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segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Chá do Gurue fica para a história?
Texto e fotos: Estacios Valoi
05/11/12
Gurué, do outro lado da Zambézia anteriormente conhecido como o distrito do chá, outrora com cerca de 20 empresas na área, uma produção de cerca de 19.000 toneladas ano, um leque de trabalhadores na casa dos 28.000 provenientes de outros distritos próximos e actualmente as toneladas não passam de 10”.
São vários os tipos vários os tipos e qualidades de chá que se produziram naquele distrito envolvendo trabalhadores de e oriundos de Gurué assim como das colónias e outras províncias.
Administrador do distrito Joaquim Pahare“ Passam 20 anos depois da assinatura dos acordos gerais de paz mas também têm problemas de falta de intervenção de investimento do sector privado. Agora na tenho os números exactos do índice populacional mas se compararmos hoje e no passado posso afirmar que houve uma redução drástica
Os anteriores produtores de chá eram colónias e, a população empregue nessas grandes empresas não eram apenas do Gurue, vinham quase de varias partes da nossa e de outras províncias, algumas até vinha de forma forcada para trabalhar nas plantações de chá, o que hoje passou para a história; devido a esses factores todos o número é muito reduzido em relação a essa altura que todas as empresas estavam a funcionar em pleno”.
O distrito conta actualmente com quatro fábricas na cultura do Chá num Gurué que vive hoje vive da cultura do Milho, Soja, Chá, Feijão Bóer, Mapira, Mexoeira, Feijão Boer, Vulgar, Soja, amendoim, Batata-doce e Reno, Cebola, Tomate, Couve Girassol e Cana-de-açúcar.
O chá esse, de 1800, 1932.. Proveniente das ‘índias, China, com 8.914 hectares de campo de Chá tinha a Inglaterra como mercado principal redistribuído pela Europa. Neste momento apenas estão a ser explorados 4.591 hectares, na campanha anterior produziu se 1.761 toneladas, esta fasquia subiu para 5.366 toneladas segundo os serviços locais das actividades económicas.
Contudo, ficando para a história, e segundo alguns trabalhadores por nós interpelados nas plantações montanha acima, as suas condições de trabalho não são das melhores.
“ De onde vens, lá não tem trabalho para mim. Este trabalho pesado é para homens, mulheres quase não vem, somos 2 trabalhadores por hectare, temos que colher 25 a 30 kg por dia das 6 horas a s 14 horas, 2 dias para conseguir 50 kg, pagam 76 meticais. Não tem almoço.”.
Ainda sobre o Chá, Pahare reconhece sobre a drástica redução registada na produção deste produto durante as ultimas décadas e nada se fez para a sua reactivação!
“ Neste momento temos quatro industrias a funcionar e a produção ronda as cerca de 6.000 toneladas ano. “E uma historia muito longa. Esta zona também não escapou a guerra de desestabilização. Uma das causas que levou a destruição de grandes empresas de Chá que tínhamos aqui em Gurué e no geral na província da Zambézia.
Nós temos as infra-estruturas que carecem de investimento, estamos abertos e temos vindo a convidar aos interessados para retomarem essas empresas que ainda não estão a funcionar. Por um lado os actuais gestores das empresas de produção também não têm mostrado uma capacidade financeira para um investimento integrado, geral. Dai que, algumas unidades estão na fase de tentativa de reabilitação e reestruturação.
Novas empresas criadas em 2010
Primeiro esta a intervenção na área da produção a Soja, depois as outras que fazem Soja e gergelim, outras Soja gergelim e feijão Bóer basicamente e também fazem produção de milho. São três a quatro culturas que eles intervêm. Portanto nos somos um distrito produtor de algumas sementes, do feijão Boer, Gergelim, ramas de batata-doce e por ai fora. Portanto são essas as grandes empresas.
Na area agrícola registamos bons investimentos. Neste momento estamos a falar de cinco grandes empresas que estão a trabalhar aqui todas na agricultura mas com uma previsão n agro processamento, refiro me ao projecto chamado Rei do Agro uma empresa financiada por fundos americanos e Sul-africanos, Hoyo – Hoyo com fundos portugueses, MBT com fundos indianos, Agro Moz de fundos portugueses e Brasileiros.
A Rei do King Frango que também intervêm na produção e agro processamento de frangos ainda na sua fase de preparação para instalação e na área industrial temos as empresas do chá, também temos duas empresas uma de processamento de feijão Bóer que esta a funcionar em pleno e, muito recentemente a empresa Águas de Gurue que reiniciou com as suas actividades. Contamos com a intervenção de alguns ONG’s, a Wita um projecto de investigação agrária de sementes, fazem ensaios e colocam no mercado nacional.
Mercado
O nosso mercado é interna e externo e, porque temos vindo a receber vários intervenientes os nossos parceiros no fomento da produção de Soja, por exemplo, eles próprios compram toda a produção, mas também temos o mercado de Nampula, por excelência alternativo. A CLUSER por exemplo uma ONG o ECURO e outros comerciantes e agentes económicos quando chega a altura da campanha, quer do Girassol, da Soja, do Feijão Bóer, ai há uma intervenção e não temos tido problemas de comercialização; Neste momento os nossos mercados são Nampula e Quelimane. Portanto não há um país vizinho que eu saiba que vem directamente comprar aqui connosco talvez com intermediários.
Para percebermos um pouco mais sobre a produção do chá outrora bandeira da Zambézia contactamos ao director distrital aos serviços das actividades económicas Velinho Abeque
“Nesta campanha a produção do chá teve um sucesso, isso devido as quedas pluviométricas que acompanharam o período de pico da produção. Exemplo: Fazemos uma comparação a nível da área da produção, temos cerca de 8.914 hectares e neste momento estão a ser explorados 4.591 hectares. Portanto se nos queremos falar sobre o chá produzido, feito, na anterior campanha tinha sido feitas 1.761 toneladas e este ano conseguimos 5.366. Então significa que existe maior crescimento que deveu se a queda Pluviométrica naquela época em que a cultura do chá necessitava de água mas atenção.
Provavelmente os factores da produção do chá sejam diferentes das outras culturas, provavelmente quando o chá necessitou de água teve e outras culturas não, por isso existe esse desequilíbrio, são factores naturais e não manipuláveis”.
Pela visita efectuada pela nossa reportagem pelos campos de chá e em conversa com trabalhadores constatamos que desde que aquele foi plantado nunca se fez a reposição, espera-se pelas mesmas raízes de ‘a décadas e com fazem se alternâncias com a introdução de outras culturas.
“Esta a ser introduzida a cultuar de Macadamia. Já temos mais de 296ha, com 96 mil plantas no posto administrativo de Pajua, temos ao longo da estrada que vai a Lioma também 23ha em detrimento da cultura do chá. Mas a nossa aposta como instituição do Estado, é mater esta cultura natural e a nossa província esta a periorizar o Chá.
Um dos desafios é massificar a produção, mesmo os gestores das empresas apostam em introduzir no sector familiar o que implica haver uma investigação, descoberta de novos clones, o chá em concorrência a nível do mercado internacional e, o nosso é da década 60 esta numa fase de idade muito avançada, a qualidade também vai baixando. Então a aposta neste momento é de introduzir clones com maior rendimento que vai garantir a qualidade da produção.”
Actualmente no mercado internacional, o nosso chá que vendemos em Mombaça varia de 1.10usd e enquanto localmente é adquirido a 1usd. Disse Abeque
Comercialização agrícola
“A nível do distrito já começamos a comercialização a partir do mês de Abril e até então conseguimos comercializar cerca de 214.100 toneladas de produtos diversos, todas as culturas. Se nós fazermos uma comparação em relação ao ano anterior tínhamos comercializado 187.911 toneladas significa que temos um crescimento de mais de 10%.
Leque de produtos campanha agrícola 2011/12,prespectivas para 2012/13.
“As principais culturas nesta produção total, estamos a falar da cultura d Milho, Arroz, Mapira, Mexoera, Feijao Boer, Vulgar, Soja, Amendim, Batata-doce, Batata Reno, Cebola, Tomate, couve, Chá, Tabaco, Soja Girassol, Cana de Acuçar, 2011/12 tinhamos planificado uma area de 123.737 mil hectares e até ao fina l da campanha realizamos 122.243 o que representa 98.8% em termos de cumprimento. Mas também se compararmos em relação ao crescimento de áreas, em 2010/11 e 2011/12 h'a um crescimento de 4.1%,
Os 2% que restaram deveu se a algumas áreas na altura da sementeira, a cultura tinha se perdido, mas em termos de posicionamento de produção dizer que a campanha agrícola 2011/12 tinha planificado em produzir 500.19 mil toneladas e, no fim até já conseguimos 509.456 toneladas. Já comprimimos em relação a produção acima de 100% e, temos um crescimento se compararmos com a campanha agrícola 2010/11, um crescimento de 35.1%
Quantidades produzidas
Soja até o fim da campanha já conseguimos recolher 10.400 toneladas, Milho que é a base da alimentação da população com 84.400 toneladas e as culturas com menor tonelagem são a de rendimento, que ‘e o tabaco com mais de 44 toneladas apenas e, isso deveu na demora na compra do Tabaco e consequentemente a campanha ficou influenciada, os produtores não aderiram a produção.
Problemas no sector
Um dos problemas que já estamos a ultrapassar é a insuficiência de sementes melhoradas. Gurué é potencial em termos de produção e podemos alimentar a própria província e outras então, os agricultores que estão aqui são de grande dimensão, tem mais de 10 até 20 hectares, inclusive do sector familiar que tem 5/6 hectares, precisamos de potenciar esses agricultores em termos de insumos agrícolas, maquinaria para aumentar as áreas de produção e para além da tecnologia que estamos a implementar a nível do sector familiar, mais de 50% de sementes conseguimos produzir localmente mas precisamos de mais porque a demanda é maior.
Campos de chá, com até 100 anos de idade.Deveriam ser renovados com plantas clones superiores, tolerantes à seca, doenças, selecionados nos campos,e multiplicados por estaquia ou micro estaquia, em viveiros com apoio governamental seja em pesquisa e mesmo financiamento à vc agricultura familiar;uma política de diversificação de cultivos paralelamente,seria de muito bom uso,servindo de motivação para o agricultor não migrar para os grandes centros urbanos.
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