terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Rombo de 14 milhoes no BIM
Rombo de 14 milhões na maior agência bancária do BIM em Quelimane
Estacios Valoi
23/12/10
Sob auspício do Ministério publico seis elementos do Banco Internacional de Moçambique em Quelimane semana passada recolheram aos calabouços alegadamente implicados no desaparecimento de cerca de 14 milhões de meticais dos cofres daquela agência na Zambézia.
De entre os anteriormente detidos, constam, o Gerente do Banco, Cristóvão, Caetano tesoureiro, empregados de caixa, Victor, Gordinho e mais uma funcionaria Laurentina Arroz em investigação num processo de pergunta resposta em averiguação da profundidade do envolvimento destes indivíduos no desfalque.
Segundo fontes internas, este hecatombe é o culminar de actividades ilícitas que vem decorrendo a já algum tempo, por fim despoletado Novembro ultimo.
Ate as 19h00 de sexta-feira última, fontes credíveis afirmaram que cinco dos seis detidos tinham sido soltos mediante o pagamento de caução, apenas permanecendo por detrás das grades o gerente. Contudo não nos foi possível saber os montantes caucionados para a soltura dos elementos em causa, assim como os mais dados relacionados com este desfalque. Ate a esta fase foi confirmada que apenas o gerente permanece nas celas da polícia enquanto os outros foram soltos mediante o pagamento de caução.
Perante tal facto, é do sabido que os indiciados foram detidos a mando da procuradoria, mas tentativas de falar com a procuradora chefe Angélica Napica Tembe, pariram um rato. Aquela declinou prestar quaisquer declarações a imprensa sobre o desenrolar do caso que anda de boca em boca nesta urbe, onde o cidadão esta ávido de saber o que realmente se passa no BIM. Andamos pelo BIM em Quelimane, telefonamos para a central em Maputo, mas mesmo assim nem os apelidos nos foram facultados.
As incongruências, Incompetência e arrogância da procuradora chefe na Zambézia.
“A procuradora veio da Província de Cabo Delgado, transferida para Quelimane durante o mandato do antigo governador Carvalho Muaria na sua boleia. Aqui na procuradoria muitos processos estão estagnados, talvez pela própria incompetência e favoritismo da procuradora chefe, acho que este será mais um de entre muitos casos”.
Com muitos processos de índole desfalca rio, pendentes e apinhados, como os dos 7 milhões para o desenvolvimento do Distrito segundo o governo, onde se destacam alguns administradores e de outros casos mal parados, a procuradora chefe durante o dia todo de sexta-feira passada, mostrou se incapaz de ate autorizar o seu porta-voz Amâncio Zimba a falar sobre o rombo no BIM, submetendo-nos a um jogo de ‘ping ping’, hora tínhamos que falar com os representantes do BIM, ora o porta-voz da procuradoria. Etc.
“ A chefe mandou dizer para irem ao BIM”, disse um dos funcionários de nome Bie e a enfatizou secretaria.
Nas primeiras horas da amanha a nossa reportagem esteve no BIM. A semelhança do que aconteceu na procuradoria, na instituição bancária não fugiu a regra.’ Vão a procuradoria’.
Contactou-se o porta-voz que disse não estar autorizado pela procuradora a dar qualquer informação a imprensa, tendo agendado um encontro para 14h30 no seu escritório, e que possivelmente ate a essa altura fosse autorizado. Encontro marcado.
Retornamos ao encontro da procuradora chefe na Av. Josina Machel, desta vez quase todos os órgãos de comunicação em Quelimane, Rádio Moçambique, STV, Diário da Zambézia. Mais uma vez solicitamos o encontro com a procuradora ou que esta desse luz verde ao seu porta-voz e, foi nos dito que estava em reunião consultiva, o que segundo fontes não era verdade. Uma tentativa de nos ludibriar.
Na altura, o repórter da STV Jorge Marcos foi ameaçado por um dos funcionários de nome Bie, porque o repórter afirmou: ‘Não nos querem deixar subir para falar com a procuradora’, e, arrogantemente o funcionário questionou: Quem é que não vos quer deixar subir’. Como quem diz sou a lei disse: Vou abrir um processo de difamação contra si.
Água de pouca dura que ainda sabemos algo sobre a constituição e a lei de imprensa neste ‘sitio’. O repórter disse: Estão, e, não estas! No léxico português significa outra coisa. Voltemos ao epicentro da questão.
14horas, novamente na procuradoria, onde após a procuradora sair da sua viatura, paga pelos impostos do bolso do povo, no corredor daquela instituição onde a nossa reportagem estava a espera Angélica Tembe mais umas vez recusou se a falar delegando a sua secretaria para encaminhar a nossa reportagem ao, dizem ’ Doutor Tomo’, não sei se fez doutoramento! Aquele peremptoriamente afirmou que a sua chefe não estava apta a pronunciar se, mas que, uma vez que tínhamos o encontro agendado com o porta-voz para as 14h30 na PIC, aquele iria falar. ‘ Ele vai falar, há concertações que se fizeram entre a chefe e porta voz’.
Questionei o para que reconfirmasse o que dizia. ‘ Não é preciso’. Senhor confira. Telefone a sua chefe. “ Ele vai falar. Não é preciso telefonar a chefe” e, lá disse o empregado da procuradora.
A equipe de jornalistas deslocou se ao edifico da policia de investigação criminal (PIC) para o dito encontro com o porta-voz Zimba. Equipamento montado e preparado, eis que o porta-voz reafirma ainda não ter sido autorizado a falar a imprensa, facto que nos deixou estupefactos.
Fizemos um ‘U’ e, 15h00 estávamos na porta da procuradoria para confrontar a chefe que desde a manha de sexta-feira tinha estado no seu local de trabalho não reunida conforme iam dizendo os seus subordinados, apenas saído quiçá para o almoço.
Um autêntico vaivém. Contrariamente ao horário normal de expediente na república de Moçambique no que se refere ao sector público do qual segundo fontes Angélica não abdica nunca, desta vez refugiou-se, refém de si mesma no seu escritório onde permaneceu ate as 18h00.Tudo para não encarar os órgãos de informação. Enquanto isto, os outros funcionários findavam mais um dia de trabalho.
Varias as manobras para tentar despistar a imprensa. Pelos seus funcionários, a procuradora foi trancada nos seus escritórios, sua viatura removida da frente da procuradoria, duas assistentes ficaram de fora, cerca de 20metros da porta que iam relatando a chefe via celular sobre o movimento dos reporteres.
O nosso almoço foi naquele local e por conseguinte em voz alta veio me a ideia de solicitar umas panelas a vizinhança para ali cozinharmos caso a procuradora não saísse. As informantes da chefe ouviram e presumivelmente esta chegou aos ouvidos da chefe. Mas, nesta de trancar e destrancar das portas pelos empregados do público, apercebemo-nos que um deles entrara com um bilhete de avião, e, cogitando a percepção foi de que ela iria viajar e que não poderia dormir no escritório. Consultamos o horário dos voos para aquela sexta feira passada onde o avião só partia de Quelimane as 21h00. Então tarde ou cedo tinha que deixar de ser refém da sua própria consciência e incompetência.
Enquanto permanecíamos no local, as caixas de ressonância iam informando a chefe, e diziam nos: ‘ A procuradora já saiu” logicamente a mando desta. E mais uma vez de viva voz disse que as panelas já estavam a caminho, para uma sexta naquele local e, claro a informação foi canalizada a procuradora.
A nossa reportagem, STV, Rádio Moçambique, Diário da Zambézia, continuávamos a espera da (dês) representante do ministério público que, cansada de ser refém, arrogantemente decidiu sair e partir para um outro refúgio com uma escolta improvisada constituída por alguns funcionários seus fiéis, que tinham sido obrigados a permanecer no local de trabalho ate aquelas horas fora do expediente. Não se pronunciou a imprensa, muito menos para dizer, não tenho nada a declarar!
Sobre o caso do desvio dos 14 milhões de meticais no BIM em Quelimane, a informação oficial continua a reboque na casa da procuradora chefe da Zambézia Angelina Napica Tembe. Porquê, para quê, ou o que tenciona ocultar, só ela pode responder.
Escolta do governador mata em Nicoadala
Alta velocidade
Escolta do governador Itae Meque na Zambézia atropela uma criança mortalmente.
Estacios Valoi
23/12/10
O sinistro ocorreu sexta-feira ultima por volta das 9h45 na estrada nacional numero próximo as instalações do Fundo de Investimento para o Abastecimento de água (FIPAG) no distrito de Nicoadala em Quelimane na Zambézia
A criança de nome Florença Lourenço, de 7 anos de idade que frequentava a 1 classe na Escola Primaria de Mola, na altura encontrava-se acompanhada de mais duas adolescentes em passeio as quais, lograram fazer a travessia para o lado posto ao (FIPAG) isto, para quem se dirige a cidade de Quelimane.
Teve uma morte instantânea. Posteriormente foi removida para o hospital de Nicoadala onde permaneceu ate a realização das exéquias ultimo sábado no período entre 9.h00 as 10h00 da manha.
Alguns dos os táxis bicicletas que falaram a nossa reportagem que se encontrava em Nicoadala naquela manha e que viu a escolta passar, disseram que a criança foi atropelada por um dos carros de cor de cor vermelha e que tiveram que se atirar estrada fora num acto de sobrevivência para despistar a escolta do governador Itae Meque em comitiva de cerca de 8 a 10 carros com destino ao distrito de alto Molocue na companhia do Director da Agricultura e outras personalidades de visita a machambas.
A nossa reportagem na manha de sábado deslocou se a casa da malograda onde conversou com os seus encarregados de educação Lourenço Ramos, Bélita Armando e familiares.
Lourenço Ramos emocionado poucas palavras disse:’Pelo menos o governo deve satisfazer. Quando penso na minha filha, estou mal. Ela estava na Escola. Pelo menos o governo deve satisfazer me’.
Durante este processo segundo familiares no local, o Administrador de Nicoadala e sua equipe esteve com eles ate as exéquias assim como garantiu que tudo será feito para apoiar a família enlutada.
Por sua vez a esposa do Administrador daquele distrito ofereceu a família enlutada dois sacos de farinha de milho, 1 de arroz, 5 pacotes de acucar, 5 litros de óleo, 2 pacotes de sal, meio caixa de peixe e, deixaram o local. O Governador ‘ breaking news’, esse ainda não pôs os pés tendo sido apenas o motorista que conduzia uma 4*4 de cor vermelha levado a polícia para ser ouvido.
Medidas de austeridade Guebuzianas ineficazes.
A questão é. Serão necessários tantos carros para as visitas de trabalho incluindo no final de semana?
Na tarde desta quinta-feira passada segundo diário da Zambézia, relata que a Vila daquele distrito estava agitada e ate houve peditórios aos agentes económicos locais que, já no terreno cederam a comitiva mais de dez viaturas o que contando com as que vinha de Quelimane sobe para cerca de 20. Também foram formadas comissões para receber Iate Meque.
Naquele ponto do país ainda segundo o diário, a quem tenha rejeitado a proposta do governo em aumentar o número de viatura, assim como opiniões unânimes alegando que o dinheiro que o governante vai gastara no fim-de-semana poderia servir para a compra de equipamento agrícola no em prol dos agricultores.
Museu Nacional de Etnologia -Nampula
Entrevista ao director do museu Pedro de Etnologia em Nampula Guilherme Columba Estacios Valoi
23/12/09
EV -Etnologia em Moçambique que caminhos?
PC -Museu de etnologia em Nampula fundado a 23 de Agosto de 1956, já na casa dos 55 anos uma instituição cinquentenário, temos mais de vinte funcionários entre auxiliares, administrativos, operários etc.
Na fase colonial o sistema teve preocupação no sentido de conhecer o termo antropológico, etnológico do ser moçambicano mas com uma outra preocupação no sentido de dominar este povo tendo em conta os seus hábitos, direitos consuetudinários.
Após a independência foi conhecer o ser moçambicano para depois trazer a sua identidade, auto estima, a sua cultura, esta é a razão.
Qual é o estagio actual do museu?
PC -Este museu tinha secções, da cinegética, numismática mas depois em 1993 o museu foi transformado no museu nacional com uma vocação especialmente etnográfica e a partir daqui de facto a preocupação é trazer a identidade deste homem moçambicano, posso por assim dizer o bilhete de identidade.
Falta de quadros, é um museu de âmbito nacional e nós aqui precisamos de etnólogos, antropólogos, sociólogos, precisamos de técnicos de vária especialidade, arqueólogos. Recorde se que um museu desta natureza precisa de fazer escavações, viajar pelo pais fora para trazer os encalços daquilo que é o ser antropológico moçambicano, precisamos de recursos humanos. Não temos especialistas e nestas circunstancias é difícil trabalhar e alcançar aquilo que são os objectivos definidos no estatuto orgânico do museu.
Agora estamos a depender da direccao provincial da cultuara, e é curioso porque sendo uma instituição de âmbito nacional na minha óptica é ridículo que esta instituição dependa de uma direcção provincial. Ou é uma instituição de âmbito nacional ou provincial.
Embora falemos hoje da descentralização é necessário que esta dissecação nacional, a do museu da ilha de Moçambique que também é de âmbito nacional e de outras instituições sediadas nas províncias em minha óptica não podem depender da direcção provincial de educação e cultura, mas sim da direcção provincial do plano e finanças.
Há um certo erro no percurso de funcionamento do museu nacional de etnologia e penso que deve ser corrigido. Por mês recebemos do orçamento do estado cerca de 70 mil meticais e, este valor é muito a quem das necessidades.
Sem a componente especializada um dos aspectos que constituem o ‘calcanhar de Aquiles’ para aquela instituição que se pretende se nacional, isto para alem dos míseros 70 mil meticais mensal, uma autentica esmola para tamanha dimensão e objectivos preconizados por aquela instituição, a sua autonomia continua no segredo dos deuses.
EV -Quando faz menção a identidade tema vasto e por vezes controverso?
Podemos dizer que polémico mas não é menos certo que falar da identidade em Moçambique não é mais ou menos que falar da moçambicanidade. O que é ser moçambicano se não a sua forma de estar, viver, fazer as coisas, o seu dia-a-dia, produção nas várias esferas da sociedade, os assuntos fúnebres.
EV -Quem diga que estamos a perder esses valores da moçambicanidade e Africanas não?
PC -Estamos num mundo globalizado, certo que há aqueles aspectos do mundo global que também influenciam, na vida no estar deste ser moçambicano actual. Há uma certa miscigenação cultural mas a luta é para que haja uma simbiose entre o moderno e o tradicional e não uma destruição daquilo que é o tradicional.
Pedro Guilherme Columba director do museu nacional de Etnologia na cidade de Nampula
EV -As tatuagens macondes ainda serteiam divinas e quando ‘e que a escultura atinge o seu auge e vem ao encontro da sociedade no geral?
PC -Estamos a falar de um povo muito talentoso, com habilidades invejáveis de trabalhar o Pau-preto. Mas primeiro falando da tatuagem, não só constituía o ponto de vista de protecção na época da colonização, mas a aquilo que nos chamamos de escravatura doméstica, recorde se que existiam certas divergências entre os makondes, macuas, Ngones e no sentido de mais uma vez este povo se identificar, diferenciar, distinguir com os outros povos.
Ai foi constituindo um símbolo de identidade de todo um povo maconde e também uma forma de se defender dos invasores circundantes da região do planalto dos macondes.
Tatuagem, é um acto de grande coragem, recorde se que o homem é tatuado sem nenhuma anestesia, isto a sangue frio e em alguns casos o processo de tatuagem chega a atingir a massa encefálica o cérebro.
EV- Quando é que o artesanato, a arte makonde atinge o auge vem ao encontro da sociedade?
PC -Agora falando do artesanato. Desenvolvimento, não pode taxativamente dizer que foi no Sec- xvi, xviii que este povo começou a ganhar uma habilidade invejável de trabalhar o pau-preto. Foi todo um processo e ao longo de cada dia foram fazendo as mascaras outros objectos do quotidiano da sua vida e foram desenvolvendo a forma de trabalhar o pau-preto. Dizer que aqui a grande admiração é que trabalham com instrumentos rudimentares mas também num pau de facto petrificado, tornado uma pedra. Num pau e torna-lo num objecto domestico invejável e de facto esta forca da arte do artesanato do povo maconde.
EV -quando é que a arte maconde começa a notabilizar se no pais ?
PC- A arte maconde começa a notabilizar se sobretudo durante e depois da luta de libertação nacional de Moçambique. Depois da segunda guerra mundial encontramos vários objectos de arte maconde espalhados pelo mundo fora, comercializados. Os macondes da Tanzânia, Kenia, nas fronteiras da Republica Democrática do Congo, povos de origem Bantu mas portanto os massais são um povo suegenerico assim como os macondes.
Contudo encontramos os macondes em grosso modo de Moçambique e os da Tanzânia. Então os da Tanzânia foram se espalhando para as fronteiras limítrofes do kenia, Tanzânia, portanto a partir daqui começam a espalhar esta arte e trabalhar o Pau-preto pelo mundo porque também há um interesse mesmo dos colonizadores em adquirir objectos de Pau -Preto feito pelos macondes.
EV - Que esculpiam?
PC -Esculpiam a sua alma e, se olharmos aqui para o museu vamos encontrar objectos de arte maconde que são feitos de certa tatuagem, que recordam certas lagartixas, certos feitos da própria vida social e na verdade inspiravam se no seu ser, faziam e fazem ate aos dias que correm.
EV -Mercado para a venda desta arte e vejo que aqui no museu tem alguns artistas?
PC - Primeiro os artistas são nossos parceiros de facto, naturais e recorde se que também encontramos alguns artesão macondes no museu de historia nacional em Maputo. Para dizer que estes artistas contribuem para tornar a vida dos museus mais activa e dinâmica, porque nós encontramos os turistas a procura dos seus produtos, visitantes e neste aspecto isto é bastante positivo.
EV -Quanto a madeira o pau-preto ainda existe em boas quantidades em Maputo ou já fizeram uma limpeza?
PC -Quer em Nampula, cabo delgado e outras paragens do nosso pais nós encontramos estas plantas em certa medida nas nossas comunidades mas não nos podemos esquecer do fenómeno do desmatamento porque a desflorestação esta a por em causa não só o pau-preto mas também as outras espécies raras das nossas florestas em Moçambique, diria que é um apelo que faço, um ponto que merece a nossa atenção.
EV -Ministério da cultura. Este ano que esta a findar quanto foi desembolsado?
PC- Houve metamorfoses, diríamos esta metamorfose estrutural, o ministério da cultura e depois o ministério da educação e cultura e agora ministérios da cultura, essas mudanças a dada altura são boas mas criam a sua instabilidade do ponto de vista estrutural e agora tenho dito que é bem-vinda a existência do ministério da cultura, porque conectados ao ministério da educação e cultura e se temos prioridade de construir uma escola, um palco a céu aberto a prioridade vai ser a escola. Entre formar um dramaturgo e um professor a prioridade vai ser o professor.
EV -Autonomia financeira do museu?
PC - Recursos financeiros e eu não deixo de falar disto porque sem meios nada se pode fazer para por o museu a altura daquilo que é a sua vocação.
Tivemos algumas vantagens, mas muitas desvantagens. Agora, havendo só o ministério da cultura independente, as prioridades próprias do ministério serão resolvidas dentro dos prazos definidos. Infelizmente dado a redução e a contenção das despesas não é possível criar se uma estrutura cultural independente nível dos distritos, províncias.
Surto de colera em Cabo Delgado
Surto de cólera em Cabo Delgado
Estacios Valoi
23/12/10
Desde 23 Agosto a esta fase do ano a província de Cabo Delgado registou cerca de 365 casos de cólera em resultado do último surto em algumas regiões desta parcela do pais.
Os casos deram se no centro de saúde de Okua, na sede do Distrito de Chiure e no Chiure velho, no Distrito de Pemba-Metuge em Nalia e na Cidade de Pemba.
Cesário Augusto Suez medico chefe geral e clínico da província de Cabo Delgado reconhece que a situação da cólera ‘e preocupante mas o mais agravante ‘e a falta de recursos humanos.
“Relativamente a situação epidemiológica 2010, começamos a notificar os casos no mês de Agosto deste ano no centro de saúde de Okua, na sede do distrito de Chiure e no Chiure velho no dia 13 de Outubro, no Distrito e Pemba Metuge em Nália e na Cidade de Pemba no hospital central a 14 de Novembro.
Actualmente temos cinco centros de tratamento de cólera (CTC) a funcionar com um cumulativo de 365 casos durante este período de forma separada. OKua com 78,Chiure velho 124, Chiure sede 72,Pemba-Metuge 35 e Cidade de Pemba com 57 e uma taxa geral de letalidade de 0.2%, isto é, o número de óbitos que ocorreram entre os 365 casos”.
“Temos um óbito que ocorreu dentro da unidade sanitária de Chiure velho, no entanto há informações que dão conta de que também houve mortes na comunidade, é uma preocupação.
Durante este período seleccionamos equipas de enfermeiros para apoiarem o Distrito de Chiure e estamos a tentar na redistribuição do pessoal no distrito de Pemba-Metuge no posto de saúde de Nalia assim como na Cidade de Pemba”.
Cesário faz referência sobre os recursos técnicos existentes contudo a questão da falta de pessoal tem sido um problema maior a considerar.
“O nosso problema é da falta de pessoal. Em termos de recursos matérias concernentes a tendas, pulverizadores, camas e outros não tivemos grandes problemas. Temos para a resolução dos problemas e para os pacientes internados nestes centros. Quanto aos medicamentos neste momento não temos rotura de stock; tivemos algum problema relacionado com o cloro mas recebemos algum do nível central em Maputo assim como da direcção provincial das obras públicas da província.
Quanto a recursos financeiros tivemos um fundo no valor de cerca de 230 mil meticais anteriormente previsto pela nossa direcção provincial para este tipo de situações. É um valor irrisório e fizemos um pedido a Unicef que é um parceiro nosso no combate a cólera e também precisamos envolver os activistas, realizar actividades de sensibilização nas comunidades porque deparamos com uma certa desinformação focalizada em certas zonas.
Neste momento este é o nosso grande desafio, realizarmos essa tarefa e envolver lideres políticos porque afinal a medida que o pessoal da saúde esta preparado para enfrentar qualquer situação de tratamento de pessoas a população é que sofre”.
Sempre que surge um surto de cólera, em Moçambique são factuais os casos de violência por parte da população contra elementos da saúde alegadamente porque os homens de branco levam a cólera para dentro dessas comunidades, deixando bem patente o quão sensível é a questão da sensibilização. Segundo Cesário a sensibilização começou a meses com encontros com as comunidades.
“Realmente a sensibilização começou em Julho do corrente ano e fizemos uma reunião comunitária que foi dirigida pela Excelência o governador da província, outra similar no Distrito de Chiure recentemente a menos de três semanas houve uma onde foram envolvidos líderes comunitários e portanto tivemos essa explicação.
No entanto ainda persiste o problema da incompreensão, talvez seja ignorância ou aproveitamento de certas pessoas, mas nós estamos a trabalhar no campo. Em termos de vandalismo de infra-estruturas por parte da população, na nossa província aconteceu no ano passado e houve ate situação de mortes.
Este ano temos informações que já aconteceram casos semelhantes e foi preciso sensibilizar o próprio distrito de Pemba-Metuge na aldeia Nalia com notificação de casos em que alguns conhecidos identificados estavam a ameaçar os líderes e, agora temos problemas em Ancuabe na aldeia Nacaca onde ameaçam o líder, mas estamos a tratar o assunto de forma multissectorial, saúde, polícia para que não haja obstáculos no tratamento dos nossos irmãos “.
Ouvido pela nossa reportagem em Pemba o técnico Cremildo Norte que responde pelo gabinete de epidemia da direcção da saúde naquela província nortenha enfatiza e reconhece a questão da sensibilização como um dos factores chave mas considera a situação actual não alarmante.
“Não há maior incidência de cólera que possa alarmar a província. A questão da expulsão dos elementos da saúde por parte das comunidades com problemas de cólera ‘e um facto mas não como o que se registou no ano passado.
Houve uma redução devido ao maior esforço por parte da saúde em coordenação com as infra-estruturas dos bairros, Distritos afectados onde se fez maior sensibilização no sentido de consciencializar as comunidades sobre a ideologia da cólera, o que se pode fazer e quais são os factores determinantes, mas sobre tudo no que se pode resolver dentro da comunidade.
Há receptividade por parte da comunidade e temos recebido alguma aceitação em termos de coloração da água, medidas preventivas a nível das comunidades e penso que esta tem ganhado consciência em relação a isto. Ainda não registamos casos de perseguição de pessoas da saúde ou activistas.
Estacios Valoi
23/12/10
Desde 23 Agosto a esta fase do ano a província de Cabo Delgado registou cerca de 365 casos de cólera em resultado do último surto em algumas regiões desta parcela do pais.
Os casos deram se no centro de saúde de Okua, na sede do Distrito de Chiure e no Chiure velho, no Distrito de Pemba-Metuge em Nalia e na Cidade de Pemba.
Cesário Augusto Suez medico chefe geral e clínico da província de Cabo Delgado reconhece que a situação da cólera ‘e preocupante mas o mais agravante ‘e a falta de recursos humanos.
“Relativamente a situação epidemiológica 2010, começamos a notificar os casos no mês de Agosto deste ano no centro de saúde de Okua, na sede do distrito de Chiure e no Chiure velho no dia 13 de Outubro, no Distrito e Pemba Metuge em Nália e na Cidade de Pemba no hospital central a 14 de Novembro.
Actualmente temos cinco centros de tratamento de cólera (CTC) a funcionar com um cumulativo de 365 casos durante este período de forma separada. OKua com 78,Chiure velho 124, Chiure sede 72,Pemba-Metuge 35 e Cidade de Pemba com 57 e uma taxa geral de letalidade de 0.2%, isto é, o número de óbitos que ocorreram entre os 365 casos”.
“Temos um óbito que ocorreu dentro da unidade sanitária de Chiure velho, no entanto há informações que dão conta de que também houve mortes na comunidade, é uma preocupação.
Durante este período seleccionamos equipas de enfermeiros para apoiarem o Distrito de Chiure e estamos a tentar na redistribuição do pessoal no distrito de Pemba-Metuge no posto de saúde de Nalia assim como na Cidade de Pemba”.
Cesário faz referência sobre os recursos técnicos existentes contudo a questão da falta de pessoal tem sido um problema maior a considerar.
“O nosso problema é da falta de pessoal. Em termos de recursos matérias concernentes a tendas, pulverizadores, camas e outros não tivemos grandes problemas. Temos para a resolução dos problemas e para os pacientes internados nestes centros. Quanto aos medicamentos neste momento não temos rotura de stock; tivemos algum problema relacionado com o cloro mas recebemos algum do nível central em Maputo assim como da direcção provincial das obras públicas da província.
Quanto a recursos financeiros tivemos um fundo no valor de cerca de 230 mil meticais anteriormente previsto pela nossa direcção provincial para este tipo de situações. É um valor irrisório e fizemos um pedido a Unicef que é um parceiro nosso no combate a cólera e também precisamos envolver os activistas, realizar actividades de sensibilização nas comunidades porque deparamos com uma certa desinformação focalizada em certas zonas.
Neste momento este é o nosso grande desafio, realizarmos essa tarefa e envolver lideres políticos porque afinal a medida que o pessoal da saúde esta preparado para enfrentar qualquer situação de tratamento de pessoas a população é que sofre”.
Sempre que surge um surto de cólera, em Moçambique são factuais os casos de violência por parte da população contra elementos da saúde alegadamente porque os homens de branco levam a cólera para dentro dessas comunidades, deixando bem patente o quão sensível é a questão da sensibilização. Segundo Cesário a sensibilização começou a meses com encontros com as comunidades.
“Realmente a sensibilização começou em Julho do corrente ano e fizemos uma reunião comunitária que foi dirigida pela Excelência o governador da província, outra similar no Distrito de Chiure recentemente a menos de três semanas houve uma onde foram envolvidos líderes comunitários e portanto tivemos essa explicação.
No entanto ainda persiste o problema da incompreensão, talvez seja ignorância ou aproveitamento de certas pessoas, mas nós estamos a trabalhar no campo. Em termos de vandalismo de infra-estruturas por parte da população, na nossa província aconteceu no ano passado e houve ate situação de mortes.
Este ano temos informações que já aconteceram casos semelhantes e foi preciso sensibilizar o próprio distrito de Pemba-Metuge na aldeia Nalia com notificação de casos em que alguns conhecidos identificados estavam a ameaçar os líderes e, agora temos problemas em Ancuabe na aldeia Nacaca onde ameaçam o líder, mas estamos a tratar o assunto de forma multissectorial, saúde, polícia para que não haja obstáculos no tratamento dos nossos irmãos “.
Ouvido pela nossa reportagem em Pemba o técnico Cremildo Norte que responde pelo gabinete de epidemia da direcção da saúde naquela província nortenha enfatiza e reconhece a questão da sensibilização como um dos factores chave mas considera a situação actual não alarmante.
“Não há maior incidência de cólera que possa alarmar a província. A questão da expulsão dos elementos da saúde por parte das comunidades com problemas de cólera ‘e um facto mas não como o que se registou no ano passado.
Houve uma redução devido ao maior esforço por parte da saúde em coordenação com as infra-estruturas dos bairros, Distritos afectados onde se fez maior sensibilização no sentido de consciencializar as comunidades sobre a ideologia da cólera, o que se pode fazer e quais são os factores determinantes, mas sobre tudo no que se pode resolver dentro da comunidade.
Há receptividade por parte da comunidade e temos recebido alguma aceitação em termos de coloração da água, medidas preventivas a nível das comunidades e penso que esta tem ganhado consciência em relação a isto. Ainda não registamos casos de perseguição de pessoas da saúde ou activistas.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Azafama na construção de estradas
Azafama na construção de estradas
Texto e fotos: Estacios Valoi
Distrito do alto Molocue situado a cerca de 390 quilómetros da Cidade de Quelimane actualmente com cerca de 42.200 mil habitantes aparentemente o seu desenvolvimento vai de vento em popa. Enquanto em Quelimane o governador da Zambézia Itae Meque vai mentindo e/ou justificando se em nome de pedras e cimento para a conclusão e entrega da construção das estradas faz tempo,
Sertorio João Mário Fernando presidente do concelho municipal de Alto Molocue, no pulsar das actividades consagradas no seu manifesto eleitoral a completar o período de um ano e oito meses faz o seu balanço.
“Desde que tomamos posse privilegiamos a reabilitação das vias urbanas assim como perurbanas quer através de fundos de estradas assim como a partir das receitas do concelho municipal. Quanto ao asfalto ate este momento em parceria com o governo no âmbito da reabilitação da estrada nacional número um e aproveitado a mobilização do empreiteiro vamos ter quatro quilómetros de estrada asfaltada e o trabalho já começou.
Numa primeira fase foram já asfaltados cerca de 500 metros mas já estamos por volta de 1 quilómetro e alguns metros. Quanto ao prazo de entrega das a princípio era de 3 meses, mas para o assentamento do asfalto se não forem as chuvas provavelmente ate dia 22 de Dezembro deste ano teremos a primeira parte reabilitada e faltarão outros trabalhos que serão a parte da montagem de Assis assim como a feitura de valas de drenagem da água”.
Com uma receita mensal que ronda os 60 e 200 mil meticais, a compensação autárquica recebida este ano foi de três milhões de meticais.
“No inicio, isto Fevereiro do ano passado, no primeiro e segundo mês estávamos por volta de 60 mil meticais mês, mas nos últimos estamos por volta de 200 mil meticais o que em termos de ganhos para as nossas contas ‘e muito pouco. Seria bom se mensalmente conseguíssemos 300 mil meticais nesta primeira fase. E penso que com a ploca municipal que formamos a receita vai subir significativamente.
Os desafios são enormes, desde água, estradas, salários. precisamos de redobrar os esforços e aplicas as taxas previstas. Verdade que neste momento não podemos sufocar o munícipe. A municipalização no Distrito de Molocue ‘e uma experiencia nova. Estamos a introduzir as taxas gradualmente. Gostaríamos de resolver muita coisa”.
Os 7 bilhões propalados pelo regime guebuziano para o Distrito como pólo de desenvolvimento, em Molocue ainda são vistos de binóculos
“A nivel dos Municípios de Moçambique em Junho ou Julho tivemos um encontro com o presidente da república e há probabilidades de nos próximos anos sermos contemplados nesses fundos mas ate agora nada transpirou. Contudo de 2008 a esta fase penso que muita coisa esta a melhorar.
Estamos a praticamente um ano e oito meses do nosso mandato e muitas coisas fizeram: a começar por um carro funerário, um carro para a recolha do lixo, construímos um posto de saúde na margem direita do rio Molocue e durante o ano passado conseguimos reabilitar quatro quilómetros e trezentos de estrada urbana e cerca de quatro quilómetros de estradas perurbanas e, este ano estamos a reabilitar cerca de três estradas periurbanas e a fazer a asfaltagem de cerca de quatro quilómetros de estrada”.
“Verdade que temos muitos desafios e a agua ‘e uma das prioridades do nosso mandato. No ano passado através do conselho municipal e nossos esforços conseguimos construir cinco poços melhorados, este ano mais cinco, assim como através do governo provincial e distrital fomos contemplados nos cinco furos de água. Ate ao presente momento abrimos cerca de três.
Em termos de cobertura estamos muito abaixo com cerca de 22% que ‘e muito pouco num universo de 42.200 habitantes mas pensam que ate próximo ano teremos uma solução para água. A ideia ‘e tentar melhorar o número de cobertura e pensamos que ate 1013 no fim do mandato terão melhorado a questão da água”.
Apesar dos avanços por Fernando mencionados, num processo de construção e reabilitação das rodovias onde o peão assim como os automobilistas não sabem onde circular porque a maior parte das vias estão bloqueadas a questão da água um dos cavalos de batalha do seu mandato contínua sendo um problema urgente por resolver.
Tempo de mandato 1 ano e cerca de oito meses a espera do fim do mandato para solucionar a questão da agua de um concurso lançado em 2008 mas que ate aqui não surtiu o efeito desejado para o povo que recorre a agua imprópria para o consumo, muita gente no rio a tirar agua para beber, lavar e tomar banho. Foi o que constatei.
“A nível central em 2008 foi lançado um concurso para uma empresa vir fazer o estudo sobre como seria o abastecimento de água para Alto Molocue. Adiantar que por aquilo que pude ouvir, esperava-se fazer a captação da agua a partir da nascente dos montes Rupi que distam a aproximadamente vinte e cinco quilómetros daqui, mas pelos estudos feitos aquela agua não será suficiente para abastecer a vila, com os estudos a serem feitos poderá se definir de que fonte a agua será captada.
Ate aqui vamos tentando através de furos e poços e temos um pequeno sistema que esta em estado absoleto de onde a agua era directamente retirada do rio o que acarretava muitos custos. Água do rio para banho sim, mas para beber pensa que temos fontes alternativas. Estamos tentando fazer, mas não ‘e o suficiente para fornecer água de qualidade”.
Diferentemente da cidade capital da Zambézia Quelimane onde o índice se assaltos roubos na via publica assim como em residências com recurso a catanas se agudizou diante de uma policia doente, obrigando os munícipes a refugiarem se nas suas casas a partir das 19horas em diante em Molocue respira se a ‘granel’
“Nestes últimos meses partindo do ano passado não tiveram casos graves apesar de ser um corredor que temos aqui a estrada nacional número 1 mas aqui tem a polícia da república de Moçambique (PRM) e, recentemente a camarária desde o dia 24 do mês passado. Avaliando isto que conseguimos fazer neste período de um anão e oito meses significa que o ambiente ‘e salutar”.
No Distrito de Alto Molocue sementeira a espera da chuva
No Distrito de Alto Molocue sementeira a espera da chuva
Texto e fotos: Estacios Valoi
02/12/10
A campanha Agrícola 2010/11 lançada a 16 de Outubro último na provincial da Zambézia encontrasse na fase da lavoura apesar da sementeira estar dependente da chuva.
A falta de um sistema de regadio não só nesta parcela do País, assim como nos outros quadrantes tem sido uma problemática ainda longe de ser solucionada.
Arsénio Candua Director dos Servicos das actividades económicas do Distrito de Alto Molocue reconhece tal facto.
”Neste momento os produtores de Molocue ainda estão envolvidos na lavoura das áreas e segundo a nossa ronda de monitoria dentro do plano de lavrar 94.970, para esta campanha já atingimos mais ou menos 60 mil o que significa 60 % das áreas planificadas. Nesta primeira época as lavouras vão até o mês de Janeiro e, ainda estamos a aguardar as chuvas para iniciar com as sementeiras.
Em termos de de áreas e produção estamos a prever um crescimento de 3,38% comparativamente a época passada, no seu global um crescimento de 7%. Na época passada, alcançamos uma produção efectiva de 2029. 400 Toneladas colhida numa área de 93.460 hectares num Distrito onde a maior concentração dos nossos pólos de produtores e potencialidade estão no posto administrativo de Nawela.
A espera da chuva e novas tecnologias por implementar. Candua prefere mencionar a introdução de novas culturas enquanto a água fica para segundo plano
“Vamos introduzir algumas culturas novas como a de Soja em grande escala. Temos um parceiro que é a Cluser, uma associação que trabalha com outras associações provedoras de serviços agrários que são financiados pela Tecnoserve que recebe fundos da USAID que apostam mais na cultura de Soja, e, nós achamos que esta cultura deve ser a aposta no nosso Distrito porque há condições climáticas favoráveis, mercado e com bom preço garantido.
Nesta primeira fase vamos iniciar com cerca de 600 hectares da cultura de soja. A título experimental também queremos introduzir a cultura de trigo numa área de 10 hectares. Temos os produtores identificados, assim como de um produtor local de semente de trigo, um grande produtor que vai trabalhar connosco numa área ínfima a 10hectares”.
“É correcto, estamos a espera da chuva mas se o sistema de irrigação estivesse operacional neste momento já estaríamos a fazer a sementeira. Digamos que não temos um sistema de irrigação de realce. O nosso Distrito continua a depender das chuvas, um limitante que não pode ser resolvido em pouco tempo. Sabemos que qualquer sistema de irrigação acarreta custos elevados mas temos o de pequena escala como o uso de motobombas e alguns produtores utilizam, contudo para uma cultura centralizada de hortícolas em pequenas áreas”.
Versando sobre as novas tecnologias, Candua mais uma vez conjuntura.
“Tecnologias novas que vão contribuir para o aumento da produção em cerca de 7%, estamos a contar com a Agra parceira directa do Ministério da Agricultura que tem a componente da introdução da semente melhorada e fertilizantes, também através do IFDC um dos provedores que vai implementar a provisão de insumos agrícolas, sobretudo na componente de fertilizantes para aumentar a produtividade. Temos a semente melhorada num leque das melhores o PAN 67, a do milho de Matuba que neste momento já esta na posse dos agricultores e vamos intensificar a acção da atracção animal.
Sabemos que é uma nova tecnologia, ate aqui com um ano de vida introduzida no Distrito na campanha passada, pese embora não tenha tido resultados na abertura de grandes áreas. A maioria dos produtores está praticamente a ver isto pela primeira vez. Houve fraca aderência porque pensam que as áreas onde estão são de declive com uma altitude acima de 500 metros e, os animais não conseguem trabalhar a terra.
Este ano estamos a continuar a treinar as mesmas pessoas do ano passado, isto os produtores para ver qual será o impacto e se de facto a tecnologia pode ou não servir para o distrito e nos próximos anos vamos recomendar”.
Relativamente as vias de escoamento que tem sido o ‘ Calcanhar de Aquiles”, o que da azo a acumulação assim como a deterioração de produtos agrícolas em alguns focos, segundo Candua o sector que dirige tem o apoio de vários parceiros.
“Estamos a trabalhar com vários parceiros que nos estão a apoiar na agregação de valores da produção, isto é, escoamento, mercado justo que ofereça um preço competitivo e deixe os produtores e comerciantes tranquilos. Na campanha passada trabalhamos com o Programa Mundial da Alimentação (PMA), que através de um fundo do AGAPI apoiou alguns produtores. Foram comprar cerca de 200 toneladas de milho e 144 de feijões aos produtores e, por sua vez o PMA absorveu aquela produção toda e o grupo que estava a fazer compras ficou com os seus lucros, depois o dinheiro foi devolvido ao AGAPI. Queremos continuar com esta politica que há muita aderência.
O Preço do milho não tem sido reconfortante para os produtores de cinco seis hectares, não ganham mais do que 60, 70 mil meticais, por isso estamos a introduzir culturas com melhor rendimento e preço como a soja, e, incentivar a produção do feijão que esta ganhando o preço de campanha para campanha.
Em termos de produção real as culturas do distrito em que nós apostamos, até este momento tem sido o feijão manteiga, milho e os restantes feijões. Temos alguma produção de fruta sobretudo a banana e a laranja que em épocas de colheita há muita produção.
Onde é que andam as fabricas de processamento!?
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