quinta-feira, 29 de novembro de 2012
“Pobreza é negra, contra face da mulher, cara da população rural’ Diz o primeiro ministro da Namíbia Nahas Angula
“Pobreza é negra, contra face da mulher, cara da população rural’
Diz o primeiro ministro da Namíbia Nahas Angula
Estacios Valoi
29
/11/12
(Windoek) Nahas Angula recentemente capa num dos jornais da Namíbia o ‘Village’ Segundo o qual o nome do ministro esta vinculado a um escândalo do negocio dos Mercedes Benz que envolve a representação desta fabricante de automóveis na África do Sul e a empresa Ongushu Trading cc a qual acredita se ter ramificações com o primeiro ministro da Namíbia
Foram 5 milhões de dólares Namibianos pagos pelo governo daquele país de um montante 16 milhões de dólares, o que em meticais do valor gasto daria na sua totalidade mais ou menos 15.000.000 MT gastos para a aquisição de 25 Mercedez Classe-E, que todavia não foram entregues a aquele governo devido a alguma anomalia registada nas negociações.
Prossegue a investigação sobre este caso do negocio mal parado para se apurar como ‘e que o nome de Nahas Angula aparece vinculado a Ongushu Trading cc mas que segundo o próprio ministro falando a nossa reportagem num encontro organizado em Windoek pelo “Open Society Initiative for Southern Africa (OSISA), quanto ao desenvolvimento daquele Pais, Região, disse nada ter a ver com o caso.
EV -Que relação tem o ministro com o escândalo dos Mercedez Benz?
HA- Pensei que isso fosse parte do mau desenvolvimento dos nossos empreendedores, tentando cortar as pontas. Há muitos angolanos em volta. Uns querem relacionar o meu nome com Mercedez Benze. Essa será a história do ano. Primeiro não admiro Mercedez Benze muito menos os seus produtos devido ao historia do grupo, seu papel na historia, lá na Alemanha. Para dizer que alguém que queira relacionar o meu nome com a Mercedez Benze deve estar de alguma forma louca, doente, mas as pessoas podem escrever. Namíbia ‘e uma sociedade livre. Simplesmente não acredite em tudo que lê.
Penso que estas a falar da companhia que requisitou os carros da Mercedez Benze na África do Sul mas que de alguma forma o processo foi interrompido. Essa é a estoria. Quero dizer que parte da nossa história é uma história de maus empresários que querem cortar as pontas de forma a enriquecer rapidamente, é parte da história do emponderamento da população negra (black economic empowerment). E, infelizmente estes não tiveram a mesma sorte, porque durante o processo de tramitação alguém despertou e disse: Isto não esta claro, e, interrompeu se o negocio. Ė o que eu penso que aconteceu.
Depois de um breve historial sobre a Namíbia feita pelo ministro “a Namíbia continua sendo um país subdesenvolvido, temos desafios, desemprego, pobreza, distribuição desigual dos ganhos de que o país beneficia, estes são os tipos de desafios que temos, como uma jovem nação. Realidade africana”.
EV- Qual é o actual Produto interno Bruto da Namíbia PIB?
HÁ -Queres que ti diga quanto tenho no meu bolso? A economia namibiana ‘e muito pequena, quiçá a mais pequena na África austral, o nosso PIB esta cima de 100 bilhões de dólares namibianos, se dividires por 6/7 vais ver quantos dólares americanos são.
Em termos de beneficio social o que isto significa?
Significa o que produzimos aquilo que ganhamos, é o que a Namíbia produz por ano, o nosso produto perca pita é algo como 60 mil dólares por ano. Mas os números podem enganar, porque em África a Namíbia ‘e uma das sociedades desiguais devido ao nosso legado do Apartheid, algumas pessoas tem mais e outras nada, a distribuição da riqueza entre a população é injusta, um desafio que temos para minimizar esta diferença no seio da nossa população.
Provavelmente em Moçambique não enfrentam a mesma situação porque a vossa situação é muito diferente mas aqui devido a nossa história de privação ao longo das linhas raciais. A pobreza também é racial, o que significa que a pobreza é negra, tem a cara da população rural, é a contra face da mulher. Essa é a natureza da pobreza aqui na Namíbia.
Como governo vocês tem um plano de distribuição da terra para maioria da população negra?
Sim. Penso que no Zimbabwe, África o sul e Namíbia enfrentam os mesmos desafios porque á ambos a terra nos foi retirada durante a época colonial. Talvez o ocidente tenha retirado a terra a Namíbia porque aqui ocorreram massacres, sua terra lhes foi retirada a força e redistribuída entre os colonos, é uma história dolorosa. Temos um programa de redistribuição da terra sustentada por dois pilares. Temos programa de reassentamento o governo compra a terra dos proprietários comerciantes e redistribui para os sem terra, subsídios através da lei de empréstimos monetários para a aquisição da terra de forma a permitir que os camponeses comprem a terra. Estas actividades são desenvolvidas nos termos de vendedor e comprador, e, aí é que o problema começa.
Quem quer vender e comprar. Quer dizer que os actuais proprietários da terra, caso queiram vender a sua terra, a primeira coisa que tem que fazer é predispor a terra a governo. O governo vai avaliar e estipular o valor da terra e, ver se é adequada para o reassentamento, se achar que sim negoceia com proprietário e compra.
O outro pilar é, inspirar os agricultores negros a negociar com os proprietários de terra e obter empréstimo através de um banco agrícola que subsidia a taxa em interesse no processo da compra. Como disse esta questão de compra e venda é problemática porque os proprietários da terra querem obter ganhos elevados pelas suas terras, o que faz com que as suas terras não possam ser adquiridas. Esta combinação dos preços elevados e a compra da terra por parte do governo frustram a politica do empréstimo.
Os truques.Um deles os proprietários declaram falência e vêem as suas terras serem vendidas em acções e, claro que qualquer cidadão estrangeiro pode comprar ou registam as suas machambas como empresas, quando querem vender as suas machambas vendem como se estivessem a vender uma empresa, mas de facto estas a comprar terra porque esta companhia representa a terra, vem com muitos subterfúgios para frustrar a política governamental e, assim começa o problema. Recentemente o governo veio com a taxa da terra da qual os farmeiros reclamam.
Também, estou satisfeito por ser um pequeno farmeiro comerciante, a taxa é muito punitivo, eu próprio sinto mas a ideia ‘e que talvez com uma taxa punitiva os farmeiros sejam forcados a libertar a sua terra para o governo, com o objectivo para a redistribuição. Claro que somos um país regido por leis, se o cidadão achar que a tal politica na é boa! Eles gostam de correr para os tribunais e tentar fintar a política do governo, isto é uma luta, continua e esperamos vitória certa na questão da terra.
Na SADC, a pobreza, os desafios são os mesmos?
Namíbia, Malawi ambos membros da SADC e estou seguro que ao nível da SADC trocamos experiencias. Uma das coisas que efectivamente não estamos a fazer como africanos é de facto criar uma plataforma através da qual possamos trocar experiencias, estorias de sucesso ou não. Facto é que não temos uma plataforma adequada para tal, a maioria das coisas são feitas a nível político, todos querem ser bons uns para com os outros, não estamos a falar da rede interna, dos problemas que enfrentamos nos nossos países, problemas da transformação económica, pobreza, juventude, desenvolvimento rural e muitas outras coisas; O único país em África que tentou ajudar aos outros países no continente em termos de desenvolvimento foi a Nigéria.
Quando a Nigéria estabeleceu os objectivos do desenvolvimento, onde quadros, técnicos nigerianos estavam prontos para ir a outros países africanos ajudar a custa do próprio governo nigeriano ou seja lá o que for, é o único país em África que conheço, que tentou concretamente e, de uma forma particular fornecer a outros países africanos os seus técnicos para promover o desenvolvimento africano. Infelizmente será assim porque enfrentamos os mesmos problemas.
Vou contar te uma historia interessante sobre Malawi e Namíbia. Em tempos uma empresa de australiana veio a Namíbia para fazer mineração. A mesma empresa foi a Malawi para exploração de urânio, lá descobriram urânio. Deste que estavam a explorar na Namíbia, os namibianos que poderiam operar com as suas maquinarias na Namíbia; Recrutaram namibianos para trabalhar com as suas máquinas. Quanto ao Malawi, estou certo que o governo Malawiano não tinha conhecimento sobre o que estava a acontecer! Ė uma relação de trabalho que foi criada por uma agência externa e não pelos africanos, não por nós, esta é a moral da história.
As vezes nós africanos somos levados a união e/ou unidos pelos estrangeiros, agencias como esta mineradora australiana a qual levou a mão-de-obra namibiana para o Malawi, contudo, entre nós dentro a própria SADC por vezes não permitimos a livre circulação de pessoas. Algo que me preocupa, é uma historia triste. Nem estamos lá para permitir a livre circulação das nossas próprias pessoas na nossa região!
As discussões a nível político são no geral boas mas quando vem a prática, a solução dos problemas, por vezes…não sei, talvez seja algo africano, não valorizamos os nossos próprios engenheiros, técnicos e não sei como ultrapassar isto, cabe aos jovens africanos pensarem nisto. Namíbia é um importante país na SACD, recentemente esteve na presidência da SADC e continua com um papel importante.
Como SADC estamos a dar algum passo em frente, soluções? Qual ‘e seu ponto de vista relativamente a crescente presença da China na região e na Namíbia?
Namíbia é um dos países pequenos da SADC com uma população de 120 milhões apenas. Integração regional! Para nós políticos essa é a canção mais cantada mas quando vem já a fase de implementação, na realidade não se vislumbra nada, o mesmo com o comércio regional. Em outras fases vendíamos peixe para o Zimbabwe, não sei se os zimbabweanos desistiram ou se isto continua a acontecer, falo apenas de questões de simples comércio. Como africanos não estamos lá. Queremos ver através da integração regional e não slogans. Para este propósito, a Namíbia predispôs se a ser o epicentro na SADC, um país com uma costa extensa e, como nossa forma na contribuição regional, ainda nos abrimos á muitos proprietários de terras dos países vizinhos, facilidade no uso do porto para que os nossos vizinhos usassem esses serviços nas suas importações/ exportações.
Mas como sabem, nós como africanos sempre levamos o nosso tempo, morosidade para fazer, ter as coisas feitas, então ainda estamos a caminhar a questão da integração regional de facto. Á três anos era para termos um comercio livre mas não vejo. Ė Um problema africano. Vocês deviam investigar porque é que nos comportamos desta forma. Estamos todos integrados mas na agimos como tal, não estamos a fazer, preferimos olhar para outros em outros quadrantes. Estamos a falar da china. O que há em especial sobre a china? Porque é que não nos perguntamos quantos alemães estão na Namíbia. Também estão interessados na china? Porque pensam sobre a China, com que objectivo? Viste muitos chineses? Namíbia é encontro de todo o mundo, podes encontrar portugueses, alemães, afrikaaners, Tswanas e outros, aqui temos muitas pessoas. Porque simplesmente a escolha da China? Que há de especial? Estamos certos que queremos cantar a música de outras pessoas ou que não estamos a cantar? Falei sobre a mineradora australiana, porque na questionaste sobre esta empresa, são os que estão a cavar buracos aqui e lá na mineração. Sim aqui há chineses como existem americanos, alemães.australianos, sul-africanos.
Da independência 1990 que se fez para aliviar a pobreza aqui na Namíbia?
O nosso governo sempre teve programa para a redução da pobreza, juventude, desemprego até um programa extenso de segurança social para órfãos, portadores de eficiência física, idoso…mas não estamos de facto a ultrapassar. Redução lenta da pobreza sim, mas o problema é a natureza da nossa economia na sua maioria extractiva, mineração, pesca, agricultura, turismo, é o que é a economia namibiana; Para além disto temos pessoas no comércio, a vender produtos produzidos por outras pessoas e claro um grande governo do qual faço parte mas as estruturas da nossa economia são tanto quanto, não estão prontas para uma abertura, possibilidades para mais pessoas fazerem a prospecção.
Imagina os principais envolvidos na mineração. São companhias multinacionais e a mineração é um capital denso, não sei se teremos a oportunidade de nos levar a algum sítio. Vão lá ver as máquinas enormes que estão nesses campos. Só podes fazer parte como trabalhador mas lá estão as grandes máquinas. Então só podes ter um crescimento interno mas sem uma redução tangível no desemprego devido a este tipo de economia.
Sugerimos que se e facto queremos lidar com a questão da pobreza, desemprego, temos que transformar estas economias de algum modo para criar mudanças no processo, única forma de expandir as possibilidades para as pessoas terem emprego ou participar na economia. Não vejo como enfrentar a pobreza, desemprego se não lidarmos com os problemas estruturais da nossa economia, não vejo como enfrentar a pobreza. Nao vislumbro.
Namíbia cheia de buracos ..Australianos? Quer dizer que na questão da mineração em África vamos ficar com buracos enquanto os outros levam dinheiro?
Questão da mineração em África! Esta é a realidade da nossa história, não sei quanto a Moçambique. Há um relatório que foi publicado nos princípios deste ano sobre como a África esta a perder dinheiro em resultado da forma como as multinacionais negoceiam, comercializam com a África. Por vezes através da transmissão de preços, conhecimentos. África tem perdido seu dinheiro, não obtêm o valor real dos seus recursos. Ė um relatório sobre o qual penso que a União Africana tem vindo a investigar e esse é o nosso problema. Se não trabalharmos seriamente no sentido de transformar as nossas economias, continuaremos a ser perdedores no processo.
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Graça Machel versa sobre malnutrição na Namíbia
Shishani cantora, compositora a raiz namibiana
terça-feira, 20 de novembro de 2012
MOZAMBIQUE: Estacio’s Forest
By :
Pietro Guglielmetti
Edicted by:Cenqiz Aktar, a professor of Political Science at the University of Istanbul
Estacios Valoy is a journalist of the Zambezi Newspaper, but first of all, my friend. For three years we have exchanged weekly emails. They updated me on what is happening in Mozambique. When I don’t receive mails from Estacios I just take a look at his blog (http://valoie.blogspot.it/) to find out where he is, and in what trouble he’s getting into. That’s how I found out that on November 2, at Witts University of Johannesburg he has won the FAIR award for the best article in the field of investigative journalism with a courageous piece in denouncing the looting of forest resources in the province of Zambezia (northern Mozambique) with the complicity of the political authorities and the law enforcement agency.
1) Estacios are you worried? The prize is something that gratifies yes, but don’t you think that it would put you in an awkward position with respect to all the people you denounce?
Unfortunately investigative journalism is open to harassment and threats. I, as any other investigative journalist, always face these problems. But I work to inform the public. Regarding the people involved on timber looting, generals, governors, community leaders, ordinary people, I could say that I shall keep writing despite the dangers. Although I live with one eye and one ear always on alert, it is my duty towards future generations to denounce this awful crime.
Unfortunately in countries like Mozambique, leaders commit errors and at the end of the day they are re-appointed to other positions. They are basically those who support President Armando Guebuza’s 3D policy: Disintegrate Destabilize and Dismount. In exchange of their loyalty they get the authority to control natural resources.
Regarding the prize, I was surprised when the presenter announced my name. It gratifies me but I got my real prize when the story was first published. The prize will cover the expenses of my investigative work. I think the prize also opened some new doors. For now I keep working.
2) We keep writing but it seems to me that nothing changes. All these efforts to shed light on illegal trafficking of timber and timber companies continue to do their business, you continue to investigate, and the forest disappears. What do you imagine will happen tomorrow?
Some people say that Africa is dynamic, vibrant and is the future! Africa is changing rapidly. High economic growth rates, immense natural and human resources, developments in communication, better and accountable systems of government are transforming the continent. Usually such statements are made by senior government officials to hide their disastrous accounts while they enjoy life on the swimming pools and earn good salaries. The fact is that while Africa is becoming economically attractive life of Africans is not improving.
The truth is that the Mozambican citizen is awake and claiming for his/her rights. Now all the public figures must declare their possession. A new law was approved last week. We want to have our future in our hands.
I agree with you view point when you say “seems to me that nothing changes”. But changes happen despite the lack of accountability on extractive policies, constantly violated by individuals, including government officials. For example “African mining vision” a document to be launched next year in Ethiopia, focuses on how better Africa can tackle the issue of extractive resources.
My concern is how seriously these codes of conduct and action plans will be taken in consideration and implemented. Usually some agreements are disregarded when it comes to face the facts. Like before in the forest sector, today in Mozambique the mineral concessions are being approved like mushrooms. Once again officials are grabbing the concession, thus privileging a small group of people.
As some local analysts such as Firmino Mucavele say ‘we are walking 200 km per hour instead of 10 km per hour and we will end up with a country full of holes while some are taking the money away. I do subscribe. Measures need to be taken to avoid the errors of the past.
3) Do you know that in Italy few people know where Mozambique is, and even fewer know that the wood-floors of their homes come from your forests?
I think it is a matter of conscience, curiosity. This is an issue affecting the entire global community. Take the climate change. How can they better address this issue without having any idea about what is happening in other parts of the world in terms of deforestation? Africa has been a source for many European countries including Italy. The politicians know exactly where Mozambique is.
I think now the people need to know where Mozambique and other African countries are. They should know also if their tax money is duly utilized in form of development aid. In Mozambique we have quite a number of Italian NGO’s operating. Perhaps they have to create a new NGO called ‘Dead Aid’ to raise awareness on the plunder of natural resources? I leave this question to the Italian citizen.
4) We have often talked about land grabbing. Who are the companies or countries that are pushing in this direction? What happens to the expropriated?
Yes, grabbing of land is not a new practice. Selling, attributing lands to companies such as Anadarko or to the Chinese, Brazilians, South Africans and Indians for agriculture, tourism or timber… is common practice. But there is a huge gap between the infrastructure the companies built for local communities to reduce poverty and their benefits.
In Pemba for example ordinary people are convinced to sell their land. They receive amounts they cannot dream of. But at the end they don’t know how to continue to live once the money is extinguished.
Mozambican political nomenklatura is also grabbing land for their personal benefits. As mentioned above, mineral concessions are like mushrooms. You open the public newspapers “noticias” and they all appear there.
5) Green Timber is one of your favorite targets as it is one of the largest and most common woods in Mozambique. If we take a look with Internet research we cannot find a lot of information about this company. It's like fighting with no-one.
Indeed. In terms of volume, 350,000 m3 of timber in logs enter China and these are figures from 2011. But if you look to Mozambican annual reports from DNTF, the total amount registered of exported timber to the world is 212,000 m3. The comparison clearly demonstrates the timber smuggling.
There is no ghost to fight with but people? Who are the people behind this and other companies involved on timber smuggle in and from Mozambique! We know and also the government. The question is why does not the government take serious action against these people? As you know their call themselves comrades ‘fighting under the same struggle” not against corruption but in favor of it.
Before like recently.
Mozambique
The table above suggests that the volume of logs which China declares as imports from Mozambique increased rapidly since the 1990's - particularly during 2007 - but declined somewhat during 2008 and 2009. China's imports of sawn wood (70,000m3 during 2009 - equivalent to roughly 120,000m3 of logs) have risen, offsetting that decline.
Per cubic meter of logs, import values increased from about US$250/m3 to roughly US$450/m3 between 2000 and 2008. In contrast, export values appear to have varied about an average of US$150/m3 (using UN Comrade as the source of export values and China's import statistics for volume). Although this might imply (increasing) transfer pricing fraud, transportation costs rose very substantially towards the end of that period [Ocean Freight Index]”.
The Finish government decided to cut the expenses on deforestation in Mozambique because the Mozambican government has not complied with the requirements of the agreement. President Guebuza’s policy of “Green revolution” is a complete failure. Recently Matti Kääriäinen from the Finnish Government said that Helsinki decided to abandon its support on forest sector due the disappointing results... (Lusa)
6) Would it be possible to find connections between Green Timber and multinational companies that use illegal wood from Mozambique when it comes out of the country?
In my view you could move to the level of information from local to global, to boycott companies that supply illegal timber. I think is possible. For instance we follow multinationals in China such as: “The data which appear anomalous in the chart are attributable to logs declared as imports for enterprises located in Beijing Chaoyangqu (February 2007), Shanghai Xuhiuqu (February and June 2007), Zhejiang Wenzhou (August 2007), Zhejiang Huzhou (September 2007), and Guangdong Guangzhoushi (April 2006 and April 2007). Note: corresponding import value data show the same pattern (there are no apparent anomalies in import value per unit of wood volume)”. And this happens not only in China. Will keep working on!
Estacios Thanks for your work.
La foresta di Estacios (intervista di Pietro Guglielmetti)
MOZAMBICO:
Estacios Valoy è un giornalista dello Zambesi Daily News, ma prima di tutto un amico. Da tre anni abbiamo uno scambio di mail settimanale, con cui mi aggiorna su quello che succede in Mozambico. Quando non si fa sentire mi basta date un’occhiata al suo blog (http://valoie.blogspot.it/) per sapere dove si trova e in quali guai si sta cacciando. Il 2 novembre all’Università Witts di Johannesburg ha vinto il premio Fair per il miglior articolo nel campo del giornalismo investigativo con uno dei suoi pezzi coraggiosi nei quali denuncia il saccheggio delle risorse forestali in Zambesia (nord del Mozambico) senza preoccuparsi di fare nomi e cognomi, e di denunciare la complicità delle autorità politiche e delle forze dell’ordine.
1) Estacios sei preoccupato? Il premio è una cosa che gratifica ma pubblicizzare troppo i tuoi articoli non pensi che ti metta in una posizione scomoda nei confronti di tutte le persone che denunci senza mezzi termini?
Purtroppo il giornalismo investigativo è soggetto a vessazioni e minacce. Io, come qualsiasi altro giornalista investigativo, devo sempre affrontare questi problemi. Ma il mio lavoro rimane informare la gente. Per quanto riguarda le persone coinvolte con il saccheggio del legname, i generali, i governatori, i leader delle comunità, la gente comune, posso dire che io continuerò a scrivere nonostante i pericoli.
Anche se questo mi costringe a vivere con un occhio e un orecchio sempre in allerta, è un mio dovere verso le generazioni future per denunciare questo crimine terribile.
Purtroppo in paesi come il Mozambico (ndr: e non solo), quando i leader politici commettono degli errori c’è sempre un nuovo incarico o una promozione per loro. Sono fondamentalmente quelli che sostengono la politica 3D del presidente Armando Guebuza: Disintegrare, Destabilizzare e Distruggere. In cambio della loro fedeltà ottengono il controllo delle risorse naturali.
Per quanto riguarda il premio, sono rimasto sorpreso quando il presentatore ha annunciato il mio nome. Mi sento gratificato, ma il mio vero premio l’ho ottenuto nel momento in cui la storia è stata pubblicata. Il premio servirà a coprire le spese del mio lavoro investigativo e penso che potrà servire per aprire delle nuove porte. Per ora il mio lavoro continua.
2) Sono alcuni anni che ci scriviamo... a me sembra che non cambia nulla, tutti questi sforzi per mettere alla luce le illegalità del traffico di legname, le compagnie del legname continuano a fare i loro affari, tu continui ad investigare, la foresta sparisce. Cosa ti immagini possa succedere in positivo domani?
Alcuni dicono che l'Africa è dinamica, vivace ed è il futuro! L'Africa sta cambiando rapidamente. Gli alti tassi di crescita economica, immense risorse naturali e umane, gli sviluppi della comunicazione, migliori e più responsabili sistemi di governo stanno trasformando il continente.
Di solito tali dichiarazioni sono fatte dagli alti funzionari del governo per nascondere i loro conti disastrosi, mentre si godono la vita ai bordi delle loro piscine e guadagnano ottimi stipendi. Il problema fondamentale è che, mentre l'Africa sta diventando economicamente interessante, la vita degli africani non sta migliorando.
La verità è che i cittadini del Mozambico sono svegli e rivendicano i loro diritti. Ora, grazie ad una legge approvata all’inizio di novembre 2012 tutti i personaggi pubblici devono dichiarare i loro patrimoni. Vogliamo avere il nostro futuro nelle nostre mani.
Sono d'accordo con il tuo punto di vista quando dici "a me sembra che non cambia nulla". Ma i cambiamenti ci sono, nonostante la mancanza di responsabilità sulle politiche estrattive, che vengono costantemente disattese da tutti gli operatori, compresi i funzionari governativi. Ad esempio "African mining vision" che sarà presentato il prossimo anno in Etiopia, è un documento su come l’Africa può affrontare in modo migliore la questione delle risorse estrattive.
La mia preoccupazione è la serietà con cui vengono presi e attuati i codici di condotta e i piani d'azione. Di solito gli accordi vengono siglati, poi quando si tratta di tradurli in fatti concreti vengono puntualmente disattesi. Come accadeva anni fa nel settore forestale, oggi in Mozambico un numero spropositato di concessioni minerarie sono in corso di approvazione. Ancora una volta i funzionari stanno sottraendo la maggior parte delle concessioni per privilegiare un piccolo gruppo di persone.
Come dicono alcuni analisti locali, quali Firmino Mucavele “stiamo correndo a 200 km all'ora invece di camminare a 10 km all'ora e ci ritroveremo con un paese pieno di buchi, mentre alcuni stanno mettendo via i soldi”. Sottoscrivo. Le misure devono essere adottate per evitare gli errori del passato.
3) Sei cosciente del fatto che in Italia pochi sanno dove si trova il Mozambico, e ancora meno sanno che il parquet delle loro case viene dalle tue foreste?
Penso che sia una questione di coscienza e di curiosità. Si tratta di una questione che riguarda l'intera comunità mondiale. Prendete il cambiamento climatico. Come posso affrontare al meglio la questione senza avere alcuna idea di quello che sta accadendo in altre parti del mondo in termini di deforestazione? L’Africa è stata una risorsa per molti paesi europei tra cui l'Italia.
I vostri politici sanno esattamente dove è il Mozambico. Penso che ora la gente ha bisogno di sapere dove sono il Mozambico e gli altri paesi africani. Dovrebbero informarsi anche per sapere se il loro denaro pubblico è veramente utilizzato sotto forma di aiuti allo sviluppo. In Mozambico ci sono un certo numero di ONG italiane. Forse sarebbe necessario creare una nuova ONG chiamata 'Dead Aid' per sensibilizzare al saccheggio delle risorse naturali? Lascio questa domanda al cittadino italiano.
4) Ultimamente da noi si è spesso parlato di Land Grabbing, in Mozambico c’è questo fenomeno? Chi sono le società o le nazioni che fanno pressione in questo senso? A cosa vengono destinate le terre espropriate?
Sì, il Land Grabbing non è una pratica nuova. Vendere i terreni ad aziende come Anadarko o ai cinesi, ai brasiliani, sudafricani e agli indiani che li utilizzano per l'agricoltura, il turismo o di legno... è pratica comune. Ma c'è un’enorme differenza tra le infrastrutture che le aziende costruiscono per le comunità locali per ridurre la povertà e i loro guadagni.
A Pemba ad esempio la gente comune è stata convinta a vendere la propria terra in cambio hanno ricevuto cifre che non potevano nemmeno sognare. Ma alla fine, una volta che il denaro è finito non sanno come continuare a vivere.
La Nomenklatura politica del Mozambico è coinvolta in prima persona nel Land Grabbing per i loro tornaconti personali. Come accennato in precedenza, le concessioni minerarie nascono come i funghi. Se apri un qualsiasi quotidiano i nomi ci sono tutti.
5) Green Timber è uno dei tuoi bersagli preferiti in quanto è uno degli operatori forestali più grandi e più presenti in Zambesia. Se andiamo in internet non troviamo molte informazioni riguardo questa società. È come combattere con i mulini a vento?
Infatti, in termini di volume, la Green Timber esporta in Cina 350.000 m3 di legname in tronchi, e sono solo le cifre del 2011. Ma se guardiamo le relazioni annuali del DNTF, l'importo totale registrato di legname esportato dal Mozambico nel mondo è solamente 212.000 m3. Il confronto fra queste cifre dimostra senza alcun dubbio l’esistenza di legname di contrabbando che viene esportato.
Non c'è nessun fantasma da combattere ma persone in carne ed ossa?
Sono le persone che stanno dietro a questa e alle altre società coinvolte nel contrabbando di legname dal Mozambico! Noi lo sappiamo e lo sa anche il governo. La domanda è perché il governo non prendere seri provvedimenti contro questi individui? Tra di loro si chiamano compagni che “combattono la stessa lotta”, non contro ma a favore della corruzione.
“Prima come adesso:
Le schede analizzate dal sito dell’UN Comtrade ci suggeriscono che il volume dei tronchi che la Cina dichiara come importazione è cresciuto rapidamente dal 1990, in particolare nel 1997, ma ha avuto una decrescita fra il 2008 e il 2009. In Cina l’importazione di legname già tagliato sono aumentate a compensare il declino dei tronchi grezzi (70,000m3 nel 2009 – equivalenti a circa 120,000m3 tronchi grezzi).
Il valore delle importazioni per metro cubo di tronchi, è aumentato da circa $ 250/m3 a circa $ 450/m3 tra il 2000 e il 2008. Al contrario, i valori delle esportazioni sembrano essere variati su una media di $ 150/m3. Anche se questo potrebbe implicare la crescita dei prezzi di trasferimento del legno di frodo, i costi del trasporto sono aumentato in maniera molto consistente verso la fine di tale periodo [Ocean Freight Index]”.
Tant’è che il governo finlandese ha deciso di tagliare le spese in materia di deforestazione in Mozambico perché il governo Mozambicano non ha rispettato le condizioni del contratto. La politica di "rivoluzione verde" del Presidente Guebuza è un fallimento completo. Recentemente Matti Kääriäinen del governo finlandese ha detto che Helsinki ha deciso di abbandonare il suo sostegno al settore forestale a causa dei risultati deludenti... (Lusa)”
6) Sarebbe possibile trovare delle connessioni fra Green Timber e le multinazionali che utilizzano il legno illegale una volta uscito dal Mozambico?
In questo modo si potrebbe spostare il livello dell’informazione da locale a globale, con azioni di boicottaggio verso le società che si riforniscono di legname illegale.
Credo che sia possibile passare ad un livello di informazione globale per boicottare le aziende che forniscono legname illegale. Per esempio seguendo le multinazionali in Cina. I dati che appaiono anomali nei tabulati sono attribuibili ai tronchi dichiarati come importazione per le imprese situate in Pechino Chaoyangqu (nel febbraio 2007), Shanghai Xuhiuqu (febbraio e giugno 2007), Zhejiang Wenzhou (agosto 2007), Zhejiang Huzhou (settembre 2007), e Guangdong Guangzhoushi (aprile 2006 e aprile 2007).
Si può notare come i dati del valore corrispondenti alle importazioni mostrano lo stesso modello (non ci sono anomalie apparenti di valore dell'importazione per unità di volume di legno)". E questo accade non solo in Cina. Intendiamo continuare a lavorarci su!
Grazie Estacios per il tuo lavoro.
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Jornalista Moçambicano atribuído prémio de jornalismo de investigação
FAIR/Estacios Valoi
Fotos:Luis Nhanchote
02/11/12
(Joanesburgo) Trata se do jornalista deste Jornal Estacio Valoi que semana finda arrecadou o premio na área de jornalismo de investigação atribuído pelo Fórum para Jornalista de investigação da Africanos (Fair).
O prémio foi atribuído semana finda durante o jantar do Fórum para jornalistas de investigação (FAIR), uma associação Professional de editores e jornalistas, juntamente com 2012 Power Reporting Conference na Universidade Wits.
O prémio foi atribuído após a realização da conferencia anual do FAIR que acomodou cerca de 200 participantes vindos na sua maioria da África, Europa, Asia, America.
Fórum submetidos ao premio 36 artigos sendo 27 em Inglês, 7 em Francês e 2 em português, o que segundo o jurado, “ um grupo impressionante” devido ao nível dos concorrentes, os trabalhos apresentados, pesquisas feitas na sua elaboração, algo superior comparativamente ao na transacto.
“Reflectindo a diversidade da África sub-shariahana em três idiomas”, aclamados pelo jurado.
Fizeram parte do jurado, editores e consultores na média Gwen Ansell, Mark Lee Hunter do INSEAD e co-autor de “Story Based Enquiry”, Tito Ndombi da News África, o Instituto de formação de jornalistas de Kinshasa Ifasic, o catedrático e decano do jornalismo Moçambicano Joe Hanlon, Brant Houston, o Representante da área de Jornalismo de Investigação da universidade de Illinois e David Kaplan, director do secretario da Rede Global de Jornalismo de investigação (Global Investigative Journalism Network secretariat).
O primeiro premio no valor de 4000usd foi atribuído a uma equipa de jornalistas de investigação de renome do jornal “Sundey Times” Stephan Hofstatter, Rob Rose e Mzilikaza wa Afrika que foi ao pódio com o artigo “Shoot to Kill: Dentro da polícia sul-africana. Unidade do crime organizado sul-africano celebra depois de ter morto cinco suspeitos de roub.
Devido ao impacto, tópico em si só perigoso, com todas as evidências documentadas, acesso a testemunhas, a magnitude do trabalho investigativo e a forma como foi compilado, o jure achou qualificado para arrecadar o primeiro premio.
O segundo lugar coube a Estacio Valoi do Jornal Zambeze com o montante de 2500usd pelo seu trabalho em destapar a corrupção no governo na exploração ilegal da madeira na província da Zambézia em Moçambique com o artigo intitulado Lideres coniventes no saque da Madeira na Zambézia (Leaders Connive in the Looting of Timber in Zambezia), apresenta um turbilhão, o nível profundo das ramificações da correlação, trazendo ao de cima nomes e evidencias documntadas.
Na categoria dos honrados fazem parte Solomon Adebayo da Rádio Nigéria por trazer a ribalta a situação crítica em que o hospital funciona, Kassim Mohammed do Star FM no Kenya por se infiltrar seio de uma Gang da comunidade de Eastleigh Nairobi, com coragem fez a investigação e Eric Mwambe que escreve para o jornal Le Phare e L’Eveil pelo seu artigo carregado de estorias horríveis relativamente as condições de mineração na Republica Democrática do Congo.
Source: Global Investigative Journalism Network (GIJN) - http://www.gijn.org/2012/10/31/gutsy-exposes-undercover-work-earn-top-honors-in-2012-african-investigative-journalism-awards/, www.valoie.blogspot.com.
Gurué cidade vermelha
Chá do Gurue fica para a história?
Subscrever:
Mensagens (Atom)