quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
As planificacoes do Ministerio da Saude
Péssima planificao e falta de coordenação do Ministério da saúde
Estacios Valoi
10/02/11
Distrito com uma população 119 mil habitantes, distribuída em sete ilhotas, igual número de unidades sanitárias, 45 mil habitantes residem na vila Sede, a maior preocupação do serviço distrital de Saúde mulher e acção social do Distrito de Chinde tem a ver com a falta de meio de transporte para evacuar os doentes.
Com 1 medico, 4 técnicos de clínica geral, 5 de medicina preventiva, 6 enfermeiros gerais e um total de 18 enfermeiros, 29 camas, sendo 9 na maternidade e 20 no internamento normal dos adultos e que diariamente atende cerca de 120 a 150 pacientes sem problemas de recursos humanos segundo o Director do Serviço distrital de Saúde mulher e acção social Virgílio Almeida Supinho e que apesar a falta de transporte faz um balanço positivo naquele posto de saúde.
“Em todo o distrito não há problemas de recursos humanos em to do distrito e temos sete unidades sanitárias a funcionarem para vários serviços para alem dos postos socorro que temos nos postos de saúde e na sede do distrito diariamente atendemos cerca de 120 a 150 pessoas em todos os serviços, desde da maternidade ate as consultas externas normais e faço um balanço positivo naquilo que eram as doenças mais endémicas relativamente aos anos anteriores e a tendência é de melhorar.
Temos a malária como a principal causa de internamento, a seguir as doenças crónicas associadas ao HIV/Sida e a tuberculose. Aqui somos vitimas da cólera a três anos, no ano passado tivemos cólera ate o mês de Julho que colmatamos, a qual sempre tem como porta de entrada o vizinho Marromeu. Logo que eclode em Marromeu aqui ficamos em alerta. Não sei se este ano nos vai acontecer o mesmo, estamos a trabalhar no sentido de não haver cólera”.
“Quanto a Malária no ano passado baixamos para 34% porque em 2009 registamos 2400 casos contra 1800 no ano passado e naquilo que ‘e o HIV/Sida a tendência é de aumentar o numero de casos que cada vez mais vem se registando. No ano passado tivemos 240 pacientes em tratamento e actualmente estamos com cerca de 380 pacientes, refiro me 2009, 2010 e este ano os casos tendem a subir.
Quanto a questão do HIV/Sida acho que isto tem a ver com a mudança de comportamento, as pessoas não, percebem a mensagem da prevenção da doença a aderência ao tratamento antiretroviral porque as pessoas fazem o tratamento, vão as comunidade mas na acatam aquilo que é a informação dada nos serviços de saúde relativa as normas básicas de saúde que ignoram e vão se infectando”.
Relativamente a questão dos antiretrovirais de quando em vez escassos nas unidades hospitalares da saúde no País que tem a ver com a falta de planificação, gestão do ministério da saúde que ate chega ao ponto de expirar Supinho disse não há rotura de stock de medicamentos no distrito em que se encontra.
“Não temos problemas de medicamento, temos o ‘stock’ garantido, mensalmente recebemos, mas antes de receber temos para o mês seguinte e caso haja dificuldades de ter na farmácia a nível da província, nós temos os ‘stocks’ para os primeiros quinze dias, portanto nunca tivemos rotura de medicamentos”.
Transporte fluvial e vias de acesso um ‘Calcanhar de Aquiles ‘ num distrito em que de todos os administradores que por lá passaram em todos estes anos andam na boleia dos barcos das ONG’s que operam naquela área. O departamento da saúde também não foge tanto a regra.
“O nosso maior problema tem a ver com as vias de acesso, refiro me a via fluvial que liga a sede as ilhotas assim como com os outros distritos mais na transferência dos doentes e alguns serviços, isto porque a comunidade vive nas ilhas e, as vezes não temos transporte para nos deslocarmos a essas zonas naquilo que ‘e o atendimento das brigadas moveis na comunidade.
No caso de transferência, os nossos doentes são levados para o Distrito de Marromeu porque Quelimane fica muito distante, a via de acesso de Luabo ‘e precária e quando esta a chover como neste momento não se passa. Aqui no Chinde o nosso hospital de referência é o de Marromeu para onde transferimos todos os casos de maior gravidade, o doente que se molha mas chega em menos tempo”.
Quanto a ambulância ’Yate’ com 230 cavalos e capacidade para levar 6 passageiros alocado em 2009 pelo antigo ministro da Saúde Ivo Garrido exactamente na sua primeira e quiçá última viagem para aquele distrito encontra se atracado sem vento nem rio considerando que segundo os marinheiros no cais só navegou três vezes e o actual de lá a esta fase nada fez enquanto o doente vai levando um dia de barco ’Baca, Baca’ para chegar a Marromeu, o mesmo que muita das vezes fica avariado no meu do rio por dois dias ate ser socorrido!
“Temos uma ambulância que recebemos em Setembro de 2009 mas os gastos em combustível não foram bem planificados. Para aquilo temos em combustível para o uso bimensal nos nossos postos de saúde aquele barco gasta numa única viagem a Marromeu o que não ‘e muito rentável e, gastando esse combustível só num mês as outras actividades ficam paradas.
Temos geleiras que usam petróleo, gás para a esterilização, diesel para o funcionamento das viaturas e se comprarmos gasolina para aquele barco fica dois meses reféns e sem poder fazer as outras actividades. Então optamos em usar os meios menos dispendiosos, esses barcos pequenos “Baca Baca”, ou outros a motor dependendo da gravidade do doente. Em casos de maternidade usamos barcos de parceiros, abastecemos e levamos o doente a Marromeu”.
Tamanha hecatombe, o doente a ser evacuado é obrigado a ficar a espera do barco e não o contrario, contudo Supinho enfatiza mas não contorna a situação.
“O barco andou algum período, nos endividamos porque não havia barcos de parceiros, ficamos a dever o pagamento de combustível mas neste momento estamos a negociar a nível do governo provincial no sentido de devolver se o barco a empresa fabricante para que nos dêem um barco com menor consumo em termos de combustível ou que se compre outro barco afirmação do nível provincial. Agora não sei em que estagio esta a negociação do barco. Submetemos a informação e não tivemos o retorno”.
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