Páginas

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Moreira Chonguiça Kanimambo

Texto e fotos: Estacios Valoi 01/08/12 Moreira Chonguiça (faz bonito) mais consagrado saxofonista contemporâneo moçambicano que nos anos 1990 faz uma das suas primeiras aparições escalando palcos em festivais de renome de jazz pelo mundo com Jimmy Dludlu com quem tocou durante cinco anos, palcos pelos Estados Unidos da América em Chicago a Suíça e mais tarde cria o seu próprio projecto “ The Moreira project”. Actualmente com três álbuns, sendo o de 2006 “The Moreira project vol 1 “The Journey”, seguido do “The Moreira project: volume 2 já em 2009 intitulado “Citizen of the world” e recentemente já em 2011 volume 1 com o álbum “Kanimambo em homenagem aos músicos lendários moçambicanos, com o qual num sopro teve na África do Sul duas nomeações no concurso musical naquele pais ,South African músic Awards(SAMA) nas categoria de melhor álbum tradicional adulto, melhor produção. Foi por esta esteira do Jazz que escalou o palco do considerado maior quarto festival de Jazz no mundo que a mistura do sax, vozes na companhia de Bokani Dyer no piano, Kevin Gibson na bateria, Hlani Makena na percussão, Angelo Syster na guitarra, Heder Gonzaga no baixo, Wazimbo vocalista convidado, levaram Kanimambo ao palco. Não pode falar de Moreira sem falar por exemplo do saxofonista e flautista norte-americano Najee que com o som de Chonguica foi levado no festival Joy of Jazz antes de juntos terem gravado álbum com 19 faixas galardoado como melhor álbum contemporâneo, melhor produção e outros. E, lá foi no Cape Town International Jazz Festival que “ Kanimambo” fez se sentir no meio e artistas de renome convidados para evento como: Hugh Masekela& e seus convidados celebrando Mama “Africa” (SA), Adam Glassier (SA), Marcus Miller (USA), Mike Stern& David Weckl (USA), Alexander Sinton High School Jazz Band (SA) Gabriel Tchiema (Angola), Lindiwe Suttle (SA), Virtual Jazz Reality (USA), Third World Band (Jamaica), Zakes Bantiwi (SA), Dave Koz &Patti Austin com convidado especial (USA), Unathi (SA), Allen Stone (USA, HHP (SA), Zakes Bantwini (SA), Nouvelle Vague (Franca), Ill Skillz (SA), Atmosphere (USA), Jean Grae (USA), Good Luck (SA), Pharoane Monch (USA), James Ingram (USA), Zahara (SA) que recentemente esteve em actuação em Maputo, Moçambique, Zamajobe (SA), Herbie Tsoaeli (SA), Dorothy Masuka (SA), Adam Glasser (UK/SA), Patti Austin Trio (USA) Kevin Mahogany (USA), The Andre Petersen Quintet (SA, USA, BL), Donald Harrison the trio/Ron Carter& Lenny White (USA), Brubecks Play e convidado especial Mike Rossi (USA/SA), Steve Dyer (SA), Sophia Foster (SA) Xia Jia Trio (China), Victor Kula (SA), Alfredo Rodriguez (Cuba), Jason Reolon Trio em performance com Buddy Wells (USA), David Sanchez e seu convidado especial Lionel Loueke (Porto Rico/Benin) Steve Dyrell (SA), Unathi (SA), Allen Stone (USA) Hassan’ adas (SA) MC- Iniciei nos festivais em 1999. O primeiro famoso festival em que participei foi na Holanda no festival North Sea e depois fui para outras partes do mundo como nos Estados Unidos. Eu disse, realmente admiro estes artistas. Tu vês a colaboração, vamos falar um pouco do Pop ou R&B. O Baby Face, etc. Porque é que eu não posso fazer uma coisa com Bonga, Wazimbo? Porque que tem que ser um musico de fora a vir fazer, então! Não há ciência nenhuma, eu não sou génio;O que eu fiz, Falei com o tio Wazi, Mama Zena, Elvira Viegas e disse que gostaria de tentar fazer uma coisa assim, assim e só, e, disseram ok miúdo vamos fazer e fizemos, esta aqui, não há ciência nenhuma, o material esta ali e se houver mais africanos a fazer! Olha em África nós temos um problema, mesmo no mundo da arte. ‘E que tem que ser uma pessoa que vem da Dinamarca da Inglaterra para vir fazer!? Uma pessoa que não percebe nada da minha cultura! Estamos a fazer. Agora houve uma oportunidade e estamos no festival, não foi possível trazer os onze artistas mas convidei um que vai representar os onze e eles são meus camaradas moçambicanos, sabem que ele vai fazer justiça, isto não é competição, isto é música, então nós vamos celebrar. Nós somos africanos, festa. EV - Considera se um embaixador da musica moçambicana? MC -Não. Não sei o que significa ser embaixador, talvez mensageiro do povo moçambicano. EV -Esta cozinha a moçambicanidade que trazes. Quem será o próximo? Não sei. Sabes o que é que a malta iria fazer? Acabar este e vamos ver mas olha as portas estão abertas, eu só vou repetir uma coisa muito rápida que disse lá em baixo quando estávamos a fazer a entrevista com a Rollingstone Magazine que uma das razoes, vou falar de Kanimambo por causa do contexto. Hoje tenho 35, mas quando tinha lá para os doze, treze anos na minha casa via CDs de Yophuru, Ghorowane. Ė Interessante, naquela altura em termos tecnológicos Moçambique não estava onde esta hoje mas a música moçambicana já era conhecida e exportada para fora mas de repente, na nossa geração, agora existe um declive, a música moçambicana não esta a sair sabes porque? Porque nós não estamos a investir na produção, vais a um África bar, Gil Vicente e vês bandas fenomenais mas depois de veres queres comprar um disco e se o disco não tem qualidade de produção não podes exportar, é um produto. Então eu quando fiz este projecto com os mais velhos era para dizer que estes velhotes não são velhos, são mais jovens do que agente pensa, foi por isso que eles é que cantaram, eu interpretei os temas deles com o saxofone. Ele é que cantou, é a voz dele. Vou dizer já, na música chamasse ‘One take” ele cantou uma vez não houve aquilo de repetir, cantou e foi embora, ele nem sabia que estava a gravar pensou que estávamos a ensaiar. Eu disse tio Wazi Tchau até amanha. E, ele! “Mas eu ainda nem afinei” eu disse, esta bom como esta. Estas a entender? Então para mim nós temos que exportar musica. Por exemplo no festival de Zouk, o qual eu acho muito positivo para a industrial musical em Moçambique e para a industria do showbiz no geral. Estes músicos estão todos a ir lá para Maputo e, nós estamos a sair? Não! Há alguma coisa de errado que nós como moçambicanos estamos a fazer e vou te dizer o que é. Ė Produção, é qualidade. EV -Lembro me de uma que mandaste pelo FB. Penso que era assim “vejo minha foto estampada pelos postes”, isso depois das nomeações. Que impacto na tua careira? MC- Ė o melhor sentimento do mundo. A mensagem que trago de Moçambique que o mundo esta a ouvir, o disco Kanimambo, não há nada em inglês, quer dizer que aqueles júris só ouviram a música e disseram pessoal ‘ this is beatifull music, seriamos muito estúpidos para não nomear este disco. Entendeste? Sinto me orgulhoso um disco moçambicano a ser nomeado na África do Sul com melhor engenharia! Eles ouviram, entenderam, então estamos a começar a exportar. Costumo a dizer a nova geração, que fazemos vídeos bonitos, gastam muito dinheiro. Mas tu consegues ouvir o teu próprio disco, estas a ver!? O Jay Z quando lança um vídeo que lhe custou dois milhões de dólares para fazer ‘e porque ele vai ganhar vinte milhões de dólares a vender CDs. O vídeo é um instrumento de marketing para vender teu produto, ouviste? Ele não faz vídeos para ser famoso. Então acho que em Moçambique chegou uma fase em que as pessoas começaram a fazer vídeos para aparecer na televisão, bons vídeos que até ganharam prémios fora mas quando já estes meus colegas querem um CD, vão pegar um, pois não há compatibilidade entre o vídeo e o CD. Estes músicos todos tem CD’s mas nunca viste de Marcus Miller, vês DVD’s que compras, então é ai que eu estou a pedir e, há chances para a gente fazer, vamos usar a África do Sul que esta aqui perto porque eles tem infra-estruturas e tudo. O jazz é uma maneira de estar, musica muito dinâmica e cosmopolita, é especial. Todos os estilos são comerciais, ninguém vai te dar o meu disco, tens que comprar da mesma maneira que vais comprar do Jay -Z.. Ė tudo comercial. Wazimbo naquela noite antes da actuação com Moreira Chonguica e com um pé no Canada em mais uma das suas digressões, carregado de muita satisfação tinha como expectativa colher experiencia e partilhar com outros músicos em casa, assim como levar na bagagem a terras Canadianas onde actualmente se encontra. O meu sentimento é de maior satisfação, estou num país onde nunca tinha estado como músico e neste caso concreto estar a participar num dos terceiros maiores festivais do mundo, é algo que me envolve bastante, satisfação e experiencia ao mesmo tempo, estar a participar num festival tão grande como este. O escolhido para esta noite. Que mais trazes para além do que vem no álbum kanimambo? Bom neste festival uma vez que a cabeça e cartaz é o Moreira e estou aqui como convidado dele, vou participar com um tema que é o álbum contido no álbum dele que é o Kanimambo. Esta parte do álbum que é descascar aquilo que é tradição moçambicana talvez de ritmos musicais. Que apreciação fazes? Penso que o Moreira esta num bom caminho, em criar este projecto e lembrar se dos legendários moçambicanos, aproximar se deles para colher a experiencia assim como dar lhes a oportunidade de sairmos de Moçambique para o mundo fora. Que pernas este projecto com Moreira da te para o futuro? Interessa dizer que este projecto não termina por aqui com este álbum. Há ideias de fazer o segundo álbum ainda este ano. Ė um trabalho que devo levar com bastante entusiasmo e tenho a percepção que os meus caminhos estão abertos para o mundo fora.
De volta a Moçambique que esperas levar contigo? Experiencia daquilo que eu vou poder ver aqui com outros artistas e transmitir aos meus companheiros em Moçambique e não só mas também para o mundo fora uma vez que já estou agendado para fazer uma tournée pela Canada no próximo verão. Então vou levar esta emoção pelo caminho que ainda tenho a seguir.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Tambo Tambulani tambo Festival do povo no país de relegação cultural

26/07/12 Texto e fotos: Estacios Valoi Foi quase uma semana de muita festa na sétima edição do festival Tambo Tambulani Tambo realizado pelo centro cultural do mesmo nome em Pemba na capital provincial de Cabo Delgado. Sob o lema ”diversidade cultural “ estiveram presentes artistas provenientes de Maputo, Nampula, Ilha de Moçambique, do Zimbabwe e a presença massiva de grupos locais não apenas não apenas nas artes representativas mas assim como nas expressivas. O festival que teve o patrocínio do Teatro Avenida, Cooperação Suíça (Helveta), Embaixada da Espanhola, Projecto Mundi, a empresa SOTIL teve uma participação considerável do público na apenas como mero espectador mas a traçar a areia com seus passos a ritmo de ribombadas loucas exaltando o corpo, voz, um Mapiko e Kimbondo na sua originalidade, com se faz em Cabo Delgado. De acordo com Victor Raposo sob olhar atento da decana do teatro Manuela Soeiro que esteve a todo o momento a “ puxar as orelhas” da organização com um olhar para o público o festival foi positivo. “ Foi positiva em termos de prestação dos artistas, em organização e afluência de público. Se nos anos anteriores o evento tinha o seu ponto mais alto aos fins-de-semana, esta edição teve os shows na quarta, quinta e sexta-feira e a afluência de público foi equivalente aos últimos dois anos, calculado em 3000 pessoas. Pese o facto do acidente que vitimou mortalmente 2 dos 10 artistas do grupo Assota proveniente do Zimbabwe, o festival, embora sem abertura oficial, por observância de luto aos malogrados e famílias. Dos grupos participantes destacam se o tufo do grupo Forte Amizade da ilha de Moçambique, grupo de jovens da companhia distrital de Canto e dança do distrito de Chiure. O Mapiko moderno da cidade de Pemba contagiou de alegria da comunidade local, através dum desfile de mascaras que arrastou centenas de populares pelas principais artérias do bairro. Também se destacaram os grupos Anamavenchiwa da penitenciária de Nampula com teatro e música. Com musica também se destacou o grupo de música Apathani de Pemba e a cantora Atija que vinha na companhia do grupo já referenciado da ilha de Moçambique. Não menos se destacou o grupo anfitrião Tambo Tambulani Tambo com uma peca de teatro apresentada pelos seus jovens e adultos bem como através da dança tradicional com os seus pupilos em plena demonstração de forca do jogo tradicional já extinto que exalta o nome e traduz o conteúdo do nome Tambo Tambulani Tambo”, Hopangalatana com uma peca de teatro. “O palco e algumas infra-estruturas foram alvos de comentários como esteticamente bonitos, e elegantes pela sua cor e luz e como ‘e tradição houve uma exposição de artesanato, workshops de música, teatro e dança, bem como uma visita aos ateliers de escultura Maconde em Pemba.” Um dos artista que deu voz a nossa reportagem foi Jorge Vaz actor do grupo de teatro Muthmbela Gogo, um dos elementos em palco. “‘E positivo. Aqui na cidade de Pemba acontece muito pouco e, este festival Tambo Tambulani Tambo vem catapultar a cultura, o teatro, musica, artes plásticas, gastronomia. Sede da população aqui de Pemba e isto tudo junto é positivo. Não é todos os dias que isto acontece aqui. Pessoalmente estou feliz porque a segunda vez em que participo, ver que as coisas estão a melhorar e o festival já esta a ser uma referencia a nível nacional; Do ano passado ate aqui muita coisa melhorou, desde a s infra-estruturas, o palco em si é uma coisa já mais bonita, melhor, a luz o som é uma mais-valia. Aqui em Pemba há uma coisa, diria que é uma doutrina, as pessoas são um pouco mais fechadas, dogmáticas, é a maneira de ser e estar, temos que respeitar isso. Mas quando acontece este festival sentimos que a s pessoas também se abrem um pouco para o mundo porque o festival não é só a nível nacional de Maputo, Nampula, Beira mas a nível internacional. Temos que lamentar sobre esse acidente dos zimbabueanos que vinham para cá, são pessoas da nossa área e o Tambo ficou de luto.Tirando isso o festival esta fantástico". Aberração total, uma hecatombe foi a ausência completa dos que se alegam promotores da cultura que apenas fazem em dias de campanhas ou/ou congressos. Nem vivalma e muito menos um centavo o governo local alocou para o festival. Mesmo com convites enviados ao presidente do Município Tagir Asamo, até via SMS. “País de relegação da cultura “ “O que é feio para mim, é quando se gastam rios de dinheiro a investir numa coisa de uma semana, é uma aberração. A cultura de um povo, o bem-estar, o seu dia-a-dia, usos e costumes, na sua pobreza ou riqueza seja lá o que for, é uma coisa que tem que se preservar no seu dia-a-dia. Estamos num pais de relegação da cultura, algo que fica para o segundo plano. Tudo que é povo, que é orgulho nacional é pela cultura. “As pessoas adoram as nossas artes o que é nosso. Ali vejo Tufo, Damba, Mapiko, fico identificado, afinal tudo que estamos a ver aqui é originalmente moçambicano, Made In Moçambique, é esta a patente que nos temos que ostentar e aqui temos todo o nível de pessoas desde os mais novos até aos mais velhos e todos nós ficamos com essa sede de ver coisas diferentes. Meus deuses afinal têm esta riqueza cultural no nosso país. Não vamos gritar Made In Moçambique só por um selo, mas gritar Made in Moçambique. Nós promovemos e bem aquilo que é nosso”. Sublinhou Jorge Vaz “O recital moderado pela poetisa Zimbabueana Batsirai Chigama que ao gosto do seu saber deu asas ao espaço literário organizado em numa co- produção com a”Combatendo com arte” (Comarte), uma associação de jovens virados para a literatura em Pemba, em circular, sibilante, fogo as cores, o calor, da energia vindo de dentro e de fora naquela noite de luar sentados em camas tradicionais, trancadas em sisal simbiótico assim como as palavras, sentimentos. Que iam sendo libertos alimentaram almas, espíritos, momento de tanta emoção. Só estando para perceber a dimensão do recital. Batsirai Chigama nome que trocando em quinhentas também quer dizer “ajuda me ou ajuda”, que na sua fase embrionária nas lides literárias viu se levada pela poesia mesmo que muitas das vezes tenha tentado por se em fuga, mas a poesia encontrou na esquina, foi mais forte. “A poesia encaixou me, já não havia forma de com fugir dela e no Zimbabwe a poesia é mais vibrante do que era cinco anos atrás, estão a surgir novos movimentos que criam suas sessões entro e fora a cidade, recitais que são organizados uma vez por mês. ‘E vibrante. Aprendi que nem sempre são os poemas com longos versos que fazem sentido, mas também os curtos. Nascemos com talento e as vezes não damos ouvido a aquela voz que sempre te diz’ és escritor, és escritor’, guardas o que escreves e não fazes nada com isso mas a mesma voz continua seguindo - te para onde quer que vás. Cheguei a um estagio em que encontrei escritores de renome e indo aos workshops fui encorajada a levar a minha arte em frente”. “Comecei a ver me envolvida na poesia ainda na escola e mais tarde passei a escrever os meus poemas. A cinco anos que escrevo. Lembro da minha primeira aparição em publico, casa cheia a dado momento enquanto recitava, esqueci me do ultima estrofe do poema, fiquei assustada que passei a levar sempre comigo ao palco a poesia escrita no papel para ter certeza que tudo ia sair certo mas passados estes anos tornei me confidente e, papel ficou para traz.
No ano transacto o festival Tambo Tambulani estava mais carregado de música, dança, teatro, era a única poetisa, estou feliz porque este ano temos poetas de Nampula assim como de Pemba da comunidade. Como exemplo deste festival para as próximas edições é espírito. Trouxe um festival comunitário onde a maioria das pessoas da comunidade fizeram parte, que as coisas acontecessem, o sucesso desta edição”.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

O Caminho Festival Tambo Tambulani Tambo em Cabo Delgado Acidente de viação causa mortes

Texto e fotos: Estacios Valoi 18/07/12 Dois mortos e três feridos 'e o rescaldo do acidente ocorrido segunda-feira passada no distrito de Namacura na província da Zambézia por volta das 12 horas. Numa das viaturas vinha cerca de 15 artistas zimbabueanos a caminho do festival que tem lugar na cidade de Pemba. Segundo Victor Raposo trata se de “dançarinos zimbabueanos convidados para o evento. Uns foram transferidos para o hospital de Namacurra enquanto os outros para o hospital central de Quelimane. Estamos em contacto com o consulado do Zimbabué. Os outros artistas voltaram para Zimbabué” A associação Tambo Tambulani Tambo tinha agendado a abertura da sua sétima edição do festival de teatro, dança, literatura sob o lema “diversidade cultural” para o dia 16, adiou para hoje dia 18 e com o seu término no dia 22. Com as suas instalações localizadas no bairro Nanhimbe, numa área de 2000m2, com três blocos, que contemplam um do centro cultural, anfiteatro, campismo e um parque de estacionamento, tem a capacidade de acolher cerca de 600 pessoas, espera se a presença de artistas moçambicanos, da Polónia, Zimbabwe, Zâmbia e África do Sul. “Tambo Tambulani Tambo é um jogo tradicional do antigamente, os Imacua e os Makondes dizem ser sua pertença, mas é de origem Kimwane, (Ibo, Mucojo, Mocimboa da Praia) Por esta estar a passar para historia nós retomamo-lo dando o nome a associação exactamente para resgatarmos uma coisa que já esta em vias de extinção; um jogo que era feito por mulheres, mais ou menos no contexto do " pim pam pum" internacional mas a nossa maneira em Cabo Delgado" Ainda de acordo com Raposo alguns já confirmaram a sua presença e outros ausentes por falta de apoio para a sua vinda. “Confirmados que já tem patrocinadores, sua maneira de vir, é caso do Muthumbela Gogo, dois grupos musicais da Cidade de Nampula, um grupo de dança da ilha e Moçambique, a presença do Mapiko e outras danças locais, na literatura com a Paulina Chiziane para dar cobro a um sarau e estão ainda por confirmar algumas presenças estrangeiras, uma da Polónia, África do Sul e também Zimbabwe,de Maputo havíamos convidado Mutukomo, Kinamata, Xidiminguana e muitos outros mas que infelizmente não tiveram patrocinadores para cá vir. Pode ser que isso venha a acontecer mas, até agora a situação é esta. Também temos aquele aspecto do Ramadão de Jejum que vai aparecer logo no fim-de-semana, algo que a maior parte aqui a nossa população tem. Não queremos entrar em choque, então contornamos o evento para sábado, domingo que são os últimos dias sob lema “diversidade cultural”. Mapiko só em outras províncias Também vamos apresentar algumas danças locais extintas como Ipathuca, Nquissa, Iquirimo, Iquithuculo, numa terra do Mapiko em que só se vêem nos dias de exaltação deste ou aquele Como tenho dito nas reuniões. Vais a Maputo, Beira, Nampula e tens Mapiko aos domingos e aqui de onde o Mapiko é originário não tens em nenhum dia da semana. Ė Um paradoxo. Nos preocupamos em ter o Mapiko sempre que se faz o festival, uma vez por ano. Para mim é sintomático que a província que tem como padrão o Mapiko, na tenha catalogado em cada domingo, mês porque aqui agora tem os turistas.. E, vem ai pensando que vão ver o Mapiko onde devem ver, infelizmente não vêem Mapiko em cabo Delgado mas sim em outras províncias”. Enquanto o dia não chega o centro vai sendo reabilitado para acolher acima de cem artistas, infelizmente arranjos que só se notabilizam uma vez por ano, dos escassos apoios que o centro consegue angariar. Mas Quisemos saber do Raposo sobre o desenvolvimento cultural que se pretende em Cabo Delgado nas suas vertentes, com expressões apenas em fases de campanhas eleitorais… “Apoio só em campanhas eleitorais, congressos..” “Temos lamentar. Mutas das vezes pedimos apoio ao governo, a ministério e não temos tido a replica que desejamos mas não deixamos de fazer as coisas. Há de facto esse problema. Quando chega o momento da vontade dos outros, nós temos que ser as pessoas que devem servir essa vontade, quando devia ser uma mão lavar a outra. A verdade é que nós não nos propomos a preservar a cultura e, aqueles que por direito dizem estar a preservar, nem sempre parecem ter essa sensibilidade. O mais gritante é que de facto não tem havido aquele envolvimento de quem patrocina mas nós temos que fazer o que nos propomos a fazer, que são eventos em media, a cada mês e meio ainda que seja para manter a rotina, para não deixarmos de fazer aquilo que temos como missão mas nota se cada vez mais uma crescente falta de apoio do empresariado mesmo das estruturas do governo. Quando chega a esta altura “ congresso” como estavas a dizer começa a haver mais envolvimento mas não naquela percentagem que era de desejar. As vezes pensamos que podemos confiar num outro patrocínio e, é traduzido em 10 porcento daquilo que nós esperávamos. Infelizmente” “Não se pode estar actor, tem que se ser actor” “O teatro tem vindo a decrescer. Isso vê-se pelo número de grupos teatrais actualmente existentes. Se fizer um recuo de vinte anos atrás, falo de vinte anos porque foi a fase que eu deixei Maputo para vir a Pemba, tinham entre dez a quinze grupos e hoje temos que procurar para ver se ainda existem pelo menos três. Um deles é o nosso Tambo, existe um outro que esta sempre associado as ONG’s, projectos de HIV/Sida, apoio social, são cada vez mais decrescentes. E, é para ai que a gente vai e além em termos quantitativos, e a qualidade! Os grupos de jovens com falta de formação, e por outra intenção não vêm, não querem fazer teatro como carreira, mas aparecem porque existe algum foco de “mola”, a favor do projecto Sida ou outro qualquer”. Então mais do que “stand up”, qualidade, do que ‘e propriamente encenação, não se vê nada. Há muita falta de formação e, é a razão pela qual agora estamos a pensar num envolvimento directo entre o Norte, Centro Sul na aposta na questão da formação como uma das nossas visões e fazer do nosso espaço um centro de formação de artes cénicas e quem sabe um pouco mais, uma feira de periódica com exposição de artesanato, escultura já que temos um potencial de arte Makonde, um lugar por visitar. Victor Raposo falas calmas, agastado com o estágio do teatro em Pemba “Tenho apelado as ONG’s que em alguns momentos tem nos apoiado e percebem quanto vale a formação. Não apenas as ONG’s, o governo de tutela tem que pensar na formação. Não basta fazer teatro por impulso, emoção, tem que haver formação para a gente perceber que existe uma actividade da qual se joga o nível através da formação, engajamento dos artistas. Não se pode estar actor, tem que se ser actor. Apelar aos empresários. Temos agora o congresso que pede ser o momento de beneficiarmos de alguma divulgação, demonstrar que somos e que haja olhos para ver o que estamos a fazer e cada vez mais melhor”. Tambulani esteve no VII Festival Nacional de Cultura em Nampula “Levamos uma peca de teatro para Nampula intitulada “Nós, os sem viagem” baseada no romance do escritor Mia Couto “ Jesus Além”, a mesma para nosso festival e consequentemente para o festival do Muthumbela em Novembro, mas também levamos uma arma secreta que são as danças tradicionais, já extintas mas que só nós executamos. Iquitukulo, ibatikulo …. São para ai uma seis danças made in Cabo Delgado, e na vamos a reboque mas sim a convite do festival. Estamos facilitados por sermos vizinhos da província. A gente não se faz convidado mas sim como convidados . Até as últimas horas de ontem Raposo confirmara a nossa reportagem, que dos artistas estrangeiros convidados apenas uma da poetisa Zimbabué já se encontrava em Pemba mas que os da Zâmbia também já tinham a sua presença confirmada.

Pemba Contagem decrescente rumo ao 10˚ congresso da Frelimo

Texto e fotos; Estacios Valoi 18/07/12 Agendado para o próximo mês de Setembro na cidade de Pemba província e cabo de Delgado a caminho encontram se acima de três mil delegados o partidao e convidados. Na sua mais recente visita a Cidade de Pemba, o primeiro-ministro Moçambicano durante a passagem pelo local onde esta a ser erguido um monumento de vulto nas bandas do Bairro Muxara disse estar seguro quanto a entrega das obras definitivas nas datas previstas, obras históricas já que coincidiram com a celebração dos cinquenta anos d Partido Frelimo. “A nossa ideia é que nós temos que criar as condições melhor possíveis para que o evento, os delegados, convidados ao congresso possam usufruir de um bom ambiente de trabalho, condições, que lhes ajude a pensar e tomar as decisões necessárias mas também que fique um legado. Nós estamos a comemorar os cinquenta anos da Frelimo, estamos a realizar o nosso décimo congresso, então se pudermos deixara alguma coisa substancial que fique para a história. Então é este empenho com o envolvimento de milhões de membros. Sabe que o nosso partido já esta quase a atingir os quatro milhões de membros, temos muitos simpatizantes, esta a contribuir, a fazer com que esta obra fique algo que nos orgulhe, 90% talvez vai ser em obras definitivas” Vamos ter dormitórios, gabinetes de trabalho, salão maior do congresso para receber cerca de três mil delegados e convidados, facilidades para o local, provavelmente algumas tendas para as refeições, mas tudo resto o essencial …tudo em material definitivo. Logística, finanças que se pode dizer sobre a atitude dos militantes, “Estamos muito animados, é uma resposta positiva por parte dos nossos militantes e amigos mas, precisamos de mais apoio de modo que o nosso congresso possa ser um sucesso a altura da Frelimo, dos cinquenta anos. Partido na província vai assumir a manutenção. Sentimos um grande empenho, uma grande dedicação, envolvimento dos empreiteiros, dos quadros da província e estamos seguros que vamos conseguir concluir com as datas aprazadas. Vai ficar uma infra-estrutura penso que a condizer com aquilo que nós pretendemos que seja o décimo congresso do nosso partido. Gostei de ver esta dinâmica que esta acontecendo aqui a dia a dia só que devemos continuar a encorajar as trabalhadores, aos empreiteiros para se empenharem mais a fundo e também saudar a população da província que tem estado a acompanhar e acarinhar estas obras” Disse Ali. Passado domingo, a nossa reportagem mais uma vez fez se a aquele local e ouviu alguns residentes do Bairro Muxara, assim como pouco mais de duas dúzias de trabalhadores nas obras, e quis saber sobre o impacto do congresso, o porque da construção daquelas infra-estruturas. Mas no geral a preocupação dos trabalhadores eram os seus retroactivos, horas extras, condições de trabalho, despedimentos compulsivos, a comunidade local, apenas quer uma escola, energia, hospital. Trabalhadores VS empresa Teixeira Duarte “Somos escravos, beneficiam os patrões, trabalhamos das 7 as 16 horas, 11 meticais por hora. Hoje é domingo as horas extras não nos são pagas. Falamos com os brancos mas até aqui nada. Desgastados, reunimos com o patronato e a maior parte dos trabalhadores não tem contractos. Alguns entram hoje e na ficam mais de 24 horas, uns são expulsos, principalmente os que vem de Maputo. Ė Xibalo. Aqui tem chineses, uns trabalham com eles, com chefes moçambicanos e os brancos. Hoje domingo muitos não vieram porque estão cansados de ser mal tratados, trabalhar sem dinheiro, quando chega dia trinta, há estorias. Na querem resolver nossos problemas mas querem para nós trabalharmos. Ė PIDE que esta aqui, somos escravos. Lamentou um grupo de trabalhadores que esteve a falar com a nossa reportagem no local onde decorrem as obras no Bairro Muxara cerca de seis quilómetros da Cidade e Pemba”. Comunidade do Bairro Muxara Aranha céu no meio Gheto e a voz do pacato cidadão O espaço com cerca de oito hectares, anteriormente ocupado por camponeses residentes no Bairro Muxara, que tiveram que abandonar aquele espaço mediante ordens do governo e a posterior indemnizados com montantes que variam de 2.500 a 70 mil meticais, nem todos receberam as suas devidas indemnizações. Clamam pela responsabilidade social “ Recebemos dinheiro. Outras pessoas ainda não receberam, são oito pessoas, dinheiro 2.500,20, 30, 70 milhões (mil meticais da nova família). Aqui não temos escola, só na cidade e ali no mato, não tem mercado, lojas, tem maternidade só para mulheres grávidas, centro e saúde esta lá, três quilómetros daqui, na tem posto de energia só aquelas duas madeiras que estas a ver ali com fios. Alguns como eu também trabalhei na obra d congresso mas deixei porque na tem condições boas, agora aqui os brancos estão a comprar casas na aldeia, este aqui desta casa ate vendeu machamba.esta acabar, as pessoas não sabem onde vão viver, os brancos estão comprar machambas, estamos mal, pagam 100, 120,130,300 milhões (Mil meticais). Alguns de aqui trabalhamos na obra do congresso mas deixamos, as condições não são boas". Depois do périplo da nossa reportagem, constatamos que a única escola que existe naquele local, e uma primária, a que governo se propõe construir, vira a luz do manifesto eleitoral do partido Frelimo das últimas intercalares. Quanto a o congresso as pessoas da comunidade, pouco ou nada sabem sobre o que se trata, apenas esperam, isto é, conseguir alugar suas casas, ver lideres que virão daqui e acolá. Os trabalhadores nas obras apenas querem saber dos seus retroactivos. Que se sabe sobre o congresso! “ Ė pela primeira vez ouvir sobre congresso. Não sei o que é congresso, que traz, não tem hospital, energia, maior parte vai para hospital na cidade” Não sabemos. Outros estão orgulhosos, nosso bairro vai crescer, as pessoas vão alugar casas. Quando congresso acabar aqui muitas pessoas dizem que vai ser escola política do partido”. Afirmações unânimes em Muxara. Pelo centro da cidade de pemba “O congresso de Setembro em Pemba. Era de esperar, aliás fala-se de Cabo Delgado como sendo o berço da Frelimo, mas que no entender de alguns faltava uma certa consideração porque sempre a questão colocada era a seguinte. Foi nesta província que a Frelimo quase nasceu, esta província sempre reforçou e apoio a própria Frelimo nos momentos renhidos da política ao nível do pais e porque a província não desenvolve, estamos falar em termos económicos e sócias, escolas, hospitais, saúde estradas, desporto, agricultura, e.t.c. Por isso com este congresso será o momento oportuno de resgatar a sua popularidade que tinha, resolver os problemas internos, traçar planos para o futuro, visto que o próximo ano haverá eleições autárquicas e depois 2014 as gerais. O decimo congresso vai escolher o candidato da Frelimo para as eleições de 2014, mas atenção aqui os camaradas devem fazer uma escolha certa. Atendendo que o país tem novos desafios pela frente com tanta riqueza descoberta, falo dos recursos minerais que nada será fácil para os futuros dirigentes. Aliás a população precisara de benefícios dos mesmos. Neste congresso acredito que muitos aspectos serão colocados no congresso e Cabo Delgado vai ter que aproveitar no máximo para merecer num lugar que merece” Também tentamos sondar a representação do Movimento Democrático de Moçambique. Foi como procurar ‘agulha num palheiro’, que este, assim como a Renamo, por estes lados andam adormecidos. Delegado político do MDM Juma Rafin “Não esta a apagado, esta a trabalhar. Gritar não significa trabalhar muito, estamos na trabalhar na base a mobilizar as massas, reestruturar partido. Aqui em Pemba depois da intercalares não mudou nada, como vês vai ate ao palácio do governador e apanhas muito lixo, a cidade cheia de covas. Estamos a ver em Quelimane que me poucos meses conseguiu mudar alguma coisa mas aqui não, semáforos. Vamos pegar este município em 2013. Convidamos o nosso entrevistado a por os pés em Pemba e não Quelimane mas antes questionei o sobre o que ‘ mudou em Quelimane e se os semáforos comem se. “Em dois meses estava o presidente do município a montar semáforos, uma grande mudança. Aquilo não é questão de comer, serve para todos os munícipes, os automobilistas circulam sem riscos. Se em Pemba o Município ainda não esta a cumprir, o povo vai fazer justiça, a justiça esta nas mãos do povo. O congresso da Frelimo. Cada partido organiza o seu congresso. Nós também MDM estamos a preparar o nosso congresso. Distancio me em falar do congresso da Frelimo, na sou quadro e muito menos membro da Frelimo. “Eu na semana antepassada estava a trabalhar no Bairro Muxara. Aquelas infra-estruturas, acho que uma parte da população esta a reclamar, eu estava lá. Há muita reclamação porque aquela população não se vai aproveitar daquelas infra-estruturas. Eles deviam ter construído um centro de saúde para beneficio daquela população, mas na tem nenhum. Aquelas machambas foram apoderadas e tudo fica ao critério do partido Frelimo. A Frelimo apostou em construir de raiz, devia construir um centro para nos beneficiar a nós e os bairros circunvizinhos. A população não vai usar aquelas instalações. O povo quer uma coisa que lhe beneficie” Mussagi Amade presidente da liga juvenil do MDM “A juventude não é beneficiada. Não tem como criar as suas associações, grupos para seu próprio benefício. O estado não tem com ajudar as iniciativas da juventude. Já criámos algumas associações mas não foram aprovadas nos seus distritos. A nível da cidade e cabo delgado a juventude na é beneficiada na educação, como aumentar seu nível de escolaridade Em Muxara existem pessoas que estão a ser ameaçadas para afastarem daquele sítio, deixar espaço livre para as construções do edifício para o congresso, uma ameaça intelectual para que as pessoas se retirem do lugar” Taxista dizia “ Estou a espera de um carro que vem de Maputo para alugar para o pessoal do congresso.

VIII Festival Nacional de Cultura sob lema “Unidade Nacional” Nampula

texto e fotos :Estacios Valoi 18/07/12 Caiu o pano domingo passado na capital do Norte mais a VIII edição do Festival Nacional de Cultura com viagem marcada para a Província Inhambane escolhida para acolher a IX edição Um festival com a participação vários artistas a escala nacional, da África do Sul, Zâmbia, desde, musica, dança, teatro, gastronomia, exposições de artes plásticas, livro e disco, fotografia nos diferentes pontos da cidade, a Nacala, périplo pela ilha de Moçambique movimentou milhares de pessoas que se fizeram a Nampula para presenciar a efeméride, assim como um grupo de voluntários japoneses. No fecho do evento que teve lugar no campo 25 de Setembro na cidade de Nampula, o ministro da Cultura Aramando Artur fez questão de informar sobre o próximo epicentro cultural assim como” “ Inhambane vai acolher em 2014 o Festival Nacional de Cultura”. Para uma dimensão nacional conforme se pretendeu, muito faltou em termos organizacionais, desde a programação dos espaços onde os eventos iriam ter lugar, higiene pública. Falta de profissionalismo por parte de alguns artistas. Promoveu se fecalismo a céu aberto. Exposições, literatura As salas de exposição como a de fotografia e não só, estiveram praticamente fechadas, tamanha era a insatisfação das pessoas que quiseram ver a exposição exposta numa das salas do museu. Nós outros tivemos que espreitar pela porta vidrada e gradeada. Bonita foi a exposição de artes plásticas, artesanato exposta no pavilhão de desportos. Foi lançado um livro que versa sobre a Ilha de Moçambique património mundial. Música No campo 25 de Setembro ao havia sequer uma casa de banho, as necessidades biológicas eram feitas ao ar livre, fecalismo a céu aberto em promoção, sobreposição dos eventos o que fez com que o publico ficasse sem saber para onde se deslocar, durante dois dias faltou combustível para o publico abastecer as suas viaturas. No múseu coube aos músicos mais consagrados como Zé Mucavele que dedilhando fez e facto a unidade nacional rasgando os dedos sobre a sua acústica viola, diferentes ritmos a mistura e, por vezes o público perdia se no som apanhando o, mais tarde. “ Para os que não percebem a minha música, toco ritmos tradicionais moçambicanos”. Mas foi mais tarde já no momento mais efervescente da sua actuação com um público a altura que Mucavele ficou com os dedos da mão esquerda contraídos e não podia mais continuar, até tentou. O publico, esse ficou preocupado porque não percebia o que tinha acontecido com o músico. Hortêncio Langa, o público com ele vibrava e cantava, Nondje incompleto fez as suas maravilhas. Mas não foram apenas estes e alguns com o Jazz presente em Nampula com bandas da capital moçambicana, os Masukos do Niassa escalaram Nampula actuaram perante uma plateia considerável no Estádio 25 de Setembro, mas na hora do regresso apanharam uma ‘seca’ de mais de três horas com a Linhas aéreas de Moçambique LAM, avião esse não chegava. As bandas no tradicional, umas ausentes, os géneros, temas musicais na bagagem deixaram alguns espectadores desiludidos. “ Não trouxeram as músicas e músicos que deviam”. Participação do público foi imensurável. Teatro, dança Faltou o profissionalismo de alguns grupos, quiçá derivado da falta do profissionalismo, algumas pecas apresentadas sua mensagem perdia se entre os actores no palco. Ao som dos batuques e outros instrumentos trazidos, o balanço dos corpos, em fim as danças, foram também um ponto a considerar. Não podemos ver todas devido a desorganização na sua programação. Gastronomia Umas mais cheias que as outras. A de Gaza, da Xiguinha, Caril de amendoim, Xima, do outro lado a de Cabo Delgado, tambem com Xima. Andaram lotadas.infelizmente naquela zona também na havia sanitários. Deu para comer, só visto que os voluntários japoneses andaram sempre por lá. Cair do pano do festival Comparativamente ao estágio cultural em Nampula durante o ano, por um minuto era tudo cheio de cor, luz, som, movimentos, traços, tatuagens, espíritos soltos vivos em tambores alegres e outras num silêncio profundo a espera do próximo dia e Nampula voltou a normalidade cultural. Na despedida Armando Artur dissera que “ o elevado grau de participação popular no VIII Festival Nacional da Cultura, desde a fase comunitária a fase nacional contribuiu para que o evento tivesse um grande impacto a nível nacional e internacional” Ao ministro Armando Artur . Sim. “elevado grau de participação”. Mas ficou Nampula em ressaca já anunciada numa província em que reina a (In) cultura durante quase o ano todo onde os eventos culturas são, digamos uma vez improvisados. Falta tudo. Os artistas reclamaram relativamente a tamanho dos palcos que eram pequenos. Não fizeram digressão a locais históricos como a ilha de Moçambique, apenas umas poucas dúzias seleccionados a rigor. Reacções unânimes do publico em especial de Nampula “ Foi bom ter estas muitas pessoas aqui, a nossa cidade nunca tinha tido um evento igual. “Talvez vamos aprender como organizar as nossas actividades culturais” “Uma oportunidade de visitar Nampula”.” A província não esta bem preparada outros nem sabiam para onde ir ver as actividades. “ Não tinha gasolina”. O lixo já destapou as peneiras que tinha posto por cima, as estradas e os carros continuam no seu festival diário, buracos, poeira a mistura e de sobra na capital do Norte. “Aqui. Quase que não temos exposições, musica, lançamento e livros … manifestações culturais. Agora que acabou festival. hahaha. Voltou tudo na mesma. Localmente não se olha para a cultura.faltam apoios, formação, salas para nossos eventos, equipamento…adeus festival também adeus a cultura em Nampula” dizia um dos espectadores a nossa reportagem. Muito faltou para aquilo que se pretendia ser o Festival Nacional de Cultura. Mas também foi um espaço de campanha pré eleitoral do partido Frelimo no poder para as próximas eleições autárquicas.. A Seu bel- prazer, camisetes, bonés.do partido iam sendo distribuídos, a venda no estádio, no local escolhido como área gastronómica na efeméride.

Tudo anda a RodaEmpresariado de Cabo Delgado

Tudo anda a roda Texto e fotos: Estacios Valoi 18/07/12 Na mais recente visita do presidente da Republica Armando Emílio Guebuza a província de Cabo Delgado o empresariado local através do seu comité organizou um jantar para sua excelência, quiçá com o intuito de informar segundo elaborado e feito por um dos empresários da praça Osman Yacub, referencia no meio empresarial na cidade de Pemba. No jantar que se realizou n Pemba Beach Hotel no qual se esperava a presença de 150 pessoas entre convidados e a comitiva do presidente, cada “convite” estava ao preço de 3000 meticais. A bilheteira esgotou mas o número de pessoas, isto do total de pessoas que contribuíram apenas 80 pagaram os convites enquanto que as outras 60 foram a boleia dos” paga nines”. Na altura o chefe e estado que pouco e quase nada disse, dirigindo se as empresários disse “ Nós consideramos o empresariado como parceiro de desenvolvimento…” Por sua vez Osman, digamos que em nome do empresariado local, segundo ele mas sem ter certeza conforme vem no discurso que fez, Cabo Delgado esta pior do propalado pelo discursante. “ As presidências abertas… constituem uma virtude impar nos anais das governações africanas ..Sendo um exemplo e sucesso que esta a ser seguido não só em África como noutros continentes. Sobre a província de Cabo Delgado queremos aproveitar dizer que a contrário do que algumas opiniões mais pessimistas afirmam, empresário de Cabo Delgado na esta adormecido. Sabemos do potencial e crescimento que da província agora em exploração. A politica do pais não é acabar com os ricos …motivar os ricos assumindo a sua moçambicanidade…juntos acabarmos com a pobreza”. Não são precisos mais relatórios para se saber que em Moçambique o fosso entre ricos e pobres vai aumentando a uma escala vertiginosa, não fosse Osman, em nome do empresariado a escovar o presidente para que juntos criarem mais riqueza e acabar com a pobreza. País real. Tudo anda a roda Em Cabo Delgado as únicas industrias que poderiam ter sido criadas nos tempos que lá foram, com muitos dólares envolvidos como na exploração do camarão que acabou não se concretizando os dólares voaram, a estorias das parcerias, em que alguns membros do governo local que pediam comissões ou parcerias a forca, como exemplificaram algumas fontes “ o antigo governador…Hoje Cabo Delgado com seu potencial já exposto continua sem industria,, fraco desenvolvimento agrícola, pesuqiero o empresariado local fraco. A última feira económica recentemente realizada foi exemplo disso, apenas serviu para o politicamente correcto. Algumas pessoas trouxeram seus produtos de Nampula para exibir los na feira, há sim a turma dos vegetais, esteve em peso no primeiro e único dia dos dois dias da feira. Venderam tudo, mas já não havia tempo de ir a Nampula e comprar o stock.. Agora empresariado dos minerais, esse anda a quatro ventos. Que desenvolvimento empresarial quer Osman fazer transparecer!? Estratos de uma entrevista com o anterior director da Industria e Comercio de Cabo Delgado Mateus Matusse. “O constrangimento básico que é resolvido, tem a ver com infra-estruturas, centro de tudo o resto. Se terminar com a estrada que liga Montepuez a Ruassa, que esta em zonas altamente produtivas, um grande regadio de Nguri, então esse problema de vegetais, legumes, resolve - se. A quem vai até Malema cerca de 500 quilómetros comprar tomate para vir vender aqui. Há uma serie de constrangimentos e as medidas administrativas não são a base em relação ao controlo dos preços. “ Em Cabo Delgado tem que ser visto em dois extremos: Produtos agrícolas que são produzidos aqui e a província tem excedentes e industrializados de vegetais em que a produção não é local, e se é, muito baixa. Em termos de cereais, tubérculos temos excedentes e claramente temos preços mais baixos a nível nacional. Produtos nossos agrícolas, saem daqui para outras províncias porque a mais-valia do comerciante que leva esses produtos para lá”. “Na componente de vegetais, tomate, cenoura, cebola, a província não tem a cultura de produção desses produtos, é uma cultura que vai sendo introduzida. O nosso camponês quando chega o tempo para preparar o campo para plantar mandioca, milho … Deixa tudo e vai concentrar se naquela produção que tradicionalmente se habituou. Maior produção baixa de preços”. Os nossos grandes armazenistas da praça tem feito as suas compras em Nacala ou fazem directo de Maputo e fazem via terrestre. Esses produtos que vem de fora, a província já não tem o sistema de cabotagem, resta a ligação marítima a nível nacional, estamos a falar de um navio que sai de Maputo, Pemba, Nacala. Verdade que a capacidade de produção ainda não satisfaz aquilo que é as necessidades reais de consumo. Turismo ainda a procura de espaço Quanto a questão alojamento por si só o governo local já reconheceu, que terá que albergar os mais de 3000 mil delegados que vem a Pemba em casa dos “camaradas”. Anda tudo lotado e a roda, da turma do gás.. Homens de negócio.. Com os seus quartos garantidos. Uma ausência completa de salas, anfiteatro, espaços de lazer .. A na ser que se considere espaço e laser, uma barraca Jet Set de nome “Brazuca” onde o cálice de whisky ronda os 250 meticais, ‘e uma vivendinha transformada numa discoteca, o teatro, dança Mapiko só em dias de jubilo este ou daquele, com agora que vem ai o congresso. Rasgando nas duas vertentes a maioria dos delegados, ao ritmo dos preços que se praticam por estas bandas vai lhes restar a barraca “Frango Assado”, muito maior que Brazuca nas usa varias dimensões. Primeiro há 2 tipos de Frango, ambos e duas patas. O que se vende no balcão e o que se vende a si mesmo. Faltam camas … mas o Frango Assado será de facto o albergue familiar onde mais de que frango, cambem lá uns bons franguinhos dos seus 12, 14 anos a um preço módico que varia dos 100, 300 meticais, um bom mercado de divulgação do ambiente de negocio, empresarial. Enquanto isso as estruturas e direito, empresários apenas a mola lhes interessa. “ Motivar os ricos assumindo a sua moçambicanidade” dizia Osman Yacub em nome do empresariado de Cabo Delgado e que pelo que se sabe tem cerca de quinhentos trabalhadores. Será que o empresariado local esta acordado? Que tipo de empresário e empresário existe e se pretende. “A politica do pais não é acabar com os ricos …motivar os ricos assumindo a sua moçambicanidade…juntos acabarmos com a pobreza”. Ainda naquele jantar o presidente a republica Armando Emilio Guebuza foi oferecido uma bengala. Experimentou tacteado o chão aparentemente num prenuncio do peso dos anos e/ou do poder mas depois levou a bengala para cima bem segurado com as duas mãos. Se fica ou não na presidência do partido ou do país, fica para os próximos tempos.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Em Cabo DelgadoCentro de saude Sem água sem cozinha

Estacios Valoi 13/06/12 Centro de saúde do posto administrativo de Metoro no distrito de Ancuabe na província de Cabo Delgado com capacidade de atendimento e mais de 150 pessoas dia num universo populacional de 41.318 habitantes enfrenta graves problemas da falta de água e cozinha desde da sua construção em 2007. O centro que se localiza a cerca de 90 quilómetros da cidade de Pemba teve com prelúdio da sua construção o mês de Agosto de 2007 numa parceria entre o governo moçambicano em colaboração com a agência espanhola de Cooperação e Internacional, Colégio oficial de médicos de Madride e Medicus mundi. Actualmente com três blocos, com o terceiro concluído em 2011 com o objectivo de realização de pequenas cirurgias, mas que ainda não foi oficialmente inaugurado quiçá a espera das autoridades para tal fim, tem um banco de socorros, sala de internamento, um laboratório, maternidade e outros serviços mas também atende pacientes provenientes do distrito de Chiuri. Enquanto a inauguração oficial do novo bloco destinado a pequenas cirurgias, único cujo na sua fase de construção contemplou uma “ Cozinha”, também sem equipamento, os pacientes continuam entregues a sua sorte. Num centro de saúde que também atente pacientes provenientes do distrito de Chiure, a água vai sendo adquirida com recurso a latas ou recipientes de 20 litros a cerca de 300 metros do hospital por parentes dos pacientes a 1 metical e assim a confecção de alimentos é feita a mesma ordem. A nossa reportagem no local, ao aperceber se do vaivém de algumas senhoras de e para o hospital, num percurso de cerca de trezentos metros carregando recipientes contendo o precioso liquido adquirido numa fonte ao lado da casa do administrador ao preço de um metical, conversou com elas e deslocou se a unidade hospitalar onde encontrou não só vários pacientes sentados no chão frio a espera de serem atendidos também viu o fumo que se espalhava pelo ar. Nas traseiras da unidade hospitalar, com sistema de abastecimento de agua inexistente, a cozinha, essa foi outra hecatombe que nos saltou aos olhos. Uma “cozinha”, ao relento, produtos adquiridos aos olhos da cara, o fervilhar a intensidade do produto lenhoso, a poeira, cinza, expostos ao sol, quiçá também a chuva, as panelas, saúde pública, sem as mínimas condições de higiene, dançam a mesma música a espera de melhores dias. Contudo, a data do fim da dança, continua no segredo da direcção provincial da saúde de Cabo Delgado. Sem Água e sem cozinha “Água nos levamos ali no poço perto da casa do chefe, pagamos quinhentos ou mil (quinhentos centavos ou um metical) todos dias de manha a tarde, no hospital na sai agua. Levamos para os doentes e hospital também todo. Não sabemos quando vai sair água, não falaram nada". “Nós cozinhamos aqui para os nossos doentes, nossa comida. Aqui não temos cozinha desde muito tempo. Temos nossas panelas”. Desde muito tempo, não temos cozinha aqui, dizem que estão a organizar mas até aqui não vimos. Mas temos que cozinhar todos os dias. Não tem sombra, nem vedação, água temos, mas temos que ir levar lá perto da casa do administrador no poço.” Desabafaram as senhoras. No total foram cerca de nove senhoras, e todas unânimes relativamente a problemática da água e a cozinha ainda por vir. Mas segundo Júlio Sibro Reque técnico de medicina geral naquela unidade hospitalar afirmou que ainda se espera a resposta dos seus superiores. Ate lá, mais promessas e realizações! “Segundo os nossos superiores dizem que vão resolver e aguardamos a resposta. Nesta unidade sanitária dizer que há um problema muito grave. Temos falta de água e a direcção distrital assim com a provincial tem conhecimento. Várias vezes fizemos o pedido de canalização de água. Até agora temos falta de água na nossa unidade sanitária. Temos dois blocos. Aqui funciona o banco de socorros, temos internamentos de pediatria assim como adultos. Naquele local onde estávamos temos a maternidade é onde se fazem as primeiras consultas e segundas de mulheres grávidas. Temos o novo bloco que até agora não esta em funcionamento porque não foi entregue oficialmente e inaugurado, apenas o laboratório esta em funcionamento a espera de sermos entregues. O ultimo bloco de 2011 fez se a entrega provisória, na cozinha sem equipamento e sem cozinheiros”. Capacidade do centro de saúde “Por enquanto a capacidade esta um pouco normal, tem oito camas. Exemplo aqui na pediatria é oito, assim como no internamento de adultos são oito camas. No novo bloco tinha se feito para pequena cirurgia, mas os dirigentes quando vieram, chegaram naquele local e viram que não é ideal para se fazer uma pequena cirurgia, nessa parte os chefes da direcção provincial estão a dar seguimento. Estavam aqui no mês passado, dizem que se esta a procura de um novo lugar para se fazer um novo bloco”. “Quanto a cozinha, é preciso que nós que somos aqui da unidade sanitária arranjar meios possíveis depois de arranjar a comida na direcção distrital, procurarmos acompanhantes para fazer um pouco de comida. Não temos cozinheiro para cozinhar para os doentes, há falta de pessoal. Patologias “As patologias mais frequentes, no primeiro ponto é a malária, anemia, problemas respiratórios, bronco pneumonias, asma e ma nutrição que tem entrado mas não é como em outras unidades sanitárias. Por dia nas consultas de pediatria é normal a malária tingir cerca de 15 crianças, feito e confirmado o teste no laboratório e, no banco de socorro é normal encontrar outros 17 ou mais casos para serem confirmados. Ė normal num dia fazer se mais de 30 analises de malária e positivo serem 20 confirmados no laboratório. Significa que a malária é mais frequente na nossa unidade sanitária. Anemia por dia quatro a cinco casos e, como a nossa unidade sanitária não tem capacidade para se fazer a transfusão sanguínea, depois de confirmar no laboratório transferimos para o centro de saúde de Ancuabe Elevado índice de Malária “ O que se encontra é que os activistas, colegas, sempre nas manhas fazem palestras sobre essas áreas, queimar lixo, fazer limpeza nas nossas residências. Há uma ONG que costuma disponibilizar redes mosquiteiras e nós distribuímos a nossa comunidade, mas quando passamos das aldeias, naquele tempo de campanha encontramos as pessoas a usarem a rede como vedação para casa de banho. Usam para outros fins e nós quando perguntamos eles não nos dão nenhuma resposta. Anemia, é a deficiência de ferro, alimentação não adequada. A má nutrição não são casos consideráveis” Medicamentos Quando há falta de medicamentos mandamos o doente para comprar na farmácia e se não encontra, vai outras unidades sanitárias. Agora que estou a falar não há falta de medicamentos porque acabamos de receber. A margem do curso de capacitação de jornalistas organizado pela direcção província da saúde em colaboração com organização não governamental norte-americana Pethfinder Internacional, com temas sobre a cólera, malária, planeamento familiar Hiv-Sida… sobre o funcionamento daquela unidade hospitalar de Metoro em Ancuabe a nossa reportagem ouviu a directora da saúde de Cabo Delgado Sãozinha Paula Agostinho “Infelizmente estou a tomar conhecimento agora em relação a esta questão. Mas o que podemos dizer é que vamos trabalhar com o distrito para perceber melhor porque existem condições logísticas para de facto nós possamos oferecer a dieta alimentar aos doentes. Ė primeira vez que estou a ser deparada com a informação, agora mesmo passo por lá para perceber melhor”. Afirmou Sãozinha. Esperemos que tenha passado .

Hugh Masekela-Zolane Mahola

Estacios Valoi 13/06/12 Estávamos nós, isto depois de uns voos em cape Town para cobrir o Cape Town International Jazz Festival, um dos maiores eventos do género jazz do continente e quarto a escala mundial. Estava eu com a Nil Aktar, assistente fotografa que de quando em vez ia fazendo algumas fotos enquanto eu brincava de entrevistar aos músicos. Antes, na sabíamos onde pernoitar que as ofertas eram muitas, uma em casa da Sylvia Vollenhoven, em casa da Margoux parente da Nil em Simon’s Town, ou da Zolane. Esta bem. Ficamos dois aqui, acolá e ali. Assim foi. Mas por fim acabamos ficando em casa da Margoux, não estivemos com a minha querida Sylvia que a correria era tanta. Conferencia de imprensa quase o dia todo e depois os concertos. Tentar estar em todos o que não era possível. Os últimos dias passamos em casa da Zolane que era mais próximo do Convention Center, o epicentro dos concertos, nos porque os outros lugares fossem distantes, afinal de contas estávamos e era nos concertos e depois os jantares…onde nos encontrávamos.o Frederico Jamisse, Machado da Graça ,Reginaldo, Junior, Helder … Até o Mavel Pinto e a Simoneta lá da embaixada da Itália, sempre metida nos festivais de Jazz Itália/Moz, lá estivam no ponta pé de saída do festival. Mas vamos ao que mais interessa. Duas gerações Zolane Mahola dos Freshlyground (FG) -Hugh Masekela EV -Estiveste em palco com Hugh Masekela celebrando “Mama África tributo a Miriam Makeba”. Hugh sempre faz menção a questão da perca dos nossos valores culturais. Para ti estares no palco Kippies com Hugh, Vusi Mahlasela, Thandiswa Mazwai, músicos de ontem, hoje e de sempre. Achas que estamos de facto a perder a nossa cultura? ZM -Penso que não. Não acho que estejamos a perder a nossa cultura. Penso que, é como daquelas coisas, o Hugh Masekela esta a prestar homenagem a Miriam Makeba. O papel que ele teve na divulgação da informação a público relativamente a que estava a acontecer na África do Sul, a fase do Apartheid, uma representante como mulher africana, sabes. Representar a África para todo o mundo. Então o Hugh esta a lembrar nos dessa tradição, raízes sobre a nossa cultura. Penso que enquanto nos forem lembrando, pessoas que como o Hugh a tocar aquelas músicas, canções antigas, entao não nos vamos esquecer da nossa cultura. EV -Que foi para ti estares em palco com aqueles ícones da música sul-africana, e de renome no mundo? ZM – Fantástico. Hooo. Quero dizer que mesmo cantando uma só musica com Hugh, é algo fenomenal. Para mim foi incrível, significa muita coisa. EV -Muita coisa. Foi mais por estares no festival ou no palco com o Hugh? ZM – Claro que é parte do festival que é um grande evento para a África do sul e penso que também para o continente. Então fazer parte deste e, é algo especial. EV -Ontem voltei a tua casa, vi te com um corte de cabelo e hoje estas diferente, com um novo corte e no palco quando actuaste com Hugh a outra tinha um corte semelhante. Quando é que decidiste e porque nesta fase? ZM -Hahaha. Bem tive um corte diferente e estava para mudar o meu penteado. Quando dei por mim, o corte era um pouco similar ao da Thandiswa e, estava um pouco envergonhada. Ninguém das duas comentou mas também é meu cabelo que poderia ela fazer. EV -Mas a forma como a audiência as encarou pensou que fosse o corte para a ocasião e muito longe de pensar que tinha sido um acaso bem sincronizado! Um abração a Hugh Masekela e ai foi, digamos ”este é o meu mundo”. Foi? ZM -Hahaha. A Thandiswa trazia e bom estilo e eu também. Mesmo se me parecesse a ela, para mim é bom, e um complemento. Totalmente fantástico. Ė o Hugh Masekela, que podes dizer!? Cantar com hg no palco. EV -As pessoas, os fans perguntam pelas paragens dos FG, sem saber onde vos encontrar? MZ -Lançamos quatro álbum e acabamos de lançar o "best off" destes quatro, e no momento estamos no estúdio a escrever, a trabalhar no nosso sexto álbum. (Risos) Penso que.sempre que ouves uma coisa boa, trate de ficar feliz e sem stress com a música. A música é arte. Para se fazer arte não há tempo limitado. Enquanto vasculha a casa da Zolane, livros, CD’s, geleira, a cozinha onde estávamos e lugar onde a nossa entrevista teve lugar, isto é, a primeira parte, minutos depois entramos pelas panelas adentro, hum, para praticar a outra arte, a de cozinhar e, Zolane já estava de mãos dentro das panelas que já fervilhavam. Também ajudei! ZM -Estou cozinhar, pedaços de carne de ovelha, os temperos já estão dentro, espero que na esteja muito cozido. Parece estar um pouco mais cozido do eu devia. EV –Ė um prazer tomar de assalto a tua cozinha e, agora vamos experimentar, há não. Digo comer das tuas mãos. Mas é desta forma que cozinhas as tuas composições, música? ZM - Penso que sim. Nestas panelas tiveram a colaboração do meu namorado o Nick e, como FG temos muita colaboração. Não é apenas uma pessoa que escreve as musica, juntamo-nos num quarto, sentamos e escrevemos. Jam session. Sabes! Para mim é um Jam session (Risos) EV -Na mesa também têm um pouco de salada, uma mistura de vários vegetais, queijo outras coisas mais e claro uma garrafa de vinho branco fabricado aqui na África do sul? ZM -Hho yes. A África do Sul tem um dos melhores vinhos do mundo e, seria imperdoável não ter uma garrafa de vinho Ana mesa para acompanhar a nossa refeição. EV hoje, a caminho do tal local onde vão actuar no “Hervin Wine”, um vinhal. Vai ser copofonia a serio, umas boas garrafas? ZM – Hehe. Aguenta aí as goelas. Vamos actuar lá sim. Ė o fim de uma tournée de bicicleta que durou sete dias, percorrendo algumas partes da província de Cabo e não só. EV -Estiveste a pedalar? Tournée de sete dias e os sete elementos d FG em palco Surpresa! ZM –Hufff. Pedalar, não (Risos). Não tenho feito parte da corrida, mas hoje vi algumas pessoas que estavam a pedalar na corrida. Nós os sete estaremos a pedalar de forma diferente, no palco durante uma hora de tempo. EV –Depois do concerto perguntamos a Zolane qual tinha sido a melhor pedalada. A que durou sete dias ou a dos sete elementos da banda em palco? ZM –O concerto deveria ter a duração de 90 minutos mas eu estava doente. Acho que foi bom porque os concorrentes do outro lado, os ciclistas estavam cansados, apenas queriam ter um gostinho da música, um pé de dança. Era a última coisa do dia, as pessoas já estavam a conduzir de volta as suas casas. Sabes. Só queriam ouvir um pouco dos FG, e dizer obrigado, apanhamos a viagem. EV –A quanto tempo não pões os pés em Maputo e os teus fans? ZM - A última vez, não muito tempo atrás estivemos no Coconut e esperamos lá ir, quiçá no fim do ano, entre Agosto e Setembro quando lançarmos o nosso álbum. Espero que possamos ir e promover o nosso álbum. EV – Estamos aqui em tua casa, a “Table Mountain” em frente, boa comida assim como o vinho. Próxima vez que fores a Moçambique já terás o teu álbum o qual esta ainda a ser temperado e cozinhado no vosso estúdio? ZM -Espero que sim. Tínhamos 48 faixas e agora descemos para as 14 com mais impacto. Talvez destas catorze vamos apenas gravar 12 e encaixar 10 no álbum. As melhores e com certeza que o álbum ser'a quente sem duvida. Fantástico.Hello bebés vamos comer. Tchau (Risos)

Capacitação de jornalistas na área da saúde

Textos e fotos: Estacios Valoi 13/06/12 Realizou se semana finda no posto administrativo de Metoro na província de Cabo Delgado um curso de capacitação de jornalistas organizado pela direcção provincial da saúde de Cabo Delgado em parceira com a sua congénere Pathfinder Internacional uma organização não governamental norte americana. Com participação de cerca e 20 jornalistas na sua maioria baseados naquela província teve como objectivo fulcral dinamizar um maior ímpeto na colaboração, divulgação de informação para o público, com temas a mesa como o plano multissectorial de prevenção e combate a doenças diarreicas, endémicas como HIV/Sida, malária, cólera assim como a questão do planeamento familiar, matérias da acção social e outros. Num evento agendado para as 7h00 mas que só teve a sua ponta pé de saída oficial por volta das 13horas quando a directora provincial da saúde Sãozinha Paula Agostinho se fez presente depois de atender questões partidárias do partido Frelimo no poder. A outra abertura não oficial foi feita pelos técnicos da saúde designados para a capacitação. A apresentação dos temas seguidos de acesos debates entre os participantes, elementos da saúde e o representante da Pethfinder Internacional, tiveram como uma das questões principais em reflexão o tipo de mensagem, forma, impacto, contexto que devem e são transmitidas ao público. Na abordagem destas áreas, também foram tomadas em consideração questões culturais, sociais. Até que ponto é benéfico, que impacto tem a mensagem dentro de uma certa comunidade, a questão da contra informação que muita das vezes constatamos quando há um surto de cólera.aspectos da sensibilização das comunidades. Conclui-se que era preciso fazer se um trabalho mais profundo no sentido de levar a informação certa ao ponto certo. Foram várias as sugestões por parte da média que foram unânimes relativamente a esta questão com ênfase para o maior envolvimento das comunidades locais, média e outros vectores da sociedade na elaboração de algumas mensagens. Representante da Penthfinder Internacional Randinho Tongai apresentou os temas ligados aos requisitos legais e de políticas do governo dos EUA para Programas de Planeamento Familiar enquanto os temas estiveram sob a égide dos elementos da saúde, acção social. Na altura Tongai disse que o planeamento familiar ‘e um direito da mulher, cabendo a esta a escolha do tipo de planeamento familiar que pretende. “ O sistema nacional de saúde por ser muito dependente as vezes por falta de controlo também aceitam que venham parceiros que dão incentivo, capulanas… as mulheres para fazerem o planeamento familiar (PF) e, isto aconteceu antes da nossa existência. Agora entrando com a politica do governo norte-americano é que na se pode dar incentivo. Planeamento familiar é um direito da mulher que tem que escolher que (PF) quer. O provedor da saúde tem que explicar, informar as mulheres na sua escolha”. A directora provincial da saúde de cabo delgado Sãozinha Paula Agostinho satisfeita com o curso de capacitação “Ė um balanço positivo pelo entusiasmo dos próprios participantes na capacitação e formação. Acreditamos que o jornalista vai sair com uma bagagem daquilo que é a sensibilização das nossas comunidades para poder aderir a aquilo que são os programas da saúde”. Que também o nosso jornalista esteja capacitado, saber responder a aquilo que é as preocupações da nossa população porque é o intermediário, de certa forma entre os anseios da população, de facto a demanda que nós como sector recebemos. “Daquilo que conseguimos perceber hoje como primeiro dia de capacitação e formação, vimos que os jornalistas da nossa província estão disponíveis para apoiar o sector na resolução daquilo que são os problemas da nossa população. A maior parte das coisas de que estamos aqui a falar o jornalista tem conhecimento. Simplesmente o que ele precisava era ter o domínio com mais detalhe daquilo que é a percepção tanto da sociedade e daquilo que são as linhas de trabalho do próprio sector. O jornalista precisava disto. Verdade que eles já ouviram falar muito sobre o HIV-Sida, planeamento familiar, mas precisavam de ter maior percepção para que no seu dia-a-dia, exemplo fazer melhores reportagens e interagir melhor com as próprias comunidades. Saio daqui muito satisfeita porque de facto ultrapassaram a minha expectativa”.Sublinhou Sãozinha Os homens da pena , também mostraram se satisfeitos com a capacitação e formação, contudo meio constrangidos quanto a organização". Jornalistas “ Foi bom, nestes dois iam podemos apreender mais sobre questões inerentes a saúde pública. Positivo. Apenas os constrangimentos relativamente a organização, mas foi produtivo” afirmaram alguns jornalistas.

sábado, 9 de junho de 2012

Inflação vai continuar em Cabo Delgado

Fotos e Texto: 04/06/12 Cabo Delgado em especial a cidade de Pemba maior epicentro da província em termos de trocas comercias de produtos de varia ordem com ênfase para o básico ainda a quem de responder a demanda d mercado local. A problemática da fraca resposta a demanda do mercado tem com pilar principal a falta de infra-estruturas, o regadio de Nguri adormecido, problemas a milhas de serem solucionado pelo governo de Eliseu Machava e enquanto isso e a longo prazo o índice inflacionário vai disparando dia após dia. Relativamente a esta questão e outras de índole comercial que no fim do dia são a causa para os atropelos em termos de preços, o impacto negativo na vida das pessoas numa província que pouco produz em termos agrícolas, pesqueiro para alimentar a prior toda a província chegando a depender na sua maioria de importações de outras partes de um pais com políticas agrárias a deus dará, a nossa reportagem contactou ex-o Director provincial da Industria e Comercio de Cabo Delgado Mateus Matusse. Constrangimentos “O constrangimento básico que é resolvido, tem a ver com infra-estruturas, centro de tudo o resto. Se terminar com a estrada que liga Montepuez a Ruassa, que esta em zonas altamente produtivas, um grande regadio de Nguri, então esse problema de vegetais, legumes, resolve - se. A quem vai até Malema cerca de 500 quilómetros comprar tomate para vir vender aqui. Há uma serie de constrangimentos e as medidas administrativas não são a base em relação ao controlo dos preços. Em Cabo Delgado tem que ser visto em dois extremos: Produtos agrícolas que são produzidos aqui e a província tem excedentes e industrializados de vegetais em que a produção não é local, e se é, muito baixa. Em termos de cereais, tubérculos temos excedentes e claramente temos preços mais baixos a nível nacional. Produtos nossos agrícolas, saem daqui para outras províncias porque a mais-valia do comerciante que leva esses produtos para lá”. “Na componente de vegetais, tomate, cenoura, cebola, a província não tem a cultura de produção desses produtos, é uma cultura que vai sendo introduzida. O nosso camponês quando chega o tempo para preparar o campo para plantar mandioca, milho … Deixa tudo e vai concentrar se naquela produção que tradicionalmente se habituou. Maior produção, baixa de preços”. Medidas “Há um trabalho ao nível do sector da agricultura de fomento, promoção distribuição de insumos ligados a essa componente de hortícolas a nível dos distritos onde há baixas. Exemplo zona de Mieze na época fresca, de hortícolas que vamos entrar agora, pode encontrar o quilo de tomate a 10,15 meticais porque nessa altura todo o mundo produz e há uma quantidade excessiva, a demanda é menor em relação a oferta. Nesses locais há projectos de promoção de produção de hortícolas, acontece apenas naquela época. Ai sim é que recorremos a produtos de fora de Cabo Delgado. Como se as hortícolas fossem apenas consumidas numa única época assim como são produzidas por ano numa província em que os niveis de mal nutrição aguda são assustadores, quisemos saber onde conservar esses produtos. “ Há varias acções que estão sendo levadas a cabo pelo governo no sentido de garantir que esses produtos na fiquem nas mãos dos produtores, a parte da conservação é uma das componentes mas por si só não é suficiente. Temos a componente das vias de acesso para escoamento. Nestes últimos três anos temos uma componente que tem trazido muita diferença que é o financiamento com uso do fundo do desenvolvimento distrital de acordo com o grupo alvo, desde pequeno, médio produtor, facilita com que os distritos escolham os agentes económicos a nível local que são financiados para que eles comprem os produtos no produtor e depois comercializem para outras regiões, é informal que anda na sua bicicleta, compra os produtos, armazena e na época de falta vende para as populações locais”. “Componente de comparticipação onde a conservação é expandida ao nível do governo, trabalho feito essencialmente pela direcção provincial da agricultura que é a promoção de celeiros melhorados, locais que os camponeses usam para conservar os seus produtos mas também temos a componente de silos que a construção começou no princípio deste ano com os silos de Nhajua em Mieze no distrito de Ancuabe com capacidade de três mil toneladas e armazéns com mesma capacidade. Vai continuar em Montepuez e cidade de Pemba. Tem a componente de financiamento ligado a outras organizações dos agentes económicos para garantirem a componente da comercialização, tem a melhoria do ambiente de negócios que é a melhoria do licenciamento, a formalização dos estabelecimentos económicos ao nível distrital. Por exemplo se há um processo de compra de cereais a nível local, é possível que os distritos adquiram esses produtos para hospitais, centros de internatos ao nível local. Tudo para ver se pode se melhorar a componente de conservação de excedentes agrícolas”. Vias de acesso “Aspectos que tema maior peso nesta questão de preços. A via de Quissanga para aqui é uma via que esta com problemas sérios, ir a aquela zona significa aumento em termos de custo de transporte. Felizmente, ate ao na passado já esta electrificado quase todo o distrito da zona costeira a zona onde se produz e achamos que isso vai ter maior valia no desenvolvimento daquela área pesqueira, a tirar peixe do mar a pessoa já tem onde conservar. Os nossos grandes armazenistas da praça tem feito as suas compras em Nacala ou fazem directo de Maputo e fazem via terrestre. Esses produtos que vem de fora, a província já não tem o sistema de cabotagem, resta a ligação marítima a nível nacional, estamos a falar de um navio que sai de Maputo, Pemba, Nacala. Temos uma comissão provincial de estradas que envolve os sectores económicos da província e participam todos os administradores províncias em que se define quais são as zonas, estradas prioritárias”. Produto pesqueiro Apesar de tantos projectos, feitos a velocidade de cruzeiro, facto é que a tendência dos preços dos produtos, principalmente de primeira necessidade vão aumentando. Mesmo o pesqueiro numa vasta costa e, passados todos estes anos ainda anda a artesanal e outros refugiam-se na carne. “ A nível de Cabo Delgado, cidade de Pemba é maior consumidora. Cada três pessoas que vem de Maputo a Pemba quer voltar com pescado, também tem aqui indústrias hoteleiras, barracas e em termos de consumo a pressão ‘e maior. Conversando com meu colega das pescas é que nós estamos a fazer pesca artesanal, não é industrial ou semi- industrial. A quantidade de pescado produzido pelo menos aqui a nível de Pemba não satisfaz o consumo, mesmo juntando com o que vem de outros distritos. O Peixe é que vendido aqui a nível dos talhos, peixaria não é proveniente da cidade de Pemba mas de outros pontos da província. A luz do balanço do Plano económico-social (PES) e OE relativo ao ano de 2011 de Cabo Delgado, no qual o governador da província Eliseu Machava, perante a sociedade civil, associações e organizações não governamentais que operam naquela província, considerou de positivo, com um desenvolvimento na casa dos 106%, a margem da nona sessão do governo provincial onde de entre vários temas, versou se sobre a politica económica social, quisemos saber sobre o desenvolvimento da agricultura, pesca… o factor inflação naquele ponto do Pais. Vagueando e sem apresentar factos, o porta-voz do governo João Motim, e , por sinal director provincial do trabalho, foi pelo politicamente correcto. Pior ainda a estilo ‘” Copy past” do comunicado de imprensa, vazio distribuído no fecho da sessão com conteúdo referente a iniciativa presidencial “um aluno uma planta”e a mola que mal chega aos professores. Agricultura Este não é apenas um desafio do governo mas de todos. Queremos dizer que todos temos que nos envolver no desenvolvimento da nossa província, produzirmos e produzirmos cada vez mais com qualidade. Há alguns anos atrás nós até dependíamos de alguns produtos das províncias vizinhas, como é o caso do tomate, cebola, verduras. Verdade que a capacidade de produção ainda não satisfaz aquilo que é as necessidades reais de consumo, mas pensa que paulatinamente estamos a melhorar. Precisamos de produzir muito e para todos com qualidade. “ O sector da educação foi atribuído pouco mais de 18 milhões de meticais, mas o grande constrangimento, é o facto de alguns professores não terem na hora alguns documentos para a sua nomeação e, também é preocupação do governo o cumprimento de metas neste sector em particular. Planeamento e ordenamento territorial, Cabo Delgado é uma referencia turística obrigatória. Neste momento a grande preocupação é saber o que implantar e aonde e tendo cuidado sobre as zonas costeiras, sobretudo de erosão, sejam aquelas zonas de perigosidade, em termos de habitação”.

1 de Junho em Macomia

Governo apela a não discriminação da criança Estacios Valoi 05/06/12 As cerimónias centrais do 1 de Junho dia internacional da criança na província de Cabo Delgado tiveram o seu epicentro na vila sede de Macomia na zona centro da província no mesmo dia em que aquela parcela do país celebrava os seus 47 anos de elevação a categoria de Vila Numa cerimonia pouco concorrida o governador da província Eliseu Machava no seu discurso de abertura após ter visitado hospital da vila onde ofereceu um enxoval a um casal de bebes recém nascidos, isto entre as 8h e 10 horas do mesmo dia, a feira de saúde entrou pelo discurso. Mas facto não menos curioso e merecido é que no hospital Provincial de Cabo Delgado, na semana finda uma mãe deu parto a três gémeos, onde a senhora com seu marido desempregado, clama por apoio para poder sustentar aqueles bebes. Quiçá o governador e pelo discurso que fez em Macomia e outros que se lembrem dela. “Nos próprios os pais precisávamos nessa altura de cuidados agora é nossa vez de cuidarmos das nossas crianças. Algumas pessoas nascem crianças e depois vão deitar fora, esquecem que a criança tem direito a vida, é uma pessoa e precisa de viver como nós vivemos. Outros criminosos matam as crianças e deitam no lixo. Ė crime. Aquela idade precisa de todo carinho, uma boa educação, conselho, nossa paciência. Aquelas crianças que tem deficiência no corpo são crianças que tem mesmo direito, não devem ser descriminadas, viver escondidas, não é problema ter deficiência, são pessoas como nós, precisam de estar junto das outras crianças”. “A estudar, a apreender da mesma maneira, os professores não podem ter a ideia de descriminar aquela criança, o mesmo com pessoas adultas. Devemos educas as nossas crianças, ensinar quais os seus direitos e deveres. Vimos aqui que temos muito talento, viram aquela criança pequena a ler bem, aquelas coisas da língua portuguesa? Estava a ler bem. Porque apreendeu, demonstrou que tem talento. São estas crianças que nos precisamos para amanha. Tempo de rito de iniciação, de ir a machamba mas nunca esquecer a escola. Viemos falar da nossa criança. Agora falaram de banco. Há um banco que há-de acontecer aqui. Nós que estamos a trabalhar sabemos que Macomia vai ter banco”. Disse Machava Numa cerimonia pouco concorrida a mensagem dos pupilos centrou se na falta de agua assim como no melhoramento da unidade sanitária local e, Manuel Sande um dos pupilos dos seus 11, 12 anos que leu a mensagem, e bem lida, melhor que o administrador que tentou abocanhar o microfone para fazer o sue informe sobre o estado do desenvolvimento da vila. Sande referenciando ao dia da criança que se celebrou sob o lema “Pela promoção dos direitos e atendimento inclusivo da criança com deficiência”não deixou seus créditos em mãos alheias. “ Ė nesta data que o nosso distrito de Macomia também celebra 47 anos desde que foi elevada de Vila em 1965. Recorda-se que em 1949, quatro anos depois da segunda guerra mundial a associação democrática internacional das mulheres determinou efectuar a campanha em todos os estados para que melhorasse as condições de ensino e tempo livre e tratamento livre para as crianças. Desta forma, para consolidar os direitos da criança neste globo terrestre, sugeriu consagrar o dia 1 de Junho de cada ano, dia internacional da criança. Por ocasião desse dia foi a 1 de Junho de 1950 em diversas nações, depois da independência nacional do nosso pais, a data foi replicada excelente e legitimamente. Papa administrador do distrito saudamos esta grandiosa data e estamos cientes dos nossos direitos, ter família, protecção, segurança, cidadania, nacionalidade, alimentacao e habitação, educação para todos e ser defendidos de epidemia incluindo HIV-sida. Neste ano festejamos calorosamente com o lema “Pela promoção dos direitos e atendimento inclusivo da criança com deficiência” além disso estimamos os nossos professores pelo óptimo empenho, ainda lembramos a violação doméstica e o conflito homem fauna bravia e ainda lembramos coisas que provocam o fim da vida de muitas crianças em vários pontos do mundo e em particular no nosso país com as quais celebraríamos dia de hoje”. Enfatizou Sande O administrador por sua parte, a esteira da cerimónia central do dia 1 de Junho segundo programa do governo puxou a sardinha a sua brasa para apresentar o informe sobre o estado da Vila. “De 1949 absorvendo 18.198 alunos da primeira a decima classe sendo 8.181 mulheres. De 1975 a 2012, foi introduzido e sistema de ensino secundário geral do primeiro e segundo ciclo e, uma escola Professional, introdução de três centros de recursos para a formação contínua dos professores, sendo dois do nível médio e um do nível superior. Para além deste funciona o programa de ensino secundário a distância. Construção de 27 casas para funcionários e reabilitação de nove, construído a linha de subsistência de energia de Cahora Bassa que da corrente aos distritos da zona centro da província, construção de uma escola profissional com capacidade de 250 alunos internos, construção de um mercado retalhista de pesca na zona de expansão da vila sede onde o pescado será vendido”. “ No âmbito do fundo do desenvolvimento distrital foram financiados 924 projectos, dos quais 378 de produção de mais comida, 432 de geração de rendimento e 114 de criação de emprego desde 2007/12. Estamos cientes que há um por fazer para a satisfação das necessidades da colectividade e dos moradores desta grande vila de Macomia. Ė desta feita que projectamos a construção de um banco comercial, um mercado central, um hotel na zona da expansão”.