quinta-feira, 29 de novembro de 2012
“Pobreza é negra, contra face da mulher, cara da população rural’ Diz o primeiro ministro da Namíbia Nahas Angula
“Pobreza é negra, contra face da mulher, cara da população rural’
Diz o primeiro ministro da Namíbia Nahas Angula
Estacios Valoi
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/11/12
(Windoek) Nahas Angula recentemente capa num dos jornais da Namíbia o ‘Village’ Segundo o qual o nome do ministro esta vinculado a um escândalo do negocio dos Mercedes Benz que envolve a representação desta fabricante de automóveis na África do Sul e a empresa Ongushu Trading cc a qual acredita se ter ramificações com o primeiro ministro da Namíbia
Foram 5 milhões de dólares Namibianos pagos pelo governo daquele país de um montante 16 milhões de dólares, o que em meticais do valor gasto daria na sua totalidade mais ou menos 15.000.000 MT gastos para a aquisição de 25 Mercedez Classe-E, que todavia não foram entregues a aquele governo devido a alguma anomalia registada nas negociações.
Prossegue a investigação sobre este caso do negocio mal parado para se apurar como ‘e que o nome de Nahas Angula aparece vinculado a Ongushu Trading cc mas que segundo o próprio ministro falando a nossa reportagem num encontro organizado em Windoek pelo “Open Society Initiative for Southern Africa (OSISA), quanto ao desenvolvimento daquele Pais, Região, disse nada ter a ver com o caso.
EV -Que relação tem o ministro com o escândalo dos Mercedez Benz?
HA- Pensei que isso fosse parte do mau desenvolvimento dos nossos empreendedores, tentando cortar as pontas. Há muitos angolanos em volta. Uns querem relacionar o meu nome com Mercedez Benze. Essa será a história do ano. Primeiro não admiro Mercedez Benze muito menos os seus produtos devido ao historia do grupo, seu papel na historia, lá na Alemanha. Para dizer que alguém que queira relacionar o meu nome com a Mercedez Benze deve estar de alguma forma louca, doente, mas as pessoas podem escrever. Namíbia ‘e uma sociedade livre. Simplesmente não acredite em tudo que lê.
Penso que estas a falar da companhia que requisitou os carros da Mercedez Benze na África do Sul mas que de alguma forma o processo foi interrompido. Essa é a estoria. Quero dizer que parte da nossa história é uma história de maus empresários que querem cortar as pontas de forma a enriquecer rapidamente, é parte da história do emponderamento da população negra (black economic empowerment). E, infelizmente estes não tiveram a mesma sorte, porque durante o processo de tramitação alguém despertou e disse: Isto não esta claro, e, interrompeu se o negocio. Ė o que eu penso que aconteceu.
Depois de um breve historial sobre a Namíbia feita pelo ministro “a Namíbia continua sendo um país subdesenvolvido, temos desafios, desemprego, pobreza, distribuição desigual dos ganhos de que o país beneficia, estes são os tipos de desafios que temos, como uma jovem nação. Realidade africana”.
EV- Qual é o actual Produto interno Bruto da Namíbia PIB?
HÁ -Queres que ti diga quanto tenho no meu bolso? A economia namibiana ‘e muito pequena, quiçá a mais pequena na África austral, o nosso PIB esta cima de 100 bilhões de dólares namibianos, se dividires por 6/7 vais ver quantos dólares americanos são.
Em termos de beneficio social o que isto significa?
Significa o que produzimos aquilo que ganhamos, é o que a Namíbia produz por ano, o nosso produto perca pita é algo como 60 mil dólares por ano. Mas os números podem enganar, porque em África a Namíbia ‘e uma das sociedades desiguais devido ao nosso legado do Apartheid, algumas pessoas tem mais e outras nada, a distribuição da riqueza entre a população é injusta, um desafio que temos para minimizar esta diferença no seio da nossa população.
Provavelmente em Moçambique não enfrentam a mesma situação porque a vossa situação é muito diferente mas aqui devido a nossa história de privação ao longo das linhas raciais. A pobreza também é racial, o que significa que a pobreza é negra, tem a cara da população rural, é a contra face da mulher. Essa é a natureza da pobreza aqui na Namíbia.
Como governo vocês tem um plano de distribuição da terra para maioria da população negra?
Sim. Penso que no Zimbabwe, África o sul e Namíbia enfrentam os mesmos desafios porque á ambos a terra nos foi retirada durante a época colonial. Talvez o ocidente tenha retirado a terra a Namíbia porque aqui ocorreram massacres, sua terra lhes foi retirada a força e redistribuída entre os colonos, é uma história dolorosa. Temos um programa de redistribuição da terra sustentada por dois pilares. Temos programa de reassentamento o governo compra a terra dos proprietários comerciantes e redistribui para os sem terra, subsídios através da lei de empréstimos monetários para a aquisição da terra de forma a permitir que os camponeses comprem a terra. Estas actividades são desenvolvidas nos termos de vendedor e comprador, e, aí é que o problema começa.
Quem quer vender e comprar. Quer dizer que os actuais proprietários da terra, caso queiram vender a sua terra, a primeira coisa que tem que fazer é predispor a terra a governo. O governo vai avaliar e estipular o valor da terra e, ver se é adequada para o reassentamento, se achar que sim negoceia com proprietário e compra.
O outro pilar é, inspirar os agricultores negros a negociar com os proprietários de terra e obter empréstimo através de um banco agrícola que subsidia a taxa em interesse no processo da compra. Como disse esta questão de compra e venda é problemática porque os proprietários da terra querem obter ganhos elevados pelas suas terras, o que faz com que as suas terras não possam ser adquiridas. Esta combinação dos preços elevados e a compra da terra por parte do governo frustram a politica do empréstimo.
Os truques.Um deles os proprietários declaram falência e vêem as suas terras serem vendidas em acções e, claro que qualquer cidadão estrangeiro pode comprar ou registam as suas machambas como empresas, quando querem vender as suas machambas vendem como se estivessem a vender uma empresa, mas de facto estas a comprar terra porque esta companhia representa a terra, vem com muitos subterfúgios para frustrar a política governamental e, assim começa o problema. Recentemente o governo veio com a taxa da terra da qual os farmeiros reclamam.
Também, estou satisfeito por ser um pequeno farmeiro comerciante, a taxa é muito punitivo, eu próprio sinto mas a ideia ‘e que talvez com uma taxa punitiva os farmeiros sejam forcados a libertar a sua terra para o governo, com o objectivo para a redistribuição. Claro que somos um país regido por leis, se o cidadão achar que a tal politica na é boa! Eles gostam de correr para os tribunais e tentar fintar a política do governo, isto é uma luta, continua e esperamos vitória certa na questão da terra.
Na SADC, a pobreza, os desafios são os mesmos?
Namíbia, Malawi ambos membros da SADC e estou seguro que ao nível da SADC trocamos experiencias. Uma das coisas que efectivamente não estamos a fazer como africanos é de facto criar uma plataforma através da qual possamos trocar experiencias, estorias de sucesso ou não. Facto é que não temos uma plataforma adequada para tal, a maioria das coisas são feitas a nível político, todos querem ser bons uns para com os outros, não estamos a falar da rede interna, dos problemas que enfrentamos nos nossos países, problemas da transformação económica, pobreza, juventude, desenvolvimento rural e muitas outras coisas; O único país em África que tentou ajudar aos outros países no continente em termos de desenvolvimento foi a Nigéria.
Quando a Nigéria estabeleceu os objectivos do desenvolvimento, onde quadros, técnicos nigerianos estavam prontos para ir a outros países africanos ajudar a custa do próprio governo nigeriano ou seja lá o que for, é o único país em África que conheço, que tentou concretamente e, de uma forma particular fornecer a outros países africanos os seus técnicos para promover o desenvolvimento africano. Infelizmente será assim porque enfrentamos os mesmos problemas.
Vou contar te uma historia interessante sobre Malawi e Namíbia. Em tempos uma empresa de australiana veio a Namíbia para fazer mineração. A mesma empresa foi a Malawi para exploração de urânio, lá descobriram urânio. Deste que estavam a explorar na Namíbia, os namibianos que poderiam operar com as suas maquinarias na Namíbia; Recrutaram namibianos para trabalhar com as suas máquinas. Quanto ao Malawi, estou certo que o governo Malawiano não tinha conhecimento sobre o que estava a acontecer! Ė uma relação de trabalho que foi criada por uma agência externa e não pelos africanos, não por nós, esta é a moral da história.
As vezes nós africanos somos levados a união e/ou unidos pelos estrangeiros, agencias como esta mineradora australiana a qual levou a mão-de-obra namibiana para o Malawi, contudo, entre nós dentro a própria SADC por vezes não permitimos a livre circulação de pessoas. Algo que me preocupa, é uma historia triste. Nem estamos lá para permitir a livre circulação das nossas próprias pessoas na nossa região!
As discussões a nível político são no geral boas mas quando vem a prática, a solução dos problemas, por vezes…não sei, talvez seja algo africano, não valorizamos os nossos próprios engenheiros, técnicos e não sei como ultrapassar isto, cabe aos jovens africanos pensarem nisto. Namíbia é um importante país na SACD, recentemente esteve na presidência da SADC e continua com um papel importante.
Como SADC estamos a dar algum passo em frente, soluções? Qual ‘e seu ponto de vista relativamente a crescente presença da China na região e na Namíbia?
Namíbia é um dos países pequenos da SADC com uma população de 120 milhões apenas. Integração regional! Para nós políticos essa é a canção mais cantada mas quando vem já a fase de implementação, na realidade não se vislumbra nada, o mesmo com o comércio regional. Em outras fases vendíamos peixe para o Zimbabwe, não sei se os zimbabweanos desistiram ou se isto continua a acontecer, falo apenas de questões de simples comércio. Como africanos não estamos lá. Queremos ver através da integração regional e não slogans. Para este propósito, a Namíbia predispôs se a ser o epicentro na SADC, um país com uma costa extensa e, como nossa forma na contribuição regional, ainda nos abrimos á muitos proprietários de terras dos países vizinhos, facilidade no uso do porto para que os nossos vizinhos usassem esses serviços nas suas importações/ exportações.
Mas como sabem, nós como africanos sempre levamos o nosso tempo, morosidade para fazer, ter as coisas feitas, então ainda estamos a caminhar a questão da integração regional de facto. Á três anos era para termos um comercio livre mas não vejo. Ė Um problema africano. Vocês deviam investigar porque é que nos comportamos desta forma. Estamos todos integrados mas na agimos como tal, não estamos a fazer, preferimos olhar para outros em outros quadrantes. Estamos a falar da china. O que há em especial sobre a china? Porque é que não nos perguntamos quantos alemães estão na Namíbia. Também estão interessados na china? Porque pensam sobre a China, com que objectivo? Viste muitos chineses? Namíbia é encontro de todo o mundo, podes encontrar portugueses, alemães, afrikaaners, Tswanas e outros, aqui temos muitas pessoas. Porque simplesmente a escolha da China? Que há de especial? Estamos certos que queremos cantar a música de outras pessoas ou que não estamos a cantar? Falei sobre a mineradora australiana, porque na questionaste sobre esta empresa, são os que estão a cavar buracos aqui e lá na mineração. Sim aqui há chineses como existem americanos, alemães.australianos, sul-africanos.
Da independência 1990 que se fez para aliviar a pobreza aqui na Namíbia?
O nosso governo sempre teve programa para a redução da pobreza, juventude, desemprego até um programa extenso de segurança social para órfãos, portadores de eficiência física, idoso…mas não estamos de facto a ultrapassar. Redução lenta da pobreza sim, mas o problema é a natureza da nossa economia na sua maioria extractiva, mineração, pesca, agricultura, turismo, é o que é a economia namibiana; Para além disto temos pessoas no comércio, a vender produtos produzidos por outras pessoas e claro um grande governo do qual faço parte mas as estruturas da nossa economia são tanto quanto, não estão prontas para uma abertura, possibilidades para mais pessoas fazerem a prospecção.
Imagina os principais envolvidos na mineração. São companhias multinacionais e a mineração é um capital denso, não sei se teremos a oportunidade de nos levar a algum sítio. Vão lá ver as máquinas enormes que estão nesses campos. Só podes fazer parte como trabalhador mas lá estão as grandes máquinas. Então só podes ter um crescimento interno mas sem uma redução tangível no desemprego devido a este tipo de economia.
Sugerimos que se e facto queremos lidar com a questão da pobreza, desemprego, temos que transformar estas economias de algum modo para criar mudanças no processo, única forma de expandir as possibilidades para as pessoas terem emprego ou participar na economia. Não vejo como enfrentar a pobreza, desemprego se não lidarmos com os problemas estruturais da nossa economia, não vejo como enfrentar a pobreza. Nao vislumbro.
Namíbia cheia de buracos ..Australianos? Quer dizer que na questão da mineração em África vamos ficar com buracos enquanto os outros levam dinheiro?
Questão da mineração em África! Esta é a realidade da nossa história, não sei quanto a Moçambique. Há um relatório que foi publicado nos princípios deste ano sobre como a África esta a perder dinheiro em resultado da forma como as multinacionais negoceiam, comercializam com a África. Por vezes através da transmissão de preços, conhecimentos. África tem perdido seu dinheiro, não obtêm o valor real dos seus recursos. Ė um relatório sobre o qual penso que a União Africana tem vindo a investigar e esse é o nosso problema. Se não trabalharmos seriamente no sentido de transformar as nossas economias, continuaremos a ser perdedores no processo.
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Graça Machel versa sobre malnutrição na Namíbia
Estacios Valoi
21/11/12
(Namíbia Windoek) Enquanto o mundo celebra o 23 aniversário da convenção dos direitos da criança, a advocacia dos direitos humanos a criança, Graça Machel é a convidada pelo governo local e a UNICEF para fazer parte e um encontro sob o lema Escalar a nutrição que esta a decorrer na capital namibiana Windoek deste ultima terça-feira sobre a problemática da malnutrição neste país.
Graça Machel que vai permanecer neste pais até o dia 22 este mês, segundo sua agenda para além de mater encontros com parlamentares namibianos, próprio primeiro-ministro vai visitar o hospital no maior bairro da Namíbia Katutura com cerca de 110 mil habitantes onde vai interagir com crianças e adolescentes, dialogar com as mulheres da organização Caucus.
A Namíbia que enfrenta problemas de malnutrição crónica precisa de investimentos para continuar a reduzir a situação crónica de malnutrição, pobreza, desigualdade social que enferma o pais que a esteira de um dos estudos feitos pelo departamento do tesouro local apesar a redução do índice de crianças vivendo na pobreza terem sido de 43% entre 2003/4 em 2010/11 foi 34%. O mesmo também ilustra que a pobreza esta concentrada em zonas rurais, entre certos grupos linguísticos, famílias alargadas e famílias com crianças.
No encontro antecedido a chegada de Machel, o Primeiro-ministro da Namíbia Nahas Angula falando a nossa reportagem em Windoek disse que o seu pai regista um elevado índice de mortalidade infantil.
“Sobre o desenvolvimento do Millenium. Sei que não vamos alcançar o objectivo cinco que é sobre saúde materno, mortalidade infantil. Na Namíbia temos um índice elevado de mortalidade infantil, e, constatamos que parte disto é derivado do ao alto nível de malnutrição, especialmente em crianças abaixo dos cinco anos de idade.
Por esta razão estou a coordenar um grupo multissectorial, incluindo o governo, sector privado, Agencias das Nações Unidas chamado Aliança Namibiana para Melhorar a Nutrição (NAFIM) e, a Senhora Graça Machel tem um grande interesse na nutrição das crianças africanas.
Como parte do nosso esforço para alertar e difundir as nossas mensagens nutricionais, nós o governo da Namíbia e a UNICEF convidamos a senhora Machel para nos ajudar a criar mecanismos próprios de alerta sobre os desafios da malnutrição, especialmente entre as nossas crianças.
Somos parte de um movimento global chamado “Melhora a nutricao (Scale up nutriction). A senhora Machel vem cá contribuir ajudar a encontrar formas em com melhor enfrentar esta problemática, mensagens a serem difundidas e esta quarta feira estará no parlamento para versar sobre esta temática nutricional em África. Esta é a ideia e estamos muito agradecidos. Disse Angula
Estima se que actualmente o impacto da malnutrição na Namíbia esta na casa dos 30% entre crianças abaixo dos 5 anos de idade, 95% de mulheres grávidas tem acesso a cuidados pré natal e mais de 80 receberam cuidados profissionalizados, como parte dos objectivos do Millenium espera eliminar em próximos anos a transmissão vertical do HIV da mãe para filho: as taxas do envolvimento escolar estão acima de 95%, acesso a agua, e, esse a introdução da facilidade de registo e nascimento e acesso a saúde registadas aumentaram de 30 para 60% entre 2008/11.
No comunicado enviado a nossa reportagem Angula diz que a visita de Graça Machel, desde a independência deste país, “efectua se numa fase própria em termos de progressos alcançados pela Namíbia nos sectores da Educação, Saúde, acesso a agua potável e protecção”. Contudo para se nas percentagens.
Por sua vez Graça Machel sente se honrada por poder contribuir com os seus conhecimentos para a erradicação da malnutrição
Graça Machel presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC)
“Sinto me honrada em estar aqui para apreender sobre os progressos alcançados sobre os direitos da criança relativamente a Saúde, nutrição, educação e protecção.
Deveras disposta a contribuir com os meus conhecimentos para ajudara a acelerar o esforça da Namíbia especialmente na melhoria do bem-estar a criança através da promoção da boa nutrição. Namíbia registou consideráveis progressos n crescimento economia e em outras áreas sociais mas continua a haver disparidade entre as altas taxas de malnutrição crónica entre crianças abaixo dos cinco anos”.
O governo namibiano esta comprometido a acelerar os seus esforços e mobilizar mais recursos para assegurar que alcancemos os objectivos d Millenium ate 2015 fazer com que a malnutrição seja erradicada na Namíbia. Também sabemos que não podemos fazer isto sozinho. Por isso o convite da Senhor a Machel. Enfatizou Angula
Shishani cantora, compositora a raiz namibiana
Estacios Valoi
22/11/12
(Windoek) Shishani de mãe namibiana e pai Belga, de origem namibiana nascida na Holanda onde teve toda a sua infância mas sempre com um pé nas suas raízes, foi numa das salas culturais mais badaladas de WINDOEK onde a encontramos num sarau cultural a mistura e musica poesia. “Toda a minha vida passei na Holanda mas a alguns anos tenho vindo a Namíbia.
EV -Há quanto tempo andas nas lides da música?
SV -Penso que toda a minha vida mas a dois anos comecei a fazer meu projecto a solo, escrever as minhas músicas, antes trabalhei com outros músicos. Exactamente a dois anos que desenvolvendo este projecto que hoje viste.
EV -A musica encontrou te pelo caminho ou foi contrario?
SV -Foi na minha nascença. Tenho uma família de músicos.
EV -Isto te inspira?
SV -Penso que sim, o que o meu background me trouxe foi a oportunidade de poder conhecer os vários tipos de musica, mas penso que foi a minha própria viagem que me permite escrever musicas sobre o que sinto e que é importante.
EV -A que te referes quando falas de background familiar?
SV -Meu pai é um auto didacta que toca piano clássico, meu irmão jazz pianista, e, desde os quatro anos comecei a tocar violino, passei para a bateria, depois comecei a cantar quando tinha 17 anos e a dois anos comecei a tocar guitarra.
EV -Que vens bebendo em termos de musica desde a tua infância?
SV -Diferente musica, estilo. Do meu pai a música clássica ocidental, pela TV muito pop, mais tarde R&B e a minha viagem de pesquisa, foi inspirado pela música Soul, principalmente a música americana por era a única sobre a qual tinha acesso na altura.
EV -Actualmente que tocas?
SV -Penso que é uma mistura. Ė definitivamente Soul, inspiradora mas também elementos diferentes como Reggae, Folk, Tracy Chapman, pode ser qualquer coisas, musica rock, é vasto.
EV -Tens ritmos diferentes. Quem é mulher por detrás da artista que és?
SV -Não sei. Ė como… No geral tento ser uma activista com a minha música, falar das coisas que acho pertinentes, a nível cultural, ambiental. Tento falar de coisas que penso serem importantes.
EV -Que viagem nostálgica a sua infância podemos fazer?
SV -Era uma criança solitária, cresci comigo mesma, sempre a pensar, girar em torno da vida, coisas e a minha mãe sempre contou me sobre o background namibiano dela, a vida em África, as oportunidades e espaços que eu tinha, que ela não teve como criança. Então cresci em dois mundos. Por um lado a veia europeia que me da muitas oportunidades e por outro lado uma viagem ao background africano da minha mãe, como ela teve que lutar para se tornar naquilo que ela é hoje.
EV -Qual é o teu ponto de vista sobre estas duas realidades?
SV -As oportunidades em ambos os lados. Podes aprender nos dois. O que eu aprendi. A minha mãe e o meu pai não eram pessoas ricas, mas tiverem que lutar arduamente para chegarem onde hoje estão. Foi o que eu aprendi dos dois e, isso é europeu e africano. Não quero dizer que a Europa foi sempre rica, e África pobre. Não. Agora a África mostra e ensina me a importância da socialização, estarmos juntos para fazer algo, mudanças. Para mim a Europa foi uma oportunidade de me tornar eu mesma, dona do meu nariz, desenvolver a minha individualidade. Tive varias oportunidades. Para estudar, fazer musica, desporto em fim. Penso que ‘e diferente. As pessoas dizem que a Europa é individualista e a África é, como uma vida comunal. Mas se olhares para os lideres africanos, não há uma vida comunal, é individualista, muito centrada, egoísta.
EV -Temos lideres fantoches?
Sim.
EV -Mas antes, quantos álbuns, musicas tens?
SV -Tenho um IP lançado com sete musicas intitulado povo namibiano (Windoek People) porque compus todas as musicas aqui e uma das musicas é intitulada Windoek. Vai ficar aqui na Namíbia, era mais uma espécie de demo. Estou a trabalhar no meu álbum e espero lançar até marco do próximo ano.
Estou cá na Namíbia por três semanas porque vim fazer parte do Windoek jazz festival em que participou a cantora sul-africana lira, estou a estudar em Amesterdão.
EV -Tens dois temas virados para a questão ambiental. Com os nossos líderes fantoches envolvidos em negócios de recursos naturais. Qual é o teu ponto de vista?
SV -Escrevi dois temas, hoje toquei um destes, o primeiro é intitulado País limpo (Clean Country), escrevi basicamente contra a poluição, países, companhias que querem por exemplo, criar energia nuclear, lidar com lixo nuclear, poluição, como as companhias petrolíferas que descarregam tóxicos, seu lixo nas nossas águas, terra, não apenas em África. Não sei o que esta a acontecer na índia, Ásia, América do sul. Mas são mais companhias americanas, europeias, Austrália com multinacionais espalhadas pelo mundo, mineração de urânio, todo o tipo de recursos e não se preocupam com o lixo. Em geral vão para os países pobres onde tem a oportunidade de a seu bel-prazer fazerem as suas vontades, estragar porque não existe um governo forte que os possa impedir de consumar seus actos.
A outra musica é intitulada visão curta (short term vision), porque as pessoas actualmente s’ pensam em ganhar facilmente. Há uma empresa e dizem…uau vamos fazer uma companhia aqui, produzir energia nuclear, há riscos de se produzir algum lixo, mas é bom para a economia, as pessoas podem trabalhar, haverá empregos e o governo! Por exemplo aqui na Namíbia, dizem, sim venha faca a sua mineração, a sua produção de energia nuclear.ou lixo, atribuem lhes a terra.claro que essas companhias compram ou dão algo ao governo. Mas não se apercebem que o que hoje esta a fazer vaia afectar as gerações vindouras, nos próximos 10, 30 anos...200...em torno do nosso meio ambiente. Estamos a poluir, há espécies, morrem e não vamos ter mais. Desaparecem, agora estamos perdidos. Já tens o dinheiro e vais te embora.
EV -Queres dizer que vamos acabar ficando com uma Namíbia cheia de buracos enquanto os outros saem com o dinheiro?
SV -Ė exactamente isto, é triste e não é só a Namíbia, não só na África mas em geral, naquilo que as pessoas consideram de países do terceiro mundo. Os países fortes irão a esses países, explorar, fazer e desfazer, tornarem se ricos e abandonarem o pais, deixando o com problemas e na há forma de solucionar isto porque não há muitas facilidades, condições para limpar tudo que foi estragado, poluído, não podes purificar a água que foi contaminada, limpar o ar do lixo do urânio.
EV -Pensas que a tal responsabilidade social onde tentam adormecer o povo é funcional..construímos uma escola, posto ..Empregos.comparativamenet com os males ambientes que ficam, justificação do governo na apenas aqui na Namíbia?
SV -Penso que é triste. Espero que de alguma forma possamos levantar um alerta em grande escala, muitas pessoas dizem como tu. Não podes vir aqui levar o que queres e íris embora. Mas porque em geral a pessoa que estão em posição frágil ou numero reduzido, não pode enfrentar o governo, a sua polícia, estratégias. Ė difícil mudar isso? Tem feito parte da história. Reis ou rainhas, seja o que for,clamam a riqueza apenas para eles e deixam o povo com a sua pobreza, continua a acontecer e vai acontecer no futuro. A questão é que agora com o poder dos media…revolucao árabe, junta todas as pessoas, levantam se e dizem não queremos este líder. Não nos estão a tratar como deviam. Então penso que é responsabilidade das pessoas que acreditam em algo, mobilizar e unir as pessoas tentar fazer mudar as coisas. A mudança não vira do céu .
terça-feira, 20 de novembro de 2012
MOZAMBIQUE: Estacio’s Forest
By :
Pietro Guglielmetti
Edicted by:Cenqiz Aktar, a professor of Political Science at the University of Istanbul
Estacios Valoy is a journalist of the Zambezi Newspaper, but first of all, my friend. For three years we have exchanged weekly emails. They updated me on what is happening in Mozambique. When I don’t receive mails from Estacios I just take a look at his blog (http://valoie.blogspot.it/) to find out where he is, and in what trouble he’s getting into. That’s how I found out that on November 2, at Witts University of Johannesburg he has won the FAIR award for the best article in the field of investigative journalism with a courageous piece in denouncing the looting of forest resources in the province of Zambezia (northern Mozambique) with the complicity of the political authorities and the law enforcement agency.
1) Estacios are you worried? The prize is something that gratifies yes, but don’t you think that it would put you in an awkward position with respect to all the people you denounce?
Unfortunately investigative journalism is open to harassment and threats. I, as any other investigative journalist, always face these problems. But I work to inform the public. Regarding the people involved on timber looting, generals, governors, community leaders, ordinary people, I could say that I shall keep writing despite the dangers. Although I live with one eye and one ear always on alert, it is my duty towards future generations to denounce this awful crime.
Unfortunately in countries like Mozambique, leaders commit errors and at the end of the day they are re-appointed to other positions. They are basically those who support President Armando Guebuza’s 3D policy: Disintegrate Destabilize and Dismount. In exchange of their loyalty they get the authority to control natural resources.
Regarding the prize, I was surprised when the presenter announced my name. It gratifies me but I got my real prize when the story was first published. The prize will cover the expenses of my investigative work. I think the prize also opened some new doors. For now I keep working.
2) We keep writing but it seems to me that nothing changes. All these efforts to shed light on illegal trafficking of timber and timber companies continue to do their business, you continue to investigate, and the forest disappears. What do you imagine will happen tomorrow?
Some people say that Africa is dynamic, vibrant and is the future! Africa is changing rapidly. High economic growth rates, immense natural and human resources, developments in communication, better and accountable systems of government are transforming the continent. Usually such statements are made by senior government officials to hide their disastrous accounts while they enjoy life on the swimming pools and earn good salaries. The fact is that while Africa is becoming economically attractive life of Africans is not improving.
The truth is that the Mozambican citizen is awake and claiming for his/her rights. Now all the public figures must declare their possession. A new law was approved last week. We want to have our future in our hands.
I agree with you view point when you say “seems to me that nothing changes”. But changes happen despite the lack of accountability on extractive policies, constantly violated by individuals, including government officials. For example “African mining vision” a document to be launched next year in Ethiopia, focuses on how better Africa can tackle the issue of extractive resources.
My concern is how seriously these codes of conduct and action plans will be taken in consideration and implemented. Usually some agreements are disregarded when it comes to face the facts. Like before in the forest sector, today in Mozambique the mineral concessions are being approved like mushrooms. Once again officials are grabbing the concession, thus privileging a small group of people.
As some local analysts such as Firmino Mucavele say ‘we are walking 200 km per hour instead of 10 km per hour and we will end up with a country full of holes while some are taking the money away. I do subscribe. Measures need to be taken to avoid the errors of the past.
3) Do you know that in Italy few people know where Mozambique is, and even fewer know that the wood-floors of their homes come from your forests?
I think it is a matter of conscience, curiosity. This is an issue affecting the entire global community. Take the climate change. How can they better address this issue without having any idea about what is happening in other parts of the world in terms of deforestation? Africa has been a source for many European countries including Italy. The politicians know exactly where Mozambique is.
I think now the people need to know where Mozambique and other African countries are. They should know also if their tax money is duly utilized in form of development aid. In Mozambique we have quite a number of Italian NGO’s operating. Perhaps they have to create a new NGO called ‘Dead Aid’ to raise awareness on the plunder of natural resources? I leave this question to the Italian citizen.
4) We have often talked about land grabbing. Who are the companies or countries that are pushing in this direction? What happens to the expropriated?
Yes, grabbing of land is not a new practice. Selling, attributing lands to companies such as Anadarko or to the Chinese, Brazilians, South Africans and Indians for agriculture, tourism or timber… is common practice. But there is a huge gap between the infrastructure the companies built for local communities to reduce poverty and their benefits.
In Pemba for example ordinary people are convinced to sell their land. They receive amounts they cannot dream of. But at the end they don’t know how to continue to live once the money is extinguished.
Mozambican political nomenklatura is also grabbing land for their personal benefits. As mentioned above, mineral concessions are like mushrooms. You open the public newspapers “noticias” and they all appear there.
5) Green Timber is one of your favorite targets as it is one of the largest and most common woods in Mozambique. If we take a look with Internet research we cannot find a lot of information about this company. It's like fighting with no-one.
Indeed. In terms of volume, 350,000 m3 of timber in logs enter China and these are figures from 2011. But if you look to Mozambican annual reports from DNTF, the total amount registered of exported timber to the world is 212,000 m3. The comparison clearly demonstrates the timber smuggling.
There is no ghost to fight with but people? Who are the people behind this and other companies involved on timber smuggle in and from Mozambique! We know and also the government. The question is why does not the government take serious action against these people? As you know their call themselves comrades ‘fighting under the same struggle” not against corruption but in favor of it.
Before like recently.
Mozambique
The table above suggests that the volume of logs which China declares as imports from Mozambique increased rapidly since the 1990's - particularly during 2007 - but declined somewhat during 2008 and 2009. China's imports of sawn wood (70,000m3 during 2009 - equivalent to roughly 120,000m3 of logs) have risen, offsetting that decline.
Per cubic meter of logs, import values increased from about US$250/m3 to roughly US$450/m3 between 2000 and 2008. In contrast, export values appear to have varied about an average of US$150/m3 (using UN Comrade as the source of export values and China's import statistics for volume). Although this might imply (increasing) transfer pricing fraud, transportation costs rose very substantially towards the end of that period [Ocean Freight Index]”.
The Finish government decided to cut the expenses on deforestation in Mozambique because the Mozambican government has not complied with the requirements of the agreement. President Guebuza’s policy of “Green revolution” is a complete failure. Recently Matti Kääriäinen from the Finnish Government said that Helsinki decided to abandon its support on forest sector due the disappointing results... (Lusa)
6) Would it be possible to find connections between Green Timber and multinational companies that use illegal wood from Mozambique when it comes out of the country?
In my view you could move to the level of information from local to global, to boycott companies that supply illegal timber. I think is possible. For instance we follow multinationals in China such as: “The data which appear anomalous in the chart are attributable to logs declared as imports for enterprises located in Beijing Chaoyangqu (February 2007), Shanghai Xuhiuqu (February and June 2007), Zhejiang Wenzhou (August 2007), Zhejiang Huzhou (September 2007), and Guangdong Guangzhoushi (April 2006 and April 2007). Note: corresponding import value data show the same pattern (there are no apparent anomalies in import value per unit of wood volume)”. And this happens not only in China. Will keep working on!
Estacios Thanks for your work.
La foresta di Estacios (intervista di Pietro Guglielmetti)
MOZAMBICO:
Estacios Valoy è un giornalista dello Zambesi Daily News, ma prima di tutto un amico. Da tre anni abbiamo uno scambio di mail settimanale, con cui mi aggiorna su quello che succede in Mozambico. Quando non si fa sentire mi basta date un’occhiata al suo blog (http://valoie.blogspot.it/) per sapere dove si trova e in quali guai si sta cacciando. Il 2 novembre all’Università Witts di Johannesburg ha vinto il premio Fair per il miglior articolo nel campo del giornalismo investigativo con uno dei suoi pezzi coraggiosi nei quali denuncia il saccheggio delle risorse forestali in Zambesia (nord del Mozambico) senza preoccuparsi di fare nomi e cognomi, e di denunciare la complicità delle autorità politiche e delle forze dell’ordine.
1) Estacios sei preoccupato? Il premio è una cosa che gratifica ma pubblicizzare troppo i tuoi articoli non pensi che ti metta in una posizione scomoda nei confronti di tutte le persone che denunci senza mezzi termini?
Purtroppo il giornalismo investigativo è soggetto a vessazioni e minacce. Io, come qualsiasi altro giornalista investigativo, devo sempre affrontare questi problemi. Ma il mio lavoro rimane informare la gente. Per quanto riguarda le persone coinvolte con il saccheggio del legname, i generali, i governatori, i leader delle comunità, la gente comune, posso dire che io continuerò a scrivere nonostante i pericoli.
Anche se questo mi costringe a vivere con un occhio e un orecchio sempre in allerta, è un mio dovere verso le generazioni future per denunciare questo crimine terribile.
Purtroppo in paesi come il Mozambico (ndr: e non solo), quando i leader politici commettono degli errori c’è sempre un nuovo incarico o una promozione per loro. Sono fondamentalmente quelli che sostengono la politica 3D del presidente Armando Guebuza: Disintegrare, Destabilizzare e Distruggere. In cambio della loro fedeltà ottengono il controllo delle risorse naturali.
Per quanto riguarda il premio, sono rimasto sorpreso quando il presentatore ha annunciato il mio nome. Mi sento gratificato, ma il mio vero premio l’ho ottenuto nel momento in cui la storia è stata pubblicata. Il premio servirà a coprire le spese del mio lavoro investigativo e penso che potrà servire per aprire delle nuove porte. Per ora il mio lavoro continua.
2) Sono alcuni anni che ci scriviamo... a me sembra che non cambia nulla, tutti questi sforzi per mettere alla luce le illegalità del traffico di legname, le compagnie del legname continuano a fare i loro affari, tu continui ad investigare, la foresta sparisce. Cosa ti immagini possa succedere in positivo domani?
Alcuni dicono che l'Africa è dinamica, vivace ed è il futuro! L'Africa sta cambiando rapidamente. Gli alti tassi di crescita economica, immense risorse naturali e umane, gli sviluppi della comunicazione, migliori e più responsabili sistemi di governo stanno trasformando il continente.
Di solito tali dichiarazioni sono fatte dagli alti funzionari del governo per nascondere i loro conti disastrosi, mentre si godono la vita ai bordi delle loro piscine e guadagnano ottimi stipendi. Il problema fondamentale è che, mentre l'Africa sta diventando economicamente interessante, la vita degli africani non sta migliorando.
La verità è che i cittadini del Mozambico sono svegli e rivendicano i loro diritti. Ora, grazie ad una legge approvata all’inizio di novembre 2012 tutti i personaggi pubblici devono dichiarare i loro patrimoni. Vogliamo avere il nostro futuro nelle nostre mani.
Sono d'accordo con il tuo punto di vista quando dici "a me sembra che non cambia nulla". Ma i cambiamenti ci sono, nonostante la mancanza di responsabilità sulle politiche estrattive, che vengono costantemente disattese da tutti gli operatori, compresi i funzionari governativi. Ad esempio "African mining vision" che sarà presentato il prossimo anno in Etiopia, è un documento su come l’Africa può affrontare in modo migliore la questione delle risorse estrattive.
La mia preoccupazione è la serietà con cui vengono presi e attuati i codici di condotta e i piani d'azione. Di solito gli accordi vengono siglati, poi quando si tratta di tradurli in fatti concreti vengono puntualmente disattesi. Come accadeva anni fa nel settore forestale, oggi in Mozambico un numero spropositato di concessioni minerarie sono in corso di approvazione. Ancora una volta i funzionari stanno sottraendo la maggior parte delle concessioni per privilegiare un piccolo gruppo di persone.
Come dicono alcuni analisti locali, quali Firmino Mucavele “stiamo correndo a 200 km all'ora invece di camminare a 10 km all'ora e ci ritroveremo con un paese pieno di buchi, mentre alcuni stanno mettendo via i soldi”. Sottoscrivo. Le misure devono essere adottate per evitare gli errori del passato.
3) Sei cosciente del fatto che in Italia pochi sanno dove si trova il Mozambico, e ancora meno sanno che il parquet delle loro case viene dalle tue foreste?
Penso che sia una questione di coscienza e di curiosità. Si tratta di una questione che riguarda l'intera comunità mondiale. Prendete il cambiamento climatico. Come posso affrontare al meglio la questione senza avere alcuna idea di quello che sta accadendo in altre parti del mondo in termini di deforestazione? L’Africa è stata una risorsa per molti paesi europei tra cui l'Italia.
I vostri politici sanno esattamente dove è il Mozambico. Penso che ora la gente ha bisogno di sapere dove sono il Mozambico e gli altri paesi africani. Dovrebbero informarsi anche per sapere se il loro denaro pubblico è veramente utilizzato sotto forma di aiuti allo sviluppo. In Mozambico ci sono un certo numero di ONG italiane. Forse sarebbe necessario creare una nuova ONG chiamata 'Dead Aid' per sensibilizzare al saccheggio delle risorse naturali? Lascio questa domanda al cittadino italiano.
4) Ultimamente da noi si è spesso parlato di Land Grabbing, in Mozambico c’è questo fenomeno? Chi sono le società o le nazioni che fanno pressione in questo senso? A cosa vengono destinate le terre espropriate?
Sì, il Land Grabbing non è una pratica nuova. Vendere i terreni ad aziende come Anadarko o ai cinesi, ai brasiliani, sudafricani e agli indiani che li utilizzano per l'agricoltura, il turismo o di legno... è pratica comune. Ma c'è un’enorme differenza tra le infrastrutture che le aziende costruiscono per le comunità locali per ridurre la povertà e i loro guadagni.
A Pemba ad esempio la gente comune è stata convinta a vendere la propria terra in cambio hanno ricevuto cifre che non potevano nemmeno sognare. Ma alla fine, una volta che il denaro è finito non sanno come continuare a vivere.
La Nomenklatura politica del Mozambico è coinvolta in prima persona nel Land Grabbing per i loro tornaconti personali. Come accennato in precedenza, le concessioni minerarie nascono come i funghi. Se apri un qualsiasi quotidiano i nomi ci sono tutti.
5) Green Timber è uno dei tuoi bersagli preferiti in quanto è uno degli operatori forestali più grandi e più presenti in Zambesia. Se andiamo in internet non troviamo molte informazioni riguardo questa società. È come combattere con i mulini a vento?
Infatti, in termini di volume, la Green Timber esporta in Cina 350.000 m3 di legname in tronchi, e sono solo le cifre del 2011. Ma se guardiamo le relazioni annuali del DNTF, l'importo totale registrato di legname esportato dal Mozambico nel mondo è solamente 212.000 m3. Il confronto fra queste cifre dimostra senza alcun dubbio l’esistenza di legname di contrabbando che viene esportato.
Non c'è nessun fantasma da combattere ma persone in carne ed ossa?
Sono le persone che stanno dietro a questa e alle altre società coinvolte nel contrabbando di legname dal Mozambico! Noi lo sappiamo e lo sa anche il governo. La domanda è perché il governo non prendere seri provvedimenti contro questi individui? Tra di loro si chiamano compagni che “combattono la stessa lotta”, non contro ma a favore della corruzione.
“Prima come adesso:
Le schede analizzate dal sito dell’UN Comtrade ci suggeriscono che il volume dei tronchi che la Cina dichiara come importazione è cresciuto rapidamente dal 1990, in particolare nel 1997, ma ha avuto una decrescita fra il 2008 e il 2009. In Cina l’importazione di legname già tagliato sono aumentate a compensare il declino dei tronchi grezzi (70,000m3 nel 2009 – equivalenti a circa 120,000m3 tronchi grezzi).
Il valore delle importazioni per metro cubo di tronchi, è aumentato da circa $ 250/m3 a circa $ 450/m3 tra il 2000 e il 2008. Al contrario, i valori delle esportazioni sembrano essere variati su una media di $ 150/m3. Anche se questo potrebbe implicare la crescita dei prezzi di trasferimento del legno di frodo, i costi del trasporto sono aumentato in maniera molto consistente verso la fine di tale periodo [Ocean Freight Index]”.
Tant’è che il governo finlandese ha deciso di tagliare le spese in materia di deforestazione in Mozambico perché il governo Mozambicano non ha rispettato le condizioni del contratto. La politica di "rivoluzione verde" del Presidente Guebuza è un fallimento completo. Recentemente Matti Kääriäinen del governo finlandese ha detto che Helsinki ha deciso di abbandonare il suo sostegno al settore forestale a causa dei risultati deludenti... (Lusa)”
6) Sarebbe possibile trovare delle connessioni fra Green Timber e le multinazionali che utilizzano il legno illegale una volta uscito dal Mozambico?
In questo modo si potrebbe spostare il livello dell’informazione da locale a globale, con azioni di boicottaggio verso le società che si riforniscono di legname illegale.
Credo che sia possibile passare ad un livello di informazione globale per boicottare le aziende che forniscono legname illegale. Per esempio seguendo le multinazionali in Cina. I dati che appaiono anomali nei tabulati sono attribuibili ai tronchi dichiarati come importazione per le imprese situate in Pechino Chaoyangqu (nel febbraio 2007), Shanghai Xuhiuqu (febbraio e giugno 2007), Zhejiang Wenzhou (agosto 2007), Zhejiang Huzhou (settembre 2007), e Guangdong Guangzhoushi (aprile 2006 e aprile 2007).
Si può notare come i dati del valore corrispondenti alle importazioni mostrano lo stesso modello (non ci sono anomalie apparenti di valore dell'importazione per unità di volume di legno)". E questo accade non solo in Cina. Intendiamo continuare a lavorarci su!
Grazie Estacios per il tuo lavoro.
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Jornalista Moçambicano atribuído prémio de jornalismo de investigação
FAIR/Estacios Valoi
Fotos:Luis Nhanchote
02/11/12
(Joanesburgo) Trata se do jornalista deste Jornal Estacio Valoi que semana finda arrecadou o premio na área de jornalismo de investigação atribuído pelo Fórum para Jornalista de investigação da Africanos (Fair).
O prémio foi atribuído semana finda durante o jantar do Fórum para jornalistas de investigação (FAIR), uma associação Professional de editores e jornalistas, juntamente com 2012 Power Reporting Conference na Universidade Wits.
O prémio foi atribuído após a realização da conferencia anual do FAIR que acomodou cerca de 200 participantes vindos na sua maioria da África, Europa, Asia, America.
Fórum submetidos ao premio 36 artigos sendo 27 em Inglês, 7 em Francês e 2 em português, o que segundo o jurado, “ um grupo impressionante” devido ao nível dos concorrentes, os trabalhos apresentados, pesquisas feitas na sua elaboração, algo superior comparativamente ao na transacto.
“Reflectindo a diversidade da África sub-shariahana em três idiomas”, aclamados pelo jurado.
Fizeram parte do jurado, editores e consultores na média Gwen Ansell, Mark Lee Hunter do INSEAD e co-autor de “Story Based Enquiry”, Tito Ndombi da News África, o Instituto de formação de jornalistas de Kinshasa Ifasic, o catedrático e decano do jornalismo Moçambicano Joe Hanlon, Brant Houston, o Representante da área de Jornalismo de Investigação da universidade de Illinois e David Kaplan, director do secretario da Rede Global de Jornalismo de investigação (Global Investigative Journalism Network secretariat).
O primeiro premio no valor de 4000usd foi atribuído a uma equipa de jornalistas de investigação de renome do jornal “Sundey Times” Stephan Hofstatter, Rob Rose e Mzilikaza wa Afrika que foi ao pódio com o artigo “Shoot to Kill: Dentro da polícia sul-africana. Unidade do crime organizado sul-africano celebra depois de ter morto cinco suspeitos de roub.
Devido ao impacto, tópico em si só perigoso, com todas as evidências documentadas, acesso a testemunhas, a magnitude do trabalho investigativo e a forma como foi compilado, o jure achou qualificado para arrecadar o primeiro premio.
O segundo lugar coube a Estacio Valoi do Jornal Zambeze com o montante de 2500usd pelo seu trabalho em destapar a corrupção no governo na exploração ilegal da madeira na província da Zambézia em Moçambique com o artigo intitulado Lideres coniventes no saque da Madeira na Zambézia (Leaders Connive in the Looting of Timber in Zambezia), apresenta um turbilhão, o nível profundo das ramificações da correlação, trazendo ao de cima nomes e evidencias documntadas.
Na categoria dos honrados fazem parte Solomon Adebayo da Rádio Nigéria por trazer a ribalta a situação crítica em que o hospital funciona, Kassim Mohammed do Star FM no Kenya por se infiltrar seio de uma Gang da comunidade de Eastleigh Nairobi, com coragem fez a investigação e Eric Mwambe que escreve para o jornal Le Phare e L’Eveil pelo seu artigo carregado de estorias horríveis relativamente as condições de mineração na Republica Democrática do Congo.
Source: Global Investigative Journalism Network (GIJN) - http://www.gijn.org/2012/10/31/gutsy-exposes-undercover-work-earn-top-honors-in-2012-african-investigative-journalism-awards/, www.valoie.blogspot.com.
Gurué cidade vermelha
Textos e fotos: Estacios Valoi
01/11/12
A cidade do Gurué, distrito da província da Zambézia, ontem do chá actualmente com cerca de 300.000 habitantes segundo o censo de 2007 apesar da sua beleza arquitectónica perde ofuscada pela poeira um pouco por todos os cantos devido as ruas sem buracos, cobertas de areia vermelha que clamam por uma asfaltagem que no roncar das viaturas de grande e pequena tonelagem que por ali se fazem levantam a seu bel-prazer.
As paredes brancas dos edifícios ficaram vermelhas, as, portas, vidros e cortinas das residências são na maior parte das vezes matinhas a meia haste e/ou fechadas, e os corpos não fogem a regra, tudo e todos a precisarem de uma gota de agua para voltar a sua cor natural numa cidade com problemas graves da falta de agua.
Foi por lá onde após a nossa viagem pelos campos de chá, quedas de água a mais de 1800 metros de altitude, contemplamos as belas paisagens na sua maioria perdida no verde do chá descemos ao contraste avermelhado da cidade poeirenta ao encontro do administrador do distrito Joaquim Pahare e logicamente a nossa reportagem questionou-o sobre este contraste e o estágio da cidade.
“Deve se porque a areia é vermelha. Não sou a pessoa autorizada a falar sobre isso, mas o município. Mas dentro das nossas relações de trabalho que são boas, sei que há uma previsão e, juntos tentam também negociar a asfaltarem de algumas ruas, aproveitando este projecto que esta a fazer a estrada Gurue- Maxixe. Isto já foi aprovado a nível da ANE
“O trabalho Já devia ter iniciado mas parece que o empreiteiro anda um bocadinho lento, de forma que este, este atrasado com a própria obra e, isso não lhe permite manobras para iniciar com as obras dentro da cidade mas há uma promessa nesse sentido e nós acreditamos que isso poderá ser feito”.
Um atentado a saúde pública
“Em termos de saúde estamos bem. Com base nos dados que temos das várias doenças duas que tem nos tirado o sono, tem a ver com a Malária e obviamente oscilam, as diarreias que de facto quero confessar, para além do próprio saneamento que não se faz sem água, isto, começando pela cidade onde ainda temos problemas sérios de fornecimento de água potável.
Nós prevíamos e tínhamos a esperança de que haveria uma intervenção a nível central através dos fundos do Millenium Challenge, estava tudo pronto para se iniciar com os trabalhos de reconstrução e ampliação dos pequenos sistemas, mas na última da hora tiveram conhecimento que houve cortes nos orçamentos, e agora passe o termo estamos encurralados.
Não sabemos qual será a melhor saída, mas as negociações continuam a nível da sua Excelência Ministro das Obras Públicas que já esteve aqui, isto para não falar de Sua excelência o governador. Bem, a nível da estrutura moçambicana há sensibilidade mas a limitação é sempre nos recursos, ainda há buscas e acreditamos que a qualquer altura poderá haver intervenção.”
Em relação a Malária felizmente muito recentemente, com o apoio do parceiro Visa Mundial que fez uma distribuição massiva de redes mosquiteiras a nível do distrito em cerca de 200.000, estamos agora na sensibilização, monitoria para ver se essas redes poderão alterar aquilo que são os casos o nível das comunidades.
Falta de água
“Quanto ao abastecimento da água rural, de facto a situação ainda não ‘e das melhores porque no nosso distrito temos perto de 300.000 habitantes e, até agora com cerca de 187 furos de água equipadas com bombas manuais, quando nós precisamos de mais de 500 furos para fazer uma cobertura a 100% digamos assim e, se queremos uma cobertura a 50% de acordo com as metas do Millenium, ainda estamos longe de atingir essas metas porque precisaríamos de mais 100 furos e neste momento estamos abaixo disso “. E, Gurué vai continuar sem água
Na caminhada pela cidade a nossa reportagem viu uma placa próximo a Hospital distrital referente a reabilitação do sistema de água com prazo de entrega entre seis ou oito meses, como tantas que andam por ai espalhados prazos nunca cumpridos seria essa do Millenium Challange. Questionamos.
“Bom. Eu não tenho conhecimento de uma reabilitação do sistema, provavelmente a própria empresa pode explicar melhor. A informação oficial que eu tenho é que esse projecto não andou, nem há sinais de andar e não há previsão nenhuma.
Sim sem água. Vamos sofrer até que um dia tenhamos alguma solução mas, nós como governo não estamos parados, ainda recentemente estivemos a discutir esta questão ao nível da sessão do governo, há algumas acções que nós vamos tomar agora para minimizar.
Relativamente as acções, tanto se fala e pouco ou quase nada se faz Pahare garantiu que ele pessoalmente vai fazer parte das intervenções.
“Pessoalmente, eu sou um técnico hidráulico e com a equipa técnica decidimos fazer algumas intervenções. Acontece que neste momento na fonte o caudal reduziu, mas também temos problemas no Dique que precisa de ser aumentado a sua altura para captar e conservar uma boa quantidade de água, para alem de fazermos algumas reparações na conduta adutora porque há muita perda de água ao longo desse troço e, chega a zona de distribuição com uma redução significativa.
São essas as intervenções que estão ao nosso alcance, temos recursos para isso, vamos fazer para minimizar o problema enquanto esperamos as grandes intervenções.
A capacidade do Dique é inferior, Gurué não é o que tínhamos á 10/15 anos atrás. Este era um pequeno sistema apenas destinado para um pequeno grupo da zona cimento, hoje o Gureu tem 23 bairros e, a cada dia que passa com a presença dos investimentos o número vai aumentado, novas industrias, hotéis, residências, serviços. Então o consumo de água disparou, fora das nossas previsões.”
Turismo
Na sua explanação sobre o estágio da cidade Pahare faz menção ao turismo que existe por estas bandas numa Zambézia em que o turismo procura seu espaço e diz.
“ (Risos) - Quando começamos a conversa disse me que foi a montanha. Portanto existem instâncias turísticas mas, quero confessar que ainda estamos longe de aproveitar essas potencialidades naturais.
Aqui temos para além do Monte Namuli, temos quedas de água, lagoas onde pode-se pescar. Aqui na cidade próximo ao complexo dos padres, da praça dos heróis, do outro lado a grande lagoa e bonita chamada UP6, outra na UP4 assim como quedas de agua na mesma área, temos as quedas do Rio Licungo, as quedas na UP12 e, portanto, quando ia a Mucunha se é que o caudal na reduziu, há uma zona aqui que a agua esta a cair mesmo pela estrada.
São mais ou menos essas unidades turísticas mas também há a questão das unidades hoteleiras, e como sítios de referência temos quatro que são: O Complexo dos padres, o Januário uma instancia muito recente, temos a pensão Gurue o nosso famoso Monte Verde e a residencial Licungo aqui ao lado.
Mas olhando para aquilo que é a demanda hoje do distrito e da vila da cidade de Gurue nós ainda precisamos de uma instancia hoteleira de referencia. Essas são instâncias alternativas mas ainda há espaço, mercado e quero aproveitar aqui convidar aos agentes económicos que queiram investir na área do turismo, agricultura, agro processamento que nós estamos disponíveis.” Sublinhou Joaquim Pahare
Chá do Gurue fica para a história?
Texto e fotos: Estacios Valoi
05/11/12
Gurué, do outro lado da Zambézia anteriormente conhecido como o distrito do chá, outrora com cerca de 20 empresas na área, uma produção de cerca de 19.000 toneladas ano, um leque de trabalhadores na casa dos 28.000 provenientes de outros distritos próximos e actualmente as toneladas não passam de 10”.
São vários os tipos vários os tipos e qualidades de chá que se produziram naquele distrito envolvendo trabalhadores de e oriundos de Gurué assim como das colónias e outras províncias.
Administrador do distrito Joaquim Pahare“ Passam 20 anos depois da assinatura dos acordos gerais de paz mas também têm problemas de falta de intervenção de investimento do sector privado. Agora na tenho os números exactos do índice populacional mas se compararmos hoje e no passado posso afirmar que houve uma redução drástica
Os anteriores produtores de chá eram colónias e, a população empregue nessas grandes empresas não eram apenas do Gurue, vinham quase de varias partes da nossa e de outras províncias, algumas até vinha de forma forcada para trabalhar nas plantações de chá, o que hoje passou para a história; devido a esses factores todos o número é muito reduzido em relação a essa altura que todas as empresas estavam a funcionar em pleno”.
O distrito conta actualmente com quatro fábricas na cultura do Chá num Gurué que vive hoje vive da cultura do Milho, Soja, Chá, Feijão Bóer, Mapira, Mexoeira, Feijão Boer, Vulgar, Soja, amendoim, Batata-doce e Reno, Cebola, Tomate, Couve Girassol e Cana-de-açúcar.
O chá esse, de 1800, 1932.. Proveniente das ‘índias, China, com 8.914 hectares de campo de Chá tinha a Inglaterra como mercado principal redistribuído pela Europa. Neste momento apenas estão a ser explorados 4.591 hectares, na campanha anterior produziu se 1.761 toneladas, esta fasquia subiu para 5.366 toneladas segundo os serviços locais das actividades económicas.
Contudo, ficando para a história, e segundo alguns trabalhadores por nós interpelados nas plantações montanha acima, as suas condições de trabalho não são das melhores.
“ De onde vens, lá não tem trabalho para mim. Este trabalho pesado é para homens, mulheres quase não vem, somos 2 trabalhadores por hectare, temos que colher 25 a 30 kg por dia das 6 horas a s 14 horas, 2 dias para conseguir 50 kg, pagam 76 meticais. Não tem almoço.”.
Ainda sobre o Chá, Pahare reconhece sobre a drástica redução registada na produção deste produto durante as ultimas décadas e nada se fez para a sua reactivação!
“ Neste momento temos quatro industrias a funcionar e a produção ronda as cerca de 6.000 toneladas ano. “E uma historia muito longa. Esta zona também não escapou a guerra de desestabilização. Uma das causas que levou a destruição de grandes empresas de Chá que tínhamos aqui em Gurué e no geral na província da Zambézia.
Nós temos as infra-estruturas que carecem de investimento, estamos abertos e temos vindo a convidar aos interessados para retomarem essas empresas que ainda não estão a funcionar. Por um lado os actuais gestores das empresas de produção também não têm mostrado uma capacidade financeira para um investimento integrado, geral. Dai que, algumas unidades estão na fase de tentativa de reabilitação e reestruturação.
Novas empresas criadas em 2010
Primeiro esta a intervenção na área da produção a Soja, depois as outras que fazem Soja e gergelim, outras Soja gergelim e feijão Bóer basicamente e também fazem produção de milho. São três a quatro culturas que eles intervêm. Portanto nos somos um distrito produtor de algumas sementes, do feijão Boer, Gergelim, ramas de batata-doce e por ai fora. Portanto são essas as grandes empresas.
Na area agrícola registamos bons investimentos. Neste momento estamos a falar de cinco grandes empresas que estão a trabalhar aqui todas na agricultura mas com uma previsão n agro processamento, refiro me ao projecto chamado Rei do Agro uma empresa financiada por fundos americanos e Sul-africanos, Hoyo – Hoyo com fundos portugueses, MBT com fundos indianos, Agro Moz de fundos portugueses e Brasileiros.
A Rei do King Frango que também intervêm na produção e agro processamento de frangos ainda na sua fase de preparação para instalação e na área industrial temos as empresas do chá, também temos duas empresas uma de processamento de feijão Bóer que esta a funcionar em pleno e, muito recentemente a empresa Águas de Gurue que reiniciou com as suas actividades. Contamos com a intervenção de alguns ONG’s, a Wita um projecto de investigação agrária de sementes, fazem ensaios e colocam no mercado nacional.
Mercado
O nosso mercado é interna e externo e, porque temos vindo a receber vários intervenientes os nossos parceiros no fomento da produção de Soja, por exemplo, eles próprios compram toda a produção, mas também temos o mercado de Nampula, por excelência alternativo. A CLUSER por exemplo uma ONG o ECURO e outros comerciantes e agentes económicos quando chega a altura da campanha, quer do Girassol, da Soja, do Feijão Bóer, ai há uma intervenção e não temos tido problemas de comercialização; Neste momento os nossos mercados são Nampula e Quelimane. Portanto não há um país vizinho que eu saiba que vem directamente comprar aqui connosco talvez com intermediários.
Para percebermos um pouco mais sobre a produção do chá outrora bandeira da Zambézia contactamos ao director distrital aos serviços das actividades económicas Velinho Abeque
“Nesta campanha a produção do chá teve um sucesso, isso devido as quedas pluviométricas que acompanharam o período de pico da produção. Exemplo: Fazemos uma comparação a nível da área da produção, temos cerca de 8.914 hectares e neste momento estão a ser explorados 4.591 hectares. Portanto se nos queremos falar sobre o chá produzido, feito, na anterior campanha tinha sido feitas 1.761 toneladas e este ano conseguimos 5.366. Então significa que existe maior crescimento que deveu se a queda Pluviométrica naquela época em que a cultura do chá necessitava de água mas atenção.
Provavelmente os factores da produção do chá sejam diferentes das outras culturas, provavelmente quando o chá necessitou de água teve e outras culturas não, por isso existe esse desequilíbrio, são factores naturais e não manipuláveis”.
Pela visita efectuada pela nossa reportagem pelos campos de chá e em conversa com trabalhadores constatamos que desde que aquele foi plantado nunca se fez a reposição, espera-se pelas mesmas raízes de ‘a décadas e com fazem se alternâncias com a introdução de outras culturas.
“Esta a ser introduzida a cultuar de Macadamia. Já temos mais de 296ha, com 96 mil plantas no posto administrativo de Pajua, temos ao longo da estrada que vai a Lioma também 23ha em detrimento da cultura do chá. Mas a nossa aposta como instituição do Estado, é mater esta cultura natural e a nossa província esta a periorizar o Chá.
Um dos desafios é massificar a produção, mesmo os gestores das empresas apostam em introduzir no sector familiar o que implica haver uma investigação, descoberta de novos clones, o chá em concorrência a nível do mercado internacional e, o nosso é da década 60 esta numa fase de idade muito avançada, a qualidade também vai baixando. Então a aposta neste momento é de introduzir clones com maior rendimento que vai garantir a qualidade da produção.”
Actualmente no mercado internacional, o nosso chá que vendemos em Mombaça varia de 1.10usd e enquanto localmente é adquirido a 1usd. Disse Abeque
Comercialização agrícola
“A nível do distrito já começamos a comercialização a partir do mês de Abril e até então conseguimos comercializar cerca de 214.100 toneladas de produtos diversos, todas as culturas. Se nós fazermos uma comparação em relação ao ano anterior tínhamos comercializado 187.911 toneladas significa que temos um crescimento de mais de 10%.
Leque de produtos campanha agrícola 2011/12,prespectivas para 2012/13.
“As principais culturas nesta produção total, estamos a falar da cultura d Milho, Arroz, Mapira, Mexoera, Feijao Boer, Vulgar, Soja, Amendim, Batata-doce, Batata Reno, Cebola, Tomate, couve, Chá, Tabaco, Soja Girassol, Cana de Acuçar, 2011/12 tinhamos planificado uma area de 123.737 mil hectares e até ao fina l da campanha realizamos 122.243 o que representa 98.8% em termos de cumprimento. Mas também se compararmos em relação ao crescimento de áreas, em 2010/11 e 2011/12 h'a um crescimento de 4.1%,
Os 2% que restaram deveu se a algumas áreas na altura da sementeira, a cultura tinha se perdido, mas em termos de posicionamento de produção dizer que a campanha agrícola 2011/12 tinha planificado em produzir 500.19 mil toneladas e, no fim até já conseguimos 509.456 toneladas. Já comprimimos em relação a produção acima de 100% e, temos um crescimento se compararmos com a campanha agrícola 2010/11, um crescimento de 35.1%
Quantidades produzidas
Soja até o fim da campanha já conseguimos recolher 10.400 toneladas, Milho que é a base da alimentação da população com 84.400 toneladas e as culturas com menor tonelagem são a de rendimento, que ‘e o tabaco com mais de 44 toneladas apenas e, isso deveu na demora na compra do Tabaco e consequentemente a campanha ficou influenciada, os produtores não aderiram a produção.
Problemas no sector
Um dos problemas que já estamos a ultrapassar é a insuficiência de sementes melhoradas. Gurué é potencial em termos de produção e podemos alimentar a própria província e outras então, os agricultores que estão aqui são de grande dimensão, tem mais de 10 até 20 hectares, inclusive do sector familiar que tem 5/6 hectares, precisamos de potenciar esses agricultores em termos de insumos agrícolas, maquinaria para aumentar as áreas de produção e para além da tecnologia que estamos a implementar a nível do sector familiar, mais de 50% de sementes conseguimos produzir localmente mas precisamos de mais porque a demanda é maior.
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