ Associam se a estes sectores as pesquisas do petróleo, as recentes descobertas do gás natural aqui na província de Cabo Delgado e a exportação do carvão de Tete que oferecem grandes oportunidades para o desenvolvimento do nosso sector” Necessidades Formação profissional do sector, atracão de investimentos para o sector e em particular para as zonas de interesse turístico, promoção do turismo domestico, introdução do licenciamento electrónico, promoção de investimentos na área de jogos de fortuna e/ou azar em casinos”. “ Introdução de novos elementos positivos como “ a liberalização do espaço aéreo nacional para voos intercontinentais directos, atribuição de licenças especiais em todas as áreas de conservação permitindo a formalização e arrecadação de receita adicional, implementação do estatuto do fiscal”, que aos olhos de Sumbana também servirão para catalisar o sector do turismo no pais. Já no relatório do balanço do sector realizado um dia antes do lançamento do conselho ilustra mais dados que sustentam o desempenho “ satisfatório” do sector. Análise global Num conjunto de cerca de 25 páginas com a abordagem dos programas do Plano Económico social(PES) de 2012, análise global do desempenho do sector, receitas provenientes das áreas de conservação, projectos de investimento, execução orçamental (Gestão da qualidade, promoção do desenvolvimento integrado das áreas prioritárias para o investimento em turismo, turismo ambiental, Moçambique destino turístico de classe mundial, sistemas de gestão de informação turística), as contribuições foram: “Receitas das áreas de conservação com 15,0%, nível de aprovação de projectos 93,2%, volume de investimento 7,9%, grau de execução do orçamento de funcionamento 24% e grau de execução do orçamento de investimento 5%. Volume de chegadas internacionais cresceu em cerca de 10%, de 1.836.143 em 2010 para 2.012.640 em 2011. As áreas de conservação geraram 71 milhões de meticais referente a cobrança de receitas de caca, senhas de abate, taxas de exploração do ecoturismo nos parque e reservas, a capacidade de alojamento de oferta de alojamento turístico de 18.412 camas em 2010, passou para 37.550 em 2011, um crescimento de 104%. Da analise global do trabalho realizado durante os dois anos podemos afirmar que as acções previstas no programa quinquenal do governo para o sector d turismo estão a ser cumpridas”. Mas no conselho, também esteve presente o governador da província de Cabo Delgado Eliseu Machava, que se deslocou de Pemba a Mocimboa da Praia apenas para ler o seu discurso e voltar a Pemba, numa fase em que naquela província apenas faz se turismo de negocio, com falta de alojamento e, o gás salta lhe aos olhos. Desafios “A formação e capacitação dos recursos humanos, a divulgação do nosso potencial ao nível nacional e internacional, a facilitação do acesso a província, o desenvolvimento de outros sectores, em particular o das minas, pesquisa de hidrocarbonetos dos dois últimos anos, influenciaram no aumento significativo do nível de ocupação da capacidade existente na província” Reconhecendo a falta de alojamento na província, Machava disse que esta em curso a construção de mais infra-estruturas. “Neste momento estão em curso obras para a construção de 17 unidades de hotelaria e similares avaliados em 1.6 bilhões de meticais, previsto 610 quartos, 600 camas e 831 novos postos e emprego directo “ Em 2010 a esta fase entraram em funcionamento na província 17 novos estabelecimentos turísticos avaliados em 401 milhões de meticais, com 317 camas, criando 335 postos de emprego um aumento da capacidade de alojamento a 24.8% e de trabalhadores 20.8%”. Relativamente a Cabo Delgado e, a esteira dos números apresentados e seu potencial, a realidade ilustra que muito tem que ser feito, numa província ainda a procura do seu espaço no turismo, isto, nas suas mais variadas necessidades, a implementação de facto do sistema de “Quatro rodas”, interacção multissectorial, bandeira de eleição de Fernando Sumbana para alavancar o turismo em Moçambique. Muito deve ser feito no sector, isto não fosse o ministro a insistir na sessão de perguntas e resposta durante as sessões, “há dúvidas? Esta claras?”. Apelou Sumbana como quem diz, se não fazem, cabeças vão rolar para depois anunciar o fim da sessão. “Tivemos calorosos e acesos debates penso que saímos daqui com a dimensão dos desafios que ainda temos que ultrapassar de forma a contribuir cada vez mais para o rápido desenvolvimento económico do pais, com vista a erradicação da pobreza”, sublinhou Sumbana.

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