quarta-feira, 9 de maio de 2012
Kan Ndlozi a menina de Mulazi
Texto e fotos: Estacios Valoi
08/05/12
Mulazi é um dos bairros periféricos que fica localizado na cidade de Durban na África do Sul que, assim como viu Ndlozi nascer também a viu partir quando tinha oito anos a procura de outro chão por pisar num sonho traçado mas que era necessário ir alimentando a cada dia e noite.
Vivendo ao som a musica desde a sua tenra idade com a turma do bairro metidos em canto e dança para as pessoas, musicas da Bum Shaka como “ it’s about time” uma das suas favoritas, são coisas com as quais cresceu e claro, a primeira influenciada pela mãe “Mabi”, que ao som de vários sons juntas iam cantando em casa a mesa, nos funerais, nas orações, em fim cantavam em tudo, sempre que a ocasião lhes permitisse,”Sabia que queria fazer musica como carreira e, é isso que agora estou a fazer, actualmente não tenho banda”.
Mas foi no palco do Green Squere market num concerto sem bilheteira do Cape Town International Jazz Festival onde a encontramos apôs ter feito um brilhante concerto com uma banda formada em menos de uma semana no mesmo palco em que estiveram Dave Koz, Petti Austin, Allen Stone, Alexander Sinton High School Jazz band, em fim escolas de jazz.
Uma voz cortante numa banda que se agrupou a menos de uma semana do festival. Como e que tiveram uma boa sincronização?
Ė incrível. Trabalho com amigos e são profissionais, respeito, amo os, fazem e querem o melhor para ti e foi fácil. Mas no começo, estávamos stressados porque estavam muito ocupados. Um dos membros é trombetista, técnico de som que neste verão foi nomeado para três prémios, o baixista tocou na anterior edição o festival. Apesar do tempo não ter estado a nosso favor e porque ‘e difícil nos encaixarmos em tudo, há uma química, ensaiamos, a música estava boa, tocamos como uma banda. Diverti me imenso.
De onde vens e quem é a pessoa por de traz da cantora ou artista?
Haaahaaa.Uau. Sou de Durban. Mudei me para Cape Town quando tinha oito anos de idade, isto a quinze anos atrás. Por detrás da música esta uma jovem de um bairro pacato de nome Mulazi em Durban que apenas quer cantar.Com Mabi, minha mãe cantávamos em casa, na mesa quando rezávamos.Em tudo, estava em volta da música. Com os meus amigos costumávamos criar danças, cantar apara as pessoas, gostava de cantar a musica da Bum Shaka “it’s about time”, sabia que queria fazer musica como carreira e, é isso que agora estou a fazer.
Então a música não te arrastou pelo caminho adentro não?
Tenho uma música que escrevi, original na qual tinha estado a trabalhar faz tempo mas tinha medo de cantar para qualquer um.Uau. Uau.. Escrevo as minhas próprias músicas. Vou aprendendo, ouvindo as diferentes musicas e filtrar o que quero e assim estou a preparar um álbum contudo não posso dizer para quando mas é para breve.
No concerto cantaste quatro temas. Quais eram os temas e porque esta escolha?
A primeira é da Malaika que todos conhecem, depois a da K Semenha interpretada por Letha Mbulu, a outra ‘e Kaya de Luenha Cogwana e a ultima da minha autoria intitulada Saudades de Casa. Sinceramente estou com saudades de casa.
Escolhi estes temas porque acho que não te cansas de ouvir a tua própria música, há algo que toca dentro de ti quando ouves algo que vens ouvindo desde criança, alguém que conheces que te podes ti identificar com ele. Ė maravilhoso ter pessoas como Dave Koz, Petti Austin, é fantástico mas a uma coisa com a nossa música, o facto de ser africano, a música que o nosso povo escreveu, há uma estoria no teu coração, são clássicos. Malaika já se canta desde tempos mesmo antes do meu nascimento,”music in the air “’ veio dos anos 80 e tem sido cantada desde então, versões. Não te cansas da melodia, da mensagem.
Disseste que uma das tuas escolas de música foi a tua mãe e as outras?
Estudei na Universidade de Cape Town, graduei no ano passado e actualmente trabalho como artista Freelancer, é o que faço para viver.
Qual é o teu musico favorito que continua a empurrar te mais para cima?
Hoo, my gosh!’E muito difícil responder a tua pergunta mas, posso dizer te de forma excitada que a Lauren Hill vem cá, mas primeiro Joy Scott, ouvi, quis dançar e morrer porque ela é uma das minhas favoritas.
Ela sabe?
Não. A Lauren Hill é uma delas, mas penso que não tenho uma única pessoa favorita, são coisas diferentes de diferentes pessoas, mas há muitos internacionais, aqui da África do sul, França. Não quero ficar 100 minutos a mencionar 100 pessoas e esquecer me dos outros.
A tua forma livre.. No palco. Compões?
Compor é assustador. Ė uma actividade vulnerável porque és forçada a dar algo que pessoalmente tenhas feito, estar a aberta as pessoas para fazerem critica porque não te vais tornar melhor até as pessoas te critiquem positivamente, não queres ficar no mesmo lugar. Mas também é como estar núa no meio de uma de uma multidão. Sei que não é algo do meu domínio total, estou a aprender, aberta a novas pesquisa e exploração, ser ensinada. Seria bom ter pessoas que pensassem por mim (risos)
Isso querias tu!!“Compor é assustador”. Que mais te atormenta neste mundo?
Ei shooo. Tenho medo de não fazer algo porque estava com medo, como a ideia de viver no medo. Penso que toda a gente tem, tenho medo de estar sozinha.
Agora que terminaste a tua actuação e olhando para o publico. Achas que meteste água?
Hahahaha, não! Como cantora sempre tens aquele olhar crítico, e dizes..oops ..Poderia ter feito melhor, mas para mim ter estas pessoas todas satisfeitas, a divertir, rir, para mim essa é a coisa mais bela.
Projectos pela frente?
Haaa. Vou juntar me a Sibonguile Khumalo que vai realizar alguns concertos em Julho, estarei a trabalhar com ela num coro de dose pessoas, parte de uma mega banda. Estou muita excitada. Vou continuar a compor, tocar mais piano, crescer e crescer, fazer estas pessoas felizes.
Gostei do teu vestido. Como foi para ti escolher este vestido e os acessórios?
Este vestido escolhi hoje. Foi má ideia, estou muito cansada. Estive toda a manha a procura de algo para vestir, andei por um par de lojas, não encontrei o que queria e finalmente voltei para casa, agarrei me a este vestido, juntei as pecas, espero que esteja bem. No corpo trago três coisas.
Quanto tempo temos que esperar até que o teu álbum venha ao mercado?
Digamos que no próximo ano, até lá talvez tenha a metade do meu álbum.
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