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terça-feira, 24 de abril de 2012

Alfredo Rodriguez o pianista “ del espacio” Texto:
Estacios Valoi 25/04/12 Cubano, aos vinte anos de idade escalava o palco do festival de Monte real em 2006, na sua sombra o produtor norte-americano Quincy Jones mas é em 2009 que Rodriguez começa a viver nos Estados Unidos da América sob o olhar atento de Jones que já andava no seu encalço. Jones impulsiona o jazzista a primeira linha e a posterior o pianista foi desfilando sua classe de festivais em festivais até desembocar no cabo da boa esperança, fazer umas quantas esquinas até a um dos palcos “Moses Molelekwa” dos cinco instalados no “Convention Center”. Lá estava ele no Cape Town International Jazz Festival no meio de alguns dinossauros do Jazz num rico alinhamento. James Ingram (USA), Zahara (SA) que recentemente esteve em actuação em Maputo, Moçambique, Zamajobe (SA), Herbie Tsoaeli (SA), Dorothy Masuka (SA), Adam Glasser (UK/SA), Patti Austin Trio (USA) Kevin Mahogany (USA), The Andre Petersen Quintet (SA, USA, BL), Donald Harrison the trio/Ron Carter& Lenny White (USA), Brubecks Play e convidado especial Mike Rossi (USA/SA), Steve Dyer (SA), Sophia Foster (SA) Xia Jia Trio (China), Victor Kula (SA), Alfredo Rodriguez (Cuba), Jason Reolon Trio em performance com Buddy Wells (USA), David Sanchez e seu convidado especial Lionel Loueke (Porto Rico/Benin) Steve Dyrell (SA), Unathi (SA), Allen Stone (USA).Hassan’ adas (SA), Mike Stern& David Weckl (USA), Alexander Sinton High School Jazz Band (SA) Gabriel Tchiema (Angola), Lindiwe Suttle (SA), Virtual Jazz Reality (USA), Third World Band (Jamaica), Zakes Bantiwi (SA), Hugh Masekela& e seus convidados celebrando Mama “Africa” (SA), Adam Glassier (SA), Project (Moçambique), Marcus Miller (USA), Dave Koz &Patti Austin com convidado especial (USA), Unathi (SA), Allen Stone (USA, HHP (SA), Zakes Bantwini (SA), Nouvelle Vague (Franca), Ill Skillz (SA), Atmosphere (USA), Jean Grae (USA), Good Luck (SA), Pharoane Monch (USA). Hassana’das com a sua percussão...as bailarinas, ao ritmo lá de casa. A conversa não foi apenas a piano mas também a salsa dentro daquela sala enorme onde no passar dos segundos íamos sorvendo a castelhano e/ou espanhol, como dois compadres nas praias de Varadero ou em Matanzas, Pinar del rio. Estávamos em casa despidos do Inglês, atordoados pelo português mas com encontro marcado com o espanhol. Assim foi e em português vamos cintilar. “Estou pela primeira vez neste festival e para mim é uma grande honra, poder transmitir a minha música, trazer as minhas influências as quais vem aqui de África e poder estar aqui em Cape Town num festival mito importante. Ė para mim um grande prazer e para os integrantes do meu trio o baixista Reiner Elizarde Rios Cubano e o Baterista Henry Cole porto-riquenho ”. Por acaso ontem ia olhando, e ouvindo te tocar. Pareceu me mais um estilo clássico, a mistura de Guarrache, Salsa e outros estilos cubanos. Ė isso? Há um pouco de tudo mas sobretudo a influência clássica, compositores barrocos, contemporâneos, estão ai porque desde os sete anos eu estudava música clássica, ate este momento. Definitivamente se ouviste algo de música clássica, claro que deve estar ai, bem a influência da música latina, Africana e supostamente a influência do Jazz… a música de onde em pequeno estava a estudar. “ O improviso esta no coração do estilo de Rodriguez seguindo a pegadas de Bill Evans, Thelonious Monk e Herbie Hancock” Antes da tua aterragem em Cape Town onde tocaste por aqui? A um ano e meio estive em Joanesburgo onde fui convidado a uma grande festa, tive a oportunidade de lá ir e estar. Foi uma boa experiencia, assim como aqui havia muitas pessoas. Cubano a viver nos estados unidos. Em termos musicais que fizeste em Cuba e depois a oportunidade de saíres para os estados unidos. Gostarias de ter os outros músicos em cuba a partilharem mais a cultura musical, experiencias em outros quadrantes do mundo? Tenho muita família em cuba mas vivo nos Estados Unidos. Quanto a levar a música cubana alem fronteiras, claro que sim. Parece me que trata se disto. Todos cubanos estão invólucrados em toda esta situação, sobretudo porque não podem ajudar as outras pessoas que estão fora do País. Ficaria muito grato que isto acontecesse. Estou aberto a ideia transcultural, a confrontação, a ideia de compartilhar o que sabemos, e para todas as pessoas sobretudo aprender. Parece me que o que devia acontecer em cuba, é que cada pessoa devia ser livre de ir a qualquer lugar, explorar as coisas que existem que dessa forma o País também vai se beneficiar, vamos acabar vencendo como País. Recentemente lançaste o teu primeiro álbum intitulado “Sonidos del espacio” sobre o qual em entrevista a uma revista disseste algo como “Penso e espero que este álbum reflicta o sentimento de uma nova era..”Que te vem em mente? Foi lançado com a discográfica Avenue e a de Quincy Jones “é como um pai” que é a Kiwe West. Bom. Faz uma semana que o disco saiu e estou muito contente. “ O improviso não da tempo ao musico para “paralisias ou analises”.. Ė o extremo da consciência, instantâneo que vem através de ti, por vezes do subconsciente ou talvez de outro..ou de um lugar supremo” dissera Rodriguez em entrevista a uma revista. Mas o que mais me interessava era saber sobre os sons do espaço, se eram vozes do alíém, almas qe gritavam em voz baixa, os pássaros, vento, em fim, sons, como outros sons que fazem bons sons que da vontade de ouvir..nem todos, que alguns acabam sendo um autentico ruído Mas porquê “sons do espaço” (Sonidos del espacio)? Bem. Significa que são aqueles sons que têm estado no espaço. Penso que é mais simples dizer sons que eu vivi. Constantemente todos ouvimos sons, escolhemos os nossos espaços onde ouvir esses sons, simplesmente a minha música trata disso. Neste aspecto é muito transparente porque o que eu quis foi espelhar todos esses sons que tenho ouvido desde criança até este momento e fazer a musica. Ė disto que o meu CD trata. Estou a trabalhar com discográficas de gabarito internacional e espero que o disco esteja espalhado até aqui na África do Sul. Que mais te assusta neste mundo? De muita coisa. Sou um aventureiro e não me interessa lutar contra o medo mas sempre temos o medo connosco é um sentimento próximo dos seres humanos. O problema é quando as pessoas não lutam por esses medos e não tentam fazer algo positivo para se evadirem desses medos. Projectos? Estamos a trabalhar arduamente na promoção do meu álbum, assim como em novos projectos. Estou a compor a minha primeira sinfonia com uma orquestra sinfónica completa. Não se pode parar isto é uma missão que nós os músicos temos. Não se pode parar de aprender, investigar, estudar. Por acaso até lembrei me do Diogo Amador pianista espanhol que a quatro anos atrás, isto depois de ter estado no festival Internacional de Cape Town, passou, penso eu se não me perco pelo nosso primeiro “Festival Internacional de Jazz Moçambique” ou no Centro Cultural Universitário a tocar o piano por vezes “dentro das cordas”. Agora, Rodriguez, de estatura mínima, a dado momento só as pernas se viam, a parte superior do corpo estava dentro do piano, como que perdendo se afogado naquele mar imenso por ele conhecido.

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