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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Conflito interno no hospital de Pemba-Cabo Delgado





Texto e fotos: Estacios Valoi
21/02/12
Falta de transporte para o quadro de funcionários da maior unidade hospitalar da província de Cabo Delgado na cidade de Pemba
A carência de um meio de transporte para os funcionários daquela instituição já fez com que alguns funcionários afectos a aquele hospital fossem agredidos por mal feitores, são trabalhadores que a ordem dos seus turnos que vão até de noite e/ou mais tarde, não tem outro recurso.
Obrigados a percorer longas distâncias numa cidade onde o transporte privado vulgo‘chapa’ termina de circular entre as 18h -19 horas, e de regresso as suas casas, no cair da noite ,entregues a sua sorte, tornan-se presas fáceis para os amigos do alheio sendo por muita das vezes assaltados, agredidos e com seus bens usurpados.
Mas naquela unidade hospitalar, a questão não se circunscreve apenas no transporte mas o embroglio divisionário entre os trabalhadores , criando clivagens no seu seio, o mau atendimento, a morosidade no tratamento do paciente, a titulo de exemplo duas com camas vazias, duas parturientes que acabavam de dar luz a dois recém nascidos, ambas estavam “atiradas” na mesma cama, facto constatado pela nossa reportagem.
Durante a mais recente visita do governador daquela província Eliseu Machava que a esteira das recomendações por ele anteriormente feitas e segundo sua explanação, a problemática do divisionismo no seio dos trabalhadores era uma dos principais entraves por sanar e, aludindo, apelou aos funcionários para pautarem por uma conduta profissional para o bem da instituição e do cidadão.
Ainda por vasculhar .
“Não queremos estar divididos, que todo o trabalhador trabalhe para o bem da instituição e que o cidadão saia daqui satisfeito. A consciência de que as dificuldades tem que ser vencidas esta em nós, a clareza de que o cidadão deve merecer toda a atenção principal do nosso lado, esta lá, e se todos colaborarem da mesma maneira podemos trabalhar bem. Precisamos de entender que esta em causa a vida da pessoa, o doente tem que ser acarinhando e se aparece um que não se lembra de como se trata um doente.
Transporte é preciso começar a vasculhar nos meios internos. Estamos ansiosos em ver este hospital como um exemplo de referencia, com forma pratica de estabelecer a ligação com o povo, aqui se podem apresentar soluções, chamar atenção a todos os profissionais, uns olham para o doente e já estão a passar a receita!” disse Machava
Ainda a luz das recomendações , Machava foi peremptório em afirmar estar satisfeito com o actual cenário, contudo as reclamações de alguns pacientes inquiridos pela nossa reportagem, consideram o atendimento ainda a quem do desejado, “precário, mau, letargo”. Mas ainda no mesmo diapasão, o governador acredita estarem criadas todas as condicionais para um bom funcionamento do hospital.
“Acreditamos que as recomendações do passado foram alcançadas, sim porque uma das grandes preocupações era do relacionamento entre os trabalhadores , queremos um ambiente são para que o hospital cuide bem da preocupação do doente e não de outras questões marginais que afectam os trabalhadores . Isso, prova se que foi cuidado. Esta ligação que deve existir de encontros periódicos do próprio colectivo de direcção , as reuniões que devem realizar com debates dos assuntos do hospital. Nós pensamos que é um passo positivo.
Fiquei com boa impressão. Da ultima vez tivemos muitos mais assuntos colocados que inquietavam o próprio trabalhador e hoje estamos a saber que a direcção tem tido encontros regulares com os trabalhadores e que a relação entre o colectivo de direcção e os trabalhadores é boa. O trabalhador tem um momento privilegiado para colocar os seus problemas.
Nós provamos porque são os mesmos trabalhadores que falavam dos problemas que tinham naquela altura, e, como resultado das preocupações que existiam, das soluções que não apareciam, terão sabido que até chegamos a mudar a direcção do hospital. Portanto sentimo-nos encorajados porque o cenário é positivo, precisamos de trabalhar mais porque o nosso desejo é ver o hospital a servir melhor ao cidadão.Enfatisou Machava
Duas pastas
Na mesma altura, e em substituição do antigo director daquele hospital, Mussa Ibraimo Hagy que recentemente perdera a vida, a Chefe do departamento da mulher e acção social da província, Maria Argentina Simão, foi lhe incumbida coordenação sector da saúde, isto acumulando a segunda pasta até que um novo director seja eleito.
Na altura prometeu dar continuidade aos programas já existentes na instituição, “ Vamos olhar para os programas já desenhados até que seja eleito um novo director” .

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