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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

STAE faz balanço do processo de Actualizacao de eleitores em Quelimane-Zambezia



Texto e fotos: Estacios Valoi
01/11/11
Decorridos cerca de 20 dias desde o prelúdio do processo de actualização de eleitores com o seu fim previsto para o dia 1 de Novembro em que ate semana finda já tinham sido registados cerca de sete mil eleitores o que corresponde a 70% dos dez mil almejados pelo STAE.
Em conferência de imprensa em que primeiro foi para os órgãos de informação pública nas primeiras horas da manha e por volta das 10h30 para a privada, a Directora do STAE provincial Regina Matsinhe, fez saber que já decorridos 15 dias era altura ideal para informar sobre o estágio do processo, segundo a qual a actualização do processo estar a decorrer muito bem.
“O objectivo deste encontro é fazer o balanço do processo eleitoral. Já decorreram 15 dias desde o seu inicio e, achamos que é uma altura ideal para podermos informar sobre aquilo que são os dados que ate agora temos estado a colher.
Do nosso ponto de vista o processo de actualização dos eleitores esta a decorrer muito bem e já foram registados cerca 7 eleitores o que corresponde a 70% daquilo que é a nossa meta de 10mil. Acreditamos que vamos atingir este número, se as pessoas estarem a afluir aos postos como estão ate agora, acreditamos que sim.
Por isso, apelo para que as pessoas não deixem para o último dia, que aproveitem agora que temos tido alguns momentos em que a brigada fica parada porque os eleitores vão aparecendo a conta gotas”.
Relativamente as reclamações feitas pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), segundo as quais, “em Quelimane esta claro que o STAE proibiu os brigadistas de darem qualquer tipo de informação aos nossos fiscais do trabalho diário do relativo posto de recenseamento assim como receber qualquer tipo de reclamação por parte dos nossos fiscais.
Neste processo todo o SATE, CDE, CPE continuam ao serviço do partido no poder, dai mais uma razão para que os partidos políticos estejam integrados no STAE, nos órgãos eleitorais para assegurar a transparência e a supervisão do processo. O dialogo com eles não é nada fácil, o discurso é um mas os actos práticos de instrumentalizar brigadistas são outro”,
Regina Matsinhe cautelosamente, e perturbada com a questão, minimiza tais factos.
“Não sei, é muito difícil poder dizer isso porque, a lei diz que temos que recensear aqueles que completam 18 anos ate o dia 7 de Dezembro, recensear aqueles que tendo mais de 18 anos nunca se aproximaram dos postos, residentes em Quelimane e aqueles que perderam os cartões que por um motivo ou outro tem que mudar …é difícil para nós podermos conferir que, este esta a vir de fora, a pessoa aproxima, apresenta se uma faz a sua inscrição.
É uma novidade. Pelo que eu saiba o único dado que pode ser inserido no processo informático é aquele que do brigadista ali na mesa, tem o supervisor, entrevistador. A pessoa chega senta e apresenta a sua documentação e, é recenseado de acordo com aquilo que é a sua situação, se for transferência”.
Ainda a estreia do MDM e apôs o devagar da Directora do STAE, apelou por falar daquilo que diz respeito ao seu ‘trabalho’ como se as preocupações, a falta de entendimento dos partidos envolvidos no processo para com a instituição que dirige não fizessem parte do seu ‘trabalho’!
“Bom. Eu gostaria de falar daquilo que diz respeito ao nosso trabalho. O que esta a acontecer é que temos estado a fazer o trabalho, a apelar que haja entendimento dentro do posto, um ambiente harmonioso, que são os objectivos do nosso trabalho. No princípio ouve, provavelmente uma falta de comunicação naquilo que são os procedimentos, mas foram ultrapassados com conversa, explicação.
Podemos verificar em algum momento, excesso de zelo provavelmente por parte dos brigadistas e pensamos que isto tudo foi ultrapassado, não há motivos, os fiscais tem todo o direito de solicitar todos os dados que precisam na brigada e devem ser fornecidos”.
Arrogância
“Se tinham sido emanados ou não para dar os dados eu nem lhe vou responder a isso, porque estou a dizer que nós trabalhamos com aquilo que é a orientação da lei. Não posso dizer se havia ou não uma orientação e que foi corrigida. O que sabemos, é que os brigadistas devem fornecer as informações que são solicitadas pelos partidos políticos que estão naquele momento a trabalhar na mesa.
Portanto isso por parte do STAE nunca houve, há deixa de dar, a aquele outro. Não senhor, no STAE nunca houve uma orientação como essa.
Para ser franca não sei de onde é que vem isso. A verdade é que acreditamos que depois destes dois primeiros dias de alguma agitação, volto a repetir, provavelmente por falta de comunicação ou excesso de zelo por parte dos brigadistas esta a decorrer normalmente sem nenhum problema e volta a repetir que os fiscais podem adquirir as informações os dados que desejam dentro daquilo que é a lei”.
Quanto a conferência de imprensa para os órgãos públicos e depois para privados, Matsinhe disse que estava a tratar da questão da produção de Spots, como se um jornalista tivesse o papel de produzir Spots! A Rádio Moçambique teve os dados as primeiras horas da manha e a TVM por questões de agenda esteve ausente.

“Não houve conferência de imprensa nenhuma, para lhe ser franca. Para estar a dizer que primeiro um a conferencia de imprensa para órgãos públicos e depois para os privados. Não ouve.
São os mesmos dados que eu estou a dar agora. Por exemplo nós trabalhamos com a rádio Moçambique, com a televisão de Moçambique em relação a vários aspectos que dizem respeito ao próprio processo como Spots, etc.
Nesta ocasião que podemos dar tanto a Rádio Moçambique como a STV os dados daquilo que é o decorrer do processo eleitoral e, estão todos aqui presentes. A qualquer momento recebemos a imprensa para podermos falar, não há nada, o que eu estou a dizer aqui é exactamente isto que exactamente foi falado nos outros órgãos que estiveram aqui.
Bom penso que aquilo que diz respeito ao processo, ao trabalho, a informação que nos pretendíamos dar, nos estamos a dar. Acho que não há nada de estranho, não é e jamais será minha intenção fazer divisão quer que seja e de quem quer que seja”.
O mais caricato, é que recentemente no pais mais uma vez veio a tona, a questão de jornalistas que ao mesmo tempo que trabalham nos seus órgãos são assessores de imprensa, e neste caso não foi diferente, o assessor do STAE na Zambézia, não é nada mais nada menos que o “Jornalista” da STV que vai reportando sobre o próprio STAE.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Nacala com falta de espaço habitacional e Água




Estacios Valoi
26/11/11
O município de Nacala na província de Nampula com 440 km2 de superfície e um índice populacional de 208 mil habitantes vê se a braços com a questão da acomodação territorial dos seus munícipes
Nacala Porto considerado zona económica especial, a cada dia que passa vão surgindo novas infra-estruturas, contudo muito ainda a por fazer em prol da população que a nossa reportagem pode ver a carregar água de um lado para o outro, meninos de rua entregues a sua sorte, e outras questões inerentes a vida daquela parcela do Pais.
Em contacto com o edil do município Chale Ossufo que reconhece o facto da falta de espaço e outros problemas e conquistas considera o estágio actual daquela urbe de bastante encorajador.
“Muita gente num território muito pequeno, a espera de emprego, a mobilidade, havia problemas que nos tirava sono, não temos espaço para manobra e a muita gente que não tem, é nesse contexto que nós criamos condições de transporte. Somos o único município que a partir dos seus próprios fundos, suas receitas conseguiu comparar uma frota de quatro autocarros, mini base mas agora já temos 2 autocarros de grande porte para os munícipes
Estamos num estado bastante encorajador, esta tudo a desenvolver, por todo lado como se fossem cogumelos. Neste momento temos mais de 35 empresas de grande porte com um investimento superior a 350 milhões de dólares norte americanos. Um estado financeiro saudável mas também temos outras questões que nos tranquilizam,
Já temos agua, pode não ser neste ou naquele bairro mas temos agua que era uma situação crítica que se vivia há anos antes de entrar para esta direcção municipal, neste momento com um horizonte de 208 mil pessoas, mais de 121.470 mil pessoas já tem água potável, temos 166 fontenários de água, 31 furos mecânicos, para dizer que estamos numa cobertura de 49% dos 9% em que nos encontrávamos, em menos de 2 anos, é encorajador”.
Infra-estruturas a surgirem como cogumelos ou não, receitas provenientes do porto e outras, facto é que o nível de vida, o custo de produtos alimentícios elevado, as condições habitacionais nos arredores de Nacala muito deixa a desejar.
“Estamos a construir a nossa cidade já parece verdadeiramente com aquilo que é uma cidade de zona económica especial. Em menos de dois anos do mandato já fizemos 9 quilómetros de estrada originalmente trabalhadas porque estamos a usar Pave no lugar do Alcatrão. O asfalto ‘e bastante caro e dificilmente se encontra com essas convulsões políticas financeiras nos países produtores de petróleo. Achamos que devíamos produzir o nosso material local exclusivo, usando nossas capacidades, receitas locais para fazer aquilo que hoje é a grande cidade de Nacala.
Em Nacala são todos eventos de vulto, temos a Bacreza, SS que vai ser uma grande industria de produção de cimento, do outro lado da mesma empresa vão produzir óleo alimentar com grandes capacidades industriais mesmo, a Indu África que vai produzir ligas metálicas e a partir de lá para cá vamos comprar o Ferro de construção a nível local para alem de outras grandes industrias que estão ai a germinar, a prestação de serviços que existe um pouco por todo o lado”.
Mas ainda são muitas pessoas com baldes e latas na cabeça a procura da água em Nacala facto confirmado pela nossa pela reportagem, mas Oussufo minimiza a situação.
“O município esta a coabitar com representação do estado. O território do estado que é o distrito de Nacala conhecido com o espaço municipalizado, falo de 49% de cobertura de abastecimento de agua, significa que ainda não estamos em 100% temos 208 mil habitantes e abastecemos 121.470 os outros tem que andar com baldes, o que esta a acontecer. Para mim não é falta de água, e que momentaneamente se cortou água. As pessoas não podem confundir não haver agua naquele momento porque há restrição e dizer que não há agua aqui em Nacala Porto. Isso é falso, água existe.
Há de facto bairros em que a agua não existe, exemplo Concebia, Matola, Navevene, Matalane, Mahelele, Munhewele, Lile, Djanga 2, são zonas em ainda não há agua canalizada, dai que é necessário que se faca alguma coisa, há zonas em que temos furos mecânicos e em outras não podemos fazer porque a agua é imprópria para o consumo humano, esta a acontecer com Mahele, Djanga 1, 2, a agua esta a grandes profundidades e é salubre. Essa gente vai continuar a ressentir se da falta de agua”.
Impacto da construção do novo aeroporto
“O aeroporto de Nacala, intercontinental, misto porque vai também albergar serviços militares e civis, é um mal necessário porque eu acredito que vai desnutrir muitos aeroportos nacionais, não há-de ser necessário a gente viajar a Maputo para fazer ligações com linhas sul-africanas para ir a Europa, Ásia, América que são os nossos destinos, vamos sair de Nacala para encurtar o espaço. O que hoje se faz em 10horas, vamos fazer em 7h00 por si só. Grandes investidores que estão em Nacala que querem ir e voltar no mesmo dia das suas regiões e origem, era de esperar que isto trouxesse grande impulso financeiro”.
Alguns camponeses que tinham as suas culturas na zona em que este a ser construído o aeroporto clamam pela sua indemnização
“Primeiro ali é uma área militarizada há mais de 40 anos, as pessoas que ali entraram fizeram um compromisso. Disseram que iam entrar ali para limpar uns metros quadrados para produzir, e sempre lhes foi dito, esta é uma zona militarizas e nós os militares vamos vos expulsar desta zona e claro houve um protocolo de entendimento entre o ministério da defesa e os aeroportos de Moçambique para se construir aeroporto e foi por ai que lhe oi dito meus amigos tirem os vossos produtos que daqui a dois vamos começar com o aeroporto, falava se disto há um ano, isto é um conflito militar e civil. Mas há civis insensatos, outros compreenderam porque foi lhes mostrado a declaração de terem sido metidos lá com uma permissão dos militares, é zona militarizada e não do município”.
“Entre a pista e o hangar estão algumas machambas e os tropas autorizaram as populações circunvizinhas para produzirem durante um ano ou dois. Já não há espaço para indemnização, mas porque nós queremos defender os princípios de uma indemnização que lá não tem lugar, dissemos que eles deviam dar alguma coisa pela terra trabalhada, a terra é do estado, se houvesse um cajueiro, uma mangueira, indemnizamos porque são chamados bem feitores.
Mas estamos a praticar injustiça porque estamos a vender a terá que é do estado, Nós estamos a solicitar que se de algo a aquela pessoa pelo facto de estar a trabalhar ali a cerca de um dois anos. Conversamos com a Audibrech que é a concessionaria para indemnizar essas pessoas, mas uma indemnização misteriosa porque não há espaço para indemnização”.
Turismo
“O turismo vai ser a segunda grande aposta para o desenvolvimento económico de Nacala diz isso com voz de experiencia. Nacala porto tem de tudo para um bom turismo talvez as pessoas ainda não descobriram, grandes praias de Relamzapo, de Mulala, Kismangure e Fernão Veloso, extensas, boa vista, inserem tudo que é de bom para uma pratica de turismo de paria.
Tudo se encontra no seu estágio virginal, para dizer que o turismo daqui há alguns anos vai ser a grande aposta para além do cinturão industrial. O turismo vai ser aquilo que vai drenar muito fluxo de dinheiro para os cofres do município”.
“Neste momento começamos com os primeiros passos inevitáveis, o mapeamento, estruturação, estamos a acautelar aquela convivência quase que nociva entre a exploração mineira do calcário na zona da praia e a pratica do turismo. Estas são as premissas.
O turismo sim esta sendo praticado na praia e como pode ver diversificado e não é o caso de Fernão Veloso e logicamente naquilo que hoje ‘e o desenvolvimento de Nacala implica necessariamente a existência de infra-estruturas para condicionar o próprio turismo porque quando falamos do turismo não ‘e ir a praia e voltar, estamos a falar do turismo de profundidade, para nós uma grande aposta”.
Relativamente a construção das estancias ou infra-estruturas sobre as dunas ou a menos de 20 metros de praia algo que podemos constatar no terreno e que choca com a lei ambiental Ossufo disse reconhece que o que esta lá foi mal implantado e assegura que o seu elenco não vai cometer os mesmos erros
“Não podemos repetir o erro, eu e o meu elenco não podemos partir aquilo que foi mal implantado, não é nossa vontade fazer isso, não faz parte da nossa politica de gestão ambiental mas estamos a acautelar para que as coisas não aconteçam como estão a acontecer. O que se estava a verificar é que em Nacala já havia um pouco disso por toda a parte. Não queremos esse desenvolvimento anárquico e irregular.
Para evitar que não só na praia mas em outras zonas de expansão, a primeira coisa que nos ocorreu foi desenhar, projectar, elaborar disseminar, mandar publicar no conselho de ministros o nosso plano de uso estrutura do solo urbano, já temos isso e estamos a fazer os planos direccionados a alguns sítios onde queremos desenvolver como é o facto do aeroporto, a zona franca industrial vai acontecer na zona da Matola e Munhewene e Locone P”.
“Por consciência essas zonas tecnicamente indicadas que vão acolher a zona franca industrial, são zonas de maior concentração populacional e por causa disso também tivemos que idealizar e projectar no nosso plano de estrutura do uso do solo urbano a estruturação de zonas de expansão habitacional que neste momento temos três zonas; Aquelas indústrias que estão a surgir ali a entrada da cidade de Nampula, naquela zona existe aquilo que chamamos de zona industrial, esta zona vai afastar em algum momento algumas pessoas para uma outra para permitir que as coisas saiam como queremos.
Devem ir para uma zona de expansão habitacional onde tem a rede de energia, agua, viária, infra-estruturas sociais. Temos a zona de expansão habitacional de Untupaia na região sul, Matabwe na zona centro e temos na zona de Muzuone, tudo para acomodar essas famílias”.
“Estamos a construir casas hospitais, escolas, a situação de água vai melhorar porque neste momento já temos novos dois campos no Untuzi para poder abastecer agua e vamos poder abastecer durante 22h00 contar grande barragem tradicional que dista a 32quilometros, vai dar agua a cidade de Nacala Porto.
O que neste momento nos tira sono, nem ‘e agua domestica, mas a industrial. Temos tantas indústrias que precisam de consumir muita água e se aquelas forem consumir a nossa água vai exactamente acontecer o mesmo que neste momento, chega pouca quantidade para as populações é por isso que aumentamos a capacidade de armazenamento de água, a sua distribuição e, ainda vamos mais porque a MCA também contempla essa água industrial”.
Segurança
“É um facto que toca a todos nós. Em Nacala não estamos piores mas também não estamos bem porque o crime caminha de mãos dadas com o desenvolvimento. Estou seguro que o que esta a acontecer em Nacala não esta a acontecer em Moma, Angoche, Lalaua, por causa do desenvolvimento mas esta a acontecer em Nampula, Beira, Maputo e talvez em outras grandes cidades. Estamos numa situação de suficiente porque ainda se registam assaltos um pouco por toda a parte, mas não estamos piores como os outros ate posso arriscar e dizer que estamos bem”.

MDM preocupado com manobras maquiavélicas da Frelimo face as eleições intercalares



Estacios Valoi
26/10/11
O partido Movimento Democrático de Moçambique reuniu esta semana em Quelimane na província da Zambézia para mobilizar os munícipes daquela urbe face as próximas eleições intercalares a realizarem se no dia 7 de Dezembro em três municípios Quelimane na Zambézia, Cuamba no Niassa e Pemba em Cabo Delgado.
Nestes municípios as movimentações que se fazem sentir face as intercalares, após a saída forçada dos seus anteriores edis pelo Partido no poder, já deixa o MDM preocupado com as manobras encetadas pelo partido Frelimo.
Segundo Daviz Simango na Zambézia o principal objectivo da sua estadia na Zambézia teve como pano de fundo o encontro com a sua maquina politica, desde os candidato Manuel de Araújo a concorrer pelo município de Quelimane, unir esforços com os munícipes aqui assim como em Cuamba e Pemba.
“Estamos na cidade de Quelimane no âmbito do processo de eleições intercalares. De Quelimane vamos escalar Cuamba e finalizar os nossos trabalhos em Pemba. Estamos aqui para juntarmo-nos aos esforços dos nossos colegas, no caso concreto de Manuel de Araújo e a delegação política de Quelimane, iremos também fazer o mesmo com Maria Moreno em Cuamba, assim como com Tique em Pemba.
Objectivo principal é de juntar os esforços, mobilizar os munícipes dessas autarquias para poderem se recensear. Num processo eleitoral, importa como base fundamental os munícipes estarem recenseados para no dia 7 de Dezembro, poderem exercer o seu poder de voto. Referir a situação em que vivem os nossos munícipes, fiscais ou como decorre esse processo de actualização”.
Uma das situações que preocupam o Movimento Democrático de Moçambique são as manobras que vem sendo engendradas pelo partido no poder, algo que Daviz Simango frisou em umas das suas anteriores intervenções na cidade de Quelimane.
“A Frelimo esta a afugentar e a promover a descriminação do direito constitucional que os moçambicanos tem. O MDM, esta preocupado com isto, afinal de contas ao funcionar nesses postos, estão a intimidar, afugentar e a promover a descriminação do direito constitucional que os moçambicanos têm “.
Quelimane
Aqui em Quelimane esta claro que o STAE proibiu os brigadistas a darem qualquer tipo de informação aos nossos fiscais do trabalho diário do relativo posto de recenseamento. Por outro lado nota se que o STAE também proibiu que os brigadistas recebessem qualquer tipo de reclamação por parte dos nossos fiscais.
Tinham sido detidos três membros nossos ligados a logística. Aqui em Quelimane, no primeiro dia o MDM arrancou com fiscais em todos os postos e o partido no poder não tinha fiscais. Portanto isso mostra a capacidade organizacional do partido neste processo.
Ontem a tarde ao lado da nossa delegação política provincial, onde esta o mastro da bandeira do MDM, há uns três metros dali foi colocado o mastro do partido Frelimo no quintal da sede do Movimento democrático de Moçambique, uma clara provocação em que circulava a polícia a paisana com objectivo claro de verificar quem iria tocar na bandeira para depois prenderem os nossos membros.
Niassa
“No caso concreto de Niassa, alguns postos de recenseamento estão nas casas dos régulos, secretários de bairros, nas casas de alguns membros das assembleias provinciais. Como podem imaginar, a estrutura do Regulado na Republica de Moçambique tem grande influência partidária, já não são aqueles regulados tradicionais que nós conhecíamos, que era por grau de parentesco ou hereditariedade familiar mas sim pessoas nomeados pelo partido no poder “.
Cuamba temos a Maria Simaune que é do regulado, membro da assembleia provincial e aí funciona o posto, em Maganga que é uma rainha, também funciona um posto, em Mecupa central onde é a casa do falecido cabo, em Matia e Adine Broge na casa onde reside o secretario comunitário também funcionam postos e isto tudo desencoraja os munícipes, afugenta e promove interesses partidários.
Os jovens, sobretudo os da primeira inscrição estão sendo impedidos de exercer o seu direito constitucional. Nós voltamos a ponderar este tipo de situação. Em Maganga a policia ameaça os nossos fiscais, obriga-os a estarem a mais de dez metros e o mais grave é que chegam a ameaça-los de disparar contra os fiscais. No Domingo houve um incidente em que o regulo Mucuapa acabou retirando a bandeira do MDM numa das sedes. Estas atitudes que hoje se vivem, não ajudam o processo democrático em Moçambique, a transparência deste processo de Actualizacao
Pemba
“Em Pemba nota se que os secretários dos bairros ficam nos postos mesmo sem serem fiscais e por outro sem serem credenciados. Essa atitude de colocar a estrutura administrativa a funcionar e a frequentar o posto intimidada as pessoas por outro lado também em Pemba a existência de lista em que os secretários dos bairros andam com listas para entregar o supervisor para posteriormente lançarem esses dados. Ai a preocupação deles de afastarem os nossos fiscais para estarem longe dos centros de comunicação.
Temos o caso do alto Gigone em Pemba onde o senhor onde o Senhor Abdul Sufo acabou entregando a lista aos supervisores. O caso do Ama 2 em que o secretario Casimiro também procedeu da mesma forma, professor Fidel Cão da Escola Secundaria de Pemba que também procedeu a entrega de lista. Portanto essas listas é para depois introduzir no sistema informático e como pode imaginar as pessoas podem votar mesmo sem o cartão de eleitor recorrendo a testemunhas”.
Integração dos partidos no STAE
“O MDM fica claro. Neste processo todo o SATE, CDE, CPE continuam ao serviço do partido no poder, dai mais uma razão para que os partidos políticos estejam integrados no STAE, nos órgãos eleitorais para assegurar a transparência e a supervisão do processo.
O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), aqui na cidade de Quelimane e nas outras autarquias, foi o primeiro partido a colocar na primeira hora, o inicio do processo de Actualizacao de fiscais. O partido Frelimo andou dias sem fiscais, prendeu os nossos apoiantes ou colaboradores de logística exactamente para desmobilizar a capacidade logística e organizativa que nós impomos, o MDM tem fiscais e estão a trabalhar neste processo.
Chamar atenção, os moçambicanos devem entender compreender e acompanhar sobretudo as irregularidades que estão a acontecer porque o nosso interesse é que haja paz, tranquilidade neste processo e, que de facto erros do género que são feitos pelos homens, sob instrução ou que estão a ser instrumentalizados pelo partido no poder, deixem de o fazer porque afinal de contas, eles ao servirem os órgãos eleitorais estão a servir os moçambicanos e recebem o dinheiro do erário público e devem ser transparentes. Não podem ser de alguma forma partidária. Disse Simango
“Lamentavelmente, a CNE central só agora é que esta movimentar se para as províncias para essas autarquias e esperemos que com essa movimentação que devia ter acontecido logo no principio possa ultrapassar esses problemas. O STAE barra a entrega das nossas reclamações dai que, o dialogo com eles não é nada fácil, o discurso é um mas os actos práticos de instrumentalizar brigadistas são outro.
Algo a margem da lei, de qualquer forma influencia um processo eleitoral. Nós continuamos encorajados, muito bem organizados, continuaremos neste processo ate ao fim mas, temos a obrigação moral e ética de corrigir aquilo que esta errado.
Os candidatos tem a máquina operativa do partido, as nossas delegações políticas estão a trabalhar no terreno e, ao nível da direcção máxima do partido estamos agora no terreno a dar apoio aos nossos candidatos. Pensamos que aquilo que esta programado em termos estratégicos esta sendo cumprido a tempo e horas. O ambiente é de mudança, portanto as comunidades, os munícipes de Quelimane estão a espera do 7 de Dezembro para dizerem a verdade e, claro que a verdade vai ser a mudança. Estamos a viver a mudança em Quelimane”.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Saúde melhorada para o povo ou para a elite?



Texto e fotos: Estacios Valoi
13/10/11
Foi semana ultima oficialmente inaugurado na Cidade de Quelimane na província da Zambézia um bloco de consultas externas especializadas com a respectiva reabilitação e ampliação do laboratório de analises clínicas no hospital provincial naquela urbe.
O empreendimento orçado em 16 milhões, equivalente a 618 mil dólares americanos, foi o montante destinado para os blocos de consultas e de laboratório equipados, climatizados num financiamento do governo americano através do seu Plano de Emergência dos Estados Unidos para o Alivio do SIDA (PEPFAR), em parceria com o governo moçambicano.
As obras que foram implementadas pelo ICAP num processo que teve duas etapas com recursos do (PEPFAR), reabilitou o laboratório de análises clínicas em blocos compostos por Pediatria, Ginecologia, Consulta da dor, Posto de Enfermagem, 2 salas de Otorrinolaringologia, duas salas de medicina, Cirurgia, Pediatria, Aconselhamento, serviço arquivo, sala de reunião, quimioterapia para tumores, copa, todas elas climatizadas.
Com intuito de galvanizar o desenvolvimento institucional e melhorar o atendimento ao publico, os dois blocos vai funcionar em dois períodos, sendo das 7h00 as 15 com o preço único de consulta 1 metical para adultos e crianças com menos de dois anos isentas de pagamento.
Já no segundo horário, isto das 15h00 ao anoitecer, caberá as condições financeiras de cada indivíduo cujo preço de consulta será estipulado na altura e de acordo com a consulta a ser feita no momento.
Durante o acto da inauguração o governador da Zambézia Itai Meque disse que tem vindo a alcançar resultados encorajadores para o desenvolvimento da província e que a infra-estrutura inaugura constitui um exemplo e boa parceria e ajuda ao desenvolvimento entre os dois povos.
“Estados Unidos da América tem vindo a implementar várias acções nas várias vertentes de desenvolvimento e porque estamos cientes que é um dia não é possível fazermos tudo, paulatinamente em parceria com os parceiros de desenvolvimento temos vindo a alcançar resultados encorajadores para o desenvolvimento sustentável do pais e da nossa província em particular.
A construção de raiz do bloco de consultas externas especializadas, reabilitação e ampliação do laboratório de análises clínicas e os respectivos apetrechos, constitui um de entre muitos exemplos da boa parceria e ajuda ao desenvolvimento que deve imperar entre os países e povos”.
Com as infra-estruturas ora inauguradas, o hospital provincial de Quelimane passa a dispor de condições de trabalho que assegurem a melhoria na prestação de serviços de saúde de qualidade aos cidadãos. Recomendar para acarinhar estas e todas as instituições publicas, assegurar a limpeza e higiene permanente, utilizando correctamente os equipamentos estalados.
Fazendo isto, estarão a valorizar e a respeitar os impostos dos nossos cidadãos e de outros países, que abdicaram de gasta-los para a satisfação das suas actividades privadas a favor das colectivas que é a melhoria do estado de saúde da população da província da Zambézia. Este é o laboratório mais grande que nós temos na região centro e poderá beneficiar as outras províncias da região”.
Segundo a embaixadora americana em Moçambique Leslie Rowe para alem desta infra-estrutura prevê se a inauguração de um banco de sangue nacional e a construção de um laboratório nacional de referencia na Província de Maputo.
“Desde 2003 o governo dos Estados Unidos contribuiu largamente para esta parceria através do nosso Plano de Emergência dos Estados Unidos para o Alivio do SIDA (PEPFAR).
Três resultados que nos realizamos juntos, exemplo em 2009, foi disponibilizado tratamento Anti-retroviral para mais de 300 mil moçambicanos, actualmente quase 70% das pessoas recebem tratamento anti retroviral em Moçambique, segundo quase 3500 trabalhadores de saúde em Moçambique, receberam algum tipo de formação na ministracão do tratamento anti retroviral proporcionado pelo programa patrocinado pelo meu governo e, em terceiro mais de 600 mil mulheres, beneficiaram de aconselhamento e testagem para a prevenção da transmissão vertical do HIV/Sida”.
“Os Estados Unidos melhoraram dezenas de instalações de saúde por todo o País como esta aqui em Quelimane. Para além destas que hoje inauguramos, prevemos inaugurar o primeiro banco nacional de sangue e a construção de um laboratório de referência em Moçambique que ajudara a reduzir a incidência de doenças transmitidas através da transfusão de sangue, que recebam sangue seguro.
Estamos neste momento a construir em conjunto um laboratório nacional de referencia para a saúde publica e cada uma dessas instalações, seja grande ou pequena vão erguer se durante muitos anos como monumentos de parceria e amizade entre as nossas duas nações. Apoiamos o esforço do governo de Moçambique na abordagem de muitas ameaças a saúde incluindo doenças não transmissíveis.




Por sua vez o director do ICAP José Lima instituição que teve a responsabilidade de reabilitar o laboratório de analises enfatizou que o laboratório de Quelimane esta entre os maiores do País”.
“Foi uma reabilitação muito grande, complexa e de alta qualidade que precisou tirar o laboratório, desloca-lo para outra área, o laboratório do hospital de Quelimane esta entre os maiores do País e de maior eficiência e qualidade no que faz.
Inclusive faz exames complexos como por exemplo diagnostico infantil de crianças expostas ao HIV. A segunda etapa foi quando se iniciou esta nova área de construção e raiz que é o bloco de consultas externas especializadas. Uma área de mais de 400 m2 e valor investido nessa área nova de mais 350 mil dólares e o importante a destacar é que privilegia muito o utente ou seja, é bastante amplo, tem uma área de espera externa com uma área de recepção para os pacientes e depois uma área de espera interna bastante ampla, ventilada”.
Directora do hospital provincial da Zambézia Virgínia Saldanha
“O laboratório das análises clínicas é de referência para a zona centro do Pais cobrindo para além da Zambézia a província de Tete e Manica, que poderá melhorar a qualidade de diagnóstico clínico de HIV/Sida nas crianças PCR nestas duas províncias. Esta entrega do laboratório, consultas externas vem minimizar a exiguidade do espaço para funcionamento destes serviços. Esperamos continuar com esta parceria em mais áreas.
Partindo do pressuposto referenciado quanto aos moldes de atendimento e pagamento no hospital “publico”, a nossa reportagem questionou ao mais badalado doutor naquele hospital Aldo Martezine, se tratava - se de um atendimento socialista ou capitalista.
“ As horas de atendimento podem prolongar se conforme a necessidade ou programa aprovado pela direcção, mas isto é feito num horário depois de acabar o serviço normal. Para assistir a toda a população e, com um metical é atendido aqui das 7h00 as 15h00.
Tem varias funções, há condições para os médicos exercerem as suas actividades condignamente. Penso que sim. Agora esta é a construção com o apetrechamento de base, depois com o uso que vamos fazer, vai faltando isto ou aquela coisa.
Deve ver alguma coisa entre a direcção, administração porque tudo é centralizado. O pagamento é feito com um depósito num gabinete específico para tal. Pagam, vão com a sua senha, entregam.
Durante a hora do atendimento normal das 7h00 as 15h00, este é para a população, paga se um metical para os adultos, crianças abaixo dos dois anos é gratuito. Quando acaba o serviço normal ate 15h00, depois começa o serviço a pagamento, serviço este que é feito por pessoal voluntario medico que queira fazer esse serviço, escolhe um dia e tem duas horas de tempo para atender no máximo 8 doentes, também enfermeiros, serventes que queiram arredondar o salário podem alistar se para fazerem um ou dois dias.
Das 7h00 as 15h00 o hospital é socialista e depois capitalista
“Capitalista, mas olha tem uma coisa importante, diria socialismo alargado. Essa das consultas externas a pagamento personalizado ‘e um beneficio em três vertentes. A primeira é a população. Há muitíssima gente disposta a pagar bem para ter uma consulta dentro de um dia ou dois pelo médico que quer, a muita gente que quer mas não pode. Segundo beneficia ao pessoal da saúde médicos, enfermeiros que participam na consulta. Eles também tem uma percentagem que vai par o bolso deles e terceiro beneficia a administração do hospital.
Nós no hospital temos orçamento para o funcionamento geral, tem muitas coisas que não se consegue comprar porque não chega. Tem regras, é fundo do governo, do orçamento do estado. Ao passo que este aqui, como é um fundo a disposição da direcção é mais ágil na sua utilização e, pode cobrir falhas do material que é preciso comprar para o hospital, algo que não se pode comprar com o orçamento do estado porque não chega disse Martezine.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Morte do general Gruveta “Cavalo de batalha” da Frelimo nas intercalares




Texto e fotos: Estacios Valoi
04/10/09
O partido Frelimo apresentou esta semana o seu candidato a concorrer pelo Município de Quelimane no próximo pleito eleitoral intercalar a decorrer a 7 de Dezembro próximo nos municípios de Quelimane, Cuamba e Pemba.
Trata se de Lourenço Abubacar que apôs um escrutínio interno partidário sagrou se vencedor deixando para trás o seu oponente na primeira volta José Carlos Cunha apôs um empate de 29 votos. Já na segunda volta Abubacar venceu com 30 votos, 51.7% contra 29, 41.3% de Cunha
“Vinguemos a morte do camarada Gruveta com a vitória nas intercalares”
Abubacar, ciente dos desafios que o esperam no município de Quelimane, a união necessária no seio do seu partido, disse estar pronto para servir os munícipes de Quelimane e apelou para que as diferenças sejam postas de lado.
“Quero agradecer o voto de confiança depositado em mim, pois tenho a consciência da responsabilidade, de desafios e glorias a partilharmos, mas sei que as grandes roturas e reformas não são obras de um homem só. Lourenço abubacar, estou para vós, estou para servir os munícipes da Cidade de Quelimane. Estou a vossa disposição, respeito a opinião, a crítica, a sugestão e apoio de cada um e de todos.
Convidando a todos os membros do comité da cidade a união, dispamos as diferenças e enfrentemos o inimigo comum para alcançarmos um objectivo comum, a victória nas eleições intercalares de 7 de Dezembro. Manifestar a minha admiração, respeito e consideração pelo camarada Pio Augusto Matos. Gostaria também de contar com a assessoria do camarada Pio Matos para continuarmos a desenvolver a nossa autarquia e a nossa vitória nas próximas eleições de 7 de Dezembro.
Por sua vez o candidato José Carlos da Cunha, o vencido no processo de votação, num ambiente pomposo, saiu satisfeito com a segunda posição e segundo ele sem mágoas.
Agradecer a todos os camaradas que tinham apostado em mim para concorrer ao cargo de presidente do conselho municipal da cidade de Quelimane e, dizer que este é um processo, e em processos democráticos há sempre um que vence. Quando fui proposto sabia que não era o único candidato a candidato.
Fiquei satisfeito quando de facto tomei conhecimento que da lista final que ia ser submetida a comissão política, fazia parte, penso que em parte isto, reflectiu um crescimento da minha parte e a confiança que mereci dos meus camaradas. Deixar claro que não guardo mágoas ao camarada Lourenço. Estou de mãos abertas para prestar apoio ao meu partido e aos camaradas em tudo quanto for necessário.
Abubacar, suplente nas ultimas eleições autárquicas em Quelimane, em que mais uma vez Pio Matos sagrara se vencedor, teve que ser eleito num processo de votação, facto que segundo algumas fontes, “o processo de votação engendrado pelo Partido, era desnecessário isto a esteira da posição que Abubacar ocupou nas ultimas eleições. é um empresário de nome, mas falta lhe retórica, não gira”
Por sua vez a chefe da brigada central do partido Frelimo Verónica Macamo enfatizou que em nome do falecido general na reserva Gruveta Massamba todos devem dar o melhor pelo município de Quelimane e continuar nas mãos a Frelimo.
“Por ti choramos. Primeiro o sacrifício e por fim o benefício. Temos capacidade, experiencia, nos falta inteligência para planificar, trabalhar de forma a ganhar as próximas eleições autárquicas. Ciente do legado que o nosso herói nacional nos deixou, o camarada Bonifácio Gruveta Massamba, Paz a sua alma. Todos nós devemos dar o melhor ao município de Quelimane e continuar nas mãos da Frelimo.
O empenho a entrega de todos os camaradas que afincadamente se empenharam para tornar este processo calmo e sem sobressaltos, nomeadamente a direcção provincial do nosso partido na Zambézia, em Quelimane, os camaradas do grupo de avanço da brigada central que eram o seu apoio para o sucesso desta sessão extraordinária do comité do partido da cidade de Quelimane”.
“O empate e o numero e votos registado entre os dois candidatos mostra inequivocamente que os dois camaradas são bons mas como estávamos a procura daquele que reunisse maior consenso, encontramo-lo, que é o camarada Lourenço Abubacar Bico.
Estamos todos preparados para a nossa vitória eleitoral no próximo mês de Dezembro. A Frelimo já tem candidato. Nos municípios onde vão ter lugar as eleições intercalares. Aqui em Quelimane vai ser usado o processo de actualização do recenseamento eleitoral e posteriormente terá lugar a campanha eleitoral”.
“A campanha eleitoral devera ser também como dissemos na abertura da nossa sessão, um momento do reforço da nossa coesão interna e da acção concertada para garantir a vitória o nosso candidato.
Depois da estrondosa victória da Frelimo nas últimas eleições gerais na província da Zambézia e das sucessivas vitórias do camarada Pio Matos nas autárquicas aqui em Quelimane não faz sentidos que deixemos em mãos alheias os destinos deste município”.
Reforço a coesão interna ou não do partido, facto é que a Frelimo já apresentou o seu candidato para Quelimane, aguardando pelos para Cuamba e Pemba.

Turismo em Gorongosa



Texto: Estacios Valoi
Fotos Estacios Valoi/Christian Pozo
“Desde muito cedo a paisagem dramática, e a rica fauna bravia da região da Gorongosa atraíram caçadores, exploradores e naturalistas. O acto oficial com vista a proteger este esplendor apareceu pela primeira vez em 1920, quando a Companhia de Moçambique ordenou que 1.000 quilómetros quadrados fossem conservados como uma Reserva de Caça para os administradores da companhia e seus visitantes. A Companhia controlava toda a região central de Moçambique entre 1891 e 1940, tendo sido esta área concedida pelo Governo de Portugal”.
Em 1921 começa a existir como zona de conservação e posteriormente em 1960 elevado a categoria de parque nacional de Gorongosa e conta actualmente com uma extensão de 4000km2 com a capacidade diária de acolher cerca de 40 turistas num processo, entra e sai.
Devastado por caçadores de fortunas faunísticas, pela guerra civil entre a Frelimo e a Renamo, hoje o seu estagio de recuperação essa em torno, dos 50% segundo Domingos João Muala do departamento e comunicação do parque.
“Antes, era uma reserva de caça sem objectivo de preservar as espécies, foi o bastião da guerra civil, bastante devastado e uma das razoes, acreditava-se que aqui podia comer se carne, obter marfim e o resto para se vender e adquirir mais equipamento bélico”. Mesmo depois da assinatura dos acordos gerais de paz em 1992 foi afectado.
Seguiu se um período em que o parque não era controlado e as pessoas caçavam como quisessem. Havia muita arma por todos os lados e, ate 1995/6 as pessoas faziam do parque um lugar muito lucrativo. Já em 1996 começou se a envidar esforços, de trazer de novo a equipa de conservação, a fiscalização, disminar e começar a transformar naquilo que agora temos, 50% do parque recuperado.
“Temos acomodação para turistas, iluminação, cerca de 420 trabalhadores, picadas abertas, tudo disminado, os animais a serem transladados onde já tivemos cinco ou seis alocações diferentes espécies como 54 búfalos que vieram do Krugger Parque na África do Sul, Boi Cavalo do parque transfronteiriço do Limpopo, elefantes, hipopótamos, e em Abril deste ano 4 Chitas para repovoar e acelerar a recuperação da fauna que ficou afectada durante o período de muita caca furtiva e de guerra civil “.
Impacto das comunidades sobre o parque e conflito homem animal
O parque esta bastante rodeado de comunidades e com a sua restauração através deste projecto que tem vindo a ser implementado a cerca de cinco, seis anos
Tem estado a dar muita dinâmica a toda a recuperação que estamos a ver. Temos vários operadores turísticos que concorreram no ano passado, um o ‘One África’ que já esta a explorar a um ano e meio, e o parque a receber vários turistas, nacionais e internacionais.

Na Localidade de Vinho temos uma escola a funcionar desde 2008, inaugurada na mesma altura em que se assinaram os acordos de gestão conjunta do parque entre o governo moçambicano, a fundação CARE. A outra localiza na comunidade de Nhancuco na zona tampão que foi maioritariamente construída pelo Millenium BIM com o apoio do parque, também temos em Vinho um posto de saúde construído de raiz e o outro na localidade de Nhanguo prestes a ser inaugurado. Mas temos vários outros projectos a arrancar.
Temos o Centro de Educação Comunitário (CEC), mais conhecido por Campus universitário construído dentro do Parque que é vocacionado para acolher todas as comunidades, faixas etárias para terem programas de educação ambiental. Em Nhambita uma das primeiras comunidades que se beneficiou das receitas do parque que tem uma grande serralharia.
Portanto o parque já construiu duas escolas que já estão a funcionar, a primeira é uma completa que vai de 1 a 7 classe e a segunda de 1 a quinta classe, dois postos médicos e neste momento temos um grande empreendimento que é a construção de um bairro com 32 casas tipo 3, escola, posto de saúde, espaço livre para as crianças brincarem, no distrito de Muanza na comunidade de Muereze que vai beneficiar a 72 famílias e o lançamento da primeira pedra foi a 1 de Julho último.
As comunidades recebem 20% das receitas do turismo que junto dos seus lideres comunitários decidem que tipo de infra-estruturas construir em beneficio da sua própria comunidade, aquilo que ‘e prioritário.
Ainda para a comunidade de Vinho, na área agrícola, alocamos motobombas, criamos um mercado interno que é o parque e também os trabalhadores que compra esses produtos das comunidades após a sua colheita e levam as suas casas. Portanto tem dois mercados.
O número maioritário dos trabalhadores, isto 97% do parque, vem das comunidades, essa é a política do parque, quando existe um projecto, primeiro beneficiar as comunidades vizinhas.
Conflito homem fauna bravia
É nossa vontade é de tirar todas as comunidades que vivem dentro do parque ao longo dos 4000k2 porque todos os dias registam se casos de conflito homem fauna bravia, elefantes, leões que passam pelas machambas das comunidades, constituem um perigo para as machambas para a vida das pessoas.
Muita campanha de sensibilização ambiental esta a ser levada a cabo com todas as comunidades envolvidas no sentido de mudar as mentes e começarem a ver o parque como amigo e como instituição deles. Antes as pessoas não se identificavam com o parque, e, a razão é que num período histórico recuado muitos viviam dentro daquilo que hoje se considera parque nacional de Gorongosa mas que por razoes obvias de conservação tiveram que ser afastadas, isso foi no período colonial, e não foi pacífico. Casas queimadas, pessoas escorraçadas e ficaram com mágoa.
A comunidade de Vinho tem sido um dos campos de ensaio de todos os projectos do parque, temos lá a agricultura de conservação, uma prática agrícola em que não se cortam árvores, não se aplica fogo, a pessoas fazem a sua agricultura na mesma área, não tem que mudar de espaços de quatro em quatro anos, porque aquela zona onde estavam já não produz por várias razoes como praticas incorrectas como o uso do fogo…. Que depois da colheita não se queimem os campos.
Calcanhar de Aquiles
A caca furtiva é um calcanhar de Aquiles, uma pedra no sapato. De alguma forma todas as comunidades com as quais trabalhamos e que através do parque beneficiam de novas infra-estruturas, projectos de educação ambiental, animais embora cientes de que a acção furtiva é negativa, entram e caçam no parque matam muitos. Actualmente temos uma média de 20 postos de fiscalização, mas o número de fiscais é insignificante para cobrir os 4000km2.
Segundo o formando Cashers Tembo o objectivo principal do centro e formar as comunidades sobre a importância do parque.
“Estamos no Centro de Educação Comunitário cujo objectivo principal é de formar as comunidades ao longo do parque nacional de Gorongosa sobre o parque e sua importância. Neste momento estamos a formar 10 fiscais para o parque e 25 para a Serra de Gorongosa.
Infelizmente o número de fiscais que cobre o parque não é suficiente, quiçá devido a falta de fundos mas, acredito que o mesmo vai poder empregar mais. A Serra, tem uma vasta dimensão com cerca de 30 km de extensão e 25 pessoas não podem cobrir a Montanha.
Primeiro temos a questão do desmatamento, as pessoas continuam a cortar arvores, e a floresta chuvosa de Gorongosa é a única ainda viva em toda a região da África Austral e devemos preservar. Isto é o que estamos a tentar fazer, e os fiscais têm como objectivo principal impedir que as pessoas abatam árvores na montanha, dentro da serra.
A própria comunidade faz a selecção dos fiscais que são formadas aqui para a posterior trabalharem directamente com a tal comunidade e, percebem o que o parque faz de forma a preservar as espécies. Tivemos tráfico de madeira na região de Casa Banana, as pessoas faziam o abate mas penso que esta situação já foi ultrapassada. Os que cortam nas montanhas são agricultores de subsistência que preparam os campos para a sua sementeira. Estabelecem se numa certa área, produzem durante dois ou três anos, abandonam a terra e vão para outra, onde também abatem arvores. Dissemos a eles para parar.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

II Festival de Gastronomia realizado em Quelimane



II Festival de Gastronomia realizado em Quelimane
Estacios Valoi
14/09/11
Marco Graça, profissional de cozinha a cerca e 25 anos, um mestre na arte de cozinhar, nasceu em Quelimane Zambézia, pequeno Brasil, época dos carnavais que nostalgicamente todavia ainda vagueiam em muitas mentes que apenas esta pode levar-nos ao nosso subconsciente.
A arte de cozinhar, não foi mero acaso, mas um produto do sangue fervente dos seus progenitores, algo assim, hereditário. Contudo teve que ir praticando, entre outras vezes o baptismo de sempre, agua quente que vinha à cima banhando suas mãos, outras vezes o óleo que cai lhe cima, daqui ou acolá numa panela ou frigideira em ebulição. Sim, também o sentir da colher de pau que de vez enquanto lhe raspava a pele quando tentasse esquinar uma carninha da panela boca adentro.
Peripécias de um cozinheiro nato que começou a apimentar os tachos ainda na fase mediana a sua vida realizou vários festivais como os da gastronomia Zambézia em Quelimane.
A arte de cozinhar já o levou a Portugal onde ingressando num instituto de culinária deu o salto alem as panelas e cozinhados ainda por desvendar, mas não foi só a “tuga” que o acolheu, outros vários poucos mas muitos na sua dimensão como o Macau também puderam experimentar, saborear alguns dos seus pratos. Que o tipo é um prato lá é. Mas não foi na tuga, no oriente, na Berlenga onde o encontrei. Foi mesmo ali na zona do bairro Lisboa exactamente na LanchoNet do Morais e da Zina, uma casa que para alem dos doces, salgados é um espaço de conhecimento, tecnologia, um espaço de cruzamento do mundo, de todas as culturas pela Net, livros por ler.em fim.
Passo sempre porque estou de passagem, mas glutão que sou desta vez parei e fiquei por alguns momentos e tentar cozinhar com Manecas, mas aquela ainda não era a minha cozinha. Sim, mas pelo menos aqui esta o prato do dia.
EV- Essa longa panelada de cerca de 26 anos como profissional de cozinha e neste segundo festival de gastronomia da Zambézia, de onde surgem esses 50 pratos diferentes?
Penso que primeiro temos que dar valor a nossa arte e mostrar aquilo que a gente sabe fazer, que é cozinhar. As pessoas tem uma concepção errada daquilo que é um cozinheiro. Um cozinheiro,é um verdadeiro mestre, um artista de cozinha, e penso que ninguém vive sem comer. Comer, toda a gente pode comer, mas saber comer nem todos sabem, então é nesta vertente que digo que um cozinheiro é muito importante, porque a alimentação é a base a nossa vida. O viver tem a ver com o comer.
EV – Quando ‘e que te vem o bicho da cozinha, esse interesse insaciável?
Isto deve ser hereditário. Nós somos naturais da Zambézia e os meus avos também o eram, logo os meus pais sendo de cá, e eu nasci aqui, isto tem pouco a ver com a hereditariedade, com a feição de vida das pessoas.
Mas quando é que exactamente começas a brincar com as panelas?
Começo ainda pequenino, tentava eu cozinhar petiscos de casa porque o meu pai e a minha mãe, sempre gostavam destas lides de cozinhar em festas de casa. Comecei por fazer pequenas coisas, como grelhados, batata frita…lembro me de uma vez em que para alem de queimar as batatas também queimei as minhas mãos. Acho que era o princípio e eu não me apercebia disto. Comecei a aperceber me quando tinha os meus dezoito anos.
EV- Quem a pessoa por detrás deste mestre na arte de cozinhar?
MG -Dizer quem é Marco Graça, hehee. Penso que sou uma pessoa simples, humilde, sincera, sensata, e tudo de bom que os predicados da vida nos dão.
EV -Que colher, panelas, pratos. Trouxe para este segundo festival gastronómico a moda Zambeziana?
MG - Trouxe onças de iguarias com material local, inovando, transformando esse material local em material internacional. Comer produto local mas transformando para que as pessoas possam comer. Vou dar um exemplo da mandioca. Há varias formas de cozinhar a mandioca. Na minha terra que ‘e aqui na Zambézia, normalmente cozem a mandioca, mas esta pode ser cozida, frita, estufada, grelhada, endulceria, há várias outras formas, como fiz ontem. Fiz doce de batata-doce com coco e o buffet que fiz acabou, as pessoas comeram todo o doce. Fiz salada de batata-doce com camarão que também acabou. Isso quer dizer que temos produtos extremamente úteis e bons. Todos cozinham mas saber cozinhar ‘e uma ciência.
Estive num instituto de formação profissional de cozinheiros em Portugal -Lisboa, isto para dizer o que é a cozinha, também nos outros países onde andei, dar outros passos.
EV -Segundo festival. Que palavras para as pessoas no sentido de levar alem estas realizações de festivais do género e com mais gás?
MG- Penso que….Mas neste momento tenho que agradecer as pessoas que me trouxeram de Maputo a Quelimane Zambézia para poder fazer este festival porque realmente o nosso povo aqui na Zambézia não é que esta descorada. Em termos gastronómicos, variedade, gosto, paladar a nossa cultura é uma das mais ricas e se não a mais rica de Moçambique mas falta um pouco de... Não queria falar mas tenho que falar. O nosso governo a escala nacional deve incentivar o empresariado, assim como as organizações, não basta só fazer panfletos mas criar uma serie de coisas para dinamizar a nossa gastronomia. É assim como fazem nos outros estados, digo entre “ Portugal, Espanha”, eles tem a gastronomia ligada ao turismo e penso que o turismo não pode ser uma ala dissociada com o bom e bem comer.
Penso que já sou um cozinheiro com uma certa dose de experiencia, com gabarito internacional e uma forma que me conduz e diz como é que o nosso Pais pode desenvolver. Turismo, não é só dormir. As pessoa pensam que vão construir um hotel, uma pensão, isso são partes financeiras. Nós também temos que ter a parte humana, cultural que é para o nosso Pais crescer mais em termos de turismo. Penso que é isto.
EV -Componente recursos humanos. Neste momento em que estagio poderia encaixar a Zambézia?
MG -Poderia, não porque pense que a Zambézia esta esquecida. Em termos de gastronomia, cultura penso que neste momento a Zambézia tem tudo para dar certo porque tudo tem um elo de ligação. Vamos ver que nós aterramos aqui no aeroporto de Quelimane e esta na mesma, quando digo na mesma, não muda de face, portanto não há um desenvolvimento em termos culturais gastronómico. Ex. As pessoas cozinham o Balchau, um camarão que aqui o povo da Zambézia cozinha tradicionalmente, fazem com tomate um bocadinho de coco e limão mas que esse prato transportado para fora da Zambézia tem muito valor e toda a gente gosta.
EV -Faltam recursos humanos capacitados na Zambézia, já têm alguns discípulos?
MG -Neste momento não tem e penso que é um pouco precoce falar dessa maneira porque realmente aquilo que eu faço tento transmitir ao próximo, não escondo nada. As pessoas que estão ao meu redor, as que queiram aprender a cozinharem. Não tenho mãos a medir e, quando isso acontece fico satisfeito.
Estamos aqui a falar de um lugar especifico, tenho que dizer te que é a segunda vez que venho para aqui, agradecer as pessoas que me trouxeram ate aqui que são os donos da Lanchonet Net que é o senhor Manecas Soares e a Senhora Zina Mogne, que apostam nisto, e sem apostar a gente não vê resultados. Em termos gastronómicos só podemos medir a amplitude quando se aposta.
O festival esteve bastante bom. Não foi por causa do 7 de Setembro que as pessoas aderiram. Estava cheio e, isto para mim significa algo, parece que as pessoas já gostam de comer porque o comer bem não significa ter dinheiro e pagar. Significa que a comida tem que ter qualidade e para as coisas terem qualidade.he he he. todos os dias que faço um festival destes começos com este trabalho as três da manha porque tenho que equacionar que quem vem comer tem que comer bem, independentemente da cor dinheiro, religião.
Primeiro tem que ter esses três conceitos e segundo eles vem aqui também para medir. As pessoas vêm, ficam admiradas quando o festival decorre desta maneira. Ontem inqueri alguns clientes, ficaram sem saber mas como é que faço essas comidas, e então numa das minhas alocuções no mesmo festival em que havia musica tive que dizer que isto foi feito graças a duas pessoas que para alem de serem donos do espaço, algo que não tem nada a ver com isso porque aqui dentro de Quelimane…há muitos espaços, tem uma forma, um bem, um luxo mas que as coisas não condizem com as coisas que foram feitas ontem.
Fora das lides da cozinha, também sou um ser humano e estou aqui de calções, a fama não tem nada a ver com a pessoa, eu não vou por aqui gravatas que isso não tem nada a ver. Parto do princípio que primeiro tem que se ser e depois ter, não sei se estou errado mas é isso.

Cadeia ' Cabeca de Velho'

Prisioneiros rebelam se na cadeia de máxima segurança “ Cabeça de Velho” em Manica
Texto: Estacios Valoi
14/09/11
Acima de 1500 prisioneiros rebelaram se semana ultima num dos maiores presídios do pais Cabeça de Velho em Manica-Chimoio por falta de alimentação.
Foram três dias desde quinta-feira última em que os prisioneiros permaneceram sem comida assim como impedidos de receber alimentos de seus familiares, porque a administração da Cadeia decidiu impedir a entrada destes bens sem nenhuma explicação violando deste modo aquilo que são os direitos humanos.
Segundo fontes de dentro da cadeia em contacto com a nossa reportagem disseram durante o ano corrente, naquela cadeia morreram quinze prisioneiros transferidos da província de Gaza para devido a ma alimentação.
Sábado ultimo cerca de 7 carros da Forca de Intervenção Rápida (Fir) foi mobilizada para o local para conter a onda tumultos que após a tentativa por parte dos prisioneiros de ouvirem e verem as suas preocupações solucionadas por parte de quem de direito mal paradas, tomaram o controlo da cadeia.
Mais tarde sábado ultimo, a (Fir) que tomou a instituição prisional de assalto, disparando mais de 20 tiros com recurso a balas verdadeiras e gás lacrimogéneo, o rescaldo provisório ate ao momento em que a nossa reportagem publicou esta edição, três pessoas tinham sido feridas, uma na zona o abdómen e nove reclusos algemados, espancados e transferidos a primeira esquadra local ainda sem alimentação e cobertores.
Segundo as nossas fontes anónimas fora do presidiu que se deslocaram ao local e pessoas que residem nas cercanias da estrada que da ao presidiu, em contacto permanente com a nossa reportagem confirmaram que ate por volta das 15.30 de sábado ainda era possível ouvir o soar dos mais de 20 tiros e fumaça do gás lacrimogéneo.
De fontes dentro do presidiu constatamos que a ordem para o cancelamento das refeições, tanto as normais que são fornecidas pela própria cadeia assim como a alimentação que recebem dos seus familiares veio do Director da Cadeia Francisco da Silva Mate, do Comandante Júlio Francisco Namaso e da chefe da Acção social Guida Margarida Sola.
Primeira fonte
“Nós os prisioneiros reivindicamos o nosso direito a alimentação porque a direcção neste momento cancelou os nossos direitos a alimentação e dos familiares para dentro da cadeia. As condições internas não são favoráveis e desde de manha ate a esta hora que são 21 horas ainda não comemos e isto começou ontem quinta-feira, são acima de mil e tal pessoas que ate aqui ainda não comeram e ate agora ainda não há nenhum sinal.
A direcção só disse que a lei diz que vocês não tem direito a alimentação dos familiares, vocês estão sujeitos a alimentar se daquilo que aqui existe. Mas as condições não são apropriadas, farinha massa, há esta situação.
Epa, por aqui há muita situação, muita situação mesmo. Primeiro há muitos casos de corrupção, cobranças ilícitas, tortura psicológica. A corrupção ‘e feita por algumas brigadas internas da polícia para facilitar algumas saídas e não só. Ainda este ano vieram cá reclusos de Gaza ate este preciso momento em que me refiro 15 já morreram, perderam a vida devido a ma alimentação isto para não falar dos que vieram da Província de Tete”.
Referir que os reclusos que pereceram naquela instituição prisional fazem parte dos 51 que no ano transacto, no mês de Dezembro foram transferidos da cadeia Civil da província de Gaza para Cabeça de Velho na província de Manica-Chimoio e todavia três desse universo encontram se isolados sob observação contínua e não se alimentam condignamente.
Segunda fonte anónima
As confusões já começaram e os chefes da cadeia não estão a falar nada, este é o barulho que estas a ouvir é dos reclusos que já partiram as portas. Não comeram nada. Hoje é o terceiro dia, a refeição da cadeia e péssima e eles não deixam entra nada e estamos com fome. A direcção da cadeia diz que a comida não pode entrar e a cadeia não tem condições. São essas três pessoas que não aceitam para a comida entrar na cadeia.
Assim fizeram uma lista dos problemas e levaram mas não fizeram nada, há pessoa que tem pena maior e esta comida daqui, foram levar farelo para dar pessoas, aqui na cadeia não tem nada. Morreram quase 15 pessoas que vieram de Gaza, não estão a aguentar com as refeições. Estão a partir as portas, a polícia de intervenção rápida ainda esta lá fora.
Enquanto a (Fir) permanecia do lado de fora nos seus carros de assalto a nossa reportagem ouvia os gritos de revolta proveniente s de dentro do presídio por parte dos reclusos que iam rebentando com os portões das celas, dos pavilhões por um prato de comida de direito que a administração lhes recusava dar. ‘Estou pedir pão patrão” e em vez de pão, balas.
Terceira fonte
“ Esses gajos já começaram a invadir as portas. Estamos a espera da resposta porque de anteontem, ontem não come nada, então esperam o director e o director não veio, só mandaram Intervenção Rápida mas ate este momento ainda não temos resposta.
São 7 carros da intervenção rápida que estão a cercar os muro da cadeia. Ainda não dispararam nada porque os presos só agora é que estão a começar a abrir as portas, a invadir as portas.
Somos mil e tal presos. Um minuto, um minuto! Somos 1600 e tal presos. Eles a policia da (Fir) ainda não fizeram confusão mas aqueles que ontem estavam a trabalhar ainda não renderam porque mantém se com aqueles outros aqui mesmo e, ate esta manha não veio ninguém da direcção da cadeia. Nós estamos com fome. A direcção nunca entrou. Eles estavam a levar a cadeia a pensar que a cadeia é deles. Estamos a tentar com a família. O artigo 25/26/ 86 diz que um recluso tem direito a refeição mas a cadeia não tem condições.
Sardinha e água mineral, Nido são direitas a alimentação ovo, etc. Tudo é de ajuda familiar. Chegou o chefe de informação Falume na cela de Armando Machava chutou abaixo a comida dizendo que o recluso não deve se alimentar bem, o arguido é um boi, uma charrua do estado…
Quando um recluso esta doente e tem que ser transferido para o hospital os policias querem 1500 meticais. Já não sabemos se aqui estamos a cumprir a pena ou a fazer dinheiro. Tudo tem a ver com o Director, comandante… da cadeia que esta a usar droga e não caneta. Não estamos a entender.
Agora a polícia já entrou dentro da cadeia, esta a disparar balas de verdade, um dos presos foi atingido na barriga, estão a disparar gás lacrimogéneo.
Mais tarde e segundo uma fonte policial nove reclusos após terem sido espancados, algemados foram transferidos para a primeira esquadra da polícia no município de Chimoio onde deste sábado ate domingo permaneceram algemados, sem alimentação, cobertores. Continuam a presos em condições desumanas nomeadamente Armando Machava, Lourenço Lumbela Daniel Bruce, Danny Simango, Samuel Ricardo Timóteo Domingo, Manhama José, Pesai João e Januário Tivane.
A nossa reportagem soube também na manha de domingo que o director nacional das cadeias Alberto Mussanhane era esperado naquela cadeia e que os prisioneiros e que os prisioneiros que permaneciam na primeira esquadra faziam parte de um plano orquestrado pelo director daquela cadeia para que não falassem expondo os problemas que se vivem dia a dia na Cabeça de Velho.
Em contacto com um dos elementos do órgão directivo da cadeia cabeça de Velho isto após a primeira tentativa em que o elemento do outro lado da linha quando chamado pelo nome de Mate e a posterior ter se apercebido que estava a falar a imprensa, disse que não era o director mas sim comandante Mabasse que ao tentar escapulir disse mais
‘ Olha aqui não é o Mate que esta ao telefone. Aqui é o Mabasso o Comandante da guarda. Eu neste momento estou de férias desde o dia 5, então quando eu saio era antes dessa situação que esta a acontecer agora lá e neste momento estou de regresso a Chimoio para poder ver de perto esta situação.
Não há nada de falta de alimentação na cadeia de Chimoio Cabeça de Velho. Mas porque esses tumultos todos? Num momento oportuno poderei dar informação. Agora não tenho bases, interrompi as férias para volta a Chimoio”.
Três minutos mais tarde o comandante já tinha o seu celular adormecido, desligado. Um dos reclusos detidos na primeira esquadra constatou que na manha de domingo a sua esposa que tentava deixar comida naquele posto policial, fora corrida a ponta pés pela polícia. O recluso questionava para onde vamos? Por causa das algemas estou com o pulso dilacerado.
Esta segunda feira a nossa reportagem soube que um mês atrás, semana depois da visita do procurador-geral da republica a aquela penitenciaria, um recluso morreu no campo de produção vulgo “PAM’ de Manica no distrito de Katandica na localidade de Kagore onde há machambas com uso do recluso para o ‘xibalalo’.Os guardas espancaram o recluso ate a morte. É sabido que o finado fora transferido de Machaze e reencaminhado para aquele campo. Na altura a policia defendeu se alegando que o antigo recluso padecia de gastrite.
O outro guarda de nome Gordon violou sexualmente uma reclusa de nome Precious de nacionalidade Zimbabweana que se encontra presa na cadeia de Chimoio e que o director da cadeia Mathe tem bois incontáveis na localidade de Macate protegidos por armas do estado e um sobrinho que ‘e o guarda Cossa que faz o uso de uma carrinha 3000 cabine dupla para esvaziar o economato da cadeia para a sua mercearia no mercado 7 de Abril arredores da cidade de Chimoio.
17 reclusos cozinheiros que se diz serem funcionários pagos pelo estado não constitui a verdade, porque não são pagos. A chefe da acção social que amante do director e subsequentemente adjunta, não tem voz, acomodando se nas suas três carrinhas de marca Toyota Coaster, uma Surf e um Honda CRVsomente para passeios.
Várias tentativas foram encetadas no sentido colher mais dados do director da cadeia “Cabeça de Velho Francisco da Silva Mathe em Chimoio, mas todas redundaram num fracasso que nem se dignou a responder as mensagens. A governadora de Manica este no presídio no sábado de manha e deu dois dias ao Director Mathe para repor a situação, director este que esta a pagar mensalmente a casa que alugou na Cidade de Chimoio atrás do Shoprite 4 mil dólares e tem uma carrinha Landcruiser com motor roubado trago pelos seus larápios.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Renamo fora das eleições intercalares


Texto e fotos: Estacios Valoi
07/09/11
Após a recente derrocada dos presidentes dos conselhos municipais dos Municípios de Cuamba, Pemba e Quelimane que não fugiu a regra, todos eles do partido no poder, apesar da aparente calmia, o clima político que se vive na Zambézia é perturbador.
A renúncia do edil de Quelimane do cargo que vinha dirigindo durante cerca de três mandatos, deixou um espaço vago e todos os outros partidos vão desenhando suas estratégias na corridas as eleições intercalares a serem realizadas, menos a Renamo que considera de fantochada e o Pais doente.
De acordo com o porta-voz da ‘ Perdiz ‘ na Zambézia, Noé António Mavereca o seu partido descobriu que a renúncia forcada dos presidentes municipais é uma manobra estratégica política mas que desta vez não vai cair na mesma ratoeira prometendo encetar uma revolução e boicotar as eleições intercalares.
“A manobra da Frelimo de tirar os seus presidentes para convocar as eleições intercalares na tentativa de fazer nos recuar com os nossos planos de fazer a revolução para tirar a Frelimo do poder. A Renamo descobriu que é uma manobra e não vamos cair nessa. Estamos firmes no plano que traçamos, vamos fazer uma revolução, tirar a Frelimo do poder, formar o governo de transição para gerir o Pais durante um ou dois anos e realizarmos as eleições livres justas e transparentes em Moçambique.
Porque verificamos que em todas as anteriores eleições, quando a Frelimo descobre que uma determinada zona é de influência da Renamo, o processo eleitoral não decorre da melhor maneira. Já andam por ai comentários que dizem que desta vez basta a Renamo se organizar um pouquinho vai ganhar alguns municípios.
Esta saída do Pio Matos fortalece a Renamo e é sabido que aqui na capital provincial da Zambézia, nós tínhamos ganho com Latifo, anterior candidato da Renamo que teria sido o presidente do conselho Municipal, mas a Frelimo como já é do conhecimento de todo a gente roubou os votos, esta a correr com os seus presidentes para tentar satisfazer a Renamo, mas não vamos cair nessa armadilha”.
Quanto a não participação da Renamo no pleito eleitoral intercalar, Mavereca versa sobre a revolução que esta a ser preparada para tirar a Frelimo do poder desembocando na ausência do seu partido no próximo escrutínio.
“ Estamos para organizar a revolução que vai culminar com a retirada da Frelimo do poder, com a dis partidarização da Frelimo em todos os sectores e a formação do governo de transição mais uma vez repito, eleições livres, justas e transparentes porque desde que começamos com as eleições é uma fantochada então a Renamo sabendo que há muitas lacunas não vai aceitar ir a essas eleições intercalares.
A Renamo levou uma proposta de revisão da lei eleitoral ao parlamento mas a Frelimo negou e a que vigora neste preciso momento no Pais só beneficia a Frelimo. Então nos não vamos pautar por isto, não vamos seguir essa ideia da Frelimo. Continuarmos a ser escravos da Frelimo a aceitar aquilo que a Frelimo quer! Estamos fartos, não vamos aceitar mais essas brincadeiras da Frelimo. A Renamo não vai participar nessas eleições intercalares.
Sei que vão surgir muitos comentários por parte de algumas pessoas que dirão que a Renamo não vai participar nessas eleições porque não tem candidatos. Pura mentira, a Renamo conta com todos os moçambicanos, independentemente da filiação partidária. No governo da Renamo ate vão estar alguns da Frelimo, pessoas honestas, académicos, em Quelimane já tivemos candidatos como o doutor Leopoldo, Latifo e outros quadros capazes.
Não queremos esta fantochada da Frelimo porque sabemos que tudo isto para a Renamo vai resultar em nada, a não ser fazermos a revolução para escorraçarmos a Frelimo e formarmos o governo de transição. Gostaríamos de ter um presidente como antes teve, os nossos candidatos sempre ganharam mas sempre foram tirados o pau na mão.
Então não vamos continuar a dizer que vamos experimentar sabendo que a Frelimo vai sempre roubar-nos os votos. Para nós não adianta irmos agora as eleições sem que organizemos. Antes de mais nada queremos nos organizar e neste momento a nossa organização ‘e escorraçar a Frelimo e realizar as novas eleições”.
Estágio político na Zambézia
“O estágio político na Zambézia é de perturbação, o Pais esta doente. Há muitas contradições no do seio do próprio partido Frelimo mas eles só sabem criticar a oposição afirmando que não tem democracia interna e nós perguntamos: onde é que esta a democracia interna na Frelimo!? Só porque o Pio matos queria satisfazer as necessidades dos munícipes mas foi tirado. Se ele estivesse a comer com os outros grandes camaradas daqui continuaria na presidência do município.
Depois do secretario da Cidade Andrade Simplício ter sido eleito Pio Matos o conselho municipal foi obrigado a custear as despesas do almoço e como se não bastasse recentemente no dia 21 de Agosto realizou se o aniversario da cidade de Quelimane onde em fez se a distribuição de Arroz, Feijões, óleo carne de vaca em todos os bairros mas era só para os membros a Frelimo.
Não faz sentido num dia em que se comemora o dia da cidade serem içadas bandeiras da Frelimo em todos os comités e não as do município! Estávamos a ver pessoas da OMM, OJM, membros da Frelimo, ninguém da oposição podia estar. Não vamos continuar com essas brincadeiras”.
Ainda segundo Mavereca, os munícipes pelos bairros estavam preparados para se manifestarem contra a retirada de Pio Matos da presidência, caso a Frelimo não tivesse repelido os tais possíveis manifestantes.
Sabemos que Pio Matos ‘e capaz, já demonstrou que tem capacidade de dirigir este município o fracasso da cidade de Quelimane não tem nada a ver com a capacidade de Matos mas sim com a doutrina, a filosofia do partido Frelimo. Ele tinha que cumprir com o calendário da Frelimo, não podia dizer nada porque a Frelimo esta habituada a roubar tudo do povo. Isto descredibiliza a própria Frelimo que diz ser um partido democrático mas o que esta a fazer prova o contrário da democracia, esta claro que ele foi forcado a sair.
No dia em que ele apresentou a carta foi claro e disse ‘ saio por questões políticas e psicológicas. Para quem entende sabe que essas questões políticas e psicológicas não vêm da oposição, mas sim de dentro do partido Frelimo. Ele já não estava preparado para continuar a dirigir o município da cidade de Quelimane. Entretanto isto tudo ‘e consequência da filosofia da Frelimo.
Penso que isto vai enfraquecer, reduzir o fluxo de eleitores nas próximas eleições porque segundo o que vi aqui no município de Quelimane no dia em que tivemos a sessão extraordinária da assembleia municipal, o debate em torno da renúncia do Pio Matos e pelo que eu saiba os munícipes pelos bairros estavam preparados para fazer manifestações contra essa ditadura da Frelimo, mas a Frelimo mandou repelir os manifestantes.

MDM e os ventos que sopram de Quelimane
Texto e fotos: Estácios Valoi
07/09/11
A província da Zambézia foi semana finda palco de mais um encontro do Partido Democrático de Moçambique em preparação para fazer face ao próximo pleito eleitoral intercalar

Nos bastidores do MDM traçam se estratégias para a eleição de um candidato a altura. A nossa reportagem traz na pessoa o presidente do MDM Daviz Simango, as linhas internas em perspectiva depois da varredura dos presidentes dos conselhos municipais por parte do partido Frelimo.

Perante esta situação de renuncias qual é a pressão sobre o MDM para as intercalares?
O Movimento Democrático de Moçambique (MDM) tomou a posição face as renuncias que estão a acontecer nas autarquias de Cuamba, Pemba e Quelimane avançar para as eleições intercalares e, para isso era fundamental que a comissão politica se reunisse juntando os delegados políticos provinciais de Niassa, Cabo Delgado e Zambézia bem como os distritais de Pemba, Cuamba e Quelimane, também juntar aqui o nosso gabinete central e eleitoral, a nossa comissão nacional de jurisdição bem como a mesa do conselho nacional para nos debruçarmos sobre o que fazer perante esta situação que foi colocada aos munícipes residentes nessas autarquias.

Nós já definimos, ouvimos os nossos membros representados por essa estrutura a nível local e decidimos que o MDM deve se organizar em termos de documentação e o gabinete central de eleições e a comissão nacional de jurisdição já requereu a certidão do registo do partido, exactamente para fazermos face a essas eleições. Instruímos as nossas delegações políticas locais para o processo de selecção dos candidatos assim como a estratégia política que deve ser implementada no terreno de modo a fazer face a essas eleições em pé de igualdade com outros partidos políticos.

Quem serão os candidatos do MDM?

Não esta na agenda deste momento a selecção de nenhum nome tanto mais que esse processo de renúncia ‘e recente. ‘e preciso dar tempo para que as estruturas locais trabalhem, consolidem e com confiança apresentem candidatos que possam dar esperança aos munícipes residentes dessas autarquias.

Essa caída dos presidentes municipais fortalece ou enfraquece o MDM?

Não fortalece ou enfraquece o MDM mas sim enfraquece a democracia moçambicana, a participação dos munícipes em processos eleitorais, os munícipes tiveram a oportunidade de ir as eleições de 2008, fizeram a sua votação e notamos que em Moçambique no processo eleitoral de 2008 houve abstenções, deve ser esforço de toda a sociedade civil, dos políticos dos moçambicanos no sentido de elevar e reduzir esse índice de abstenções. Esse processo de renúncias desencoraja os munícipes a votarem.

Deve imaginar que qualquer munícipe residente nessas autarquias deve fazer as contas. Afinal de os candidatos são candidatos, independentemente de quem os escolhe ou os indica mas o importante é que o cidadão quando vai votar vota no outro cidadão que é munícipe residente nessa autarquia. Portanto se é um candidato de um determinado partido ou com apoio de uma associação e/ou de um grupo de pessoas, este candidato pode receber votos dos seus apoiantes ou de uma outra formação politica. Portanto quem vota neste cidadão não é simplesmente o partido em causa.

Quando um partido determina que este candidato deve parar, cessar as suas funções, isto mostra que é um partido anti-democrático, um partido que não tem respeito pelo erário público e como deve imaginar, muito dinheiro dos nossos impostos foi gasto para assegurar as eleições municipais e hoje temos que voltar a gastar outros rios de dinheiro que muito bem poderiam servir para as nossas escolas que hoje não tem carteiras.

A função pública continua com salários baixos que não da alimentar uma família, os nossos professores formados estão em casa porque não há salários dinheiro para os pagar, os médicos abandonam os seus postos de trabalho vão as organizações internacionais porque afinal de contas as remunerações não são compatíveis com o esforço que eles fazem. Com este dinheiro podiam muito bem ajudar a construir a nação moçambicana de que muito precisa.

MDM esta muito interessado em vencer as eleições intercalares. Que estratégias?
Nós criamos o MDM para participar em processos democráticos, portanto estas eleições autarcas fazem parte do processo democrático dai que vamos continuar a honrar a cumprir com a nossa missão, colaborar e participar nos processos democráticos de Moçambique logicamente através de eleições e esta é uma grande oportunidade que temos de mostrar ao mundo que afinal de contas estamos presentes, existimos.

A nossa estratégia é uma questão interna. Aqui, o importante é que já comunicamos aos munícipes locais para que contem com o Movimento Democrático de Moçambique e, de facto queremos que de mãos dadas com os munícipes ajudar a ultrapassar esses problemas que infelizmente os que estão a renunciar não conseguiram fazer durante o inicio deste mandato e também estamos com esperança de que como todos nós sabemos que as assembleias locais neste caso são o partido Frelimo é dominante.

Portanto hoje o partido Frelimo tem que estar preparado no caso de outras formações políticas vencerem essas eleições, preparar se para a coabitação, aceitar o processo dos projectos a serem submetidos por novos autarcas porque afinal de contas assim todo o Pais pode desenvolver.

Estamos com receio de que quando faltar um ano, usando a sua máquina governativa o partido pode entender criar condições e dizer que não há ambiente de governabilidade e avançar com uma comissão ha-Doc ou uma comissão de gestão ate ao final das eleições ou do mandato. De facto queremos que se implementem os resultados que possam acontecer e que todos nós possamos reconhecer e que esses resultados sejam justos e transparentes.

Olhando para as autarquias onde os edis renunciaram acha que a população ou o eleitorado devia tomar outro tipo de posição?

O conselho e a mobilização que o MDM hoje faz, é que os autarcas residentes, os munícipes, todos nós, em geral, devemos ir as urnas em massa, afluir para dizer não a arrogância, não o processo antidemocrático, tanto mais que hoje essas autarquias abandonadas precisam de uma liderança, os munícipes deverão seguir as urnas exactamente para escolher uma nova liderança porque afinal de contas a liderança anterior acabou abandonando o cargo.

Óptica do MDM quais são os maiores problemas de Quelimane?

Para quem anda de carro ou bicicleta vê o que esta a acontecer com as nossas estradas quando chove, nosso sistema de saneamento não funciona, deficiência na recolha de resíduos sólidos, os mercados funcionam mal, poeira, o nosso matador municipal não funciona, há uma serie de coisas que em função da disponibilidade financeira e a capacidade de recolha de receitas desta autarquia deviam melhorar, pensamos que o candidato do MDM terá esta responsabilidade de trazer aos munícipes de Quelimane e dos outros a confiança de que ‘e possível mudar, ir a um futuro para as próximas gerações.

Debilidade no seio do MDM e a que ventos do norte se refere?

O MDM tem uma agenda política clara, trazer aos moçambicanos a necessidade do conhecimento e oportunidade de viver, um Moçambique para todos, que nos sintamos iguais perante a lei, a constituição da república, o processo de descriminação e de negação de uns moçambicanos por pensarem diferente e que não possam existir. Nós pensamos que este vento que se vai soprar quer em Quelimane, Cuamba, Pemba trarão uma oportunidade de liberdade aos munícipes locais, de que quem pensa diferente pode continuar a viver naquela autarquia sem perseguição nenhuma.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Legname dalla Zambesia


A cosa servono le violazioni della normativa
Testo e foto: Estacios Valoi
Treaduzione: Pietro Guglielmetti
http://valoie.blogspot.com/ (l’articolo è pubblicato in portoghese sul blog dell’autore)
Una ricerca documentata con le prove della concessione di licenze "pirata" in collusione con le autorità.
Negli ultimi anni, sono stati segnalati frequenti casi di saccheggio che è hanno interessato le foreste di tutto il paese ed i rischi ambientali che ne sono derivati, e che ne deriveranno se non verranno prese misure per frenare questa situazione.
Il giornale di Zambezia (DZ) per diversi mesi ha indagato sulla questione e ha verificato che "non c'è fumo senza fuoco". Durante l’indagine sono venuti alla luce i documenti che dimostrano l'anarchia che si è impadronita del settore forestale, a causa dell'apatia del governo.
La storia
La Green Timber è una società di capitale maggioritario cinese. In Mozambico i principali operatori nel settore del legno sono tutti cinesi. Da diversi anni questa società trasporta ingenti quantità di legname pregiato dalle zone interne della Zambesia fino al porto di Nacala. La società, che opera nel paese dal 1991 con sette concessioni di dimensioni variabili da 40 mila a 100 mila ettari, in passato ha cercato di disboscare anche all’interno della riserva di Gile, dove, con le sue 60 motoseghe e con i suoi caterpillar ha abbattuto diversi ettari di foresta vergine… in questo caso qualche notizia è stata addirittura riportata dai media.
Il processo di acquisizione delle concessioni
La società è attualmente il più grande concessionario presente nel paese, con sette concessioni forestali di dimensioni variabili da 40 mila a 95 mila ettari. Avrebbero addirittura potuto acquisire 100 mila ettari ma la legge non lo consente. Le concessioni si trovano nei distretti di Gile, Pebane, Maganja da Costa, Alto Molócue dove alcune aree sono state acquisite ma non sono ancora state sfruttate. Sono state già avviate delle consultazioni comunitarie preliminari in provincia di Niassa, Tete e Manica (ndr: per sondare l’acquisizione di nuovi terreni).
La Zambesia per la prima volta si è aperta alle concessioni forestali con società come Oceanique, Katpark, Holding.Lda, con a capo il proprietario Tsou Ken; attualmente invece le concessioni vengono aperte con Green Timber.Ltd. per conto di sua moglie Tina Tsou di origine taiwanese e di nazionalità sudafricana. Oltre a queste concessioni (più estese) vi sono quelle a “titolo semplice” (ndr: licenze nominative di dimensioni ridotte) che vengono acquisite dalle società utilizzando dei prestanome. Questo accade non solo nella provincia di Zambezia, ma anche nella zona di Nampula (ndr: mozambico nord orientale).
Regolamenti *(In allegato un file che descrive la procedura di richiesta)
Una domanda per la concessione di foresta da sfuttare può essere fatta da un cittadino di un qualunque paese in qualsiasi momento dell'anno, si chiede formalmente il controllo delle operazioni di taglio di una zona di foresta individuato dal richiedente per un periodo di 50 anni.
I moduli per richiedere la concessione sono simili a quelli utilizzati per la concessione a titolo semplice (tra cui mappe, la descrizione del piano di gestione, le consultazioni preliminari fatte con la comunità locale), ma richiedono un numero maggiore di dettagli.
Inoltre, poiché l'obiettivo della concessione è di sostenere l'industria e il commercio, deve essere presentato un piano per lo sviluppo industriale connesso. I requisiti iniziali possono essere presentate in qualsiasi periodo dell'anno. Una concessione di meno di 20.000 ettari può essere approvata a livello provinciale, mentre per le concessioni di dimensioni maggiori l’approvazione passa nelle mani del Ministero, e per una concessione di di 100.000 ettari bisogna passare dal Consiglio dei ministri. Dopo l'approvazione, l'operatore è tenuto a presentare al Servizio Provinciale delle Foreste e della Fauna della Zambezia (SPFFBZ) un piano di gestione entro 180 giorni, scaduti i quali, perderà la concessione.
In questo caso la licenza semplice è stata richiesta al di fuori del normale tempo di acquisto (di solito viene inoltrata a SFFB da gennaio a febbraio) l'autorizzazione della concessione a favore della Green Timber è stata fatta dal governatore di Zambezia, Itai Meque, e dal direttore di questo servizio (SFFB) Vala Rafik violando completamente tutti i parametri richiesti. Considerando che il governatore è l'ultima persona con il potere di fermare questa concessione, vedremo come si svipupperà la situazione.
Fatti Provati
Mustafa Essumela (ndr. avendo Green Timber avuto diversi problemi legati alle licenze di taglio, ha usato un prestanome a cui ha intestato alcune licenze) è il titolare di una licenza semplice, rilasciata originariamente a Green Timber per abbattere gli alberi su una superficie di 5000 ettari nella località di Mamala, situata a Mahatxe-Npuria nel distretto di Gile, questa richiesta è stata presentata al Ministero dell'Agricoltura nel mese di maggio 2010 e ha avuto il relativo permesso in giugno dal governatore Meque Itai, la licenza numero 89/01/MAD/SPFFB/2010 che, grazie all’efficienza della Corte è stata approvata il 28 giugno 2010 con l’attribuzione di una quota di taglio di 200 metri cubi.
Il piano di gestione usato per questa licenza è lo stesso usato per il rilascio delle licenze della maggior parte delle concessioni Green Timber dello scorso anno, hanno semplicemente fatto un 'copia-incolla' dei dati compilati dal gestore consulente e titolare dell’impresa, poi sono stati inviati a (SFFB). Un altro esempio è il caso della concessione di Morria nel distretto di Gile, in presenza del nostro team investigativo infiltrato, il piano di gestione è stato discusso su un primo accordo di 645 mila ettari ma dopo una telefonata la dimensione è stata portata a circa 950 mila ettari.
“Il Servizio Provinciale delle Foreste e Fauna Selvatica di Zambezia, SPFFBZ deve fornire la valutazione tecnica dei piani di gestione, i permessi di emissione e le autorizzazioni per l’abbattimento, quindi di far rispettare la legge vigente in materia; deve poi controllare le operazioni forestali, la circolazione dei prodotti forestali, persino l’ingresso nei porti e l’esportazione del legname. La foresta dovrebbe essere un reddito per lo stato e per la popolazione. Le autorità non possono aiutare gli operatori e i commercianti di legname a sfuggire ai regolamenti accettando dei piani di gestione illegali per trarre un profitto personale.”
Gli inventari dell’esplorazione forestale dell'azienda (secondo il file a cui il nostro gruppo di investigazione ha avuto accesso durante il periodo trascorso in tale società) sono per lo più viziati da consulenti assunti tal fine, i dati vengono manipolati dai consulenti sulla base delle richieste degli imprenditori come nel caso del consulente Yolanda Sara.
Qualcosa che è stata confermata anche dai funzionari dei servizi forestali SPFFBZ che avevano dato la loro approvazione dopo le telefonate del direttore del settore agricolo Rafik Vala, queste persone hanno riferito di aver subito pressioni da parte di Carla Jacinto (amministatore delegato di Green Timber) e di Tina Tsou, che, dopo qualche opposizione da parte di alcuni funzionari del dipartimento, si è recata immediatamente con un volo aereo in Zambezia incontrandosi proprio con il direttore Vala Rafik. Dopo l’incontro (ndr: stranamente) il problema è stato risolto in un batter d’occhio in favore della Green Timber sotto gli occhi dei funzionari i quali non potevano fare altro che raccogliere i “bonus” dal momento che nulla altro potevano fare se non continuanre il processo di approvazione per l'abbattimento degli alberi.
Siamo stati informati che la Green Timber, in passato è già riuscita a portare legname al porto di Pebane direttamente su una nave che era ormeggiata lì “è stata l'unica azienda a riuscire in una tale impresa”.
Secondo la legge forestale, le aziende possono fare il taglio solo se il piano di gestione è regolare e aggiornato con altra documentazione (vedi schema ALL. 1). Delle sette concessioni ne è forse stato regolarizzato in pieno solo uno. Ma i tagli sono stati fatti nella maggior parte di esse.
Una delle concessioni di Nahetxte contiene anche dati manomessi dal consulente Sara Yolanda che durante il mese di settembre dell’anno scorso (la nostra equipe di investigazione) ha inocntrato nella sede dell’impresa a Maputo nel quartiere di Sommerchielde, n. 112 Rua Fernao Lopes, in più di una giornata di “lavoro” nulla è sfuggito alla regola, addirittura sono stati emessi piani di gestione con dimensioni fittizie.
Ci sono stati anche diversi incontri fra gli amministratori della Green Timber Carla Jacinto, Tina Tsou e i governatori di Zambezia, Carvalho Muaria e Itai Meque in pieno processo di acquisizione della licenza. Questi incontri testimoniano lo scambio di influenze delle diverse procedure legislative, tra cui la licenza di Mustafa Essumela che in realtà appartiene a Green Timber.
Richiesta di amministratori e leader di comunità
"Le comunità sono coinvolte nel settore forestale sia formalmente che informalmente. Formalmente in quanto forniscono la manodopera per gli operatori di concessioni semplici, i posti di lavoro tuttavia sono pochi rispetto al numero dei membri delle comunità, sono lavori stagionali e spesso pagati al di sotto del salario minimo. Quasi nulla quindi arriva nelle tasche della comunità.
La legge richiede che le comunità vengano consultate nel processo di autorizzazione di entrambi i tipi di concessioni forestali, e quindi dovrebbero beneficiare della loro attività, tuttavia le consultazioni sono spesso superficiali e mirano a coinvolgere marginalmente i leader delle comunità. Gli impegni che in tali consultazioni vengono assunti dagli operatori spesso sono la riparazione di una strada o di un ponte, la riabilitazione di scuole e la costruzione di pozzi, ma raramente vengono poi portati a termine".
Nel mese di agosto il proprietario della società Danubio, ha versato un’ingente somma di denaro sul conto dell’amministratrice di Gile Teresa Mawa, in quel distretto, infatti, c’era un conflitto sul controllo della terra da parte dei due operatori titolari di licenze semplici. Ussene Momade sosteneva che Green Timber avesse disboscato sulle sue terre per più di una settimana.
Furono dati 500 mila meticais (12 mila euro) a Ussene Momade per abbandonare l'area.
I capi dell’operazione sono stati incoragiati a donare le tre moto 'Made in China' ad alcuni membri della comunità. Anche Momade Ussene ha fornito alcune moto, ma non poteva competere con l’impero cinese della Green Timber.
In Pebane l’ex amministratore Antonio Santos avrà anche lui avuto la sua "commissione".
Notte e giorno diversi camion sono stati ammessi al porto di Quelimane caricando legna di contrbbando coperti dalle guide inviate dall’SFFB. Il porto di Quelimane può essere utilizzato solo per il trasporto di legname dalla concessione di Pebane-Nabure in cui l’impresa aveva l’autorizzazione ad abbattere alberi. I camion dovevano essere pieni di legna proveniente da quella zona, quando in realtà il legname proveniva da operazioni di frodo in altre zone come Milange e altre aree molto distanti dal distretto di Pebane. Si parla di 35 mila tronchi di Pau Ferro (ndr: http://en.wikipedia.org/wiki/Pau_ferro). Questi movimenti illegali di legname causano gli eccessi e le irregolarità che sono stati evidenziate e riportate nell’archivio elettronico della SFFB di Quelimane.
In aggiunta ai permessi di transito forniti dal Dipartimento delle Foreste, la società ne ha acquistati altri illegalmente da alcuni operatori forestali. Ciò ha portato all’arresto di uno dei dipendenti della società che è stato trattenuto presso la stazione di polizia di Mocuba, accusato di aver deviato sette permessi di transito per riuscire venderli ai suoi amici (ndr: prestanome) nella zona al quale era interessato.
Da parte sua la Green Timber al quale è stato assegnato dalla (SFFB) un permesso di transito per il trasporto di legname, ha utilizzato lo stesso permesso per effettuare 6 carichi fra Mocuba-Zambezia e il porto di Nacala a Nampula grazie alla connivenza delle autorità fiscali e doganali che al posto di blocco sul fiume Ligonha hanno ricevuto circa 5.000 Meticais per ogni camion con circa 160 registri passati ad un'altra provincia.
Schiavitù
La maggior parte dei lavoratori mozambicani della Green Timber non hanno mai avuto un contratto di lavoro, anche hanno lavorato per la società per più di due anni. Vengono arbitrariamente licenziati, alcuni senza nenache ricevere il loro stipendio. I lavoratori sono sottoposti ad elevate ore di lavoro e atti di razzismo. Alcuni sono aggrediti in modo violento senza poter denunciare l’accaduto in quanto i cinesi possono pagare la polizia per insabbiare le denuncie dei lavoratori.
Ci sono stati numerosi casi di stupro commessi da cittadini cinesi della società e alcuni sono finiti persino in tribunale a Nampula. Una settimana dopo i criminali sono stati liberati non esattamente con il pagamento di cauzione, ma sottobanco, corrompendo le autorità. Nel mese di agosto c’è stato un altro caso simile e il manager della compagnia ha negoziato con l'avvocato e il giudice: l’accusato è stato rilasciato.
Lavoratori cinesi illegali
La maggior parte dei cinesi entrano in Mozambico con il permesso di soggiorno rinnovabile per un periodo di tre mesi, dopo di che devono lasciare il paese. Durante questo periodo rimangono nel paese e lavorano illegalmente, la persona che controlla il movimento dei cinesi fra le frontiere è la signora Carla Jacinto a Maputo nella sede di Sommerchilde da cui vengono portati o inviati i passaporti al confine con lo Swaziland, dove con il favore di alcuni elementi del servizio immigrazione corrotti vengono consegnati i visti per restare in Mozambico dietro il pagamento di circa 4000 mt.
Il documento di identificazione 'Dire' che alcuni cittadini di origine asiatica ostentano viene acquistato illegalmente dall'azienda pagando circa 50 mila Meticais, secondo quanto appreso dalle intercettazioni delle conversazioni dell'amministratore della società.
Secondo la legge, un cittadino normale straniero per avere un 'Dire' deve dimostrare di risiedere in Mozambico per più di cinque anni, al contrario quando si tratta di questi asiatici alcuni elementi della polizia vedono la possibilità di un secondo stipendio in quanto permetteranno al clandestino di circolare illegalmente e risiedere nel paese solo dietro pagamento di una tangente mensile.
La paura dei cinesi di circolare nella provincia di Nampula, base della società Green Timber è tale che preferiscono restare nascosti o circolare solo vicino al cantiere nel quartiere Muhahivire. I cinesi sono terrorizzati anche quando devono lasciare i loro alloggi perché sanno che i poliziotti sono in attesa di arrestarli.