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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Renuncia não anunciada



Quelimane não esta a descoberto, diz Matos
Estacios Valoi
23/08/11
Fontes da assembleia municipal que na manha de terça-feira confirmou a existência da carta submetida a aquele órgão pelo presidente do Município de Quelimane Pio Matos no sábado um último, solicitando a sua renúncia do cargo que ocupa, os mesmos afirmaram não poder divulgar ate a realização da assembleia extraordinária onde a votação será feita pelos membros da assembleia no sentido de aceitarem ou não a renúncia de Matos. Contudo não foi avançada a data para a realização desta, tendo apenas nos sido informado que na tarde de hoje, a assembleia poderá se pronunciar.
Alegado Relatório
“ No município houve um desvio de 18 milhões de meticais. O receio neste momento é da manipulação na sessão extraordinária da assembleia municipal que ainda não foi marcada. Pio Matos comprou quatro carros dos quais só dois constam no relatório. Um carro esta com o presidente da assembleia, outro entregou ao secretário do comité da cidade, outro a segunda chefe da bancada da assembleia e o ultimo a Senhora Paula vereadora da contabilidade”
Relativamente ao mencionado relatório sobre a ma gestão e desvio de fundos no município que Matos dirige, relatório este que não nos foi facultado, o Edil de Quelimane, minimiza sobre o seu conteúdo assim como preferi divagar sobre a sua renuncia anunciada.
Com as indemnizações as serem pagas no valor de entre 10.000 e 140.000 meticais, montante considerado de irrisório pelos habitantes para que se possam retirar das zonas onde se prevê a construção das vias de drenagem para os Bairros de Murropwe e Vagalane Matos diz que o processo esta a ser concretizado.
“Deixe falar que fala bem. Eu vou continuar de facto a dirigir o município de Quelimane, este ‘e o meu compromisso, minha missão e neste momento sou o presidente de Quelimane. Deixe falar quem racha lenha. Quelimane não esta a descoberto.
Eu nem acredito que isso fosse verdade. As pessoas de uma gota fazem e facto um rio, um lago. Provavelmente nem houve fumo. E se não houve fumo como é que pode haver fogo. Acho que não há nada de mais para o município de Quelimane, é um município que caminha no rumo correcto quanto a aquilo que foram as suas promessas.
Não há ma gestão, os projectos estão a avançar, não há ma gestão. A Agua é com o Fundo de Abastecimento de Agua (FIPAG), a drenagem é um projecto central e acreditamos que as questões centrais entre elas encontram sempre sustentabilidade”.
“Acredito que cidade de Quelimane é como nós podemos observar, esta em franco desenvolvimento, a progredir e avança a passos largos, isso não se esconde, vê se no rosto os munícipes. É sinónimo de que já não estamos acabrunhados e prontos para a luta.
O projecto da drenagem esta a avançar e acredito que brevemente vamos abrir o concurso, encontrar o empreiteiro para construir o nosso sistema e Quelimane vai ficar com mais água. Os projectos vão continuar, o manifesto vai ser cumprido, as promessas que o partido Frelimo fez a população de Quelimane vão ser cumpridas e acredito que nós vamos chegar no final do mandato com tudo realizado”.
Relativamente as causas da incógnita renúncia não anunciada do presidente do município do cargo que preside, a pressão existente por parte de alguns membros do partido Frelimo, Pio dizem que as relações entre os governadores que por esta província passaram foram boas e que estão fora de cogitação.
“Eu relaciono me muito bem com Itai Meque e sempre relacionei me muito bem com todos os governadores. Que se realce isto, com todos os governadores que passaram pela Zambézia, inclusive muita gente pensa que tive muitas contradições com Carvalho Muária, não. Não tive nenhuma contradição com Carvalho Muária, pelo contrario nós éramos bons parceiros apenas tivemos um se não, mas não com ele, sim com o sistema por parte de alguns funcionários que dirigiam mal o processo.
Nos meus mandatos nada falhou, esta tudo a caminhar normalmente e com tranquilidade. Não saio, estou a trabalhar, quando tiver que sair todos vão saber. Tenho Quelimane no coração.
No lançamento da primeira pedra para a construção do Shoprite em Quelimane, projecto financiado pelo Advente Moçambique em parceria com o Shoprite no valor de 1.5 milhões de dólares a ser construído ate Agosto próximo, Matos diz que as suas realizações vão estão sendo materializadas.
“Como sempre as nossas realizações cada vez mais cumprem com o manifesto, materializamos aquilo que foi a nossa promessa junto do munícipe.
Não era fácil porque diziam que era problema dos transportes, trazer os produtos pelo barco. Tendo em conta o nosso porto, diziam que Quelimane não tinha condições para ter um shoprite, um empreendimento que vai melhorar a vida da população, trazer uma nova relação económica e comercial para cidade.
Vai promover a agricultura para que possamos ter o bom repolho, tomate a boa couve ervilha e a boa alface produzido aqui em Quelimane. Uma grande oportunidade não só de emprego mas de parcerias da população com a Shopwrite, uma oportunidade para que o cidadão de Quelimane possa ter os produtos da primeira necessidade cada vez mais baratos, competitivos.
Este empreendimento vai ter a duração de um ano e esperamos que no próximo mês de Agosto possamos vir cá, inaugurar a nossa Shoprite. Hoje é um dia importantes porque vão iniciar as obras.
Parceiro e sócio da Shoprite Mariano Cassamo
Na verdade é um subcontratado Advente Moçambique que em parceira o Shoprite é que financia e constrói o projecto. Já concluímos, em Xai - Xai, Macia, estão a gora a concluir no Dondo e brevemente estaremos aqui e prosseguir para a zona Norte.
Penso que acabamos de dar um sinal inequívoco no nosso cometimento com este projecto que vai arrancar em breve num investimento na ordem de 1.5 milhões de dólares que vai estimular a economia local, estabilizar os preços e numa primeira fase gerar 50 postos de trabalho na segunda fase serão acopladas lojas.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

“Uma pesca responsável contribuindo para a segurança alimentar”



“Uma pesca responsável contribuindo para a segurança alimentar”
Texto e fotos: Estacios Valoi
24/08/11
Recentemente a província da Zambézia acolheu as cerimonias centrais da celebracao dos 31 anos da Comunidade de desenvolvimento da África austral (SADC) em Moçambique.
No evento que se celebrou no dia 17 de Agosto sob o lema ‘ Por uma pesca responsável” estiveram presentes os ministros das pescas da Namíbia, Tanzânia, Zâmbia, Malawi e de Moçambique na maior província produtora de pescado a nível nacional com 40.140 mil toneladas ano.
De entre os 15 países da SDAC, os que presenciaram a efeméride, fazem parte dos principais que cooperam com Moçambique na área pesqueira onde a nível da SADC dos 2.4 milhões de toneladas anuais, Moçambique destaca-se na 6 posição com cerca de 165 mil toneladas ano.
Segundo o ministro das pescas Victor Borges as comemorações deste ano que tiveram como epicentro a Província da Zambézia que se centraram numa das áreas da cooperação regional conjunta por esta ser uma província costeira onde a pesca é significativa.
“Os produtos da pesca não só em Moçambique mas na SADC são os que mais contribuem para a disponibilização da proteína animal. Ao nível da SADC produz se 2.4 milhões de toneladas de produtos pesqueiros e Moçambique contribuiu de 2008, 2010 entre 130 e 165 mil toneladas ate ao presente ano e projectamos produzir 200 mil toneladas em 2012”.
“Segundo recomendações da Organização Mundial da Saúde e da FAO na SADC deveríamos disponibilizar por pessoa de 18 a 20 quilos de pescado por ano. Em Moçambique e na SADC estamos a providenciar entre 8 a 10 quilos e em 2008 produziu 2.4 milhões de toneladas para um universo de 250 milhões de habitantes e de acordo com a população que temos em toda a região precisaríamos de 5 milhões de toneladas por ano”
Não só ao nível de captura mas promovendo a aquacultura, as estatística mundiais indicam que há um declínio cada vez maior dos stocks possíveis de proporcionar capturas e a grande aposta na região e em todo o mundo é avançarmos no progresso na cultura do peixe e do camarão. Em Moçambique só na aquacultura e segundo uma avaliação provisória podemos produzir por ano 1.3 milhões de toneladas.
Em termos benéficos provenientes da exportação do pescado para os pais, numa Zambézia que pouco se vislumbra no terreno comparativamente com o volume de pescado que sai das águas internas e oceânicas, Borges apelou pela monitorização para os pescadores artesanais que produzem mais de 85% do pescado em todo o Pais.
“Em Moçambique temos que melhor as condições de trabalho dos pescadores artesanais de onde advêm mais de 85% do pescado e os restantes 15% da pesca comercial. O senso da pesca artesanal de 2007 indicava que tínhamos 40 mil embarcações a operar em Moçambique e dessas apenas 1000 a 1500 são embarcações melhoradas e algumas das quais motorizadas, as restantes são basicamente canoas que no mar não tem condições para ir alem das 1500 milhas e no caso dos lagos de ir para o alto do lago onde há recursos disponíveis para pescar”.
Iniciamos um programa de motorização de embarcações para a pesca artesanal e em Setembro deste ano vamos lançar em Sofala um grande projecto com o mesmo propósito e de melhoramento das condições de trabalho com um valor global de 43 milhões de dólares por sete anos assim como descongestionar a costa que esta muito sob carregada pela pesca artesanal que em algumas zonas pesca para alem do stock de potencial disponível.”
Também renovar a frota semi-industrial que ‘e obsoleta, a s70 embarcações que operam no mar e as 250 embarcações que operam ao largo de Cahora Bassa, reconverter a frota industrial de modo que ela não se concentre só na captura de camarão mas também noutras espécies de um potencial de 330 mil toneladas que o Pais dispõe que neste momento não estão a ser devidamente exploradas. Estamos a explorar perto da metade e apostar na aquacultura.
Um dos maiores problemas que se verificam pelos distritos, a título de exemplo da Zambézia por onde a nossa reportagem passou, tem a ver com a questão da conservação do pescado.
“Nos 43 milhões de dólares é uma abordagem de toda a cadeia de produção de pescado, vamos cuidar de centros de desembarque, desembargadores, mercados de primeira venda onde os pescadores vão encontrar facilidades de gelo, de conservação através da extensão de linhas de energia eléctrica, painéis solares, vias de acesso ate aos maiores centros de pesca, acesso aos mercados. Porque não ‘e possível em 2600 quilómetros da costa abarcar cada um dos lugares onde a pesca ocorre.
Temos mais de 1200 centros de pesca ao longo da costa e concentramos este projecto naquilo que chamamos 26 pólos de desenvolvimento um dos quais ‘e Quelimane, ao longo da costa em grandes lagos, nas bacias hidrográficas e em alguns rios onde tivermos grandes centros. Ao longo do Pais já construímos 27 centros de pescado de primeira venda um dos quais na praia de Zalala com capacidade de fornecer gelo armazenamento mas ainda ‘e preciso cuidar do fornecimento de água e energia eléctrica e por isso não inauguramos”.
Capturas a nível internacional nacional indicam que 75% do peixe disponível provavelmente esteja em máxima ou sob exploração.
“Há 25% de áreas onde ainda não há sobre pesca e nem se atingiu o limite, não sei onde se situa, mas presumo que seja no nosso Pais. Não temos sobre pesca em todo o nosso potencial. Há em todo o mundo e ninguém sabe dizer onde e para contrapor vamos apostar na aquacultura, a SADC tem uma estratégia comum de aquacultura.
Fiscalização da costa
Três plataformas de fiscalização da costa Meios electrónicos baseados em controlo via satélites VMS de monitoria de embarcações que neste momento esta baseado em Maputo que pode monitorar toda a costa desde Cabo delgado ate Maputo, não só nas três milhas mas em toda a zona económica exclusiva, em tempo real verificar todas as embarcações licenciadas se estão a obedecer todas as normas.
Desde 2007 tínhamos um barco de patrulha que operava ao longo da costa e agora vamos ter mais uma de 30 metros mas não pode ir a zona económica exclusiva. Vamos ter uma embarcação de 53 metros que apanhamos a fazer pesca ilegal nas nossas áreas e reverteu a favor do estado que estamos a concluir a sua transformação e reversão em Durbam na África do Sul e estará no nosso Pais no final do ano.
AS comunidades pesqueiras são chamadas a participar na fiscalização através dos concelhos comunitários de pesca, comités de gestão que envolvem as comunidades, as autoridades locais e o licenciamento dos barcos artesanais cabe aos governos distritais, provincial e as comunidades.
Em líquidos
“Actualmente o sector pesqueiro representa 2% do PIB e entre 3% a 4% as exportações, já contribuiu com muito mais. Em termos líquidos 165 mil toneladas de pescado que representa cerca de 300 milhões de dólares e segundo o plano directório a nossa meta ‘e atingir 500 milhões de dólares de produção em 2019.
A Namíbia já produz neste momento 1000 milhões de dólares mais ou menos o dobro do que estamos a produzir. A Namíbia, Angola e um pouco da África do Sul beneficiam da corrente de Benguela que produz um volume maior de nutrientes mas pouca variedade. Moçambique tem o tal regime de nutrientes mas fraco mas tem uma variedade de peixe muito grande, muita qualidade e vamos tentar contrariar isso através da aquacultura.
Parcerias a nível da SADC
Temos vários memorandos, acordos com cinco países da SADC, o ultimo acordo que assinamos, foi em Setembro com a Namíbia, ‘e o Pais com o qual temos vindo a progredir mais naquilo que são os acordos, memorandos de entendimento com os cinco dos 15 Países da SADC e por isso ‘e que para esta visita a Zambézia, o ministro das pescas e recursos marinhos da Namíbia foi o convidado especial.
Os acordos que temos com a Namíbia ate agora, permite nos formar empresas mistas que capturam carapau na Namíbia. Deveríamos ter empresas mistas para capturar camarão das aguas de profundidade em Moçambique, mas há um estudo que ainda esta a decorrer cujo os custos são altos e, discutir que espécies adicionais para alem do camarão Moçambique poderá oferecer a Namíbia vice e versa para alem do carapau.
Nas águas internas neste momento já estamos a produzir cerca de 40 mil toneladas de pescado, estamos preocupados em criar infra-estruturas idênticas a aquelas que ao longo do tempo, fomos criando ao longo da costa. Este ano começamos com a construção de um centro de primeira venda no lago Niassa, a mesma no distrito de Cahora Bassa-Cazewe e em Massingire.
Ministro das pescas da Namíbia Horn Bernhard Esau
“De forma a aumentar o nível de produção de pescado na Namíbia o peixe que estamos a pescar é altamente valioso, atingido uma subida na exportação a nível da União Europeia, também temos pescado de baixo custo que ‘e o carapau que pescamos em altas quantidades, estas espécies especificas tem como objectivo garantir a segurança alimentar no continente africano.
Para esta fase foi programado a pesca de quantidade de 180 mil toneladas a qual ‘e determinada pelo stocks existentes nas aguas. Actualmente exportamos 30 mil toneladas de carapau para Moçambique e para manter o nível mercantil também estamos a pensar em importar o camarão e outras espécies que não temos nas nossas águas de Moçambique”.
“As nossas equipes técnicas estão de facto negociar em Maputo no estreitamento das nossas cooperação em termos de pescas. Estamos no caminho certo especialmente porque Moçambique escolheu este dia para debater sobre questões pesqueiras de forma a velar pela questão da segurança alimentar, em outras áreas da comunidade na Namíbia estão a envidar esforços na área da aquacultura de forma a fortalecer a questão da necessidade a segurança alimentar.
Os desafios que temos é dar mais valor ao pescado que produzimos na região que pescamos, não queremos exportar peixe não processado, tem que ser feito nos nossos respectivos países de forma a criar emprego para o nosso povo, gerar benéficos para os nossos países e contribuir significativamente para o nosso PIB, queremos ver biliões de dólares provenientes da pesca”






quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Hidroafrica pela quinta vez não faz a entrega do regadio de Tewe



Texto e fotos: Estacios Valoi
09/08/11
Hidrioafrica empresa do grupo Visabeira depois de ter prometido fazer a entrega do regadio de Tewe no distrito de Mopeia na província da Zambézia no último domingo, desta vez preferiu abandonar a obra financiada pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD)
O pacote num montante de 3,187 milhões de dólares na sua totalidade entregue a aquela empresa maioritariamente portuguesa para que concluísse a obra em 2009 um ano depois do seu preludio, esta segunda feira de acordo com as fontes locais, a empresa preferiu baldar se deixando a suposta obra entregue as suas aguas.
Nem com as vistas do ministro agricultura José Pacheco e o governador da província, surtiu efeito, e todavia não se sabe para quando o seu termino deixando a associação e camponês e um investimento de mais de 35 milhões de dólares no “ar” ou serão as comissões! Mesmo assim a Hidroafrica vai começar a erguer uma infra-estrutura de irrigação no distrito de Chokwe na província de Gaza avaliado em cerca de 15 milhões de dólares.
Na altura no engenheiro da Hidroafrica em Mopeia Jaime Mucavele disse que a obra seria entregue a populacao em menos de uma semana, isto partindo da última semana do mês de Julho o que não veio a acontecer porque não conseguiram solucionar o problema.
“O que esta a acontecer aqui é o que esta a acontecer em quase todos os pontos onde temos problemas de fuga entre o tubo macho e fêmea das duas manilhas, isto não se pode levantar porque tirando uma implica desactivar toda a linha de tubagem e como solução esta a fazer se um maciço em volta para se vedar a fuga que se recorre a cola PVC e borracha aceitável de ponto de vista técnico”.
“ A borracha que temos no interior, tem como função estancar a agua durante os seu escoamento, então ‘e o trabalho que estamos a fazer em todos os pontos em que temos fugas numa extensão de 100 metros.
No local a nossa reportagem constatou que as fugas a que o engenheiro da Hidroafrica se refere. Estão a ser vedadas borracha (câmara-de-ar) e que o diâmetro das válvulas para a descarga da água nos campos para a produção do arroz com 227 hectares actuais, ao invés de ter o diâmetro de 80 ml tecnicamente aconselhável, tem apenas 20ml, algo que segundo dados técnicos contrasta com o padrão normal e Jaime culpabiliza o consultor.
“Não sei que suporte técnico é esse, não tenho que olhar para o campo que isto tudo é feito dentro dos padrões de engenharia, a consultoria que fez o trabalho sabia qual era a área que ia irrigar e fez os cálculos da quantidade de água e sabia que a cultura que iria se colocar seria a do Arroz e sabia que quantidade de água seria necessária para se colocar no campo para a produção dessa cultura. Nem eu poso dizer se é pequeno, não tem nenhum fundamento técnico para dizer isso.
Se alguma coisa ficar comprometida não vai ser por causa dos trabalhos que estão a ser feitos. Conforme vocês estão a ver estão a decorrer grandes trabalhos e que isto vai levar o seu tempo e ate lá quando os trabalhos estiverem concluídos o regadio estará entregue. A campanha da produção do arroz não estará comprometida, esta semana vamos entregar.
Estes são projectos financiados pelo BAD com orçamento estático e não aceitam dilatação o orçamento. Como empreiteiro diria que a qualidade das obras é boa sim, mas tem a fiscalização que na fase da entrega da obra vai poder responder se gostou ou não da qualidade das obras, não é péssima qualidade. O facto de ter fugas não quer dizer que o trabalho ‘e de baixa qualidade e digo que este é um sistema hidráulico e tem anomalias que podem existir na sua fase de execução “.
Durante mais de uma semana a nossa reportagem tentou falar com a representação administrativa da Hidroafrica Visabeira em Maputo e em Portugal mas surtiu sem efeito, sempre atirando nos mais e mais números de telefones e menos nomes e sem ninguém para falar a nossa reportagem. Que o diga o engenheiro director da Hidroafrica, " aqui, não tenho rede, não estou autorizado a falar, estou em Nampula.
Na manha de terça-feira desta semana a nossa reportagem contactou ao engenheiro Paulo Cordeiro porta-voz do sector da agricultura na província da Zambézia(DPAZ) que disse que no terreno apenas existem dois homens da empresa Hidroafrica e que a solução estava acima do nível provincial.
A hidroafrica não abandonou o sistema de irrigação, esta com dificuldades de fazer a entrega. Ainda há problemas de fuga de água sim, não estão resolvidos. Deram o prazo de uma, duas semanas e ainda não cumpriram. Na última vez o ministro chamou os directores para resolver porque aqui já ultrapassou o nosso nível. Mas não abandonaram a obra estão ali só que atrasados. Tem lá um técnico João Mucavele e o outro.
Apenas dois técnicos para tamanho monstro. Algo para questionar ao timoneiro da Agricultura José Pacheco quando é que a entrega do sistema de irrigação será entregue e já se começa outro em Chockwe na Província de Gaza.

Ministro da defesa reage as afirmações do líder da Renamo Afonso Dhlakama



Texto e fotos: Estacios Valoi
09/08/11
Em mais uma visita de trabalho rotineira o ministro a defesa Filipe Nyesse semana passada escalou a província da Zambézia após um périplo que levou a sua equipe a província de cabo delgado no âmbito do patrulhamento do Pais e enquadramento nos trabalhos que estão sendo levados a cabo a nível dos Países da SADC na província do Niassa em torno da segurança nestes países.
A equipa que acompanhou o ministro, dividida em duas partes que são a politica e a militar interventiva no apoio as logístico e politico as forcas armadas de defesa de Moçambique num roteiro normal mas desta vez pela costa moçambicana, isto depois da Tanzânia nas celebrações do dias dos heróis daquele pais, também esteve no distrito de Mocuba como ponto de desembarque final.
Relativamente aos recentes pronunciamentos do líder da Renamo Afonso Dhlakama durante a sua visita pelo Centro e Norte do Pais, para além de ter dito que vai afastar o partido Frelimo do poder ate o mês de Dezembro próximo também prometeu abrir quartéis, disse que tem armas.
Para Filipe Nyusse as afirmações do líder da ‘ Perdiz’ não passam de distracções e que toda a violência tem linhas de actuação.
“Toda a violência tem linhas de actuação e se continuar nos modos que estão, ainda na primeira linha, a da ordem pública, os nossos colegas do interior tem sabido estar. Se for guerra, é uma ameaça a um estado, a um Pais. Agora porque temos as forcas armadas!? Eles estão preparados para trabalhar. Não interessa se vieram da Renamo ou do governo. Estão preparados para poder defender aquilo que juraram a bandeira.
Não há-de acontecer quartel nenhum, não tem que acontecer. Onde é que se vai fazer quartel neste Pais!? Para aquartelar a quem!? O bocado foi aprovado o estatuto do desmobilizado e estão enquadrados no ministério dos combatentes. Tem preocupações, acções, actividades que tem que acontecer e as pessoas não podem continuar a ser feitas reféns nas bases e depois não tem oportunidade de trabalhar, estudar. Ai ate vou lhe confessar.
Nós como governo, como políticos, as forcas armadas estão sempre a questionar, mas o que esta a acontecer aqui! Aquartelar a quem! Estão preocupados. Mas também não se compreende que universo de população de militares se refere porque. Vamos ver bem. Quando se diz militares”.
Militares da Renamo acantonados
“Houve momentos, talvez posso dizer três grupos diferentes, o primeiro é no âmbito do acordo geral de paz, as forcas do governo e Renamo que vinham da guerrilha foram enquadradas. Há gente que passou a reserva ou a desmobilização que teve enquadramento no âmbito da ONUMOZ e compôs se as forcas armadas numa proporção de 50 por 50 e depois o grupo de jovens que estão a ser integrados que passados dois anos uns optam ou não por ficar.
Os que saem. Não sei se há aí pessoas que dizem que são da Renamo ou da Frelimo. Quando incorporamos nem se quer sabemos. Agora se há alguém que saiba que neste grupo de jovens ainda há pessoas que são da Renamo neste Pais, nós não estamos preocupados com isso e vamos ter dificuldades de controlar. Aplicando o estatuto do militar, as pessoas passam a reforma e porque não estamos em guerra e estatisticamente começamos este processo em Maio de 2010 e, ate Abril tinham passado a reserva 212 pessoas e dessas só seis vieram da integração da Renamo. Há registo. Só são seis, os restantes não o são”.
“ Temos o comando da reserva que foi criado exactamente para acompanhar essas pessoas durante seis anos e quando saem tem um período de seis anos com o mesmo salário. O governo aprovou um pacote de reinserção, não sei se é feliz ou infelizmente. Grande parte daquele grupo de pessoas que me referi de 50 por 50 que integraram as forcas armadas de Moçambique, os da Renamo eram muito jovens, não tinham idade para passar a reserva, por isso eles ainda têm algum tempo de dar a sua contribuição, desta vez para defender Moçambique e não para criar confusões.
Estamos satisfeitos, envolver na formação em missões dentro e fora do Pais, elevar o nível porque são ambiciosos, é o exército que nos agora quero para enfrentar os actuais desafios. As forcas de defesa de Moçambique que vinham do governo grande parte já tinham dado a sua contribuição em diferentes lutas de libertação deste Pais. Então chegou o momento de passarem a reserva e não temos tido problemas com esses”.
Quanto ao referenciado pelo líder da ‘ Perdiz quando diz que os seus homens da Renamo são os mais visados neste processo de reservistas, Filipe Nyusse discorda e enfatiza.
“Não confirmo porque, podem conversar com os meus oficiais que vieram da Renamo, estão connosco. Há pouco estava na Tanzânia, viajei com esses oficias, participaram e fomos celebrar a cerimónia do dia dos heróis da Tanzânia, outros estão na formação em Portugal e China, não há essa questão. Isso é que estou a dizer, que dos 212 são só seis e, essas pessoas têm nomes.
Na orgânica das forcas armadas temos três ramos, só pode ter um general que é o comandante, o chefe do estado-maior não podem ser dois. Agora se a Renamo tinha aparecido com muitos generais, não existe como comandar porque o poder militar é vertical, não pode posicionar se um grupo de pessoas, não é possível ao mesmo tempo ficar no sistema um comando de ramo com dois generais, tem que ser um.
Deixem nos trabalhar para proteger este Pais, há desafios sérios. Estamos a trabalhar desde ontem numa rotina normal a vir da ponta do Farol onde começa o verdadeiro Cabo Delgado a descer, agora trabalhamos em Moma para ver os empreendimentos económicos do Pais. Não nos distariam com coisas que não tem lógica porque o militar verdadeiro este e quer trabalhar”.
Armamento bélico ou não
Não vamos embarcar na onda de comentários, é normal que as pessoas comentem, sabemos que também houve comentários que tinham armamento sofisticado. São comentários que qualquer cidadão faz em momentos de laser, de divertimento. Mas a honestidade de algumas pessoas ate ajuda. Dizer que eu tenho faca, arma e posso matar. Se alguma coisa acontecer neste pais esta claro, identificado. Facilitou o trabalho da inteligência.
O povo não vão admitir que as pessoas tenham aramas e podem fazer mal as pessoas. Se há discussão, problemas de querer o direito disto ou daquilo, acho que sabe muito bem que nestes pais há espaço nos parlamentos. Não metam muito as armas, as forcas armadas porque as forcas armadas têm uma missão específica. Esta soberania tem que ser defendida, é a nossa concentração, disse Nyusse.
Discurso um atraso
“ Os quartéis estão a ser reabilitados para ficarem soldados no activo. Vais se reestruturar o comando de reservistas que tem a suas missões como existe em toda a parte do mundo. Classificamos o aquartelamento de pessoas como um atraso. Se tem dinheiro, quer escolher o universo das pessoas da Renamo, que ajude para outras coisas, estudar mas aquartelar, fechar as pessoas, acho que foi um discurso mal equacionado. Estamos satisfeitos com as forcas armadas que temos. O governo não anda a chancelar opinião e pessoas. Trabalhamos com as leis.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Ministro do Interior contradiz se na Zambezia


Texto e fotos: Estacios Valoi
01/08/11
O Ministro do Interior visitou recentemente realizou uma visita a província da Zambézia para espevitar os membros da sua corporação no seu todo pelo trabalho que tem vindo a desenvolver.
Numa província me que o índice de criminalidade vem se agudizando o ministro do pelouro depois de um atraso de cerca de pares de horas, das 09h00, horário marcado para o encontro geral o qual só veio a ser realizado por volta das 13h00, considera o que o índice de criminalidade tende a baixar.
Nos distritos para onde nós vamos desta vez os essenciais e saudar aos membros do ministério do interior no seu conjunto pelo bom trabalho que tem vindo a fazer e recomenda-los para fazer muito mais para satisfazer as necessidades do nosso público. O informe sobre como é que o trabalho esta a correr e traçamos estratégias de como enfrentar os passos seguintes.
Ainda no mesmo diapasão, contudo sem que o ministro especifica-se as estratégias a serem implementadas pelo seu ministério, alegando serem de fórum interno, disse estar satisfeito com o nível de trabalho em que a sua corporação se encontra nesta província. Nos distritos de Milange Gurue e Namacura qual foi o essencial que transpirou?
. Estou satisfeito com o índice de criminalidade em que nos encontramos. Quanto as especificidades são questões muito internas da nossa instituição e ficamos felizes em constatar que o índice de criminalidade tende a baixar e a operatividade também, de facto esta acima de 80%. A polícia tem conseguido esclarecer os crimes que ocorrem mas precisamos de fazer muito mais para o resultado desejado e que toda a gente se sinta bem.
Nem que fosse um crime não havia de me satisfazer porque o nosso esforço é por os moçambicanos numa situação de segurança, mas quando olhamos para os números que controlamos na polícia ficamos de algum modo satisfeitos ao verificar que há uma tendência de redução do índice, mas ainda não estamos satisfeitos quando compreendemos que há factores que contribuem para o cometimento do crime”.
Comandante da Policia vive no Hotel Flamingo
Fazer bem para que todos se sintam bem foi o que o ministro enfatizou quando questionado sobre o actual comandante da policia na província da Zambézia Lourenço João Catandica que desde que foi empossado a três meses reside num dos quartos do Hotel Flamingo, no primeiro piso cujo ministério do interior paga 2.500 meticais dia, isto para alem de outros serviços que o membro a policia desfruta quanto a própria policia nesta fase de medidas de austeridade tem falta de meios.
“Não sei se o senhor jornalista tem uma casa para me oferecer que agradecia que ele havia de mudar se imediatamente. O facto é que não há casa e confirmo que ele vive numa instância hoteleira e tenho a informação que a casa em que vivia o Antigo Comandante Manuel Filipe Zandamela deve ser desocupada mas esta lá a família do antigo comandante que estava lá que também precisa de uma casa lá para onde ele foi”.
Enquanto isso a esposa do antigo comandante mantém se na mesma casa na cidade de Quelimane e não em Maputo para onde Zandamela foi transferido, e o ministro tenta justificar a incapacidade da sua instituição que dirige.
“Para levar a família ele ainda precisa de criar condições lá onde esta. Tem toda a razoa de se resolver muito rápido, o problema é o que significa mais rápido possível! ‘E de facto criarem se condições em ambos os lados, tanto aqui como lá e termos o problema resolvido. Mas o problema de casa, alojamento, é um problema que toda a gente sabe.
Não ‘e fácil ter casa neste momento e nem pode construir tão já. ‘E um desafio que nós temos e as vezes temos estas contingências. As condições em que a policio trabalham e, penso que outras áreas, mesmo a dos jornalistas são difíceis. O nosso comandante vale muito mais do que isso.
Quanto aos recrudescimento dos casos de linchamentos no pais e a falta de confiança e credibilidade da policia no seio da população, o que muita das vezes azo para que as pessoas recorram a linchamentos, o ministro disse que a sua corporação esta contra estas praticas e melhor relativamente ao ano transacto.
“Realmente estamos contra os linchamentos e se dependesse de nós não se devia linchar a ninguém, não ajuda, nem a policia nem a ninguém. Pessoas a tirar vidas humanas naquelas condições em que muitas vezes crianças assistem e de certeza deixam traumas nessas crianças. Veemente dizer que estamos contra os linchamentos.
Entretanto são assuntos da vida social que não dependem só de uma área, a policia, mas sim de um conjunto de factores que devem ser desenvolvidos de forma que os moçambicanos compreendam que fazer linchamento não é fazer justiça. Estamos a fazer de tudo para que as pessoas se sintam protegidas e que um julgamento legal oportuno seja feito para contribuir, mitigar este problema.
Situação criminal em Moçambique comparativamente ao ano passado ‘e melhor.
Distrito de Mocuba com comandante
Por mais de ano e meio o distrito de Mocuba esteve sem comandante, apenas com um chefe interino, actualmente, sexta-feira ultima foi indigitado Filipe Gumene com novo comandante.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Hidroafrica inviabiliza funcionamento do regadio de Tewa


Hidroafrica inviabiliza funcionamento do regadio de Tewa no distrito de Mopeia
Texto e fotos: Estacios Valoi
03/08/11
Hidrioafrica empresa de capital português baseada na Cidade de Maputo inviabiliza o funcionamento do sistema de irrigação de Tewe no distrito de Mopeia na província da Zambézia.
A empreitada é financiada pelo banco africano de desenvolvimento em parceria com o governo moçambicano num montante de 3,187 milhões de dólares com o inicio da sua construção em 2008 e o prazo de entrega para 2009 mas que ate aqui ainda não concluiu as obras de reabilitação daquela infra-estrutura.
Por duas vezes, o timoneiro da agricultura José Pacheco visitou aquele local e o que se constatou foi que a obra estava aquém do desejado, enquanto isto o governador da Zambézia Itai Meque afirmava no observatório de desenvolvimento da Zambézia que em termos de desenvolvimento a Província estava acima dos 200%!
A hidroafrica que por mais de três vezes a esta fase, todavia não concluiu as obras de reabilitação do regadio de Tewe, contudo é sabido que brevemente e após ter ganho outro concurso, vai começar com a construção de um outro sistema de irrigação no distrito de Chokwe na província de Gaza avaliado em cerca de 15 milhões de dólares.
Segundo o engenheiro da Hidroafrica falando a nossa reportagem no Distrito de Mopeia, disse haver fuga de água em vários pontos da linha de tubagem no regadio. Segundo o engenheiro da empresa em Mopeia Jaime Mucavele as fugas estão em todos os lados.
“O que esta a acontecer aqui é o que esta a acontecer em quase todos os pontos onde temos problemas de fuga entre o tubo macho e fêmea das duas manilhas, isto não se pode levantar porque tirando uma implica desactivar toda a linha de tubagem e como solução esta a fazer se um maciço em volta para se vedar a fuga que se recorre a cola PVC e borracha aceitável de ponto de vista técnico”.
“ A borracha que temos no interior, tem como função estancar a agua durante os seu escoamento, então ‘e o trabalho que estamos a fazer em todos os pontos em que temos fugas numa extensão de 100 metros.
No local a nossa reportagem constatou que as fugas a que o engenheiro da Hiroafrica se refere. Estão a ser vedadas borracha (câmara-de-ar) e que o diâmetro das válvulas para a descarga da água nos campos para a produção do arroz com 227 hectares actuais, ao invés de ter o diâmetro de 80 ml tecnicamente aconselhável, tem apenas 20ml, algo que segundo dados técnicos contrasta com o padrão normal e Jaime culpabiliza o consultor.
“Não sei que suporte técnico é esse, não tenho que olhar para o campo que isto tudo é feito dentro dos padrões de engenharia, a consultoria que fez o trabalho sabia qual era a área que ia irrigar e fez os cálculos da quantidade de água e sabia que a cultura que iria se colocar seria a do Arroz e sabia que quantidade de água seria necessária para se colocar no campo para a produção dessa cultura. Nem eu poso dizer se é pequeno, não tem nenhum fundamento técnico para dizer isso.
Se alguma coisa ficar comprometida não vai ser por causa dos trabalhos que estão a ser feitos. Conforme vocês estão a ver estão a decorrer grandes trabalhos e que isto vai levar o seu tempo e ate lá quando os trabalhos estiverem concluídos o regadio estará entregue”.
“A campanha da produção do arroz não estará comprometida, esta semana vamos entregar. Estes são projectos financiados pelo BAD com orçamento estático e não aceitam dilatação o orçamento. Como empreiteiro diria que a qualidade das obras é boa sim, mas tem a fiscalização que na fase da entrega da obra vai poder responder se gostou ou não da qualidade das obras, não é péssima qualidade. O facto de ter fugas não quer dizer que o trabalho ‘e de baixa qualidade e digo que este é um sistema hidráulico e tem anomalias que podem existir na sua fase de execução “.
Para João Chabuca chefe da associação dos camponeses produtores do arroz Francisco de Assis em Mopeia e também fiscalizadores locais da empreitada, o estágio da reabilitação do regadio é uma desgraça.
“Isto esta uma desgraça, estamos a ver a tubagem que a hidroafrica esta a amarar com borracha (câmara de ar), agora borracha para levar quanto tempo. É por isso que nós os camponeses, associados de Francisco de Assis estamos a sentir bastante. Como vocês estão a ver, esta cheio de água e quando chegar a fase verdadeira para regar os campos não vai dar certo”.
Para o engenheiro pesquisador Tafireyi Milton Chimbumiem termos viabilidade da infra-estrutura no local, afirma que a Hidroafrica não esta a fazer nada assim como o sistema foi mal construído, isto para não falar dos dois trabalhadores que há mais de duas semanas são os únicos que estavam a trabalhar naquele local perante tamanha dimensão do regadio
“ Constatamos que a drenagem principal que deveria levar agua proveniente de todos os campos esta um metro acima da superfície o que significa que não drena. Esta situação, constatou se quando estavam a construir e tentaram cavar mais para solucionar o problema mas, a técnica que estão a usar também não funciona porque o ponto de convergência das águas esta próximo e acima do lago e, a água vai encher o nível e, em vez e ir para o lago, vai transbordar de volta aos campos.
Varias são as implicações, porque quando se esta a produzir arroz, há muitas coisas envolvidas como manter o nível de água nos campos. Há vezes que se quer reduzir e outras aumentar o nível, inundar os campos e para regular o nível tem que se usar esses drenos e se não estão a funcionar não se pode regular”.
Há duas semanas dois técnicos do ministério da agricultura estiveram aqui, viram o problema e disseram que não podiam fazer nada.” Sugeri a OlAM para usarmos a drenagem de bombeamento de água assim como abrir mais a drenagem para remover a água mas ate agora não vejo a hiroafrica a fazer qualquer esforço. Não se pode plantar arroz sem drenar a água. Não é justo que digam que construíram algo que não funciona. Foram contratados para este propósito e tem que fazer algo, é uma extorsão. A Olam agora tem que meter nova tubagem e construir todo o sistema de irrigação. Já temos homens aqui no terreno.
Extorsão
De acordo com o director comercial da OLAM, Ross Grear aquela empresa vai investir mais de 35 milhões de dólares para os próximos cinco, dez anos na produção de Arroz numa área de 10 mil hectares em Mopeia onde se espera obter 100.000 toneladas, mas que neste momento tem como entrave o sistema de irrigação cujo entrega esta atrasado.
“ Criamos uma estrutura parental com a população local no sector da agricultura, refiro me as associações de produtores do Arroz. Aqui constatamos que as pequenas associações tem o acesso a terra a agua mas estão desprovidas de todos estes meios e para a OLAM O acesso ao capital, tecnologia, manutenção e o acesso ao mercado constitui um dos pilares os e juntos criamos uma simbiose.
O nosso plano a curto prazo consiste no uso de terras dessas associações mas ao mesmo tempo disponibilizar o capital de forma a desenvolver, através da transmissão de conhecimento, técnicas de sistema de irrigação, uso da maquinaria, formar os membros da associação na área comercial para que no futuro sejam autónomos e a maioria dessa população esta empregue na nossa empresa.
Actualmente, temos grandes máquinas a nivelar os campos para a produção mas infelizmente a construção do sistema de irrigação esta atrasado o que esta a perigar a nossa produção para a segunda fase, porque produzimos em Janeiro e Julho. Na segunda, a plantação depende integralmente da irrigação porque não há chuvas e o empreiteiro ainda não instalou o sistema de irrigação como devia. Estamos a gastar somas elevadas.
Vamos fornecer o arroz a província da Zambézia e a posterior quando aumentarmos a nossa produção, vamos distribuir pelas províncias da Beira e Nampula. Num futuro a médio prazo entre cinco a dez anos, o preço será determinado pela importação do arroz e a nossa intenção é vender abaixo do preço do arroz importado. Ate hoje a Hidroafrica não entregou a obra.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Visita de Dhlakama a Zambézia



A empresa electricidade de Moçambique em Quelimane na província da Zambézia É acusada de boicotar a visita do líder da Renamo Afonso Dhlakama a aquela província.

A chegada que estava agendada para as 15 horas, deu se mais tarde por volta das 18h00, no jardim da Sagrada Família onde os seus apoiantes o receberam em apoteose apesar dos cortes de energia engendrados pela EDM.
A nossa reportagem esteve no local onde presenciou a efectivação de 3 cortes intercalados, no epicentro do encontro, enquanto isso cerca de 20 metros do local, quer em direcção a Nicoadala assim como para centro da Cidade, a estrada continuava iluminada, isto para não falar do bar dentro o perímetro do jardim dos namorados assim como nas residências o que veio suscitar suspeita de sabotagem algo que mais tarde veio a confirmar se quando foram vistos elementos da EDM a ligar e desligar a partir da caixa de energia que se localiza nas cercanias do Jardim.
Entrar na cidade de Quelimane as escuras.
“São os comunistas da Frelimo que por saberem que Dhlakama é uma pessoa muito importante ate vão prejudicar pessoas que estão no hospital numa sala de reanimação. Querem dar a entender que é para castigar Dhlakama mas Dhlakama é uma pessoa, há alguém que acaba de dar parto, há mamanas, filhos e tudo. Apagar a energia é atitude a Frelimo. Por onde chego apagam energia e tudo aquilo. Eu pergunto porque é que fazem aquilo!
O Dhlakama é que lutou pela democracia, assinou com esta mão com Chissano para o fim da guerra, que matam a paz, os comunistas continuam a roubar, matar e tudo. Eu nunca respondi. De facto vamos correr com a Frelimo antes de Dezembro, queira ou não, fora do poder.
Não há estratégia, é só correr com a Frelimo e acabou. Não ando de helicóptero porque não tenho dinheiro roubado. O Guebuza anda de helicóptero porque tem medo da população, rouba tudo aquilo que pagamos imposto. Eu ando tudo de 4 carros”.
A electricidade de Moçambique em Quelimane veio sexta-feira última para justificar sobre o alegado boicote mandatado pela Frelimo para efectuar o corte de energia no Jardim da Sagrada família local onde os apoiantes da Renamo esperavam o seu líder na terça-feira passada.
Os cortes sucessivos em número de três deram se minutos antes da chegada do líder da perdiz, tendo instantes depois a corrente sido restabelecida e para no exacto momento em que Dhlakama chegava dar se o golpe final. Cinco minutos mais tarde quando o líder da perdiz deixava o local, finalmente a corrente foi restabelecida ate hoje.
O director da Electricidade e Moçambique em Quelimane Hermínio Lucas, apesar de tanto palavreado, tudo não passou de retórica, primeiro porque o director fala do corte ter se sido as 20h00 quando isso deu se por volta das 18h00.
Ainda segundo Lucas que confirma o apagão, o mesmo PT abastece a via publica em toda aquela área onde por conseguinte havia energia na continuidade da avenida, apenas não havia por onde iria passar o líder da Renamo, e apelou por questões técnicas quando temos a confirmação de alguns elementos da empresa que afirmar que foram mandatados para efectuar o corte.
No mesmo instante, ainda na terça-feira elementos da electricidade foram vistos a ligar e desligar a energia no PT localizado na outra margem direita Jardim, isto para quem sai da cidade de Quelimane para o distrito de Nicoadala.
“O que aconteceu naquele dia é que de facto houve corte e foi um problema técnico motivado exactamente pelo circuito do comando que comanda a iluminação na via pública. O que aconteceu foi um apagão da iluminação pública e tudo que é residência e fora da iluminação pública tinha energia. Mas o corte não foi a mando, foi o circuito, o dijuntor saltou.
O técnico veio para cá por volta das 20h00 fez a arear o dijuntor e voltou a disparar. É preciso perceber que a cidade e Quelimane tem vários postos de transformação e, este alimenta varias redes que tem a iluminação pública inclusa. Este PT alimenta a iluminação pública desta Zona, e esse problema ocorreu neste PT que abrange esta zona.
A EDM é uma empresa com estrutura e foi necessário reportar a quem de direito para dar esta explicação. E achamos que esta era altura própria para dar este esclarecimento três dias depois. Mas não fui pressionado”.

EDM boicota visita de Dhlakama a Zambezia



A Mando da Frelimo EDM corta luz para boicotar visita de Dhlakama na Zambézia
30/08/11

A empresa electricidade de Moçambique em Quelimane na província da Zambézia É acusada de boicotar a visita do líder da Renamo Afonso Dhlakama a aquela província.

A chegada que estava agendada para as 15 horas, deu se mais tarde por volta das 18h00, no jardim da Sagrada Família onde os seus apoiantes o receberam em apoteose apesar dos cortes de energia engendrados pela EDM.
A nossa reportagem esteve no local onde presenciou a efectivação de 3 cortes intercalados, no epicentro do encontro, enquanto isso cerca de 20 metros do local, quer em direcção a Nicoadala assim como para centro da Cidade, a estrada continuava iluminada, isto para não falar do bar dentro o perímetro do jardim dos namorados assim como nas residências o que veio suscitar suspeita de sabotagem algo que mais tarde veio a confirmar se quando foram vistos elementos da EDM a ligar e desligar a partir da caixa de energia que se localiza nas cercanias do Jardim.
Entrar na cidade de Quelimane as escuras.
“São os comunistas da Frelimo que por saberem que Dhlakama é uma pessoa muito importante ate vão prejudicar pessoas que estão no hospital numa sala de reanimação. Querem dar a entender que é para castigar Dhlakama mas Dhlakama é uma pessoa, há alguém que acaba de dar parto, há mamanas, filhos e tudo. Apagar a energia é atitude a Frelimo. Por onde chego apagam energia e tudo aquilo. Eu pergunto porque é que fazem aquilo!
O Dhlakama é que lutou pela democracia, assinou com esta mão com Chissano para o fim da guerra, que matam a paz, os comunistas continuam a roubar, matar e tudo. Eu nunca respondi. De facto vamos correr com a Frelimo antes de Dezembro, queira ou não, fora do poder.
Não há estratégia, é só correr com a Frelimo e acabou. Não ando de helicóptero porque não tenho dinheiro roubado. O Guebuza anda de helicóptero porque tem medo da população, rouba tudo aquilo que pagamos imposto. Eu ando tudo de 4 carros”.
A electricidade de Moçambique em Quelimane veio sexta-feira última para justificar sobre o alegado boicote mandatado pela Frelimo para efectuar o corte de energia no Jardim da Sagrada família local onde os apoiantes da Renamo esperavam o seu líder na terça-feira passada.
Os cortes sucessivos em número de três deram se minutos antes da chegada do líder da perdiz, tendo instantes depois a corrente sido restabelecida e para no exacto momento em que Dhlakama chegava dar se o golpe final. Cinco minutos mais tarde quando o líder da perdiz deixava o local, finalmente a corrente foi restabelecida ate hoje.
O director da Electricidade e Moçambique em Quelimane Hermínio Lucas, apesar de tanto palavreado, tudo não passou de retórica, primeiro porque o director fala do corte ter se sido as 20h00 quando isso deu se por volta das 18h00.
Ainda segundo Lucas que confirma o apagão, o mesmo PT abastece a via publica em toda aquela área onde por conseguinte havia energia na continuidade da avenida, apenas não havia por onde iria passar o líder da Renamo, e apelou por questões técnicas quando temos a confirmação de alguns elementos da empresa que afirmar que foram mandatados para efectuar o corte.
No mesmo instante, ainda na terça-feira elementos da electricidade foram vistos a ligar e desligar a energia no PT localizado na outra margem direita Jardim, isto para quem sai da cidade de Quelimane para o distrito de Nicoadala.
“O que aconteceu naquele dia é que de facto houve corte e foi um problema técnico motivado exactamente pelo circuito do comando que comanda a iluminação na via pública. O que aconteceu foi um apagão da iluminação pública e tudo que é residência e fora da iluminação pública tinha energia. Mas o corte não foi a mando, foi o circuito, o dijuntor saltou.
O técnico veio para cá por volta das 20h00 fez a arear o dijuntor e voltou a disparar. É preciso perceber que a cidade e Quelimane tem vários postos de transformação e, estes alimentam varias redes que tem a iluminação pública inclusa. Este PT alimenta a iluminação pública desta Zona, e esse problema ocorreu neste PT que abrange esta zona.
A EDM é uma empresa com estrutura e foi necessário reportar a quem de direito para dar esta explicação. E achamos que esta era altura própria para dar este esclarecimento três dias depois. Mas não fui pressionado”.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Oitavo fórum florestal de consulta a sociedade civil



Oitavo fórum florestal de consulta a sociedade civil
Texto e fotos: Yohko Ndunko
26/07/11
Realizou se recentemente na cidade de Quelimane Zambézia o oitavo fórum florestal para a consulta da sociedade civil que teve como objectivo debater assuntos deforma a encontrar melhor forma de desenvolver o sector de floresta e fauna bravia em Moçambique.
No ano internacional de florestas declarado pelas Nações Unidas cujo lema é florestas para as comunidades, meio de subsistência e erradicação da pobreza, plantio de árvores, e conferencias sobre a importância da floresta para a humanidade, o fórum teve como objectivo encontrar soluções para os problemas florestais no Pais.
Para além do timoneiro da pasta da agricultura José Pacheco no fórum também estiveram presentes Dinis Lissave Director nacional de terras e florestas, parceiros do governo, representante da associação moçambicana de madeireiros José Chacate (AMON), ONG’s e convidados
O Director nacional de terras e florestas Dinis Lissave disse que a realização do evento na Zambézia, província que detêm cerca de 12.6% de cobertura florestal a nível do Pais, vem no âmbito dos encontros rotativos que o Ministério da agricultura tem levado a cabo na busca de consensos entre as partes de forma a encontrar melhores formas de desenvolver o sector de floresta e fauna bravia.
“Foram apresentados temas sobre o plano de maneio e o estágio das concessões florestais porque há um sentimento de que as concessões em número de 179 não estão todas com o plano de maneio em ordem um instrumento base que permita garantir uma exploração sustentável de forma concorrer com o cumprimento.
A nossa missão é garantir uma exploração sustentável de forma que se perpetue e todos nos beneficiar mos de recursos e deixarmos para as gerações vindouras. Precisamos de tomar medidas nos termos da lei e estamos a sugerir que sejam canceladas aquelas concessões que não observaram os 180 dias para apresentar um plano de maneio com os prazos legais e os com mais de três anos, que apresentem o plano de maneio revisto no prazo máximo de 45 dias com pena de serem canceladas e um dos objectivos da criação das concessões é para garantir a transformação da madeira”.
Eles tem o privilégio de beneficiarem de óptimas áreas para o abastecimento da indústria local mas sentimos que não estão a fazer a transformação da madeira na indústria. A madeira de qualidade coloca no mercado em forma de toros; o nível de implantação de industrias é mínimo, havendo industria iriam também regular os atropelos que estão a ocorrer ao nível das licenças simples porque só poderiam ser autorizadas quando tiverem declarado a industria que ia transformar. Sentimos que há fragilidade de ambas as partes.
Fragilidade ou conivência de líderes na guerra fria da madeira como dizia um dos participantes, facto é que semana após a realização do oitavo fórum na Zambézia, no porto de Nacala na Província de Nampula foi aprendida um navio com madeira em toros alegadamente pertencente a um general carregado de 600 contentor com destino a China sob suspeita de dados viciados no processo de exportação.

Lissave em declarações dúbias, algo que os líderes vão nos habituando, falar sobre o que o povo quer saber e não solucionar, mas como sempre o sol foi maior que a peneira quando, logo a primeira não soube dizer quantas indústrias existem no Pais, recorrendo ao aspecto da divulgação da legislação que apenas se faz a nível das cidades. Quanto menos o povo estiver informado melhor se governa e se delapidam os recursos.

“Ai precisamos de fazer divulgação da legislação, monitorar aplicar as medidas que estão previstas na lei porque em algum momento podemos perceber que as comunidades são induzidas a práticas que não deviam por falta de conhecimento’. Como se os maiores contentores pertencessem as comunidades”.

Durante o fórum o chefe dos serviços de floresta e fauna bravia da Zambézia, António Chibite foi suspenso pelo governador da Zambézia Itai Meque por fortes indícios do seu envolvimento no sindicato do crime na exportação, ‘ Guerra fria da madeira’, contudo nenhum dos barões no business foi apresentado.

“ Neste momento a indústria transformadora beneficia de 60% do valor que devia pagar nas licenças. Explorou, transformou, apresenta-nos a produção e devera ser reembolsado o valor correspondente a 60% sobre as licenças e com facilidade de ter a licença a qualquer momento ao longo do ano o que é diferente em relação as licenças simples porque nestas quem não instruir o seu processo de Janeiro ate Fevereiro é preterido até a campanha seguinte”
Outros incentivos estão na lei de investimento em que eles podem fazer a importação de equipamento com benefício de intenções fiscais. Naturalmente outros incentivos podem ser sugeridos pelos próprios operadores que poderão ser levados a mesa para ver o que poderemos ter a legalidade para a aplicação desses incentivos que surgirem ao longo do processo”.
De tanta negociata na área madeireira na Zambézia ate faltam carteiras nas salas de aulas isto para não falar de algumas indústrias fictícias que apenas servem para encabritar a saída da madeira em toros para o porto de Nacala. Mas Lissave tenta minimizar a situação e pensa.
“Penso que o problema de carteiras para as escolas é um assunto que todos nós dominamos. Para se fazer carteiras é necessário que se ganhe o concurso público. Se a província da Zambézia ganhar o concurso naturalmente vai poder ter esta oportunidade.
Itai Meque e o mesmo diapasão
“Devemos evitar catástrofes naturais, cortar sim mas temos que dar a mão e respeitar a natureza, concessionários e simples precisamos todos de fazer a reposição daquilo que estamos a tirar. Estamos a tirar a madeira e fazemos a exportação de grande parte em toros e não tem o valor acrescentado que poderia dar mais emprego aos nossos concidadãos. Estão a corta para entregar a outros e esses mandarem para fora do pais sem o valor acrescentado”. Alguns tiram a madeira e nem pagam aos trabalhadores”.
José Pacheco
“ A TCT industrial florestal é um caso de sucesso na gestão ou exploração sustentável das nossas florestas, exemplo de um maneio sustentável dos recursos naturais para Moçambique e para África, um exemplo a seguir.
Dois meses depois da aprovação do plano estratégico para o desenvolvimento do sector agrário (PESA) aprovado pelo governo de Moçambique que visa aumentar a produtividade e consequentemente a produção com estaque para a produção e produtividade de alimentos, mas temos como um dos pilares o acesso aos mercados para fazer face a cadeia de produção de produtos agrários, o uso sustentável dos recursos naturais, agua terra, florestas e a fauna bravia e o das questões institucionais”
Uma Zambézia que outrora produzia e contribui com cerca de 51% para o PIB nacional e actualmente só com 6,7 % de produção, de que servem os planos de aprovação estratégica quando não existem politica agrárias!
De ilegalidade Pacheco enfatiza “Fenómenos nefastos, corte e exploração ilegal de madeira, baixo índice de processamento local de madeira, desmatamento galopante, incumprimento do plano de maneio em regime concessionário e também em regime simples, queimadas descontroladas, insuficientes benefícios para as comunidades locais, fraco plantio de árvores. Actos que se confundem com sindicatos de crime, exportação ilícita de madeira “.
Um caso recente é Cabo Delgado em que assistimos recursos naturais a serem exportados ilicitamente, o caso o porto de Maputo, na Zambézia o nosso governador acabou tomando medidas de suspensão do chefe dos serviços florestais da Zambézia António Chibite por fortes indícios de envolvimento com sindicatos de criminosos na exploração de recursos florestais.
Recentemente foi a provada a lei 7/2010 de 13 de Agosto conjugado com o decreto 21/2011/ 1 de Janeiro que regulamenta a taxa de sobrevalorização de madeira que com a sua entrada em vigor é mais um instrumento legal que vai definir as normas e o processamento interno da madeira com vista a acrescentar valores aos nossos produtos florestais. Garantir a distribuição dos 20% da taxa de exploração florestal para ao benéfico directo das comunidades locais”.
Plantio de árvores, politicas agrárias! Senhor ministro, talvez fintar aos menos atentos.

CAMAL MARAZINE


CAMAL MARAZINE
Texto e fotos: Yohko Ndunko
27/07/11
Camal um musico de muitas facetas que depois de Maputo desembarcou nas terras do outrora considerado maior palmar do mundo mas principalmente preso pela sua curandeira, a mulher por quem se apaixonou. Um daqueles músicos que me leva de forma nostálgica a época das bandas da fase da minha velha e a turma trajadas de mini saias, os tacões e calcas de ganga.
Algo diferente a ser tocado em Quelimane, cujo ouvido levou me bar adentro em mais uma noite em Quelimane. Infelizmente ou felizmente já tinha visto o homem que pelo palco deambulava e, depois de umas quantas guitarradas disse-o que me fazia lembrar o agrupamento João Domingos, João Paulo com quem tive a oportunidade de conviver por várias ocasiões, pelo Gil Vivente, Feira popular, Goa, e outros lugares que s ‘ o a noite pode nos revelar.
EV - O que tocas exactamente, de que geração e que mais te marcou naquela fase e que bandas?
Não tenho estilo especifico, toco um poço de tudo o que é musica desde os anos 60 ate 2011. A minha geração foi marcada pelo soul musica, na última fase da minha vida o disco mas sou do soul music.
A banda que mais me marcou foi a banda ‘Storm ‘ onde tocava Zeca Carvalho, fugi e Antoninho, eram terríveis e mais tarde apareceu a banda do hocolockwe que também era uma banda bastante boa mas indiscutivelmente para mim a banda ‘Storm ‘ para mim foi a melhor.
EV - João Paulo não fez parte da banda Storm?
CM - João Paulo fez parte da banda os ‘Monstros ‘, o Storm era uma banda de apenas três elementos que tocava desde o Heave Metal, Ground, blues, soul music, tocava de tudo e com muita perfeição. Foi a melhor banda que, Moçambique teve nos últimos 6-7 anos antes e depois da independência.
EV - Quando é que desembarca em Quelimane vindo de Maputo?
CM – Na altura sai de Lourenço Marques, estudei aqui ate ao quinto ano e vim para Quelimane porque o meu pai era funcionário das finanças e tive que regressar a Maputo para continuar com os meus estudos. 35 Anos depois e por coincidência da vida vim cair aqui em Quelimane e estou aqui a sensivelmente quatro anos.
EV- Quem é Camal, a pessoa por de trás o musico?
CM -Por detrás de mim esta um homem que gosta de música, dos ambientes musicais e não vejo idade para estar em estes ambientes e tudo que cheira e que sabe a música. Estou sempre por lá infiltrado
Toco em função dos ambientes e também não tenho muita pressa em tocar aqui em Quelimane. Quando cheguei durante um ou dois anos tocava com muita frequência e depois parei para dará oportunidade para que os outros também tocassem mas sempre que toco em função do ambiente. Se o ambiente mudar para o mais jovem vais ouvir aqui R&B, Hip Hop Rave, um pouco de tudo.
EV -Que te fez ficar em Quelimane?
Contingências, primeiro porque a minha mulher era de cá apesar de ter saído de daqui a 37 anos. Vim para cá porque foi um pedido muito especial por parte dela porque queria acompanhar os últimos momentos da vida da mãe que estava com uma doença terminal. Vim para aqui, estou, mas depois disto comecei a gostar tive e tenho a oportunidade de trabalhar com um presidente maravilhoso e espectacular que é o Pio Matos, isso me alegra e me encanta. Sinceramente não tenho pressa de sair daqui.
EV- Quelimane estagnado ou não em termos culturais?
CM - De certo modo Quelimane cidade pode estar parado em termos culturais, mas digo te com certeza absoluta, dar uma volta pela periferia é uma cidade bastante alegre, muito mais do que a cidade de cimento que ‘e muito rotineira.
EV -Tocas a bastante tempo. Algum álbum publicado?
CM -Absolutamente. Nunca tive a preocupação em gravar disco nenhum acompanho outros, toco para mim e não tenho essa preocupação. Tive a oportunidade e gravar um disco em Cuba e não fiz e ainda em cuba a oportunidade de poder tocar com alguns elementos de bandas cubadas bastante conhecidas como, Sílvio Rodrigues, Manuel del Vai, vais ouvir uma música que tive a oportunidade de tocar com eles o título é “Se olvidaras de mim” com Manolo.
Estive em cuba três anos e foi um privilégio, para mim penso que foram os melhores anos da minha juventude que passei especificamente no município de Playa em Havana.
Infelizmente não tive a oportunidade de gozar a minha juventude, apareceu a revolução e tivemos que imediatamente com 16-17 anos nos engajarmos na revolução de Samora Machel e pôs guerra de independência. Todos nos já tínhamos um certo nível de escolaridade e efectivamente tínhamos que empurrar o Pais. Gozamos a juventude de uma outra forma que foi ajudar a revolução.
EV -Que falta para desenvolver Zambézia em termos de exposição daquilo que é a cultura local?
C M- Penso que é uma questão das pessoa terem boa vontade, os jovens aparecerem mais a casa da cultura mas a direcção provincial da educação e cultura também deve fazer programas que chame os jovens, dar mais oportunidade, colocar uma aparelhagem, nem que seja no terraço de um prédio para se tocar lá em cima, num passeio da catedral em fim. Fazer um movimento cultural porque jovens com vontade de fazer há nesta cidade.
EV -Muitos lugares para actividades culturais. Que não se esta a passar?
CM – De facto existem muitos sítios para que se façam expressões culturais, mas em primeiro lugar a muita dificuldade em termos de equipamento para este tipo de espectáculos, as pessoas de certo modo pensam que as festas se resumem a carnavais, pequenos bailecos mas não, é muito mais do que isso, a cultura é estar todas as sextas feiras, sábados e domingos no bem bom e a viver a música. É isto que eu faço.
EV -Há decadência cultural e a quantas anda Quelimane?
CM- Samora Machel sempre disse e eu concordo perfeitamente ‘ A cultura é o Sol que nunca desce ‘, enquanto existirem seres humanos a cultura nunca descera. Temos que fazer, mostrar ao público, mundo. Cultura nunca morre.
Nas periferias há grupos de Nhambaro, musica tradicional e estão lá, não precisam que hajam festas especiais para que isto aconteça, aos fins-de-semana nos bairros a cultura esta lá e com forte expressão.
EV - Que se espera de um Pais em que não se investe na musica?
CM - Muito cepticismo. Infelizmente e é com muita tristeza que a cultura ainda não é prioridade para o governo de Moçambique desde da independência. As pessoas olharem para a cultura como arte, comercio e como marketing.
EV – Estiveste no campo de reeducação como os outros?
MC - Não. Antes pelo contrario, tenho o privilegio e ser da geração do 8 de Marco.

Desenvolvimento versus protecção ambiental



Desenvolvimento versus protecção ambiental
Texto: Cengiz Aktar Dr. professor de ciências políticas na Universidade de Instanbul

Fotos: Estacios Valoi
28/01/11

DZ (Istanbul Turkia) Desenvolvimento versus protecção do meio ambiente é certamente o maior desafio que o mundo hoje enfrenta. Conciliar interesses económicos e ao mesmo tempo proteger a natureza nas décadas vindouras não será tarefa fácil e permanecerá como principal problemática dos políticos, burocratas, técnicos e as sociedades.

Conceitos como crescimento, décadas atrás desenvolvidos, estão agora a ganhar terreno tanto na forma de sustentabilidade e desenvolvimento, um oximoro.

Sabemos que ‘e uma tarefa árdua... Hoje os seres humanos parecem incapazes de tirar lições das experiências passadas de países desenvolvidos

"As pessoas acreditam que os “ males ambientais” são o preço que devemos pagar para um desenvolvimento económico" bens ". No entanto, não podemos, e não precisamos de continuar a agir desta forma como se essa troca fosse “trade-off” inevitável" afirma o Director Executivo do PNUMA Achim Steiner,

Pelos actuais padrões, de hoje a 40 anos a humanidade consumiria cerca de 140 bilhões de toneladas de minerais, minérios, combustíveis fósseis e de biomassa por ano, três vezes mais do que agora, a menos que a taxa de crescimento económico seja "dissociado" da taxa do consumo de recursos naturais.

Cidadãos dos países desenvolvidos consomem uma média de 16 toneladas desses quatro principais recursos per capita (que vão até 40 ou mais toneladas por pessoa, em alguns países desenvolvidos). Em comparação, a média das pessoas na Índia de hoje consome quatro toneladas por ano.

“Com o crescimento da população e da prosperidade, especialmente nos países em vias de desenvolvimento, a perspectiva dos níveis de consumo de recursos ‘e muito maior "esta muito além do que é provável e sustentável" se nos cingirmos que todo o recurso no mundo não ‘e infinito.

No mundo as fontes de qualidade baratas e caras de alguns materiais essenciais, como petróleo, cobre e ouro já estão a esgotar-se, e por sua vez os suprimentos sempre exigem volumes crescentes de combustíveis fósseis e de água doce para produzir, melhorar a taxa de produtividade dos recursos ("fazer mais com menos") mais rápido do que a taxa de crescimento económico é a ideia por de trás da "separação ", diz o painel do PNUMA Recursos Internacionais.

No entanto, esse objectivo exige uma urgente mudança de pensamento, repensar nas relações entre o uso de recursos e a prosperidade económica sustentada por um investimento maciço em inovação tecnológica, financeira e social, e pelo menos congelar o consumo per capita nos países ricos e ajudar as nações em vias de desenvolvimento a pautarem pautar pelos meios sustentáveis.
O Capitalismo pode ser infinito mas o mundo não

Questão do modelo de desenvolvimento: Nós não nos podemos limitar a reduzir a velocidade de poluição, ou seja, emissão de gases verde de casa. Esta é uma questão de desenvolvimento, de escolha de energia e estilo de vida. Cada país em desenvolvimento quer agir como os Estados Unidos e ser como os Estados Unidos e isso é fisicamente impossível.

Todo o Pais desenvolvido quer agir e ser como os Estados Unidos e isto ‘e fisicamente impossível e segundo com a Global Footprint Network, por conseguinte a capacidade-bio total esta na casa dos 1.5., o que significa que se toda a humanidade vivesse como os turcos vivem precisaríamos de duas terras, planetas.

O sociólogo francês, Alain Gras no seu livro intitulado "As Escolhas de Fogo: publicado em 2007,” A Origem da crise climática", com a Revolução Industrial, o mundo ocidental acentuou se no petróleo e carvão, mas a avalanche tecnológica
Não foi resultado de uma evolução técnica ou de um determinismo histórico. Indo na direcção do termo indústria, foi uma escolha arbitrária, mas consciente.

Nesta fase, contrariamente a crença comum, o preludio desta época deu se em 1830 com a invenção das locomotivas, os trens mudaram completamente a nossa cultura social através do momento preciso e sua capacidade de viajar longas distâncias e ao mesmo tempo tornaram-se um pilar do capitalismo e do futuro da sociedade de consumo.

Curiosamente, os trens têm nos ajudado a ir de encontro a comunicação virtual ao longo dos pólos ferroviários, começando com as tecnologias de guerra, os aviões as telecomunicações e a tecnologia de informação tem se multiplicado a velocidade vertiginosa. Todos estes desenvolvimentos ocorrem num curto espaço de tempo o que tem dando azo para que os humanos controlem a natureza de forma inédita


Esta orientação tecnológica não era e não será o destino da humanidade. Para a produção de electricidade, a humanidade poderia ter tentado beneficiar se de turbinas transformando a energia eólica como o uso de moinhos de vento medieval em vez de usar carvão.

Hoje, estamos a pagar o preço e as mudanças climáticas nos advertem que devemos sacrificar o nosso conforto em detrimento da Natureza. O livro de Alain Gras de forma subtil enfatiza esses factos cruciais para uma mudança radical necessária.

Mudanças radicais precisas

Portanto, a questão não se cinge na menor poluição mas contribuir para a protecção ambiental compensando a quantidade de carvão utilizado com o dinheiro. O objectivo é abandonar os combustíveis fósseis por repudiarem o estilo de vida que estamos acostumados. A longo prazo, podemos olhar o custo económico da tal mudança de paradigma por benefícios consideráveis.
Sobre esta questão referindo se ao Ocidente disse: "enquanto se desenvolve destroem o meio ambiente. Agora é a nossa vez, no futuro podemos cuidar do meio ambiente ", pode não resultar. Mas simplesmente generalizar a escolha do desenvolvimento Ocidental do uso do fogo, de extensivas fontes de energia fóssil para todo o mundo e as consequências duradouras actualmente torna se impossível.

O resultado dramático do nosso domínio sobre a natureza, exige que sejamos humildes para com à terra. Na nova era, certamente que os Países desenvolvidos nunca se vão beneficiar dos bens que os Países em vias de desenvolvimento apreciam e consomem. Facilmente serão capazes de se adaptar às novas restrições do que países industrializados porque todavia não se esqueceram de ser humildes.

Os governos precisam de reavaliar o modelo de desenvolvimento que esta ultrapassado e começar imediatamente a lucrar com as oportunidades, alternativas e ouvir o que especialistas nacionais e internacionais dizem. Finalmente ser sensível na questão do clima, não se exige que seja um cientista ou um astrólogo, basta olhar para o tempo bizarro que enfrentamos há anos...

Arrogância

A mania do crescimento “Growthmania” sempre me faz lembra de um livro de um livro nos anos universitários, Pequeno ‘e maravilhoso, "Small is Beautiful" publicado em 1973 do economista alemão de descendência Britânica Fritz Schumacher. O livro, no culto da consciencialização ambiental é um dos de vanguarda

Num dos trechos do livro lê se " o padrão de vida para um economista moderno é medido pelo consumo anual, aquele que consome mais é melhor do que quem consome menos. Um economista budista vai de encontro a tal abordagem e faz uma aproximação totalmente sem lógica, pois o consumo é uma ferramenta simples para o bem-estar do homem cujo objectivo é alcançar o máximo bem-estar através do consumo mínimo.

Para um economista moderno, isso é difícil de entender. Eles se acostumam com a medição do nível de vida por valores de consumo anual; supõe se que um homem que consome mais comparativamente ao que menos consome está em melhor forma "O homem que menos consome não é necessariamente pobre, mas humilde… Actualmente a grande ‘e: Como ser menos ganancioso e com ciúmes? Certamente, resistindo do luxo para se tornar uma necessidade, e, progressivamente, simplificar e diminuir todas as nossas necessidades!

Em Moçambique a quantas andamos com o delapidar progressivo de recursos naturais, a apatia para com o meio ambiente!? Nota do editor.
(Editado por Estacios Valoi)

terça-feira, 5 de julho de 2011

Lideres coniventes no saque da Madeira




Madeira da Zambézia
Do saque aos atropelos à legislação
Texto: Estacios Valoi
Fotos: Ismael Miquidade
01/07/11

Este jornal apresenta nesta investigação provas documentais de licenciamento “pirata” com compadrio das autoridades

Nos últimos anos, tem sido frequentes denúncias dando conta do saque a que tem estado sujeitas as florestas um pouco por todo país e dos riscos ambientais que dai resultarão, se não forem tomadas medidas para conter esta situação.
O Diário da Zambézia (DZ), meses a fio, esteve a investigar o assunto e, apurou de facto, que “não há fumo sem fogo”. Durante o período que estivemos a investigar, conseguimos obter documentos relevantes, que provam a anarquia a que esta votado o sector florestal, perante a apatia do governo do dia.

O historial
A empresa Green Timber de capital maioritário chinês é das principais operadoras no ramo madeireiro. Há muito tempo que escoam a madeira em toros da província da Zambézia para o porto de Nacala. A empresa que opera no Pais desde 1991 com um número de sete concessões que variam entre 40 a 100 hectares, anteriormente foi visada por ter tomada de assalto a reserva de Gile onde, com as suas 60 motosserras, tractores abateu árvores de diversas espécies na sua maioria consideradas de primeira, algo que foi reportado por alguns órgãos de informação.

Processo de aquisição de concessões
A empresa actualmente a maior concessionaria, com sete que variam de 40 a 95 mil hectares. Poderiam ter 100 mil hectares, mas a lei não permite. Tem concessões no distrito de Gilé, Pebane, Maganja da Costa, Alto Molócue onde algumas delas foram adquiridas mas que não estão a ser usadas, isto para não falar das consultas comunitárias feitas na província do Niassa, Manica e Tete.
Na Zambézia as concessões primeiramente vinham em nome das empresas, tais como a Oceanique, Katpark, Holding.Lda, abertas pelo primeiro proprietário de nome Ken Tsou e actualmente Green Timber. Lda. em nome da esposa Tina Tsou de origem taiwanesa com nacionalidade Sul-africana e com ‘Dire’ moçambicano. Mas para além destas existe as licenças simples adquiridas pela empresa usando nomes de singulares, não só na província da Zambézia mas também em Nampula.

Regulamentos

Um pedido de concessão pode ser feito em qualquer altura do ano, por um cidadão de qualquer país, solicitando o controlo de uma área de floresta identificada pelo requerente, por um período de 50 anos.
Os formulários para requerer concessões são semelhantes aos das licenças simples (incluindo o mapa, a descrição do plano de maneio, a consulta à comunidade), mas são exigidos
mais detalhes.
Além disso, como o objectivo da concessão é o apoio à indústria, deve ser apresentado um plano de desenvolvimento industrial. Requerimentos iniciais podem ser apresentados em qualquer altura do ano. As concessões de menos de 20.000 ha podem ser aprovadas a nível provincial, mas acima disso tem de ir ao Ministro, e as acima de 100.000 ha sobem ao Conselho de Ministros. Após aprovação, o operador deve apresentar aos Serviços Províncias de Florestas e Fauna Bravia da Zambézia (SPFFBZ) um plano de maneio no prazo de 180 dias, findo o qual, não tendo cumprido, perde a concessão.
Vejamos a licença simples solicitada fora do prazo da sua aquisição que geralmente é feita aos SFFB no mês de Janeiro a Fevereiro num período de cerca de mês, a autorização da licença simples a favor da empresa Green Timber feita pelo governador da Zambézia Itai Meque assim como pelo Director deste serviço Rafik Vala viola completamente todos os parâmetros, e considerando que o governador é a ultima pessoa com o poder de decisão, então vejamos.
Factos provados
Mustafa Essumela é titular de uma licença simples, que lhe foi concedida pela Green Timber para o abate de árvores na ordem dos 5000 hectares na localidade de Mamala, situada em Mahatxe-Npuria no distrito de Gile, cujo processo foi submetido ao departamento da agricultura no mês de Maio de 2010 e que teve a sua autorização no mês de Junho pelo governador Itai Meque, a licença com o número 89/01/ MAD/SPFFB/2010 para a efectivação do corte foi aprovado no dia 28 de Junho de 2010 tendo sido atribuído 200 metros cúbicos.
O plano de maneio que consta neste processo foi o mesmo utilizado na reactivação da regularização dos processos da maioria das concessões da Green Timber no ano passado de forma ‘ copy past’, dados compilados pela consultora, administradora e proprietária da empresa e a posterior e enviados a (SFFB), outro exemplo é o caso da concessão de Morria também no distrito de Gile, quando na presença da nossa equipe de investigação infiltrada, debatiam a tal questão do plano de maneio para aquela concessão que a principio vinha escrito 645 mil hectares de acordo com o levantamento feito no campo mas que após um telefonema o numero mudou para cerca de 950 mil hectares em termos de cobertura faunística no que diz respeito as espécies de arvores existentes e a abater.
“Serviços Provinciais da Floresta e Fauna Bravia da Zambézia, SPFFBZ providenciam avaliação técnica dos planos de gestão, emitem licenças e autorizações de abate, fazem cumprir as leis, supervisionam as operações florestais, o movimento dos produtos da floresta, incluindo a entrada no porto e a exportação. Produzem as receitas florestais para o estado. Produzem rendimentos pessoais para ajudarem os operadores e comerciantes a fugirem aos regulamentos. Preparação ilegal de planos de gestão, e de outras consultorias”
Os inventários de exploração florestal da empresa segundo arquivos que a nossa equipe de investigação teve acesso durante e após o período em que permaneceu dentro daquela empresa onde ate teve que assinar alguma documentação, são na sua maioria viciados pelos consultores contratados para tal fim, dados desenhados pelos proprietários da empresa e os consultores, como o caso da consultora Yolanda Sara.
Algo que foi constatado pelos serviços de floresta e fauna bravia da Zambézia mas que teve o seu aval e aprovado porque os telefonemas vinha do director da agricultura Rafik Vala alegadamente pressionado pelo general e pela dupla Carla Jacinto e Tina Tsou, após alguma oposição de alguns funcionários do departamento, faziam viagens de emergência via aérea a Zambézia reunindo se com o director Rafik Vala onde após o encontro e num abrir e fechar de olhos o problema era solucionado a favor da empresa Green Timber perante o olhar impávido dos funcionários que a esteira do tal facto limitavam se, também a colher o bónus a sua maneira, já que mais nada podiam fazer se não dar continuidade a aprovação dos processos para o abate de arvores.
Foi nos informado que a empresa Green Timber, em tempos idos já conseguiu tirar madeira do porto de Pebane directamente para um navio que estava lá atracado. “Foi a única empresa a atingir tal proeza”.
Segundo a lei florestal, as empresas só podem realizar o corte assim que o seu plano de maneio estiver regularizado e adicionado aos outros documentos. Das sete concessões talvez apenas uma tenha sido regularizada na totalidade. Contudo os cortes vão se realizando na maior parte delas.
Uma das concessões de Nahetxte que também tem dados alterados pela consultora Yolanda Sara que durante o mês de Setembro do ano passado a nossa equipe de investigação, encontrou-a nos escritórios da empresa sediada em Maputo no Bairro da Sommerchielde, Rua Fernão Lopes Nr. 112 em mais uma jornada de ‘trabalho’ que nesta a consultora não fugiu a regra, também com dimensões fictícias.
Mas também, vários foram os encontros em que a administradora da empresa Carla jacinto, por sinal licenciada em direito, Tina Tsou engenheira florestal de nacionalidade Chinesa, Sul-africana com origem taiwanesa tiveram com os governadores da Zambézia incluindo Carvalho Muaria e Itai Meque em pleno processo e troca de influencia, nos vários processos de tramitação, incluindo a da licença em nome de Mustafa Essumela mas que pertence a Green Timber.

Aliciamento de administradores e líderes comunitários

“As comunidades são intervenientes tanto formais como informais no sector florestal. Formalmente, elas providenciam a mão-de-obra aos operadores de concessão e de simples
Licença, mas os empregos são poucos (em relação ao número de membros da comunidade), sazonais e pagos frequentemente abaixo do salário mínimo e quase que nada fica nas comunidades.
A lei exige que as comunidades sejam consultadas no processo de licenciamento de ambos os tipos de operadores, e que elas devem beneficiar com as operações, mas as consultas são frequentemente superficiais e envolvem subornos aos líderes da comunidade. Os compromissos assumidos pelos operadores com coisas tais como a reparação de uma estrada e uma ponte, reabilitação da escola e construção de poços, raramente são cumpridos”.
No mês de Agosto o gerente da empresa Danúbio, depositou mais algum valor monetário na conta da administradora do Gile Teresa Mawai “ sim mana é só verificares a sua conta que já esta tudo lá, o meu assistente acaba de me avisar” dizia o gerente aquando da estadia naquele distrito durante um conflito de terras sobre com quem ficavam as concessões no regulado de Morria entre dois operadores de licença simples Momade Ussene que alegava que a Green Timber tinha usurpado as suas terras e que durou cerca de uma semana.
Foram disponibilizados valores monetários de 500 mil meticais para que Momade Ussene desistisse da área por ser um potencial.
Aos régulos foram coagidos ofertando os três motas ‘made in China’ bicicletas para alguns membros da comunidade. Por seu turno Momade Ussene também disponibilizou algumas motas mas não poderia competir com tamanho império chinês madeireiro em Moçambique.
Em Pebane o antigo administrador António Santarém também terá tido a sua “comissão”.
Noite e dia vários são os camiões que deram entrada chegando a 7 por dia com madeira contrabandeada que era acobertada por guias remetidas pelo (SFFB) de Quelimane, apenas autorizadas para serem usadas no transporte da madeira proveniente da concessão de Pebane-Nabure onde a empresa estava autorizada a fazer o abate mas as guias eram preenchidas em nome da madeira proveniente daquela zona quando na verdade esta provinha dos operadores furtivos de outros pontos da zona de Milange e outras áreas quilómetros e quilómetros do distrito de Pebane chegando a comprar cerca de 35 mil toros da espécie de Pau-Ferro. Em resultado foram os excessos que constam no arquivo electrónico do (SFFB) em Quelimane.
Para alem das guias atribuídas pelos Serviços de Floresta e Fauna Bravia da Zambézia, Outras a empresa comprava através e nos operadores florestais e furtivos. Facto que levou a um dos funcionários da empresa em Mocuba a ser detido na esquadra da vila daquele distrito por ter desviado sete guias com o intuito de entregar aos seus amigos furtivos para usarem ou vende-las para quem na área da madeira estivesse interessado.
Por parte da Green Timber, da guia atribuída pelo (SFFB) para uma e única viagem de transporte de madeira, esta conseguia utilizar a mesma em seis viagens de Mocuba-Zambezia para o porto de Nacala em Nampula mediante a conivência dos fiscais e as alfandegas que a partir do posto de controle do rio Ligonha, cada um recebia cerca de cinco mil meticais por cada camião com cerca de 160 toros que transitava para a outra província, valor que os camionistas faziam questão de ter no bolso porque fazia e continua sendo parte do esquema.

Escravatura

A maioria dos trabalhadores moçambicanos não tem ou nunca tiveram um contrato de trabalho a 2 ou mais anos que trabalham para aquela empresa. São expulsos de forma arbitrária e alguns sem auferir os seus salários. São sujeitos a altas jornadas de trabalho, racismo factos que a nossa equipe de investigação pode constatar ‘aqui nesta cozinha não entram e não se sentam pretos’.
Alguns são verbal e violentamente agredidos e sem poder recorrer a nenhuma estancia porque o próximo passo do cidadão chinês e aliciar e pagar ao polícia …
São vários casos de violação sexual perpetrados por cidadãos chineses daquela empresa e alguns foram parar em tribunal naquela província de Nampula mas que uma semana depois os perpectrantes de tais crimes eram postos em liberdade não exactamente mediante o pagamento de caução mas sim por ‘ baixo’ da mesa. No mês de mês de Agosto mais um caso teve o mesmo fim em que o gerente da empresa negociava com o advogado e o juiz e por fim o elemento foi solto.
Trabalhadores chineses ilegais
A maior parte dos chineses entram em Moçambique com o visto de permanência renovável pelo período de três meses após este período devem abandonar o território nacional. Durante este período permanecem no Pais a trabalhar ilegalmente tendo como a pessoa que faz ‘ o movimento’ transfronteiriço a Senhora Carla Jacinto em Maputo no bairro da Sommerchilde onde se encontram os escritórios centrais da empresa que vai levando ou enviando com alguém os passaportes a fronteira da Suazilândia onde com a conivência de alguns elementos do serviço migratório são lhes atribuídos vistos de permanência no pais mediante o pagamento de cerca de 4 mil meticais.
O documento de identificação ‘ Dire’ que alguns dos cidadãos de origem asiática daquela empresa ostentam, foram adquiridos de forma ilícita mediante o pagamento de cerca de 50 mil meticais, de acordo com as conversas da administradora da empresa.
Para um cidadão simples estrangeiro ser atribuído um Dire, tem que pelo menos ter estado a residir em Moçambique a mais de 5 anos de acordo com a lei moçambicana, o que é contrario quando se trata destes cidadãos asiáticos que na sua maioria são uma fonte de rendimento para alguns elementos da policia que mesmo sabendo que aqueles estão ilegais vão circulando mediante o pagamento de valores monetários aos vulgos
‘cinzentinhos’. O medo dos chineses de circular pela província de Nampula onde se localiza a base da empresa Green Timber é tanto que aqueles preferem ficar fechados na sua maior parte das vezes ou circular nas redondezas do seu estaleiro no bairro Muhahivire expansão. Os chineses têm pavor até de sair das suas instalações porque sabem que os polícias corruptos estão a espera deles por serem ‘presas’ fáceis
Antro de prostituição
No parque principal da empresa existia um contentor de grandes dimensões montado pelos chineses anexo a vedação que servia de antro de prostituição. Hoje existe um outro compartimento já feito de madeira, também anexo a vedação que sob capa alegam ser para os guardas mas que no fundo trata se de um prostíbulo com preservativos espalhados por tudo quanto é canto a semelhança do antigo contentor para onde raparigas incluindo as de menor idade são levadas para a consumação do acto sexual com os chineses deixando por algumas não poucas vezes sem paga-las, nuas ao relento ou em saída de emergência, a correr por medo de serem agredidas depois do acto consumado e por vezes sem preservativo segundo as trabalhadoras de sexo, assim como de trabalhadores moçambicanos da empresa, facto confirmado pela nossa reportagem.