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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Fracassado projecto do Millenium Challenge Account na Zambezia MCA

Projecto Biomassa alternativa no combate ao amarelecimento letal Texto e fotos: Estacios Valoi 27
/09/12 “A província da Zambézia tem 110 mil hectares de coqueiral e a Madal com cerca de 16 mil hectares instalados, significa que a Madal representa menos de 15 % de propriedade agrícola de plantação de coqueiro na província da Zambézia. Ė Verdade que existem outras empresas como é o caso da Boror agrícola e a Monroa que no total não perfazem mais de 25 mil hectares, continuamos no mesmo ponto, os coqueiros vão sendo dizimados” Segundo Ilídio Afonso José Bande director provincial da agricultura da Zambézia, o seu departamento concorda com a ideia, mas que propostas escritas sejam apresentadas. “Concordamos com a ideia, mas ainda é ideia. Já houve algumas propostas de alguns investidores sobre o projecto biomassa mas nós recebemos e estamos a espera que nos apresentem uma proposta escrita para analisarmos e podermos avançar. Também existe uma outra proposta de um outro investidor que é usar esses coqueiros mortos para briquetes, fabrico de carvão para exportara para a Europa, um carvão muito apreciado fora do pais e, uma terceira versão, é de reensinar os camponeses para aproveitarem a madeira, neste momento tem alguns grupos e associações que estão a fazer o reaproveitamento do coqueiro na obtenção de barrotes, ripas, tábuas,fazem mobiliário. Etc. Penso que esse é o caminho correcto que devia se fazer” . De acordo com Peter Pishler, responsável e autor do projecto de biomassa, traçado com base na sua experiencia adquirida como ex- Director do projecto MCA (FISP) do Millenium Chanllenge Account de combate ao amarelecimento letal na Zambézia, milhares de árvores do coqueiro mortas pela doença podem ser usadas no projecto de biomassa em grande escala num projecto avaliado em 35 milhões de dólares e uma produção de 130 mil toneladas de ‘pelets’ “A dimensão é uma fábrica de 35 milhões de dólares com uma produção de 130 mil toneladas de pelets. Corta se uma árvore, começa a desfazer em pequenas partes depois secar, moer estas partes da árvore, compressar num tamanho de cinco, seis milímetros, a doença vai desaparecer com a temperatura porque o produto precisa de ser aquecido para extrair o líquido, assim vai morrer toda a doença e o escaravelho rinocero vulgo Nampuiwm não tem depois sucesso de entrar em outro sítio ou plantações e destruir outras plantas”. "Sou Austríaco de origem e, a Áustria utiliza biomassa para substituir carvão porque na Europa 20% do carvão precisa de ser substituída pela energia renovável, significa que é preciso misturar “ Pelets”, um produto feito de árvores, usa isto para diminuir a poluição do ar através do carvão e minimizar os efeitos negativos na produção da energia, como a redução do dióxido de carbono”. “Também é um método de reduzir a replantação, ajudar nesta área do carbono porque pode se fazer o carbono offset, carbono credits, significa que você esta a substituir a poluição em varias partes do mundo como replanto na área do reflorestamento. A Zambézia esta numa situação muito grave e triste porque produzia muito coco e seus vários derivados, ajudou vários farmeiros na cobertura das suas casas com Macubar e com esta doença chamada CLYD amarelecimento letal, Nampuwim “ escaravelho rinoceros, esta a diminuir os coqueiros de uma forma muito rápida na província e no fim não existe outra alternativa, a solução quase, é cortar aos poucos todas as árvores, tentar replantar com espécies mais resistentes mais isso só tem sucesso quando você corta quase todas a s árvores doentes ou com sintomas, é uma escala muito grande e só se pode se atingir com um grande projecto”. Numa vasta extensão do palmar da Zambézia em que a maior percentagem das árvores esta afectada ou infectada questionamos ao mentor do projecto ainda por ser implementado sobre o que vai sobrar como exemplo daquilo que outrora fora considerado o maior palmar do mundo. “O nosso projecto tem como plano cortar mil árvores por dia. Para a população seria tirar todas as árvores que neste momento são estacas, que já não tem folhas. Fazer uma viagem daqui para Inhassunge, você fica muito triste, restam estacas em vez de coqueiros, então este projecto pelo menos vai tirar esta parte da arvore, a raiz, e, tirando a raiz abre se oportunidade para as famílias usarem este terreno sem obstáculos em cada 10 metros, não encontram raízes Penso que vai abrir uma oportunidade para sustentar novas plantações com árvores resistentes, também para outras culturas, outros produtos, uma alternativa para as populações, empresas” Estágio do projecto “Neste momento temos todo apoio moral do governo, do sector provincial da agricultura, temos vários suportes aqui em Moçambique mas, o grande obstáculo é obter o financiamento neste área de grandes investimentos para África porque agora na Europa é muito apertado por parte de financiamento mas conseguimos uma opção, um fundo, mas para isso precisamos de uma participação nossa de 10%, estamos a lutar para obter estes 10% que ‘e um valor de um 1.500.000 dólares. Se conseguirmos isto vamos ultrapassar este obstáculo, podemos implementar já este e próximo ano, fazer a primeira exportação de pelets para o uso em Moçambique, vai substituir carvão na Europa onde é muito procurado onde existe uma lei que todos os países da Europa precisam de substituir o carvão com 20% de energia renovável. Então isso é uma vantagem para nós porque temos mercado na Europa, Ásia mas aparte logística não é fácil em Quelimane, o porto é pequeno e nós precisamos de exportar grandes quantidades, chama se partshipment cujo cada exportação começa de 15 toneladas para cima que não é fácil, é preciso fazer partshipment”. Responsabilidade social “ Tem um grande beneficio aqui Moçambique. Estamos a planificar uma nova geração de fogões para utilizar o pelets, isso já foi implementado na Índia e acho que é uma maneira de substituir carvão, importante também para a preservação da madeira como combustível lenhoso e para diminuir o corte do mangal que é um risco muito grande para meio ambiente, problemas de ciclones, erosão. Há cada vez mais necessidade de trazer o carvão para Quelimane ou para grandes cidades quando já não existe floresta para cortar. Depois temos uma situação triste, fora de Maputo quase já não existe arvores. No corte do coqueiro vão ser pelo menos 500 pessoas, a própria fábrica vai precisar entre 100 a 200 pessoas, logística também, seu total entre 600 e 800 pessoas locais; os camponeses tem a preocupação de tirar as suas árvores doentes e ganhar pouco e nós vamos oferecer um valor simbólico de 30 meticais por cada árvore ou podemos oferecer uma planta mais resistente, que vai permitir plantar uma outra árvore ou outras espécies para a segurança alimentar, pelo menos eles tem uma oportunidade para utilizarem os seus terrenos em vez de ficar com árvores doentes. A comunidade também pode fazer a mesma coisa se tiver uma área comum, mas também no corte da madeira, junto com outros parceiros que estão agora aqui a implementar pequenos projectos, também vão nos apoiar para aumentar o volume de corte de madeira para fazer produtos de arte, novo sistema de fazer casas na comunidade porque o coqueiro é casa, vida e hoje eles já não tem maneiras de fazer casa deles e, com este projecto na área social podemos desenhar ainda mais projectos para o bem da comunidade”.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Saque florestal continua na Zambézia

Texto e fotos: Estacios Valoi 20/09/12 Casos alarmantes no saque florestal na Zambézia ainda são na sua maioria protagonizados por empresas licenciadas que muitas das vezes tem como fonte do seu abastecimento operadores furtivos assim com refugio o pagamento de multas actualmente restabelecidas pelos SFFB que todavia não os pesa. As maior parte das multas estão relacionadas com o levado corte assim com n volume carregado nos camiões muita geralmente acima d volume do corte estabelecido por aquele serviço ou guias mal preenchidas e/ou bem para na tentativa de ludibriar os homens da fiscalização. Em meados do mês de Agosto, a titulo de exemplo a empresa GreenTimeber e não só, foram confrontadas com esta situacao e tiveram que pagar multas consideráveis. Contudo o chefe dos serviços de floresta e fauna bravia da Zambézia Tomas Bastique na tentativa de minimizar a situação perde se nos toros de madeira. Infracções “No período do primeiro semestre aplicamos 47 multas que se verificaram mais pelas seguintes transgressões. Mau preenchimento de guias, tendo em conta que os nossos operadores são novos acabam indicando aos seus representantes para poderem fazer o trabalho tem havido uma atitude de mão preenchimento e alguns documentos e primeiro temos tido a acção educativa, mas quando há alguma persistência acabam levando até a multa. Desta totalizavam um valor de cerca de seis milhões de meticais relativos a esse número de multas. Por questões técnicas infracções que se registam, a maior parte dos nossos operadores não consegue estimar, calculo real do volume de madeira lá no campo, quando carregam acabam subestimando o volume verificando se exploração acima do volume que lhes foi autorizado, a madeira transportada precisa de ser devidamente assinalada com tinta e não giz, corte nos diâmetros baixo do recomendado, a principio o diâmetro varia por cada espécie, Umbila diâmetro mínimo são 40cm,Pau ferro -30cm, Chamfuta -50cm,Jambire -40 cm”. Facto confirmado pela nossa reportagem, a madeira que vai sendo transportada, muitas das vezes contradiz as medidas estabelecidas pelo SFFBZ, assalto das concessões vizinhas, como do incidente que se registou no distrito do Gile entre a empresa Green Timber e Momade Issufo que acabou com a intervenção da policia e balas pelo ar, mas que continuam a registar se um pouco pela província com envolvimento de madeireiros furtivos. Frisar que a maior parte das empresas que atropelam as leis na exploração florestal, trabalham na área a mais de dez anos e mínimo cinco, algo que refuta completamente as afirmações do chefe dos SFFBZ que alega os “operadores não conseguem estimar o cálculo real do volume de madeira lá no campo, o corte, diâmetros recomendados”. Facto é que apesar de as multas terem sido actualizadas ‘agravadas”, os montantes que estas empresas pagam, comparativamente ao preço de venda no mercado internacional, a multa que lhes é exigida pouco efeito faz, não se preocupando deste modo se cortam, transportam, falsificam ou compram guias com recurso ao pagamento da multa M3 em Moçambique e n mercado internacional, Preço a vista: “R$ 1.150,00 / M³, O preço acima e apenas um referencial, pois para cada espécie varia pela quantidade comprada por cliente e tem no mínimo 10m3, Qualidade Bica Corrida. Cadastro deve ser Aprovado”. Pau-ferro na Zambézia varia entre 8, 12 mil meticais o M3, ”. Questionado sobre o caso da empresa Green Timber e Momade Issufo operador florestal na Zambézia, Green Timber que mais uma vez, recentemente encontrada pelos fiscais no posto de Mulevala com excesso do volume de Madeira nos seus camiões, cautelosamente preferiu não mencionar nomes, local. “Bem de facto tem havido uma ma interpretação por parte dos nossos operadores, esse problema de facto aconteceu a dois anos mas neste momento já esta ultrapassado, já melhoramos a nossa base de dados em que a nossa área, áreas estão delimitadas. Aqui na tenho dados registados, prometo trabalhar com a informação e fornecer a posterior, mas queria dizer que melhoramos a nossa base de dados, todas áreas estão registadas e trabalhamos com os operadores no sentido de juntos irmos ao terreno para indicarmos-mos os limites de cada um, onde começa e termina, é obrigação do próprio operador colocar placa de sinalização para mostrar de facto de onde começa e termina a área que lhe pertence”. Novas taxas “Estamos a trabalhar com o novo decreto que actualiza os valores das multas, o decreto 76/2011 e 30 de Dezembro e o mesmo vem actualizar os valores que estavam previstos na lei, no artigo 41 que os valores variavam de 10 mil meticais a 100 mil. Neste momento é de 100 mil a 1000 milhão” Exploração sem licença, antes o valor era 35 mil meticais e agora passou para 500 mil. Significa que quando nós interpelamos um cidadão a transportar uma madeira e que não consegue comprovar a sua proveniência, legalidades guia de trânsito e a esse valor acresce se o valor da taxa do produto que esta em causa. Se ele carrega cerca de 10, 40 m3 temos que acrescer aos 500 mil meticais acrescidos ao valor do produto que esta a carregar”. Atropelos da lei na sua maioria por concessionários, exploradores de madeira de longa data “Há vários tipos e infracções. O corte sem licença é praticado por pessoas sem licença, neste caso acaba não sendo o autorizado. O autorizado normalmente comete erros, corte abaixo do diâmetro recomendado, no mau preenchimento de guias, transporte ou exploração do volume acima daquilo que lhe foi autorizado”. Zambézia actualmente com cerca de 50 concessões operacionais com licenças emitidas com mais ainda a esteira de serem licenciadas variando de entre 5 a 20 mil hectares são aprovadas a nível da província enquanto de 100 em diante pelo ministério da agricultura passando pelo conselho de ministros com pressuposto, principalmente de criação de industrias locais por parte dos concessionários, esta a quem do desejado, facto que é do conhecimento do SFFB, violando assim o estipulado por aquele serviço. “Importa aqui realçar que constitui objectivo da instituição promover concessões florestais em detrimento de licenças simples. A questão da indústria, plano de maneio é primordial, primeiro requisito para a pessoa poder obter a licença. Em alguns casos que não são muitos, a maior parte dos concessionários além de estar a operar aqui na província da Zambézia também tem as suas indústrias, actividades em Nampula, Sofala, acaba solicitando a matéria-prima para abastecer a sua indústria, estamos de facto sobre mesmo território, mas sempre incutimos e obrigamos o operador para instalar outra indústria aqui na província” Se Sofala, Nampula significa Zambézia, facto é que com recurso a indústrias de baixo do cajueiro, o sector que aprovou que visa fazer cumprir a tal lei e facilita a saída de madeira em toros com a conivência de alguns fiscais que ao preço de 5 mil meticais em diante permitem a passagem ilícita de camiões da Zambézia ao porto de Nacala e, o número de fiscais em 78 irrisório para cobrir uma extensão de cerca de 10 mil hectares e, os campos de futebol, com a devastação florestal vão sendo criados no desporto lucrativo, ate ao chefe do posto. “A província conta actualmente com 58 fiscais. Esse número acaba de ser reforçado a duas semanas atrás porque recebemos um reforço de 20 fiscais, estamos a trabalhar na fiscalização em coordenação com o fundo de desenvolvimento agrário e a direcção nacional de terra e floresta para a aquisição de meios e equipamentos, fardamentos para podermos apetrechar os nossos fiscais. Número de fiscais não é o desejado tendo em conta a extensa da província mas acreditamos que alguma coisa poderá melhorar”. Reflorestamento “Extensão da área que a província, 50% da superfície é coberta de florestas, significa que metade da província é coberta de florestas e 90 % esta metade ‘e que ‘e a floresta produtiva de onde provem a madeira. Província tem no seu todo cerca de 10.000.000 de hectares, 5 milhões ‘e que ‘e coberto de florestas e 4 milhões é de floresta produtiva são dados do nosso inventário”. Em termos de reposição esta prevista na lei, os operadores ao pagarem a licença, lhes é cobrado uma sobre taxa de 15% a qual é revertida para a actividade de reflorestamento e isso acaba estando ao critério do estado, que canaliza esse valor compara vasos, sementes; Temos dois viveiros, para espécies nativas no distrito de Nicoadala onde produzimos espécies nativas como Chamfuta, Jambiri assim como exóticas cazuarinas e eucaliptos e outro viveiro Em todo local onde é extraída a madeira lá esta se a estabelecer novas florestas principalmente no âmbito de novas florestas comunitárias umas líderes uma floresta, mas a nossa accao na para por ai, nós trabalhamos em coordenação com os nossos operadores, identificamos na comunidade os líderes comunitários para responsabilizarmos a floresta e distribuímos no sentido a nível da comunidade, estabelecer se uma floresta e o operador acaba sendo assessor, acompanhando. Um líder uma floresta a política do governo de Guebuza um fracasso A nossa acção não para nessa orientação de um líder uma floresta, nós temos factos reais de florestas já estabelecidas no âmbito de uma floresta uma planta mas também na paramos por aqui. A actividade de reposição, principalmente para os concessionários é previsto no seu plano de maneio que ele deve fazer maneio da sua concessão, não é só produzir nova planta. ‘E olhar para o rebroto. Quando se abate uma árvore ai acaba nascendo outra. O que fazem a maioria dos nossos concessionários é fazer o controlo e essas novas plantas que surgem até poder crescer e isso também acontece nas nossas concessões isto aliado a essa actividade de reposição que o estado faz. Influencias De entre as empresas mais cotadas no atropelo das leis encontram se a Green Timber que na sua mais recente incursão em meados do mês de Agosto no posto administrativo de Mulevala no distrito do Ile, na Zambézia teve que pagar ao SFFBZ 200 mil meticais por excesso de corte de madeira onde uma vez excedeu em 10% do volume permitido que consta na licença daquela empresa que é de 500 m3. Segundo fontes a empresa com protecção de nomes da nomenklatura politica moçambicana, como no caso do general Lagos Lídimo, o falecido Bonifácio Gruveta a qual segundo o boletim da republica mostra que a Chanat (Green Timber) detida por Ken Tsou já falecido e Tina Ângela Tsou, como sócia Carla Jacinto, também com concessões na província do Niassa e já em Angola em conluio também com alguns lideres da classe politica daquele Pais, em Maio do corrente, nos seus estaleiros na província de Nampula, foram apreendidos 2.500 toros de madeira, e, segundo fontes a principio deveria ter pago 500 mil meticais de multa e não os duzentos. Referenciar que em 2011 por varias vezes a empresa Green Timber tentou compra as concessões pertencentes ao filho do falecido general, Edmundo Gruveta, mas que na altura o negocio liderado por Carla Jacinto na surtiu o efeito desejado tendo a mesma abandonado. Mas a lista dos envolvidos, vai não apenas até ao anterior governador da Zambézia mas também recai sobre o actual Itai Meque no tráfico de influências a favor daquela empresa na facilitação do processo e aquisição de concessões assim como outras facilidades. Encontros mantidos entre Tina Tsou e Carla Jacinto, em pleno acto do uso da sua influência, Itai Meque, Rafik Vala anterior director provincial dos SFFBZ, ordenaram no ano transacto ao engenheiro António Chibite para que autoriza-se a exploração da concessão em regime de licença simples fora do prazo da sua tramitação. Do primeiro andar, na altura gabinete de Rafik Vala, Chibite no R/C, tremulo recebeu telefonemas para que desse aval aos processos da empresa Green Timber sem pestanejar, factos presenciados e confirmados pela nossa reportagem.
Ainda no mesmo ano durante a apresentação do balanço sobre o desenvolvimento da Zambézia pelo governo provincial de Itai Meque, cujas realizações estavam acima de 200%, o que constou nos relatórios com os quais tentou ludibriar ao Presidente da Republica Armando Emílio Guebuza, António Chibite usado como “bode expiatório” perante tamanha multidão e na altura presente o ministro José Pacheco timoneiro da pasta da agricultura, o ex- engenheiro chefe do SFFBZ era destituído do seu cargo.

Garimpo ilegal

A esmeralda que voa de Namanhumbiri Texto e fotos: Estacios Valoi 20/09/12 São garimpeiros nacionais, estrangeiros provenientes na sua maioria das províncias de Nampula, Niassa mistura de outros países como Tanzânia, Senegal, Somália, que vão tentando fintar a natureza, solo adentro com recurso em métodos e técnicas que só estes se dignam a implementar, sempre na próxima lotaria que por vezes acaba, no pior dos casos em mortes. “A lei esta clara e diz “comercialização de minérios é só para cidadãos moçambicanos”. Agora cuidado com esta palavra “ só para cidadãos moçambicanos”. E, não nas áreas mineiras. Pode sentar se em Pemba, em Montepuez, comprar o minério que foi extraído legalmente por associações que já estão criadas. Agora em Montepuez você vai a qualquer estabelecimento encontra Malianos, Senegaleses, Guineanos, Tailandeses, Tanzanianos. Garimpo ilegal, é triste, vi no outro dia uma reportagem sobre o que ocorreu em algumas partes do país vizinho daqui, crianças dentro as minam, e aqui há vários problemas quase os mesmos, as pessoas submetem a profundidades de 10 a 13 metros e profundidade trabalhando no formato “L”. Vão para baixo na vertical e depois na horizontal onde a capacidade de oxigénio a este ponto é muito baixo. Usam um tipo de comprimidos, o “Asmol”, os que se usam para os asmáticos para vazar, minimizar a necessidade de oxigénio e descer, isto, com estupefacientes e álcool a misturado consumidos, vulgos ‘boina vermelha, Rhino adquiridos a 25 meticais.” Retiramos alguns deles para fora dos túneis, uns estavam muito mal e um dos nossos funcionários tirou uma garrafa de água para oferecer a eles e outro disse que não podia beber a água antes que passassem três horas de tempo porque ia morrer “ não posso beber antes de tês horas de tempo. Se beber vou morrer; significa que o tipo de estupefacientes que eles usam na lhes permite que bebam agua, isto significa que o garimpo ilegal, esta ilusão de ganhar a lotaria esta a tirar força laboral neste pais, a tirar a saúde”. Prostituição “A prostituição que com forca do dinheiro há cada vez mais, e lamentavelmente estão a fomentar a prostituição, essa menina nova deixa a escola porque vai com o senhor que a vai comprar um celular, verniz. Não esta a apensar no futuro, aqui na mina nós podemos dizer que sim, estamos a trabalhar, mas o lucro real ‘e para a futura geração, não a actual, para aquele jovem que hoje tem 9/10 anos. Termina a escola, vai formar se então vai ocupar o lugar daquele engenheiro, inglês, indiano, britânico. Esta é que é a realidade. O índice de HIV/Sida que subiu naquela zona, com respeito, mas a importação de prostitutas de outros países que se encontra lá, todo isso em redor e depois o consumo de outro tipo de estupefacientes, droga dura que esta a fomentar Os meios de comunicação como vocês são responsáveis para informar a esta camada de jovens, eu tenho 55 anos. Aquela menina que tem 18 anos que futuro dela esta nos cadernos, que tem que ir formar se, é triste ver isto naquelas barracas de Montepuez, a rua, a estrada nacional fica fechada”. Polícia ineficiente ou insuficiente!? “Para nós foi surpresa quando capturamos a coisa de dois meses um grupo bastante grande de garimpeiros ilegais, e, há um outro campo onde andam mais, cerca de 400. Comunicamos as autoridades e, realmente há que elogiar o comando provincial a direcção provincial, o Ministério de recursos minerais mas lamentavelmente alguns líderes tradicionais trabalham mal, estão a ver aqueles duzentos meticais que o oeste africano oferece naquele momento, entra na sua casa, faz e desfaz. Se não existe colaboração do cidadão! Hoje segunda-feira, acordei e ouvi que houve baleamento mortal de um cidadão Tailandês na casa de um local que o baleado alugou. Ai esta a forma ilegal de fazer negócio”. Sublinhou outro anónimo.

Montepuez Ruby mining produção agendada para Outubro próximo

Texto e fotos: Estacios Valoi 20/09/12 Trata se de uma sociedade ‘ Joint venture” entre a empresa de capital britânico Gemfields com 75% e a sua contra parte Moçambicana Mwiriti.Lda com 25% num investimento de 25 milhões de dólares americanos nesta primeira fase, instalada no na localidade de Namanhumbiri, no distrito de Montepuez na província de Cabo Delgado. O montante já investido, contempla apenas a fase piloto da concessionária em processo de prospecção, a qual numa primeira fase tenciona produzir 10 toneladas das 3 mil toneladas almejadas por dia nos próximos anos de exploração do rubi numa área que ocupa 21220 hectares. No seu segundo ano de actividades nesta parcela do país, a Gemfields que também encontra se a operar na Zâmbia, numa parceria com a Kagen, uma sociedade estatal daquele país da África Austral, em Moçambique espera empregar cerca de 500 trabalhadores na fase da produção. Segundo Asghar Fakhr, sócio gerente e engenheiro em representação da Mwiriti, actualmente sociedade conta com capital humano e técnico para que se comece com a produção, assim como vai se responsabilizar por toda a cadeia produtiva, desde a exploração, a colocação do mineral nos mais cotados mercados da especialidade no mundo, passando pelo seu processamento. Infra-estrutura física “Fizemos uma “Joint venture" com Gemesfild britânica, numero um mundial em pedras preciosas de cor. Agora começa com uma produção de 10 toneladas dia mas com um objectivo marcado para alcançar 3 mil toneladas dia, Conector, bulldozer,tudo já esta aqui, só estamos a espera da estacão de tratamento de minérios, onde se faz a separação das impurezas dos minérios necessários (Lavaria), de raiz, tecnologia Alemã mas fabricada na África do Sul que chega em finais deste mês de Outubro, a qual será montada pela equipa técnica fabricante. Com aproximadamente 20 dias de experiencia posso dizer que, mais ou menos finais de Outubro estarão a produzir e dentro de dois, três meses a primeira exportação no mês de Dezembro de 2012 e venda em Março próximo em Singapura na feira mais importante de gemas a nível mundial”. “Estamos a preparar um acampamento muito próximo de Namamhumbiri, dentro da área mineira para hospedar 15º técnico superiores sénior e juniores para 150 pessoas. Pelo tempo é impossível a construção de todo o aparato necessário, ter um refeitório para 400 a 450 funcionários que vamos ter a partir do mês de Outubro, mesmo número de refeições dia e noite. Não ‘e fácil neste momento em Cabo Delgado, não existe uma organização para tal, e logicamente vamos lançar um concurso mas isto precisa de uma logística que não é tão fácil. Temos casas tipo comboios convencionais de cimento, construídas para albergar a força de segurança privada ARK. O mais importante que é a área onde vai se instalar a Lavaria, planta de lavagem que leva de oito a nove tampas de reciclagem de água, porque a água que se vai usar será reciclada para voltar a usar”. Responsabilidade social “A empresa estava na fase de prospecção, durante dois anos fizemos uma reabilitação de raiz de uma escola, com casas de banho convencionais de alvenaria com todas as condições, tanques de água, reabilitamos o mercado de Namamhumbiri, campo de futebol e uniforme das meninas avaliada em cerca de 6 milhões de meticais. Neste momento a empresa iniciou com a reabilitação de todos os furos de água, seja bomba, filtro, o que não estiver a funcionar a nível do posto administrativo avaliado entre de 10 e 12 milhões. Ainda não começamos com a produção mas existem programas, neste caso para carpinteiros, criação de frangos para a população local que poderão vender-nos aqui mesmo, futuramente a criação de estufas para que durante ano todo existam verduras, esta semana foram contratados outros 27 trabalhadores e dentro de pouco tempo a empresa vai contratar outros 60 nas varias áreas que nos interessam, desde da lavandaria até meninas que pedimos para aprender gemologia”. Segundo estes técnicos gemologos as jovens entre os 20 -27 anos são as melhores, tem o “feeling”, vista perfeita, uma espécie de contacto com as pedras, vão aprender e trabalhar com os técnicos na selecção das pedras; temos um professor e cerca de dez técnicos, é uma profissão que vão aprender. Na fase da produção teremos aproximadamente 450 trabalhadores directos e, sem nos esquecermos que, lamentavelmente a província de Cabo Delgado tem deficiências na parte técnica, temos que formar o pessoal local, operador de máquinas. Neste momento, 90% não são desta província, temos que traze-los de Tete, Maputo, Zambézia Inhambane, Nampula, é a única saída que há dentro do que há em Moçambique. Disse Fakhr. Impacto ambiental “O aspecto que se esta a controlar muito, todo desastre que se registou com garimpo ilegal, as crateras que foram abertas, tentar recuperar, limpar bem a área. Esta previsto por exemplo o uso de uma espécie de viveiros, estufa para a criação de plantas autónomas, uma vez que termina a área poder plantar aquelas árvores, próprias da zona. Precisamos de água e muita, mas como a própria água se vai reciclar, não será tanta água assim, o consumo será inferior nas nove tampas espécie piscinas que vamos colocar, onde a água vai assim que sai das tampas, reciclada e volta a reintroduzir se na Lavaria. Não sabem quanto a capacidade mas já fizemos furos suficientes para o consumo de água no acampamento principal dentro da mina, os técnicos que estão lá a trabalhar com geofísica, estão a encontrar lugares adequados e, acho que este problema é algo menor.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Quelimane levou a melhor

Assembleia municipal de Quelimane aprovou em unanimidade relatórios do Conselho Municipal de Quelimane Texto e fotos: Estacios Valoi 30/08/12 Realizou recentemente a XVII Sessão da Assembleia Municipal da cidade de Quelimane na província da Zambézia que teve como pano e fundo a analise a aprovação dos relatórios relativamente ao estágio das actividades municipais durante primeiro semestre do corrente ano. De entre vários temas debatidos desde o período da manha ate ao cair da tarde cm intervenções as Bancadas da Renamo e Frelimo foram destacados o relatório das actividades do conselho municipal do primeiro semestre que foi aprovado pela bancada a Renamo e abstida pela Frelimo enquanto o relatório da assembleia municipal assim como o do fundo da pobreza urbana foram aprovados em unanimidade. Relativamente a proposta Toponímia da atribuição de nomes de personalidades que se evidenciaram no crescimento da cidade de Quelimane a algumas ruas, avenidas devolvido ao preponente o presidente do conselho municipal Manuel de Araújo disse que o mais importante era trazer este debate em Quelimane. “Bom para nós o importante era começar com o debate. Ė uma estratégia que adoptamos, sabíamos que na seria aprovado hoje. Quelimane oficialmente já começou a discutir se o general António Grouveta merece uma rua ou não. Nós estamos a dizer que sim merece e vamos ver quem é que vai negar. Se vai ser a Frelimo ou a Renamo. Para nós, os membros da assembleia municipal acompanham os trabalhos que estamos a executar e de facto concordam com aquilo que nós realizamos este primeiro semestre. Temos pela frente muitos desafios, Quelimane ainda continua no buraco em que lhe meteram e nós vamos continuar a envidar esforços no sentido de melhorarmos e, pedimos a colaboração, não só dos membros da assembleia municipal que é um dever deles mas a todos os munícipes. Os munícipes de Quelimane mostraram nestas celebrações dos 70 anos quão cívicos são, foi uma festa que nós alegrou a todos e trouxe de volta o nosso orgulho, amor pela nossa terra, vieram amigos de Quelimane, da Zambézia, filhos que voltaram”. Devolução da proposta toponímia por parte da Bancada da Frelimo Renamo que sem saida, apesar de term tentado vectar nao puderam.
Frelimo “Esta proposta entretanto enferma de algumas lacunas de substancia e de sustentabilidade histórico-cultural, concretamente a proposta não indica as avenidas e as ruas onde serão designadas pela listagem de personalidades apresentadas, pensamos que o trabalho de indicação e apresentação da proposta deveria merecer um tratamento consensual indicando para o efeito uma comissão independente inclusiva e representativa para a realização do referido trabalho Do ponto de vista da proposta esta despida de um historial da vida e obra sobre cada uma das personalidades constantes na listagem, infelizmente esta lacuna que apresenta tem significado enorme na educação patriótica e cívica para a geração presente e das futuras. A aprovação da toponímia urbana não é da competência da assembleia municipal, cabendo lhes a tarefa de apreciar e propor com fundamentos plausíveis e coerentes as autoridades competentes em conformidade com a lei sobre a matéria. A minha bancada propõe a devolução da proposta ao proponente para tratamento merecido sobre a matéria vide o artigo 179/2 linha Q da constituição da Republica”. Edil de Quelimane recorre a lei 2/97 e atira ‘batata quente” para as bancadas da Frelimo e Renamo “Facto em obediência a lei número 2/97 de 18 de Fevereiro que é a lei que aprova o quadro jurídico-legal para a implantação das autarquias locais como corolário do número 1 do artigo 135 da constituição da nossa república, o conselho municipal de Quelimane, nos termos da Alínea A, numera 3 do artigo 45 da citada lei, em obediência a competência atribuía a assembleia municipal para estabelecer os nomes das ruas, propostas, etc., nos achamos por bem de que alguns dos filhos desta terra deveriam ter seus nomes em algumas ruas Também sugerimos que uma desta cidade tivesse a honra de ter o nome do general Bonifácio Grouveta Massamba, herói nacional declarado, general do exército, autor do primeiro tiro na frente da Zambézia na luta de libertação nacional e primeiro governador da Zambézia, também estamos a falar de pessoas que ano tem nada a ver com política como doutro Aldo Markezine que tanto se notabilizou no apoio aos doentes, no desporto Joaquim João que foi durante dez anos capitão da selecção de Moçambique”. Bancada da Frelimo alega falta aprofundamento e explanação de algumas actividades nos relatórios aprovados. “ O relatório do conselho municipal que nos foi apresentado sumariza as actividades que foram desenvolvidas no primeiro semestre do corrente ano. Do nosso ponto de vista de uma listagem das actividades, algumas das quais deveriam merecer um certo aprofundamento ou melhor explanação, exemplo: Os mercados todos foram electrificados mas não nos trazem resultados e receitas que são cobrados neste período, pelo contrário registamos que o peixe é vendido a noite nos passeios como sempre aconteceu. Foram lançados livros de escritores nacionais mas na informam onde poderão ser adquiridos e quantos exemplares foram disponibilizados na cidade. Realizaram encontros com a direcção provincial da saúde com respeito a construção do hospital provincial mas não informam sobre o estágio dos trabalhos. Reactivação de centros turísticos de renome no município e sem dizer quais são, o desenho de estratégias para o melhoramento do ambiente de negócios no município e não nos é apresentado o documento, as perspectivas e entre outros, abastecimento de energia não tomamos conhecimento sobre as novas áreas porque o relatório na explicita. Registamos melhorias nos trabalhos de tapamento de buracos e saudamos este esforço”. Discursos tribais na celebração dos 70 anos da cidade de Quelimane objecto de debate e analise numa das rádios na cidade de Quelimane e não só” “Em nome da bancada da Frelimo, dos membros simpatizantes, dos munícipes dotados de bom senso manifestar o nosso distanciamento do discurso proferido no dia das celebrações dos 70 anos da cidade pelo edil. Os discursos de dirigentes no caso específico de Moçambique, não devem incitar a violência ter um pendão tribalista com características inflamatório capaz de incorrer no divisionismo quando pautamos no interesse na salvaguarda da unidade nacional” Renamo “Agradecer o trabalho muito importante que tem sido feito por órgãos de informação o qual tem nos despertado muita atenção naquilo que tem acontecido na nossa autarquia, tanto como a corrupção que tem havido no conselho municipal tanto como no governo da província da Zambézia. Alguns directores provinciais que haviam de deixar os seus lugares porque eram conotados com presidente do conselho municipal e isso aconteceu e ouvimos que esses directores já saíram. Mas antes e mais nada que nos alertou foram os órgãos de comunicação”. “Soubemos que vereador Maloa teria metido no conselho municipal o cunhado, filho e o sobrinho, que nos mercados tem havido correlação tirar o espaço de um nacional ou munícipe Machuabo e dar um estrangeiro. Esses jornalistas que fazem esse trabalho importante, sabemos que todo não são Machuabos é os considerados hóspedes. Esses hóspedes estão a fazer um trabalho muito bom para o nosso município, outros casaram com machuabos pese embora não são machuabos. Também vimos nessa propostas que não eram Machuabos mas também foram propostos para que os nomes sejam atribuídos as ruas na cidade de Quelimane, que é o contrário ao que fomos ditos aqui, é a cidade dos machuabos, esses discursos tribais, regionalistas não podem existir no nosso município, no pais e nós repudiamos”. Essa disputa que existe por falta de convivência democrática, como consequências os semáforos são destruídos após a festa da cidade de Quelimane porque nos discursos dos dirigentes quer do município assim como desta província estão a disputar semáforos. Pessoas que são dirigentes vão gastar tempo a discutir só por causa e semáforos. Nunca ouvi discutir que este semáforo pertence ao fulano. Ė caricato. Sublinhou Noe Mavereca Ainda a esteira dos discursos feitos na celebração dos 70 anos da cidade de Quelimane, o Presidente do Conselho Municipal de Quelimane Manuel de Araújo cobrindo se com pele de cordeiro perante Assembleia Municipal disse: “Gostaríamos de aproveitar esta oportunidade para esclarecermos alguns equívocos ou mal entendidos que podem ter sido causados ou por nós próprios ou pelo canal ou por parte do receptor. Nunca quisemos discriminar a alguém com base na sua raça, com base no seu local de nascimento, apenas quisemos frisar de que hospedes tem que respeitar os donos da casa e, hospedes são hóspedes”.

A quantas anda o Membro da Renamo agressor!

Jornalista agredidos em Quelimane na Zambézia Texto e fotos: Estacios Valoi 06/09/12 Dois Jornalista agredidos a margem da XVII Sessão da assembleia municipal de Quelimane realizada sexta-feira ultimam por um membro da Renamo na província da Zambézia. Os dois jornalistas pertencentes a duas rádios comunitárias baseadas na cidade de Quelimane foram agredidos nas instalações do conselho municipal pelo membro da Renamo Antonio Pilica durante o exercício do seu dever de reportar, informar. O incidente ocorreu alegadamente porque segundo António Pilica membro da do partido Renamo, os jornalistas davam maior cobertura as intervenções do edil de Quelimane Manuel de Araújo em detrimento dos outros partidos representados na assembleia. Trata se de Rizique Zacarias da Rádio Quelimane FM, no Jornal Nonamais e Fidel Castigo da Rádio Zambeze agredidos fisicamente durante o exercício das suas funções sem nenhuma explicação. Rezique Zacarias relativamente a agressão considera de um abuso a classe Jornalista “Um abuso de confiança, abuso a classe jornalística na Zambézia, um desrespeito porque todos os dias são os jornalistas que são os vectores da informação que conduzem ao desenvolvimento a sociedade e quando alguém da assembleia municipal toma comportamentos pouco dignos, exacerbados com este transmite penso eu que um exemplo para o próprio partido mas também como mancha a própria assembleia municipal e nós não vamos tomar medidas mais drásticas em respeito ao presidente do município, da vice-presidente da assembleia municipal e o próprio chefe da bancada central da Renamo que pediu desculpas em público depois deste acto. Queremos alertar que das próximas vezes o caso pode chegar mais longe. Fiel Castigo da Rádio Zambeze FM “Foi para mim uma atitude macabra, um atentado a liberdade de expressão e informação. Trata se de uma agressão dele que em vez de responder as questões a ele apresentadas pelo Presidente do conselho municipal partiu par a agressão alegando que somos jornalistas do Movimento Democrático de Moçambique (MDM). Eu não sou do MDM, estava a exercera actividade como Jornalista e gostaria que isso na voltasse a acontecer. Quando lhe foi dito para que nos pedisse desculpas, Pilica recusou se alegando que nós jornalistas da cidade de Quelimane nos agitamos quando é presidente do município a falar. Foi uma atitude macabra.Quem pediu desculpas foi a vive presidente da assembleia, o presidente do município Manuel de Araújo e o membro da Renamo Noe Mavereca”. Apesar de rasgados elogios quanto ao desempenho dos órgãos de informação naquela província e município em particular, os homens da pena não escaparam a arrogância do membro da Renamo o que levou a vice-presidente da assembleia municipal Maria Elsa Lampião a pedir desculpas aos jornalistas presentes. “Em nome da assembleia também Pedir desculpa aos jornalistas. O senhor Pilica tem reclamado que a imprensa vem aqui só esta a gravar as intervenções do senhor presidente. Hoje estavam a gravar a sua intervenção mas como estava nervoso correu com eles. Quero pedir desculpas a Imprensa. Noe Mavereca enalteceu papel preponderante exercido pelos dos órgãos de comunicação mas mesmo assim Piliac irredutível e reduzido a sua ignorância não esitou em partir para a agressão. “Agradecer o trabalho muito importante que tem sido feito por órgãos de informação o qual tem nos despertado muita atenção naquilo que tem acontecido na nossa autarquia, tanto como a corrupção que tem havido no conselho municipal tanto como no governo da província da Zambézia. Ficamos espertos que haveriam alguns governantes, estou a referir me a alguns directores provinciais que haviam e deixar os seus lugares porque eram conotados com presidente do conselho municipal e isso aconteceu e ouvimos que esses directores já saíram. Mas antes e mais nada que nos alertou foram os órgãos de comunicação. Ė através dos órgãos de comunicação que soubemos que vereador Maloa teria metido no conselho municipal o cunhado, filho e o sobrinho e isso saiu através e jornalistas, soubemos que nos mercados tem havido corrupção tirar o espaço de um nacional ou munícipe machuabo e dar um estrangeiro. São esses jornalistas que fazem esse trabalho importante. Disse Mavereca

Mentiu

Sãozinha Paula Agostinho deixa doentes entregues a sua sorte Texto e fotos :Estacios Valoi 06/09/12 Directora provincial da saúde da província de Cabo Delgado deixa pacientes entregues a sua sorte no centro de saúde do posto administrativo de Metoro no distrito de Chiuri. O centro localizado a cerca de 90 quilómetros da cidade de Pemba com a capacidade de atendimento de mais de 150 pessoas por dia num universo populacional de 41.318 habitantes de Metoro, assim como de pacientes oriundos de Chiuri, a problemática da falta de agua e de confeccionamento de alimentos agudiza se a cada dia que passa desde a fase da sua construção em Agosto de 2007. O empreendimento com três blocos tendo o ultimo sido concluído em 2011 foi construído em parceria entre o governo moçambicano em colaboração com a agência espanhola de Cooperação e Internacional, Colégio oficial de médicos de Madrid e Medicus mundi cujo último bloco que contempla um banco de socorros, sala de internamento, um laboratório, maternidade e outros serviços todavia não foi oficialmente inaugurado a espera das autoridades de direito para tal acto. Enquanto a inauguração oficial do novo bloco destinado a pequenas cirurgias, único cujo na sua fase de construção contemplou uma “ Cozinha”, também sem equipamento. Na nossa anterior reportagem datada de 14 e Junho do corrente ano, a directora provincial da Saúde disse que não tinha conhecimento d que estava a acontecer. “Infelizmente estou a tomar conhecimento agora em relação a esta questão. Mas o que podemos dizer é que vamos trabalhar com o distrito para perceber melhor porque existem condições logísticas para que de facto nós possamos oferecer a dieta alimentar aos doentes. Ė primeira vez que estou a ser deparada com a informação, agora mesmo passo por lá para perceber melhor”. Quatro meses mais tarde a nossa reportagem esteve no posto de saúde e constatou que, a directora que fizera tal pronunciamento a cerca de 20 metros do posto de saúde, nunca lá pós os pés, e muito menos visitou Metoro. Nada feito e as enfermidades vão se agudizando, sem cozinha, sem água. Patologias “As patologias mais frequentes, no primeiro ponto é a malária, anemia, problemas respiratórios, bronco pneumonias, asma e ma nutrição que tem entrado mas não é como em outras unidades sanitárias. Por dia nas consultas de pediatria é normal a malária tingir cerca de 15 crianças, feito e confirmado o teste no laboratório e, no banco de socorro é normal encontrar outros 17 ou mais casos para serem confirmados”. Água e muito menos uma cozinha “Água nos levamos ali no poço perto da casa do chefe, pagamos quinhentos ou mil (quinhentos centavos ou um metical) todos dias de manha a tarde, no hospital na sai agua. Levamos para os doentes e hospital também todo. Não sabemos quando vai sair água, não falaram nada. “Nós cozinhamos aqui para os nossos doentes, nossa comida. Aqui não temos cozinha desde muito tempo. Temos nossas panelas”. Desde muito tempo, não temos cozinha aqui, dizem que estão a organizar mas até aqui não vimos. Mas temos que cozinhar todos os dias. Não tem sombra, nem vedação, água temos, mas temos que ir levar lá perto da casa do administrador no poço.” Desabafaram as senhoras. No total foram cerca de nove senhoras, e todas unânimes relativamente a problemática da água e a cozinha ainda por vir. Facto e segundo informações no centro de saúde, a directora da saúde nunca lá pôs os pés e milhares de pessoas, pacatas que com seus magros salários contribuem para o salário da directora Sãozinha, Enquanto a agua vai sendo adquirida com recurso a latas ou recipientes de 20 litros a cerca de 300 metros do hospital por parentes dos pacientes, uma “cozinha”, ao relento, produtos adquiridos aos olhos da cara, a panela fervilhando a intensidade do produto lenhoso, expostos ao Sol, poeira, cinza e talvez chuva, sem as mínimas condições higiene um autentico atentado a saúde publica naquilo que se designa de centro de saúde. “Segundo os nossos superiores dizem que vão resolver e aguardamos a resposta. Nesta unidade sanitária dizer que há um problema muito grave. Temos falta de água e a direcção distrital assim com a provincial tem conhecimento. Várias vezes fizemos o pedido de canalização de água. Até agora temos falta de água na nossa unidade sanitária. Até aqui, mais promessas e realizações que nunca se concretizam a não ser no papel. Centro de saúde e pacientes entregues a sua sorte! “Por enquanto a capacidade esta um pouco normal tem oito camas. Exemplo aqui na pediatria é oito, assim como no internamento de adultos são oito camas. No novo bloco tinha se feito para pequena cirurgia, mas os dirigentes quando vieram, chegaram naquele local e viram que não é ideal para se fazer uma pequena cirurgia, nessa parte os chefes da direcção provincial estão a dar seguimento. Estavam aqui no mês passado, dizem que se esta a procura de um novo lugar para se fazer um novo bloco”. Quanto a cozinha, é preciso que nós que somos aqui da unidade sanitária arranjar meios possíveis depois de arranjar a comida na direcção distrital, procurarmos acompanhantes para fazer um pouco de comida. Não temos cozinheiro para cozinhar para os doentes, há falta de pessoal”. Malária “Ė Normal num dia fazer se mais de 30 analises de malária e positivo serem 20 confirmados no laboratório. Significa que a malária é mais frequente na nossa unidade sanitária. Anemia por dia quatro a cinco casos e, como a nossa unidade sanitária não tem capacidade para se fazer a transfusão sanguínea, depois de confirmar no laboratório transferimos para o centro de saúde de Ancuabe; Anemia é a deficiência de ferro, alimentação não adequada. A má nutrição não são casos consideráveis”
Quando há falta de medicamentos mandamos o doente para comprar na farmácia e se não encontra, vai outras unidades sanitárias”. A directora Sãozinha Paula Agostinho, mentiu de boca cheia e nunca mais lá pós os pés.

Município de Pemba sem agua

FIPAG incapaz Texto e fotos:Estacios Valoi 06/09/12 Incapacidade do Fundo de Investimento de Agua (FIPAG) no abastecimento de agua na cidade de Pemba na província de Cabo Delgado agudiza se a cada dia que passa. Pemba com 146 mil habitantes a cerca de três anos vê se a baraços com a problemática de escassez de agua que faz com que a população deste ponto do Pais passe horas a fio do seu dia-a-dia colados as fontes de agua quer nas suas residências ou pelas ruas a espera do preciso liquido que na maior parte das vezes nunca sai. São pessoas, recipientes enfileirados na lufa-lufa diária a procura da água para satisfazer as suas necessidades através de um sistema de abastecimento e agua que mais do que fornecer, faz sim uma sob facturação nos montantes exigidos aos seus clientes em cada mês. Uns dias, semanas agua não sai e quanto isto acontece leva de quinze a trinta minutos de dia ou de noite, sem um aviso prévio das horas do fornecimento do precioso liquido, salvando se alguns que tenham cisternas nas suas residências e/ou estabelecimentos, cisternas essas que existem um pouco por todo lado, latas.recipientes de reserva para os próximos dias com facturação da empresa incompatível com o seu fornecimento. Após dias rastreamento do município de Pemba, assim como pelos factos constatados também nas residências vizinhas de onde a nossa reportagem se encontra, espera um cenário sombrio, mais ainda, para além dos 144 mil habitantes do município de Pemba, cerca de três mil delegados do partido dos camaradas vão escalar esta urbe no próximo mês em mais um congresso Frelimo. O FIPAG que todavia ainda se encontra a tentar remedar o sistemas de abastecimento de água a cerca de cinquenta quilómetros da cidade no ponto ‘A’ ao longo da auto-estrada no troço Metuge, Muxara, Pemba adentro faz três anos, durante o seu estudo de viabilidade, segundo fontes tinha pleno conhecimento que a situação do abastecimento de agua iria agudizar se em 2012/13 mas pouco ou nada fez para minimizar esta situação. Segundo o presidente do município Tagir Assimo Carimo contactado pela nossa reportagem via telefónica que também já foi um quadro daquela instituição a situação é deveras preocupante. “Eles fazem esses abastecimentos em slides e as vezes a água não sai porque lá no ponto de captação a capacidade de inserção não é muito grande. Então nós continuamos preocupados com esta situação apesar do esforço que esta a ser feito mas há esse facto. Montaram se várias fontes mas não vão de encontro ao fluxo populacional de Pemba mas, me parece que eles fizeram um estudo e sabem muito bem qual é a demanda. O grande problema é mesmo lá na fonte de captação de água, julgo que os furos são poucos e provavelmente o próprio lençol freático já deve começar a escassear, mas isso devia ser o FIPAG a confirmar; Eu tenho suspeitas, trabalhei lá como assessor e já sabíamos que por volta do ano 2012, 2013 haveria problemas de escassez”. “Um dos grandes problemas que tenho tido quando vou a população, dizem que as facturas são elevadas com relação ao consumo, não há uma proporcionalidade directa da água que se consome com o que se paga. Já Abordei essa questão ao FIPAG mas o mesmo diz que fornece agua e a população diz que não só nos dão grandes facturas. Sinceramente falando ainda não encontrei uma solução para este caso, por um lado é o FIPAG e por outro é a população. Creio que há um esforço que esta sendo feito pelo FIPAG por um lado para aumentar mais furos lá na fonte de captação e por outro lado eles tem uma fonte própria de energia, sei que há um esforço que esta sendo feito por parte deles no ponto “A” que se situa a 50 quilómetros da cidade de Pemba. Estou a agendar ir para lá porque também estou preocupado, gostaria de junto do FIPAG compreender o que esta sendo feito. Estou a espera da confirmação da directora do FIPAG porque estão no conselho coordenador”. Enquanto se esperava a confirmação da directora do (FIPAG) Cabo Delgado Samira Gafur ainda no conselho coordenador, a guerra da água instalada se agudiza e, não apenas o vereador da área de desporto Issa Termomade que falou a nossa reportagem, a maior parte dos citadinos anda em olimpíadas de cem a dez mil metros a procura do precioso líquido e o FIPAG factura. “A situação da água na cidade de Pemba não esta católica ‘e muito complicada, há pessoas, casas que ficam três, quatro dias e outros uma semana sem agua, ainda ontem estava com alguém no município, uma pessoas que esta a fazer blocos de construção e gasta três a quatro mil meticais por mês que dizia que há um mês que não tem agua. FIPAG esta a fazer essa instalação de bombas a cinquenta quilómetros daqui entre Muxara penso que há outra em Metuge ainda não esta concluído, uma situação que já vem há muito tempo, é uma estoria velha de dois três anos. Em Pemba a situação da água sempre foi complicada e o FIPAG sabia que até este ano, o próximo, Pemba ia enfrentar graves problemas de escassez de água. Enfatizou Tormomade. Enquanto isso as facturas que o fundo de abastecimento de agua vai enviando aos seus clientes, as quais são pontualmente entregues exigindo lhes que paguem valores, não apenas exorbitantes mas também incompatíveis com o aparente fornecimento e consumo levanta um pé-de-vento. A nossa reportagem passou por algumas residências assim como pode falar com alguns citadinos e as opiniões não divergem. Facturação/ População “Aqui nós pagamos dinheiro no FIPAG. Sempre alguém passa com facturas ou nós vamos lá pagar água mas não sabemos bem porque estamos a pagar água que não sai. E, nós vamos procurar água noutros lados, também que comprar. FIPAG cobra muito dinheiro mas não esta fazer nada”. “Aqui não tenho água desde muito tempo mas sempre tenho que pagar dinheiro, muito dinheiro e estão a roubar dinheiro. Aqui em casa do meu vizinho também não sai água ate lá no outro lado Bairro Paquete também não sai. Hoje não tomei banho só para cozinhar, sai mesmo assim desenrascar vida, Município não diz nada”.
“Não se justifica que passado muito tempo e com o tal estudo feito para o abastecimento de água em Pemba, feito a anos até hoje não tenhamos agua. Ė tanto quanto caricato que o Fundo de Investimento de Abastecimento de água não tenha capacidade, mesmo com os montantes exorbitantes que vamos pagando. Este tempo todo em que fomos pagando e vamos pagando para ter água que não temos porque não finalizaram as tais obras que fazem com o nosso dinheiro? Todos os meses trazem facturas, para onde vão os dinheiros que pagamos se não temos agua? Penso que o FIPAG deveria solucionar este problema assim como reduzir os montantes que vem nas facturas”.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Moreira Chonguiça Kanimambo

Texto e fotos: Estacios Valoi 01/08/12 Moreira Chonguiça (faz bonito) mais consagrado saxofonista contemporâneo moçambicano que nos anos 1990 faz uma das suas primeiras aparições escalando palcos em festivais de renome de jazz pelo mundo com Jimmy Dludlu com quem tocou durante cinco anos, palcos pelos Estados Unidos da América em Chicago a Suíça e mais tarde cria o seu próprio projecto “ The Moreira project”. Actualmente com três álbuns, sendo o de 2006 “The Moreira project vol 1 “The Journey”, seguido do “The Moreira project: volume 2 já em 2009 intitulado “Citizen of the world” e recentemente já em 2011 volume 1 com o álbum “Kanimambo em homenagem aos músicos lendários moçambicanos, com o qual num sopro teve na África do Sul duas nomeações no concurso musical naquele pais ,South African músic Awards(SAMA) nas categoria de melhor álbum tradicional adulto, melhor produção. Foi por esta esteira do Jazz que escalou o palco do considerado maior quarto festival de Jazz no mundo que a mistura do sax, vozes na companhia de Bokani Dyer no piano, Kevin Gibson na bateria, Hlani Makena na percussão, Angelo Syster na guitarra, Heder Gonzaga no baixo, Wazimbo vocalista convidado, levaram Kanimambo ao palco. Não pode falar de Moreira sem falar por exemplo do saxofonista e flautista norte-americano Najee que com o som de Chonguica foi levado no festival Joy of Jazz antes de juntos terem gravado álbum com 19 faixas galardoado como melhor álbum contemporâneo, melhor produção e outros. E, lá foi no Cape Town International Jazz Festival que “ Kanimambo” fez se sentir no meio e artistas de renome convidados para evento como: Hugh Masekela& e seus convidados celebrando Mama “Africa” (SA), Adam Glassier (SA), Marcus Miller (USA), Mike Stern& David Weckl (USA), Alexander Sinton High School Jazz Band (SA) Gabriel Tchiema (Angola), Lindiwe Suttle (SA), Virtual Jazz Reality (USA), Third World Band (Jamaica), Zakes Bantiwi (SA), Dave Koz &Patti Austin com convidado especial (USA), Unathi (SA), Allen Stone (USA, HHP (SA), Zakes Bantwini (SA), Nouvelle Vague (Franca), Ill Skillz (SA), Atmosphere (USA), Jean Grae (USA), Good Luck (SA), Pharoane Monch (USA), James Ingram (USA), Zahara (SA) que recentemente esteve em actuação em Maputo, Moçambique, Zamajobe (SA), Herbie Tsoaeli (SA), Dorothy Masuka (SA), Adam Glasser (UK/SA), Patti Austin Trio (USA) Kevin Mahogany (USA), The Andre Petersen Quintet (SA, USA, BL), Donald Harrison the trio/Ron Carter& Lenny White (USA), Brubecks Play e convidado especial Mike Rossi (USA/SA), Steve Dyer (SA), Sophia Foster (SA) Xia Jia Trio (China), Victor Kula (SA), Alfredo Rodriguez (Cuba), Jason Reolon Trio em performance com Buddy Wells (USA), David Sanchez e seu convidado especial Lionel Loueke (Porto Rico/Benin) Steve Dyrell (SA), Unathi (SA), Allen Stone (USA) Hassan’ adas (SA) MC- Iniciei nos festivais em 1999. O primeiro famoso festival em que participei foi na Holanda no festival North Sea e depois fui para outras partes do mundo como nos Estados Unidos. Eu disse, realmente admiro estes artistas. Tu vês a colaboração, vamos falar um pouco do Pop ou R&B. O Baby Face, etc. Porque é que eu não posso fazer uma coisa com Bonga, Wazimbo? Porque que tem que ser um musico de fora a vir fazer, então! Não há ciência nenhuma, eu não sou génio;O que eu fiz, Falei com o tio Wazi, Mama Zena, Elvira Viegas e disse que gostaria de tentar fazer uma coisa assim, assim e só, e, disseram ok miúdo vamos fazer e fizemos, esta aqui, não há ciência nenhuma, o material esta ali e se houver mais africanos a fazer! Olha em África nós temos um problema, mesmo no mundo da arte. ‘E que tem que ser uma pessoa que vem da Dinamarca da Inglaterra para vir fazer!? Uma pessoa que não percebe nada da minha cultura! Estamos a fazer. Agora houve uma oportunidade e estamos no festival, não foi possível trazer os onze artistas mas convidei um que vai representar os onze e eles são meus camaradas moçambicanos, sabem que ele vai fazer justiça, isto não é competição, isto é música, então nós vamos celebrar. Nós somos africanos, festa. EV - Considera se um embaixador da musica moçambicana? MC -Não. Não sei o que significa ser embaixador, talvez mensageiro do povo moçambicano. EV -Esta cozinha a moçambicanidade que trazes. Quem será o próximo? Não sei. Sabes o que é que a malta iria fazer? Acabar este e vamos ver mas olha as portas estão abertas, eu só vou repetir uma coisa muito rápida que disse lá em baixo quando estávamos a fazer a entrevista com a Rollingstone Magazine que uma das razoes, vou falar de Kanimambo por causa do contexto. Hoje tenho 35, mas quando tinha lá para os doze, treze anos na minha casa via CDs de Yophuru, Ghorowane. Ė Interessante, naquela altura em termos tecnológicos Moçambique não estava onde esta hoje mas a música moçambicana já era conhecida e exportada para fora mas de repente, na nossa geração, agora existe um declive, a música moçambicana não esta a sair sabes porque? Porque nós não estamos a investir na produção, vais a um África bar, Gil Vicente e vês bandas fenomenais mas depois de veres queres comprar um disco e se o disco não tem qualidade de produção não podes exportar, é um produto. Então eu quando fiz este projecto com os mais velhos era para dizer que estes velhotes não são velhos, são mais jovens do que agente pensa, foi por isso que eles é que cantaram, eu interpretei os temas deles com o saxofone. Ele é que cantou, é a voz dele. Vou dizer já, na música chamasse ‘One take” ele cantou uma vez não houve aquilo de repetir, cantou e foi embora, ele nem sabia que estava a gravar pensou que estávamos a ensaiar. Eu disse tio Wazi Tchau até amanha. E, ele! “Mas eu ainda nem afinei” eu disse, esta bom como esta. Estas a entender? Então para mim nós temos que exportar musica. Por exemplo no festival de Zouk, o qual eu acho muito positivo para a industrial musical em Moçambique e para a industria do showbiz no geral. Estes músicos estão todos a ir lá para Maputo e, nós estamos a sair? Não! Há alguma coisa de errado que nós como moçambicanos estamos a fazer e vou te dizer o que é. Ė Produção, é qualidade. EV -Lembro me de uma que mandaste pelo FB. Penso que era assim “vejo minha foto estampada pelos postes”, isso depois das nomeações. Que impacto na tua careira? MC- Ė o melhor sentimento do mundo. A mensagem que trago de Moçambique que o mundo esta a ouvir, o disco Kanimambo, não há nada em inglês, quer dizer que aqueles júris só ouviram a música e disseram pessoal ‘ this is beatifull music, seriamos muito estúpidos para não nomear este disco. Entendeste? Sinto me orgulhoso um disco moçambicano a ser nomeado na África do Sul com melhor engenharia! Eles ouviram, entenderam, então estamos a começar a exportar. Costumo a dizer a nova geração, que fazemos vídeos bonitos, gastam muito dinheiro. Mas tu consegues ouvir o teu próprio disco, estas a ver!? O Jay Z quando lança um vídeo que lhe custou dois milhões de dólares para fazer ‘e porque ele vai ganhar vinte milhões de dólares a vender CDs. O vídeo é um instrumento de marketing para vender teu produto, ouviste? Ele não faz vídeos para ser famoso. Então acho que em Moçambique chegou uma fase em que as pessoas começaram a fazer vídeos para aparecer na televisão, bons vídeos que até ganharam prémios fora mas quando já estes meus colegas querem um CD, vão pegar um, pois não há compatibilidade entre o vídeo e o CD. Estes músicos todos tem CD’s mas nunca viste de Marcus Miller, vês DVD’s que compras, então é ai que eu estou a pedir e, há chances para a gente fazer, vamos usar a África do Sul que esta aqui perto porque eles tem infra-estruturas e tudo. O jazz é uma maneira de estar, musica muito dinâmica e cosmopolita, é especial. Todos os estilos são comerciais, ninguém vai te dar o meu disco, tens que comprar da mesma maneira que vais comprar do Jay -Z.. Ė tudo comercial. Wazimbo naquela noite antes da actuação com Moreira Chonguica e com um pé no Canada em mais uma das suas digressões, carregado de muita satisfação tinha como expectativa colher experiencia e partilhar com outros músicos em casa, assim como levar na bagagem a terras Canadianas onde actualmente se encontra. O meu sentimento é de maior satisfação, estou num país onde nunca tinha estado como músico e neste caso concreto estar a participar num dos terceiros maiores festivais do mundo, é algo que me envolve bastante, satisfação e experiencia ao mesmo tempo, estar a participar num festival tão grande como este. O escolhido para esta noite. Que mais trazes para além do que vem no álbum kanimambo? Bom neste festival uma vez que a cabeça e cartaz é o Moreira e estou aqui como convidado dele, vou participar com um tema que é o álbum contido no álbum dele que é o Kanimambo. Esta parte do álbum que é descascar aquilo que é tradição moçambicana talvez de ritmos musicais. Que apreciação fazes? Penso que o Moreira esta num bom caminho, em criar este projecto e lembrar se dos legendários moçambicanos, aproximar se deles para colher a experiencia assim como dar lhes a oportunidade de sairmos de Moçambique para o mundo fora. Que pernas este projecto com Moreira da te para o futuro? Interessa dizer que este projecto não termina por aqui com este álbum. Há ideias de fazer o segundo álbum ainda este ano. Ė um trabalho que devo levar com bastante entusiasmo e tenho a percepção que os meus caminhos estão abertos para o mundo fora.
De volta a Moçambique que esperas levar contigo? Experiencia daquilo que eu vou poder ver aqui com outros artistas e transmitir aos meus companheiros em Moçambique e não só mas também para o mundo fora uma vez que já estou agendado para fazer uma tournée pela Canada no próximo verão. Então vou levar esta emoção pelo caminho que ainda tenho a seguir.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Tambo Tambulani tambo Festival do povo no país de relegação cultural

26/07/12 Texto e fotos: Estacios Valoi Foi quase uma semana de muita festa na sétima edição do festival Tambo Tambulani Tambo realizado pelo centro cultural do mesmo nome em Pemba na capital provincial de Cabo Delgado. Sob o lema ”diversidade cultural “ estiveram presentes artistas provenientes de Maputo, Nampula, Ilha de Moçambique, do Zimbabwe e a presença massiva de grupos locais não apenas não apenas nas artes representativas mas assim como nas expressivas. O festival que teve o patrocínio do Teatro Avenida, Cooperação Suíça (Helveta), Embaixada da Espanhola, Projecto Mundi, a empresa SOTIL teve uma participação considerável do público na apenas como mero espectador mas a traçar a areia com seus passos a ritmo de ribombadas loucas exaltando o corpo, voz, um Mapiko e Kimbondo na sua originalidade, com se faz em Cabo Delgado. De acordo com Victor Raposo sob olhar atento da decana do teatro Manuela Soeiro que esteve a todo o momento a “ puxar as orelhas” da organização com um olhar para o público o festival foi positivo. “ Foi positiva em termos de prestação dos artistas, em organização e afluência de público. Se nos anos anteriores o evento tinha o seu ponto mais alto aos fins-de-semana, esta edição teve os shows na quarta, quinta e sexta-feira e a afluência de público foi equivalente aos últimos dois anos, calculado em 3000 pessoas. Pese o facto do acidente que vitimou mortalmente 2 dos 10 artistas do grupo Assota proveniente do Zimbabwe, o festival, embora sem abertura oficial, por observância de luto aos malogrados e famílias. Dos grupos participantes destacam se o tufo do grupo Forte Amizade da ilha de Moçambique, grupo de jovens da companhia distrital de Canto e dança do distrito de Chiure. O Mapiko moderno da cidade de Pemba contagiou de alegria da comunidade local, através dum desfile de mascaras que arrastou centenas de populares pelas principais artérias do bairro. Também se destacaram os grupos Anamavenchiwa da penitenciária de Nampula com teatro e música. Com musica também se destacou o grupo de música Apathani de Pemba e a cantora Atija que vinha na companhia do grupo já referenciado da ilha de Moçambique. Não menos se destacou o grupo anfitrião Tambo Tambulani Tambo com uma peca de teatro apresentada pelos seus jovens e adultos bem como através da dança tradicional com os seus pupilos em plena demonstração de forca do jogo tradicional já extinto que exalta o nome e traduz o conteúdo do nome Tambo Tambulani Tambo”, Hopangalatana com uma peca de teatro. “O palco e algumas infra-estruturas foram alvos de comentários como esteticamente bonitos, e elegantes pela sua cor e luz e como ‘e tradição houve uma exposição de artesanato, workshops de música, teatro e dança, bem como uma visita aos ateliers de escultura Maconde em Pemba.” Um dos artista que deu voz a nossa reportagem foi Jorge Vaz actor do grupo de teatro Muthmbela Gogo, um dos elementos em palco. “‘E positivo. Aqui na cidade de Pemba acontece muito pouco e, este festival Tambo Tambulani Tambo vem catapultar a cultura, o teatro, musica, artes plásticas, gastronomia. Sede da população aqui de Pemba e isto tudo junto é positivo. Não é todos os dias que isto acontece aqui. Pessoalmente estou feliz porque a segunda vez em que participo, ver que as coisas estão a melhorar e o festival já esta a ser uma referencia a nível nacional; Do ano passado ate aqui muita coisa melhorou, desde a s infra-estruturas, o palco em si é uma coisa já mais bonita, melhor, a luz o som é uma mais-valia. Aqui em Pemba há uma coisa, diria que é uma doutrina, as pessoas são um pouco mais fechadas, dogmáticas, é a maneira de ser e estar, temos que respeitar isso. Mas quando acontece este festival sentimos que a s pessoas também se abrem um pouco para o mundo porque o festival não é só a nível nacional de Maputo, Nampula, Beira mas a nível internacional. Temos que lamentar sobre esse acidente dos zimbabueanos que vinham para cá, são pessoas da nossa área e o Tambo ficou de luto.Tirando isso o festival esta fantástico". Aberração total, uma hecatombe foi a ausência completa dos que se alegam promotores da cultura que apenas fazem em dias de campanhas ou/ou congressos. Nem vivalma e muito menos um centavo o governo local alocou para o festival. Mesmo com convites enviados ao presidente do Município Tagir Asamo, até via SMS. “País de relegação da cultura “ “O que é feio para mim, é quando se gastam rios de dinheiro a investir numa coisa de uma semana, é uma aberração. A cultura de um povo, o bem-estar, o seu dia-a-dia, usos e costumes, na sua pobreza ou riqueza seja lá o que for, é uma coisa que tem que se preservar no seu dia-a-dia. Estamos num pais de relegação da cultura, algo que fica para o segundo plano. Tudo que é povo, que é orgulho nacional é pela cultura. “As pessoas adoram as nossas artes o que é nosso. Ali vejo Tufo, Damba, Mapiko, fico identificado, afinal tudo que estamos a ver aqui é originalmente moçambicano, Made In Moçambique, é esta a patente que nos temos que ostentar e aqui temos todo o nível de pessoas desde os mais novos até aos mais velhos e todos nós ficamos com essa sede de ver coisas diferentes. Meus deuses afinal têm esta riqueza cultural no nosso país. Não vamos gritar Made In Moçambique só por um selo, mas gritar Made in Moçambique. Nós promovemos e bem aquilo que é nosso”. Sublinhou Jorge Vaz “O recital moderado pela poetisa Zimbabueana Batsirai Chigama que ao gosto do seu saber deu asas ao espaço literário organizado em numa co- produção com a”Combatendo com arte” (Comarte), uma associação de jovens virados para a literatura em Pemba, em circular, sibilante, fogo as cores, o calor, da energia vindo de dentro e de fora naquela noite de luar sentados em camas tradicionais, trancadas em sisal simbiótico assim como as palavras, sentimentos. Que iam sendo libertos alimentaram almas, espíritos, momento de tanta emoção. Só estando para perceber a dimensão do recital. Batsirai Chigama nome que trocando em quinhentas também quer dizer “ajuda me ou ajuda”, que na sua fase embrionária nas lides literárias viu se levada pela poesia mesmo que muitas das vezes tenha tentado por se em fuga, mas a poesia encontrou na esquina, foi mais forte. “A poesia encaixou me, já não havia forma de com fugir dela e no Zimbabwe a poesia é mais vibrante do que era cinco anos atrás, estão a surgir novos movimentos que criam suas sessões entro e fora a cidade, recitais que são organizados uma vez por mês. ‘E vibrante. Aprendi que nem sempre são os poemas com longos versos que fazem sentido, mas também os curtos. Nascemos com talento e as vezes não damos ouvido a aquela voz que sempre te diz’ és escritor, és escritor’, guardas o que escreves e não fazes nada com isso mas a mesma voz continua seguindo - te para onde quer que vás. Cheguei a um estagio em que encontrei escritores de renome e indo aos workshops fui encorajada a levar a minha arte em frente”. “Comecei a ver me envolvida na poesia ainda na escola e mais tarde passei a escrever os meus poemas. A cinco anos que escrevo. Lembro da minha primeira aparição em publico, casa cheia a dado momento enquanto recitava, esqueci me do ultima estrofe do poema, fiquei assustada que passei a levar sempre comigo ao palco a poesia escrita no papel para ter certeza que tudo ia sair certo mas passados estes anos tornei me confidente e, papel ficou para traz.
No ano transacto o festival Tambo Tambulani estava mais carregado de música, dança, teatro, era a única poetisa, estou feliz porque este ano temos poetas de Nampula assim como de Pemba da comunidade. Como exemplo deste festival para as próximas edições é espírito. Trouxe um festival comunitário onde a maioria das pessoas da comunidade fizeram parte, que as coisas acontecessem, o sucesso desta edição”.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

O Caminho Festival Tambo Tambulani Tambo em Cabo Delgado Acidente de viação causa mortes

Texto e fotos: Estacios Valoi 18/07/12 Dois mortos e três feridos 'e o rescaldo do acidente ocorrido segunda-feira passada no distrito de Namacura na província da Zambézia por volta das 12 horas. Numa das viaturas vinha cerca de 15 artistas zimbabueanos a caminho do festival que tem lugar na cidade de Pemba. Segundo Victor Raposo trata se de “dançarinos zimbabueanos convidados para o evento. Uns foram transferidos para o hospital de Namacurra enquanto os outros para o hospital central de Quelimane. Estamos em contacto com o consulado do Zimbabué. Os outros artistas voltaram para Zimbabué” A associação Tambo Tambulani Tambo tinha agendado a abertura da sua sétima edição do festival de teatro, dança, literatura sob o lema “diversidade cultural” para o dia 16, adiou para hoje dia 18 e com o seu término no dia 22. Com as suas instalações localizadas no bairro Nanhimbe, numa área de 2000m2, com três blocos, que contemplam um do centro cultural, anfiteatro, campismo e um parque de estacionamento, tem a capacidade de acolher cerca de 600 pessoas, espera se a presença de artistas moçambicanos, da Polónia, Zimbabwe, Zâmbia e África do Sul. “Tambo Tambulani Tambo é um jogo tradicional do antigamente, os Imacua e os Makondes dizem ser sua pertença, mas é de origem Kimwane, (Ibo, Mucojo, Mocimboa da Praia) Por esta estar a passar para historia nós retomamo-lo dando o nome a associação exactamente para resgatarmos uma coisa que já esta em vias de extinção; um jogo que era feito por mulheres, mais ou menos no contexto do " pim pam pum" internacional mas a nossa maneira em Cabo Delgado" Ainda de acordo com Raposo alguns já confirmaram a sua presença e outros ausentes por falta de apoio para a sua vinda. “Confirmados que já tem patrocinadores, sua maneira de vir, é caso do Muthumbela Gogo, dois grupos musicais da Cidade de Nampula, um grupo de dança da ilha e Moçambique, a presença do Mapiko e outras danças locais, na literatura com a Paulina Chiziane para dar cobro a um sarau e estão ainda por confirmar algumas presenças estrangeiras, uma da Polónia, África do Sul e também Zimbabwe,de Maputo havíamos convidado Mutukomo, Kinamata, Xidiminguana e muitos outros mas que infelizmente não tiveram patrocinadores para cá vir. Pode ser que isso venha a acontecer mas, até agora a situação é esta. Também temos aquele aspecto do Ramadão de Jejum que vai aparecer logo no fim-de-semana, algo que a maior parte aqui a nossa população tem. Não queremos entrar em choque, então contornamos o evento para sábado, domingo que são os últimos dias sob lema “diversidade cultural”. Mapiko só em outras províncias Também vamos apresentar algumas danças locais extintas como Ipathuca, Nquissa, Iquirimo, Iquithuculo, numa terra do Mapiko em que só se vêem nos dias de exaltação deste ou aquele Como tenho dito nas reuniões. Vais a Maputo, Beira, Nampula e tens Mapiko aos domingos e aqui de onde o Mapiko é originário não tens em nenhum dia da semana. Ė Um paradoxo. Nos preocupamos em ter o Mapiko sempre que se faz o festival, uma vez por ano. Para mim é sintomático que a província que tem como padrão o Mapiko, na tenha catalogado em cada domingo, mês porque aqui agora tem os turistas.. E, vem ai pensando que vão ver o Mapiko onde devem ver, infelizmente não vêem Mapiko em cabo Delgado mas sim em outras províncias”. Enquanto o dia não chega o centro vai sendo reabilitado para acolher acima de cem artistas, infelizmente arranjos que só se notabilizam uma vez por ano, dos escassos apoios que o centro consegue angariar. Mas Quisemos saber do Raposo sobre o desenvolvimento cultural que se pretende em Cabo Delgado nas suas vertentes, com expressões apenas em fases de campanhas eleitorais… “Apoio só em campanhas eleitorais, congressos..” “Temos lamentar. Mutas das vezes pedimos apoio ao governo, a ministério e não temos tido a replica que desejamos mas não deixamos de fazer as coisas. Há de facto esse problema. Quando chega o momento da vontade dos outros, nós temos que ser as pessoas que devem servir essa vontade, quando devia ser uma mão lavar a outra. A verdade é que nós não nos propomos a preservar a cultura e, aqueles que por direito dizem estar a preservar, nem sempre parecem ter essa sensibilidade. O mais gritante é que de facto não tem havido aquele envolvimento de quem patrocina mas nós temos que fazer o que nos propomos a fazer, que são eventos em media, a cada mês e meio ainda que seja para manter a rotina, para não deixarmos de fazer aquilo que temos como missão mas nota se cada vez mais uma crescente falta de apoio do empresariado mesmo das estruturas do governo. Quando chega a esta altura “ congresso” como estavas a dizer começa a haver mais envolvimento mas não naquela percentagem que era de desejar. As vezes pensamos que podemos confiar num outro patrocínio e, é traduzido em 10 porcento daquilo que nós esperávamos. Infelizmente” “Não se pode estar actor, tem que se ser actor” “O teatro tem vindo a decrescer. Isso vê-se pelo número de grupos teatrais actualmente existentes. Se fizer um recuo de vinte anos atrás, falo de vinte anos porque foi a fase que eu deixei Maputo para vir a Pemba, tinham entre dez a quinze grupos e hoje temos que procurar para ver se ainda existem pelo menos três. Um deles é o nosso Tambo, existe um outro que esta sempre associado as ONG’s, projectos de HIV/Sida, apoio social, são cada vez mais decrescentes. E, é para ai que a gente vai e além em termos quantitativos, e a qualidade! Os grupos de jovens com falta de formação, e por outra intenção não vêm, não querem fazer teatro como carreira, mas aparecem porque existe algum foco de “mola”, a favor do projecto Sida ou outro qualquer”. Então mais do que “stand up”, qualidade, do que ‘e propriamente encenação, não se vê nada. Há muita falta de formação e, é a razão pela qual agora estamos a pensar num envolvimento directo entre o Norte, Centro Sul na aposta na questão da formação como uma das nossas visões e fazer do nosso espaço um centro de formação de artes cénicas e quem sabe um pouco mais, uma feira de periódica com exposição de artesanato, escultura já que temos um potencial de arte Makonde, um lugar por visitar. Victor Raposo falas calmas, agastado com o estágio do teatro em Pemba “Tenho apelado as ONG’s que em alguns momentos tem nos apoiado e percebem quanto vale a formação. Não apenas as ONG’s, o governo de tutela tem que pensar na formação. Não basta fazer teatro por impulso, emoção, tem que haver formação para a gente perceber que existe uma actividade da qual se joga o nível através da formação, engajamento dos artistas. Não se pode estar actor, tem que se ser actor. Apelar aos empresários. Temos agora o congresso que pede ser o momento de beneficiarmos de alguma divulgação, demonstrar que somos e que haja olhos para ver o que estamos a fazer e cada vez mais melhor”. Tambulani esteve no VII Festival Nacional de Cultura em Nampula “Levamos uma peca de teatro para Nampula intitulada “Nós, os sem viagem” baseada no romance do escritor Mia Couto “ Jesus Além”, a mesma para nosso festival e consequentemente para o festival do Muthumbela em Novembro, mas também levamos uma arma secreta que são as danças tradicionais, já extintas mas que só nós executamos. Iquitukulo, ibatikulo …. São para ai uma seis danças made in Cabo Delgado, e na vamos a reboque mas sim a convite do festival. Estamos facilitados por sermos vizinhos da província. A gente não se faz convidado mas sim como convidados . Até as últimas horas de ontem Raposo confirmara a nossa reportagem, que dos artistas estrangeiros convidados apenas uma da poetisa Zimbabué já se encontrava em Pemba mas que os da Zâmbia também já tinham a sua presença confirmada.