quarta-feira, 18 de julho de 2012
Pemba Contagem decrescente rumo ao 10˚ congresso da Frelimo
Texto e fotos; Estacios Valoi
18/07/12
Agendado para o próximo mês de Setembro na cidade de Pemba província e cabo de Delgado a caminho encontram se acima de três mil delegados o partidao e convidados.
Na sua mais recente visita a Cidade de Pemba, o primeiro-ministro Moçambicano durante a passagem pelo local onde esta a ser erguido um monumento de vulto nas bandas do Bairro Muxara disse estar seguro quanto a entrega das obras definitivas nas datas previstas, obras históricas já que coincidiram com a celebração dos cinquenta anos d Partido Frelimo.
“A nossa ideia é que nós temos que criar as condições melhor possíveis para que o evento, os delegados, convidados ao congresso possam usufruir de um bom ambiente de trabalho, condições, que lhes ajude a pensar e tomar as decisões necessárias mas também que fique um legado.
Nós estamos a comemorar os cinquenta anos da Frelimo, estamos a realizar o nosso décimo congresso, então se pudermos deixara alguma coisa substancial que fique para a história. Então é este empenho com o envolvimento de milhões de membros. Sabe que o nosso partido já esta quase a atingir os quatro milhões de membros, temos muitos simpatizantes, esta a contribuir, a fazer com que esta obra fique algo que nos orgulhe, 90% talvez vai ser em obras definitivas”
Vamos ter dormitórios, gabinetes de trabalho, salão maior do congresso para receber cerca de três mil delegados e convidados, facilidades para o local, provavelmente algumas tendas para as refeições, mas tudo resto o essencial …tudo em material definitivo.
Logística, finanças que se pode dizer sobre a atitude dos militantes, “Estamos muito animados, é uma resposta positiva por parte dos nossos militantes e amigos mas, precisamos de mais apoio de modo que o nosso congresso possa ser um sucesso a altura da Frelimo, dos cinquenta anos. Partido na província vai assumir a manutenção.
Sentimos um grande empenho, uma grande dedicação, envolvimento dos empreiteiros, dos quadros da província e estamos seguros que vamos conseguir concluir com as datas aprazadas. Vai ficar uma infra-estrutura penso que a condizer com aquilo que nós pretendemos que seja o décimo congresso do nosso partido. Gostei de ver esta dinâmica que esta acontecendo aqui a dia a dia só que devemos continuar a encorajar as trabalhadores, aos empreiteiros para se empenharem mais a fundo e também saudar a população da província que tem estado a acompanhar e acarinhar estas obras” Disse Ali.
Passado domingo, a nossa reportagem mais uma vez fez se a aquele local e ouviu alguns residentes do Bairro Muxara, assim como pouco mais de duas dúzias de trabalhadores nas obras, e quis saber sobre o impacto do congresso, o porque da construção daquelas infra-estruturas. Mas no geral a preocupação dos trabalhadores eram os seus retroactivos, horas extras, condições de trabalho, despedimentos compulsivos, a comunidade local, apenas quer uma escola, energia, hospital.
Trabalhadores VS empresa Teixeira Duarte
“Somos escravos, beneficiam os patrões, trabalhamos das 7 as 16 horas, 11 meticais por hora. Hoje é domingo as horas extras não nos são pagas. Falamos com os brancos mas até aqui nada. Desgastados, reunimos com o patronato e a maior parte dos trabalhadores não tem contractos. Alguns entram hoje e na ficam mais de 24 horas, uns são expulsos, principalmente os que vem de Maputo. Ė Xibalo.
Aqui tem chineses, uns trabalham com eles, com chefes moçambicanos e os brancos. Hoje domingo muitos não vieram porque estão cansados de ser mal tratados, trabalhar sem dinheiro, quando chega dia trinta, há estorias. Na querem resolver nossos problemas mas querem para nós trabalharmos. Ė PIDE que esta aqui, somos escravos. Lamentou um grupo de trabalhadores que esteve a falar com a nossa reportagem no local onde decorrem as obras no Bairro Muxara cerca de seis quilómetros da Cidade e Pemba”.
Comunidade do Bairro Muxara
Aranha céu no meio Gheto e a voz do pacato cidadão
O espaço com cerca de oito hectares, anteriormente ocupado por camponeses residentes no Bairro Muxara, que tiveram que abandonar aquele espaço mediante ordens do governo e a posterior indemnizados com montantes que variam de 2.500 a 70 mil meticais, nem todos receberam as suas devidas indemnizações. Clamam pela responsabilidade social
“ Recebemos dinheiro. Outras pessoas ainda não receberam, são oito pessoas, dinheiro 2.500,20, 30, 70 milhões (mil meticais da nova família). Aqui não temos escola, só na cidade e ali no mato, não tem mercado, lojas, tem maternidade só para mulheres grávidas, centro e saúde esta lá, três quilómetros daqui, na tem posto de energia só aquelas duas madeiras que estas a ver ali com fios.
Alguns como eu também trabalhei na obra d congresso mas deixei porque na tem condições boas, agora aqui os brancos estão a comprar casas na aldeia, este aqui desta casa ate vendeu machamba.esta acabar, as pessoas não sabem onde vão viver, os brancos estão comprar machambas, estamos mal, pagam 100, 120,130,300 milhões (Mil meticais). Alguns de aqui trabalhamos na obra do congresso mas deixamos, as condições não são boas".
Depois do périplo da nossa reportagem, constatamos que a única escola que existe naquele local, e uma primária, a que governo se propõe construir, vira a luz do manifesto eleitoral do partido Frelimo das últimas intercalares. Quanto a o congresso as pessoas da comunidade, pouco ou nada sabem sobre o que se trata, apenas esperam, isto é, conseguir alugar suas casas, ver lideres que virão daqui e acolá. Os trabalhadores nas obras apenas querem saber dos seus retroactivos.
Que se sabe sobre o congresso!
“ Ė pela primeira vez ouvir sobre congresso. Não sei o que é congresso, que traz, não tem hospital, energia, maior parte vai para hospital na cidade”
Não sabemos. Outros estão orgulhosos, nosso bairro vai crescer, as pessoas vão alugar casas. Quando congresso acabar aqui muitas pessoas dizem que vai ser escola política do partido”. Afirmações unânimes em Muxara.
Pelo centro da cidade de pemba
“O congresso de Setembro em Pemba. Era de esperar, aliás fala-se de Cabo Delgado como sendo o berço da Frelimo, mas que no entender de alguns faltava uma certa consideração porque sempre a questão colocada era a seguinte. Foi nesta província que a Frelimo quase nasceu, esta província sempre reforçou e apoio a própria Frelimo nos momentos renhidos da política ao nível do pais e porque a província não desenvolve, estamos falar em termos económicos e sócias, escolas, hospitais, saúde estradas, desporto, agricultura, e.t.c.
Por isso com este congresso será o momento oportuno de resgatar a sua popularidade que tinha, resolver os problemas internos, traçar planos para o futuro, visto que o próximo ano haverá eleições autárquicas e depois 2014 as gerais.
O decimo congresso vai escolher o candidato da Frelimo para as eleições de 2014, mas atenção aqui os camaradas devem fazer uma escolha certa. Atendendo que o país tem novos desafios pela frente com tanta riqueza descoberta, falo dos recursos minerais que nada será fácil para os futuros dirigentes. Aliás a população precisara de benefícios dos mesmos. Neste congresso acredito que muitos aspectos serão colocados no congresso e Cabo Delgado vai ter que aproveitar no máximo para merecer num lugar que merece”
Também tentamos sondar a representação do Movimento Democrático de Moçambique. Foi como procurar ‘agulha num palheiro’, que este, assim como a Renamo, por estes lados andam adormecidos.
Delegado político do MDM Juma Rafin
“Não esta a apagado, esta a trabalhar. Gritar não significa trabalhar muito, estamos na trabalhar na base a mobilizar as massas, reestruturar partido. Aqui em Pemba depois da intercalares não mudou nada, como vês vai ate ao palácio do governador e apanhas muito lixo, a cidade cheia de covas. Estamos a ver em Quelimane que me poucos meses conseguiu mudar alguma coisa mas aqui não, semáforos. Vamos pegar este município em 2013.
Convidamos o nosso entrevistado a por os pés em Pemba e não Quelimane mas antes questionei o sobre o que ‘ mudou em Quelimane e se os semáforos comem se.
“Em dois meses estava o presidente do município a montar semáforos, uma grande mudança. Aquilo não é questão de comer, serve para todos os munícipes, os automobilistas circulam sem riscos. Se em Pemba o Município ainda não esta a cumprir, o povo vai fazer justiça, a justiça esta nas mãos do povo.
O congresso da Frelimo. Cada partido organiza o seu congresso. Nós também MDM estamos a preparar o nosso congresso. Distancio me em falar do congresso da Frelimo, na sou quadro e muito menos membro da Frelimo.
“Eu na semana antepassada estava a trabalhar no Bairro Muxara. Aquelas infra-estruturas, acho que uma parte da população esta a reclamar, eu estava lá. Há muita reclamação porque aquela população não se vai aproveitar daquelas infra-estruturas. Eles deviam ter construído um centro de saúde para beneficio daquela população, mas na tem nenhum. Aquelas machambas foram apoderadas e tudo fica ao critério do partido Frelimo.
A Frelimo apostou em construir de raiz, devia construir um centro para nos beneficiar a nós e os bairros circunvizinhos. A população não vai usar aquelas instalações. O povo quer uma coisa que lhe beneficie”
Mussagi Amade presidente da liga juvenil do MDM
“A juventude não é beneficiada. Não tem como criar as suas associações, grupos para seu próprio benefício. O estado não tem com ajudar as iniciativas da juventude. Já criámos algumas associações mas não foram aprovadas nos seus distritos. A nível da cidade e cabo delgado a juventude na é beneficiada na educação, como aumentar seu nível de escolaridade
Em Muxara existem pessoas que estão a ser ameaçadas para afastarem daquele sítio, deixar espaço livre para as construções do edifício para o congresso, uma ameaça intelectual para que as pessoas se retirem do lugar”
Taxista dizia “ Estou a espera de um carro que vem de Maputo para alugar para o pessoal do congresso.
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