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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

kuka a caminho da Dinamarca


KUKA A CAMINHO DA DINAMARCA
Estacios Valoi
23/11/09
A cantora moçambicana KuKa quiçá a mais nova já a palmilhar palcos e outros eventos brevemente estará em Copenhaga Dinamarca par com a sua voz apelar aos mais velhos relativamente a questões climáticas naquilo que se considera e se espera venha a ser uma das mais importantes conferências realizadas pelas Nações Unidas com o intuito de levar a bom termo algumas decisões em prol do meio ambiente
Kuka que por várias vezes actuou em vários palcos no País sente se muito feliz por esta ser a sua primeira viagem ao estrangeiro tendo ate hoje apenas viajado dentro do de Moçambique por algumas províncias incluindo a de Sofala -Beira onde cantou uma música sobre as crianças da rua trazendo ao de cima o sofrimento destas.
Actualmente na 10 classe com os seus 14 anitos futuramente pensa em ser engenheira e economista apesar de estas disciplinas estarem em secções diferentes.
‘ Economista engenheira, cantora, claro que aguento e consigo conciliar estas três vertentes, sou corajosa, forte e inteligente, em casa já comecei a escrever as minhas letras, só que as minhas letras ainda não foram publicadas porque ainda não estão 100% boas para poder lançar.
Segundo a cantora de palmo e meio hoje o clima não esta bom porque um dia faz calor, outro faz frio e prejudica um pouco aqueles que têm problemas de pele, portanto tem problemas neste tipo de climas.
Dizer aos titios todos que vão a esta conferencia que tomem a decisão certa que consigam resolver, e que com a mão de deus tudo se resolve, que deus ponha lá a sua mão e faca com que eles tomem a decisão certa
Lembrei me da exposição recentemente levada a cabo na fortaleza de Maputo intitulada Armando Guebuza 5 anos de presidência aberta composta por oitenta fotografias da autoria dos repórteres fotográficos Alfredo Mueche e Armando Munguanbe ‘profissionais’ que se esqueceram de trazer ao de cima a presidência fechada do chefe do estado que não passou de uma hecatombe escova cante ao comboio do poder. Como dizia um colega das terras do Mandela ‘parece que a moda é apanhar o comboio do BEE ou Black Economic Empowerment’!
Aprendam da Kuka e porque não apelar pelas palavras do escritor Moçambicano Ungulane Ba Ka Cossa
‘Não podem degenerar nessa absoluta pobreza de espírito de transformar a arena do saber em blocos de político e de analista políticos de partidários e apartidários. Aos intelectuais, aos fazedores de coisa vária aos senhores das academias, carecem novos desafios com novas posturas, não basta multiplicar nos por um conjunto amorfo de títulos, é necessário que o nosso capital intelectual seja o nosso grande título na arena diversificado do saber’.

Desflorestando vs aquecimento global


Desflorestando vs aquecimento global
Estacios Valoi
23/11/09
Carlos Serra Júnior, representante da organização Amigos da Floresta, uma coligação de organizações que trabalham na área do ambiente, desenvolvimento rural local a escala nacional em numero 12 com a sua localização em algumas províncias do pais onde também se incluem fóruns como a Terra, Rede Oram e outras.
Que analise fazes do estagio ambiental actual global?
Temos problemas de vária ordem, preocupantes com os quais devemos pautar neste momento a exemplo do aquecimento global, mudanças climáticas e todas as consequências inerentes deste fenómeno que deve ser preocupação para Moçambique.
Alguns desses temas começam a fazer parte do debate nacional constituindo preocupação para algumas pessoas e algumas organizações, contudo temos problemas terríveis locais, nossos a acontecer todos os dias com tendência ao agravamento e outros para a melhoria os quais constituem também um desafio, mas por de trás disto tudo, encaramos um problema a maior escala que é o défice de informação, consciencialização, educação e sensibilidade para com tudo que seja ambiente.
Que problemas gravíssimos são esses?
No meu ponto de vista existem dois problemas gravíssimos, um que constitui toda a problemática associada a água que é um bem escasso com uma distribuição deficitária, com pior qualidade em alguns locais e o mesmo vai continuar a ser um recurso escasso em algumas zonas para além da tendência da mudança climática alarmante.
O outro problema seria toda a redução da biodiversidade que o País tem a sofrer, obviamente aqui a questão será a redução da floresta e há muitos factores envolvidos o que reduz a própria biodiversidade com implicações para a fauna bravia, o equilíbrio ecológico nas relações que se estabelecem entre as espécies, a biodiversidade marinha costeira, pesca excessiva, a pressão agudizada sobre alguns recursos, a caca que resulta na escassez dos animais onde actualmente já não encontramos algumas espécies como outrora e por trás disto tudo esta uma forma de ser e de estar que tem que mudar.
A longo prazo a questão da água, o acesso a este liquido precioso por parte da população vai se agudizando, algo que faz parte do direito fundamental do homem a ser violentado. Que se espera?
É algo fundamental, contudo não esta escrito na constituição Moçambicana ma sele existe, o direito a água a semelhança do outro que é o direito a alimentação, mas que deviam estar escritos. Grande parte da nossa população não tem acesso, direito a agua e o apoio que os chineses estão a dar fosse trazer maior responsabilidade social e que pudesse ser canalizado através do nosso governo seria plausível, isto para reais necessidades dentro de uma linha sustentável, transparente, sublinhar que a transparência é vital quando se fala de exploração de recursos naturais.
Que politicas governamentais existem no Pais e como alcançar estes propósitos almejados?
Exactamente esta semana escrevi sobre algumas propostas as quais gostaria de ver espelhadas no novo governo. Uma das questões que sinto, e que apesar destes problemas começarem a fazer parte dos discursos ainda não encaramos o ambiente como uma grande preocupação, algo que efectivamente tenhamos que velar.
Em alguns casos constatamos alguns aspectos positivos, penso que um deles foi o papel do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), que acabou fazendo um pouco daquilo que nem acabaria fazendo enquanto órgão vocacionado para acção quando há uma situação de emergência. Acabou assumindo papeis que eu acho que deveriam ser do Ministério para a Coordenação Ambiental que existe mas não actua, talvez seja um pouco o reflexo de ainda não assumir - mos institucionalmente o papel do ambiente, começaria - mos por dentro daquilo que é o conselho de ministros atribuindo claramente um papel determinante e fundamental ao órgão responsável pelo ambiente.
Não chamemos coordenação que é coordenação coisíssima nenhuma, chamemos de acção ou ambiente mas acima de tudo temos que canalizar meios, recursos, para que este órgão funcione de facto.
Falando desses órgãos e essas politicas que acabam no papel, instituições quase que inexistentes apesar de algumas pessoas, governo estarem conscientes desta problemática que nada fazem e usam esses recurso para o seu próprio beneficio com muita madeira que vai saindo de Moçambique o que achas que esta a falhar?
Durante muito tempo vigorou uma teoria de abnegação, isto quando surgiram as primeiras vozes, associada a alguma Imprensa criticando em relação a exploração ou ‘saque’ da madeira nestes últimos 15, 16 anos de exploração desregrada de recursos florestais a tendência é refutar esses fatos alegando não constituírem a verdade mantendo se no mesmo diapasão de muita abundância de recursos o que não passa de uma tentativa de ocultar algo que esta a acontecer e que é real, grave, durante este período perdemos muita floresta e a pergunta que sempre faço é porque é que nós desatamos a licenciar algo sobre o qual não temos capacidade de controlo nem sequer sabemos que temos!
Se não temos um inventário que nos diga exactamente o local, o tipo de floresta que existe como é que podemos licenciar o recurso naquela área se não sabemos o que ali existe, capacidade de corte! Foi incrível e durante muito tempo pautamos nos por um inventario feito em 1994, muito generalizado que confirma que cortamos e continuamos a cortar e depois!
Não temos capacidade de controlo sobre os recursos, a fiscalização dos operadores privados, capacidade de estar em todos os pontos, e termos uma fragilidade é incrível para além de fenómenos como a corrupção e outros do género. Como e que permitimos que todos os anos sejam licenciamos operadores as centenas, isto no caso das licenças simples, é uma pergunta constante e o facto é que sem capacidade de controle, sem conhecer o que temos em termos de floresta muito se foi e hoje quantificar isso seria extraordinariamente complicado.
Em termo de numero a quantos hectares devastados o País se encontra?
São cerca de 217.000 hectares, cerca de 400, 555, 556 campos de futebol anualmente.
É importante sublinhar um aspecto é que quando falamos de floresta, as pessoas pensam logo em por o debate em torno da exploração feita por operadores em regime de licença simples ou de concessão florestal que a prior é direccionado a exploração que o sector privado vem fazendo. Atenção a floresta tem muitos outros factores de degradação, muitas causas e é importante que todos esses factores de degradação fossem tomados em consideração sempre que abordamos o assunto porque para além deste exercício têm uma prática das nossas comunidades que são as queimadas onde actualmente encontramos maior número da população envolvida relativamente ao passado e com muita pobreza ainda associada a este fenómeno.
Queimar floresta é regra e então imaginemos e juntemos o facto de não termos alternativas energéticas para os mais pobres que não seja a lenha e o carvão associando outros fenómenos como a mudança climática que contribui para a redução da floresta em Moçambique.
Quão viáveis são os programas de sustentabilidade e gestão comunitária dos recursos naturais existentes?
Existem vários programas de maneio local de recursos naturais por parte da população a título de exemplo o projecto Tchuma Tchato na Província de Tete que teve o seu inicio na década 90 mas muito orientado para o maneio comunitário da fauna bravia, entretanto este modelo passou a contar com o apoio de muitas organizações e ate de Países estrangeiros e actualmente existem dezenas de programas a serem implementados, alguns com sucesso e outros não, nem todas as experiencias são positivas.
Atribuir a população local um poder sobre o recurso é vital, a comunidade local tem actualmente um direito do uso e aproveitamento da terra independentemente de ter ou não um documento, a terra é dele mas o mesmo já não acontece em relação a floresta um aspecto que nós sempre criticamos na legislação, isto, porque a comunidade esta lá, tem a floresta sagrada mas qualquer operador entra, corta a madeira, não presta contas a ninguém e vai embora perante o olhar impávido desta mesma comunidade a qual não tira beneficio nenhum e isto continua a acontecer. Atribuir a comunidade uma espécie de poder, possibilidade de controlar o recurso florestal na área da qual tem ocupação é um beneficio, porem há modelos e modelos e alguns foram de sucesso.
Actualmente parece existir alguma vontade politica para que este modelo seja replicado, e, uma das coisas cunho com as palavras do falecido Director Nacional de Terras e Florestas que é aumentar e reforçar o papel das comunidades locais na gestão dos recursos, mas é preciso trabalhar muito, encontra soluções para as pessoas porque não basta entrar mos em discursos floreados, românticos.
Contudo é normal que onde há pobreza o recurso que existe deve ser usado mas obviamente aqui temos aquele fenómeno chamado de armadilha da pobreza onde a pobreza provoca a maior degradação ambiental, mais pobreza.
Degradação ambiental, pobreza ou ‘armadilha da pobreza. Moçambique é o ‘fast food’ madeireiro para a presença Chinesa?
Naturalmente que sim. A falta de controlo, do conhecimento dos recursos naturais ou não nos preocupamos em saber o que temos em termos de recursos antes de emitir licenças desenfreadamente da espaço para que encaremos a este fenómeno do crescimento da economia chinesa a um ritmo incrível mas que carece de matéria-prima para alimentar toda esta maquina gigantesca industrial emergente e viraram se para a madeira não só em Moçambique.
Neste momento o maior mercado fornecedor da madeira a China é a Amazónia no Brasil que vai desaparecendo em direcção a China porque os chineses estão sediados naquela área fazendo o mesmo que estão a fazer aqui no País e Moçambique neste percurso histórico desempenhou um papel não menos significante em termos de escala geográfica do País no fornecimento da matéria-prima com um impacto negativo porque nós não conseguimos controlar esta entrada de operadores asiáticos no mercado assim como aplicar ou garantir a real implementação da lei ainda que esta tenha buracos.
Não fomos capazes de permitir que os chineses entrassem mas que trabalhassem de acordo com a legislação do País segundo as regras de sustentabilidade florestal. Entraram, tinham dinheiro, conheciam as espécies que nós não conhecíamos em termos de valor no mercado, e entre os moçambicanos que lá apareceram constituiu uma oportunidade de se lançaram no negocio onde de entre estes operadores nacionais sem perfil, conhecimento na área florestal mas com o único intuito de aproveitar essa oportunidade de ‘mão beijada’ começaram a cortar a floresta, e, cortou se a floresta a grande e a francesa, e muita madeira saiu da pior maneira e os dados oficiais apresentados são uma coisa, mas nós temos conhecimento de que sobre esses dados oficias não sei quantas vezes saiu madeira ate que inclusivamente conseguiram fazer inflacionar o mercado em muitos aspectos. Os chineses entraram porque nós permitimos, nós é que vendemos a madeira.
Mas quem exactamente permitiu esta entrada isto para além de uma legislação que exclui do comunidade local no controlo e do aproveitamento florestal mas sim a outros com capital?
É a tal incongruência que sinto que existe na lei. Existe uma diferença significativa no tratamento da terra como recurso principal tanto no tratamento de recurso florestal o que significa que nós permitimos que muita desta floresta fosse abatida com dividendo insignificativos e significando para a económica, social, ambiental que se resume num desastre completo mas para a população local.
Se analisar mos como funcionou o tráfico da madeira na ponta final da década 90 e no princípio da actual 2000, verificamos que as coisas chegaram ao ponto de descontrole total num processos em que estava envolvido o operador nacional e gente muito grande que basicamente trabalhavam para os chineses.
Em alguns casos haviam chineses que exerciam a actividade florestal mas no geral os nacionais executavam e vendiam aos chineses que estavam no porto a espera, o chinês adiantava os meios de trabalho, dava o crédito coisa que portanto não era muito frequente na altura, diziam ao indivíduo que aqui esta o dinheiro, vai trabalhar, financiavam o operador nacional que se endividava e claro tinha que fornecer a madeira prometida, até as comunidades entraram no jogo da negócio da madeira de primeira classe que vendiam a ‘preço de banana’.
Resultado foi a intervenção governamental, houve medidas legislativas, uma politica de redução de licenças simples que é um regime mais simplista de exploração florestal, menos rigoroso e registou se uma subida gradual de contratos de concessões florestais que se traduz n um regime com mais implicações sociais e técnicas. Contudo pouco se alterou, e o que acontece é que os Chinês passam a ser concessionários florestais e recebem uma vasta área de exploração com a possibilidade de ele próprio sendo empresário concessionário de operar em Moçambique num a seu belo prazer. Portanto a licença concessionária florestal esta aberta a estrangeiros contrariamente a licença simples atribuída a nacionais e como concessionário florestal já dentro da área o mesmo continua a funcionar com o regime de licença simples.
Como é que se faz a reposição ou replanto das árvores?
A concessão florestal tem obrigações como plano de maneio que estabelece que por exemplo que ao longo de 50 anos vai se cortar tanto de madeira mas que a mesma deve ser repovoada e muito trabalho já foi feito e este repovoamento não vislumbra, salvo raríssimas excepções, não se planta, o que se planta neste pais é insignificante, cortar sim.
A China ramificando se a uma velocidade estonteante pela África e com um acréscimo de 10bilhoes de dólares direccionados a África para os próximos 3 anos. Como é que vês este processo de expansão a caca do tesouro?
A mim não me assusta, o único aspecto é que qualquer programa de cooperação tem sempre contra partidas, ninguém oferece dinheiro por oferecer e naturalmente que a China esta interessada em tirar algo de Moçambique com este programa de auxilio mas a questão é como é que nós podemos tirar proveito máximo deste apoio que pode não vir de outras formas mas sem que com isso tenhamos que abdicar das regras fundamentais num estado de direito, sem que tenhamos que entregar de ‘mão beijada’ recursos que são essências a construção ao desenvolvimento que se pretende sustentável ou nos endividarmos eternamente num processo que hoje pode parecer ofertar mas amanha não.
Sempre que se fala do gás natural, do petróleo a sempre um debate em torno da transparência no sentido de se ver a real aplicação da receita, na construção de um desenvolvimento que seja justo onde exista distribuição de riquezas mas já não notamos o memo quando de se fala do básico que é a floresta que é a fonte de vida que tanto se cortou e eu questiono o que se fez com todas as receitas que a floresta terá gerado, em termos de desenvolvimento sustentável? O que sei é que nunca se plantou uma árvore, nenhum tostão que a floresta rendeu foi aplicado em seu benéfico.
Era vital que houvesse transparência, controle onde o processo de tomada de decisões fosse aberto e feito com envolvimento do cidadão com mecanismos de controle independente. Esta tem sido uma das linhas que defendemos. A nossa floresta vai desaparecendo e ninguém sabe quantas licenças são emitidas, ninguém controla, sabe se o operador tem perfil, o que ele esta a fazer na floresta, de quem são os camiões que transportam a madeira, quem autorizou a sua saída do porto, quanta madeira esta no contentor. É difícil.
Mais uma conferencia das Nações Unidas concernente ao clima, isto a 15 brevemente em Copenhaga Dinamarca. Que se pode espelhar?
Era suposto que finalmente este fosse o momento de consenso que se considera vital para salvar o planeta deste desastre que é o aquecimento global, e, eu ponho a tónica no aquecimento global e não tanto na mudança climática porque acho que é um erro muito grande que as vezes olhamos para a mudança climática quando o que esta a causar as mudanças climáticas é uma serie de outros factores e não apenas as mudanças climáticas, a temperatura da terra esta a subir por causa dos gases com efeito de estufa.
Muitos de nós, estados comprometidos com esta causa sabem que é fundamental alcançar um acordo mundial que salve o planeta, a vida o que significa ir mais alem daquilo que foi o protocolo de Kyoto que não passou de um nado morto que entrou em vigor a cinco anos e esta completamente desactualizado carregado daquilo que foram as metas estipuladas em Kyoto no Japão que jamais conseguiriam trazer alguma mudança, e, pior é que não o respeitamos.
Hoje falamos na necessidade de reduzir muito mais relativamente ao que se pensou em Kyoto em 1997 e duvido que consigamos um acordo histórico em Copenhaga, penso que ainda não estão criadas as condições para que a comunidade internacional fale. Há muitos interesses em jogo, muita resistência a mudança, há muitos Países que assumem uma posição só para o Inglês ver, dão a cara pretendendo estarem muito preocupados mas por de trás passam tão premiáveis, falo mais de países, governos que estão mais preocupados com as pressões económicas, dificilmente se conseguira a adesão.
Temos vários blocos em Copenhaga, pelo menos o Secretario geral das Nações Unidas Ban ki-moon já disse, ate o próprio Papa preocupado com esta escalada do desastre ambiental e temos outras entidades, governos e alguns países da União Europeia que já deram um exemplo encontrando se acima da meta da própria União Europeia que são resultados não satisfatórios e existem Países que estão mais adiantados, como a Dinamarca, Alemanha, mas não sei se a maior parte deste mundo esta preparado. A China, Índia, Brasil, África do Sul, México fazem muita diferença, são como uma espécie de G-5 para além do G-8, cinco países em vias de desenvolvimento em maior expansão, as grandes economias actuais.
Vossos projectos?
Próximo ano em termos de intervenção, actuação vamos estar um pouco na área da educação, sensibilização o que constitui uma linha importante do debate onde pretendemos estar presentes em todos relacionados com florestas e uma oportunidade inclusiva de moldar a forma como a participação publica acaba sendo feita, achamos que esta muito ma. É um aspecto positivo mas que esta a ser mal organizado pelo Fórum Nacional de Florestas que era suposto ser um momento em que a sociedade civil, a academia no geral, sector privado se pronunciassem livremente em torno destas questões florestais do País.
Portanto uma vez por ano se realiza um fórum e a entidade que patrocina e que organiza esse fórum, isto é, o Ministério da Agricultura através da Direcção Nacional de Terras e Florestas, contudo o que se vê é que parece que de fórum não tem nada, um fórum dirigido pelo órgão que emite licenças, conduz e os temas de debate são fixados a prior com ‘timings’ e tudo aquilo acaba sendo cosmético.
Queremos que não seja o mesmo, pelo menos que se consiga uma rotura pelo governo. É positivo que exista um Fórum mas que não se esgote num dia, que vivamos os 345 dias de fórum.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Mozambique/Maputo city



Celebracao dos 122 anos da cidade de Maputo. enquanto era entrevistado pelo Mucopo colega da Radio Mocambique, disse o que acidade estava a celebrar 10anos. ele disse que eram 122 e rebati 22 , nao 122. mas na madrugada apercebi me que nao esta tao perdido na celebracao dos 122 graus da cidade, ja que de pernas para o ar anda.

Maputo city's day 122 years.
while i was being interviewed by a colleague o f mine from Radio Mozambique Mucopo at that night i tald him that the city was celebrating 10 years. that he told me 122, i asked him 22 and he said no. 122 years and i realized that i was litlle bite wrong until the next morning.

but i discovered that i was right, the city was celebrating 10* 12 years and someting.
here is the result. Celebration of 122 degrees of the city

impunidade/impunity



thunderstorm
tempestade

apatia/does not matter


cinzentinhos a solta
rumble

brutality/brutalidade



alo policia, nao esconda tira a pora da bota do meu peito.
hey cop take off your boot from my chest

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

GLANDE PEITROS



Glande Claudine Peitros
Estacios Valoi
28/10/09
De Suriname a Holanda para onde se deslocou na companhia de seus pais e duas irmãs já nos anos de 1968 com um objectivo em mente ‘ ser aceite ‘.
Proveniente de uma família humilde, pobre, contudo na casa sempre havia comida para manter o seu interior quente ‘ assim dizia a mãe.
Quando é que começas a cantar e o que te levou a trilhar este caminho?
Começo a cantar ainda na tenra idade, na casa dos 6 anos de idade imitando várias estrelas que apareciam em televisão, por essa razão tornou se mais fácil estar mais por dentro da música apesar da falta de meios financeiros para que a minha família pudesse pagar aos professores para a minha educação musical. Adoro a música,
Fui sendo auto didacta aprendendo comigo mesma, a partir do meu quarto, mas fazia tudo com uma tonalidade na qual transparecia a minha determinação de cantar e um dia também fazer parte da televisão, passando por ela a exemplo de algumas cantoras negras que tenho como ‘mastro’ a Tina Turner, Diana Ross que as amo e pensei que um dia pudesse ser como elas.
Quando é começas a sentir te integrada no panorama musical cultural aqui na Holanda?
Após ter ganho muitos prémios em concursos musicais aqui na Holanda, em 1984 da se a primeira viragem, tinha chegado o momento de dar o ‘ salto’ para um outro nível. Foi quando um suposto produtor musical ou organizador veio ter comigo e disse me que estava a procura de pessoas, um candidato para uma posterior selecção em um programa televisivo perguntando me se estaria interessada estaria interessada.
Qual era o nome do show televisivo musical?
O nome era ‘Stars on your eyes’, estrelas nos teus olhos, um programa que percorreu o mundo todo a semelhança do ‘Idols’, ‘Ex Factor’, mas isso foi muito antes da criação destes dois últimos, falo de cerca de 25 anos atrás no qual ganhei, ocupei a primeira posição, sabes o que é isso! Fui a primeira rapariga negra a aparecer na televisão com um título do género. Venci e para a minha família foi muita alegria, prazer, festa, porque podia. Tinha dinheiro, podia fazer algo, dar mais o mundo a minha mãe, para mim e para as minhas irmãs, todos estavam satisfeitos por me ter tornado famosa, mas a fama não é tudo sabes!
Tanta alegria jubilação, fama, não te perdeste no estrelato pois não?
Comecei a ver espectáculo nas pessoas, a forma como me abordavam e não gostei tanto de me ter tornado famosa.
Porque é que o facto de ser famosa já não te ‘agradava tanto’ não tinhas controle sobre ti?
Claro que estava no meu estágio consciente e nada de viagens alucinantes. Nunca usei nenhuma droga e muito menos fumar um cigarro, sou forte.
Então qual era o cerne da questão?
Não gostava das pessoas em meu redor naquele mundo da fama, não gostei mesmo porque eram falsas, mas falsas, sempre queriam algo de mim e nunca quiseram conhecer a verdadeira pessoa dentro de mim e sou sensível.
Essa sensibilidade permitiu te que encontrasses todas as mulheres no teu interior?
Hoje na Holanda, e em um espectáculo aqui próximo de Flood Gans em Rotterdam, significa o meu retorno, mais ainda porque antes de ontem compus uma canção para a África do Sul… penso que é para a copa mundial de futebol a ser realizada próximo ano. Gravamos a música e é bonita.
Qual é o titulo da canção?
Não te posso dizer porque a companhia pediu me para que não divulgasse, mas já esta gravada e foi fantástico incluir as línguas africanas como 'background', o fundo musical, cantando com aquelas crianças numa canção com mensagem e isto é o que realmente sou. Hoje canto aquilo que é o meu suporte, que me da sustentabilidade, coisas que posso enviar, partilhar com orgulho e posso dizer que depois destas palavras, quando me expresso, dizem tudo é isto que sinto e é isto que eu sou.
A musica que anteriormente fiz, transpareciam vozes de outras pessoas, o cantar das pessoas em uníssono ‘ coro’, não era eu mas talvez o produtor que queria que eu ficasse no lugar dele ou que representasse os seus sonhos de infância fracassados em que o mesmo se sentia ou via se famoso.
Quando estava em palco era como se não fosse eu mas sim o meu produtor, arruinando o meu espectáculo. Era muito jovem mas forte ate que o disse que nunca mais queria que ele se intrometesse ou que tentasse cantar por mim em palco, fui sentar me no acento de trás do carro e mandei o passear.
Em vês de decidir, estavas furiosa com aquelas pessoas ‘ aves de rapina’
Agora estou carregada de mais sabedoria, forte e é o momento de trazer ao de cima aquilo que me dignifica, a verdadeira pessoa em mim provar a mim mesma quem sou, minha família, meus filhos que estão a crescer lindamente e tenho um marido fabuloso que me apoia e conhece me muito bem afinal de contas estamos juntos desde a nossa adolescência. Glande Peitros esta de Volta!
Disseste que gostas da Tina Tunner, Diana Ross e que cantas muito as musicas destas duas divas. Relativamente as suas próprias composições a que estagio te encontras?
Trago aqui uma banda mas venho cantando a solo e actualmente com um leque de 30 composições
A maioria das minhas musicas as quais escrevo versam sobre amor, relações sociais, forma de estar de se relacionar com as pessoas, o que podes fazer por ti também podes fazer pelos outros, saber partilhar o prazer da vida, cuidar, apoiar o seu homem de excelência e não ser ganancioso, glutão porque a cobiça põe nos solitários. Acabamos sozinhos sem ninguém a espera na próxima esquina.
Ate aqui 30 canções.
Não compus ou gravei tantas porque decidi parar, mas hoje estou de volta e com as minhas próprias pernas.
Estão todas no mercado discográfico e como banda a que ventos sopram?
Não todas. Como banda com o nome de ‘’ Middle Last Time’ tive que escalar um outro nível, esta coisa de ‘Rock and Roll’ não faz parte de mim. Tenciono fazer algo mais sério, as minhas próprias composições assim como produção. He’, recentemente fez um curso e fui aprovada, tenho os papéis.
Que curso?
Um curso televisivo que também engloba um pouca da área técnica da qual também gosto. ‘Não preciso de mais ninguém’ a fazer por mim aquilo que posso fazer, posso fazer as minhas próprias coisas e ter o controlo da minha produção pessoal.
A quanto tempo actuas como banda?
A sensivelmente 4 anos carregado de muitos concertos e sem nenhum álbum no mercado.
Atingi a fama neste espaço aqui na Holanda com mérito e algumas das pessoas mais velhas tem me em suas mentes e tratam me com amor, carrinho como acabaste de presenciar. São entusiastas, maravilhosos e tem boas memórias, boa relação assim como tenho para com elas e que encontram em mim a sua juventude, um tipo de espelho mágico.
Quanto a banda para mim é como se fosse uma aventura assim como uma forma de me encontrar e continuo a gostar da turma que a compõe.
Actualmente com dois filhos.
Claro. As crianças foram as primeiras a nascer, continuam crescendo, sempre precisam da mãe e quando estou com eles a criança dentro de mim acorda, adoro.
Alguns músicos ou digamos neste caso mais do sexo feminino ter um filho, babe durante a sua carreira artística consideram um ‘peso’?
Mais uma vez. Não escolhi ter os filhos, ou ficar a espera para os ter mas tarde porque o meu corpo pediu. Sou uma mulher e deveria ter filhos quem sabe se quando estiver mais velha poderei não estar capaz de conceber! Talvez mas não é isto que quero, tenho dois rapazitos saudáveis, são a minha alegria e estou satisfeita.
Próximo projecto?
Tenho uma banda no feminino, composta por 3 jovens adolescentes com os seus 15 anos, as quais estou a educar, formar na forma-las na área musical, da composição e outras ferramentas necessárias a qual ostenta o nome de ‘Blush’, escrevo as músicas para elas e são o futuro, são jovens.
Quanto a mim tenho alguns projectos organizados talvez visite Moçambique. Vais ouvir falar de mim, verdade.

IVAN MAZUZE




Ivan Mazuze tocou e encantou
Estacios Valoi
Fotos: Estacios Valoi
28/10/09
Entre Cape Town e Maputo, desta vez a escala foram diferente não fosse o seu novo trabalho que o trouxe de volta a casa para na presença de cerca de espectadores semana finda no Centro Cultural Franco Moçambicano o jovem trouxe o seu 1 CD intitulado ‘Maganda’
Maganda é um álbum que trás consigo todas as aspirações do músico guardadas ao longo dos anos ate a sua gravação.
Segundo o músico o álbum vem em resultado das suas reflexões experienciam em torno da sua carreira por onde teve o prazer de actuar com vários agrupamentos assim como a sua vivencia pelos lugares onde viveu numa combinação única de vários estilos difíceis de discernir considerando o seu estilo de Afro Funk Groove
Apesar de ter experimentado tocar os seus instrumentos a sua maneira, pensou melhor cruzando a fronteira com destino a Cape Town onde enquanto estudava ia criando a sua própria produção e envolvendo se em outras áreas musicais e administração.
Mizuze sai de Moçambique já com o seu diploma da escola Nacional de Musica de Maputo na disciplina de música clássica antes da sua graduação em mestrado na Universidade de Cape Town

são vários os músicos com quem Mazuze tocou, a exemplo de Jimmy Dludlu, Hotep Galeta, Judith Sephuma, Jonathan Butler, The Mike Campbell Big Band, Loading Zone e outras mais, uma lista infindável.

Neste primeiro trabalho discográfico do músico fazem parte da produção Kevin Gibson – drums Mark Fransman – piano, Camillo Lombard – piano, Andrew Lilley - teclados, John Hassan – percussion, Tony Paco – percussion Graham Beyer - trombone, Melanie Schultz - vocals, Nomfundo Xaluva – vocals, Hlulani Hlongwane – vocals, Heinrich Frans - vocals

‘Sou um musico Moçambicano, radicado nas terra do Rand que toca o que sente quando esta no palco mas inspirado pelas coisas da vida, as pessoas, a pobreza que me põe a tocar melodias tristes’.
‘Esta musica e dedicada a Samora Machel’, e o público não se fez por esperar enchendo o ar de aplausos num Franco que estava abarrotado de gente que acorreu a aquele espaço para ver Mazuze tocar como nunca na noite do ‘Maganda’.
O público já sedento, vai poder ter o trabalho deste músico nas suas casas, público este que também tocou a sua maneira a espera de poder comprar e ouvir o disco já no seu ninho, pelo menos desta vez a ressaca não será como antes, tudo que é bom sempre tem os minutos contados.
Como é de ‘praxe ‘ mais uma vez a pontualidade foi posta em causa marcada por mais um dia de imposto de tempo acrescentado (ITA), isto porque o concerto estava agendado para as 20h locais mas que só começou uma hora mais tarde.
O concerto foi produzido por ‘Mafalala Libre’ a esteira do ‘Verão Amarelo-Mcell’ e outras empresas como as Linhas Aérias de Moçambique, os Aeroportos de Moçambique, Iodine, Brithol Michchoma.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

LUCKY DUBE

Lucky Dube

Estacios valoi
02/03/09

Durante a continuidade da sessão de julgamento do caso Luck Dube quinta-feira passada, o ultimo ate aqui, o juiz Seun Moshidi não se fez esperar perante a tentativa do advogado dos acusados tentar manobrarem o curso das declarações que vem sendo feitas pela testemuha do Ministério Publico Thabo Marupinga.

Perante tal facto, o juiz “vaiou” o advogado de defesa Vincent Soko apelando o para que não fizesse acréscimos verssionados das declarações feitas pela testemunha de forma a não desviar a atenção da testemunha assim como a do tribunal. Na ocasião o juiz afirmou ’ a testemunha não esta barralhada. Voce é quem esta confuso.

Por mais de 5 vezes durante o exame cruzado de provas no tribunal, Soko tentou confundir Thabo Maruping com factos inconsistentes relativamente aos passos que levaram a morte do musico por este já relatados ‘testemunha’ a aquela instancia superior de magistratura.

O advogado do ministério publico Lethabo Mahine rejeitou as alegações feitas pelo seu colega de defesa Vincent Soko, argumentado que este estava a persuadir o seu constituinte, isto e, do ministério publico, tentando desvia-lo perante o processo de auscultação das testemunhas que vem sendo feito pelo tribunal.

Soko que imediatamente se desculpou perante o tribunal, apôs a advertência feita pelo Juiz de que ‘ só e só a verdade estava em questão, apelando ao advogado da seguinte forma; ‘ perante a testemunha, daqui em diante opte pela versão correcta dos factos. Contudo, ‘segundos’ depois o advogado voltou a ‘meter os pés pelas mâos’ ao cometer o mesmo deslize.


Soko questionado pelo juiz Seun Moshide sobre a sua conduta, devidas as incongruências por ele cometidas por mais de uma vez, o advogado respondeu afirmando que a testemunha parecia perturbada.

Moshid rebateu aludindo que a testemunha não estava confusa, mas sim o proprio advogado. Na ocasião mais uma vez o juiz clamou pelo uso da versão certa dos factos relatados pela testemunha no tribunal.

Soko que tentava sair de mansinho do ‘ embroglio’ em que se metera, voltou a desculpar se. Todavia, minutos depois voltou a mesma discrepancia.


O Juiz ‘ cansado’ de muitas desculpas, afirmou ‘minutos antes disse-te para que te mantivesses na versão certa dos acontecimentos expressa pela testemunha. ‘’vamos prosseguir na mesma forma, você fazendo alusão da versão incorrecta e quando a uma objecção opta pela retirara da pergunta exposta”?

Soko a posterior admitiu que também estava baralhado. nesta ordem de ideia, o juiz disse o para que reorganiza-se o seu raciocínio porque estava a confundir a testemunha.


Quanto ao julgamento muita tinta ainda vai correr.

ZOLANE MAHOLA


ZOLANE MAHOLA

Estacios Valoi

Não foi a vossa primeira e nem a ultima vez em solo Moçambicano, mas primeira num festival daquele género ‘ jazz’ , o qual se pretende que venha estar no ranking dos dez mais a nivel mundial num espaço de cinco anos. Qual é a vossa expectativa? Que vislumbra de novo pelo horizonte para publico que vos espera?

Zolane Mahola-Já me falas do horizonte e vem mesmo a calhar. Estou nesta noite sentada de olhos fitos para céu cheio de estrelas enquanto penso. Ia, horizonte o outro lado de lado. foi a nossa primeira vez num evento daqueles patrocinado pela Mcell, mas referir que mentalmente já nos encontravamos em Maputo a espera do dia ´D´.
É sempre bom actuar em Moçambique, nossa segunda casa, lembro dos momentos fantásticos durante a nossa ultima estadia.
Podemos transbordar como oceano ao encontro do mundo que presenciou o nosso concerto.

Transbordar do oceano! Não estavam a pensar em provocar um ´TSUNAME´ quando escalaram Maputo Moçambique?
Zolane Mahola-´Risos´
Evidentemente que não, mas como sempre esperamos uma nova e diferente aparição perante o publico, cada evento e impar, e aquele ainda mais considerando que foi o preludio de uma nova fase no cenário musical ´cultural´ moçambicano.

Quando ‘e que comecas a cantar com Freshlyground?Comecei a cantar com Freshlygroung em 2002, quando estou no palco adoro balancar de um lado para o outro, sempre que encontro nele celebro mais um aniversario de vida, renascer . para nao falar dos nervos a flor da pele que me forticam sempre que encaro aquela moldura humana.

De que pote bebas a tu inspiracao?
Zolane Mahola- A vida, as pessoas, as circunstancias e os momentos que esta nos oferece.

Uma das bandas jovem bem sucedida não só na Africa do Sul mas também em outros quadrantes a nível mundial. Como foi a vossa ultima tournée pela Europa?
Foi excepcional, contando que algum publico já conhecia o nosso reportório. Estivemos pela Inglaterra, Dinamarca, Espanha, enfim o resultado foi fantástico com os concertos repletos de gente, o que significa um reconhecimento relativamente ao nosso trabalho.

Quem ‘e Zolane Mahola-Sou uma rapariga como outras que gosta de se sentar comer peixe uma boa conversa com amigos e uma garafa de vinho no meio.

Em que pé esta a vossa integração neste mundo da musica feita de vários embrólios?
Zolane Mahola-Nada é assim tão fácil como parece. São concertos seguidos, correrias para cima para baixo palco, estrada e as vezes não há tempo para outras coisas, em fim um turbilhão. Quanto a nossa integração na Africa do Sul, é algo que vai se fazendo paulatinamente ,claro que a ferro e fogo na continua conquista do nosso espaço. vem se concretizando nesta procura permanente de fazer mais e melhor.

Aquando da vossa estadia em Maputo em 2006, que mais vos marcou?
Zolane Mahola-Muita coisa, para não mencionar que temos um elemento Moçambicano na nossa banda que é o Julinho de quem em vários momentos tragamos algo sobre o País. Mas mais do que nunca foi o calor com que fomos acolhidos, mais calor das pessoas, a curiosidade em saber mais sobre a banda e os jornalistas que sempre andaram por perto em esta e aquela entrevista. Infelizmente não pude ficar mais tempo de forma a explorar mais os ritmos locais, a gastronomia, as artes plásticas e por ai em diante.

O vosso numero de álbuns produzidos vai de vento em popa. Quantos álbuns Freshlyground têm neste momento, qual é o vosso preferido e qual tem sido o vosso progresso?
Continuamos a trabalhar e neste momento temos seis álbuns. Seria difícil dizer qual é o nosso preferido, quando uma mãe tem dez filhos, estes são todos queridos apesar de deixar mais mimos e atenção para o ultimo filho o ´bebe´ da casa, então são todos preferidos e sempre postos em berço, balançando, acarinhando os.

E o convite que vos foi feito para actuarem em primeira mão no evento sobre a copa mundial de futebol realizado ai na Africa do sul ano passado em Johannesburg no que concerne ao sorteio da serie das equipas que vão participar no evento, cujo o mesmo foi difundido em directo por algumas estacões televisivas e outros medias a nível mundial?
Não era de esperar esperando, enquanto trabalharmos arduamente transformamos os nossos sonhos em realidade. De facto uma surpresa, mas principalmente o reconhecimento pelo contributo que temos dado na arena musical, não só pela Africa do sul mas pelo mundo levando alto o nome deste pais e não só, mas também o de Moçambique afinal de contas temos uma veia ´Julinho´ Moçambicana nesta convergência de ritmos que fazemos ´future´

Naquele festival tendo a mCell, a Rádio 9SFM e outros associados como os produtores do festival internacional de Cape Town a espAfrika qual é a tua opinião?
É de louvar a iniciativa destes, a companhia de telefonia móvel que vem abraçando a área cultural na medida do possível em Moçambique, claro sem deixar de lado os outros parceiros que juntos formam este conjunto que fazem com que coisas desta natureza aconteçam em prol da cultura.

O que pensam em levar a proxima vez que cruzarem fronteira para aquela zona do indico?
Zolane Mahola-O melhor dos freslyground que esse povo merece.

Os teus medos, dos teus fantasmas, dos teus eus. Onde e que escondes?
Zolane Mahola-Tenho medo quando me comporto como idiota, como quem nada sabe sobre a sua pessoa e outros e quando nao posso controlar as minhas emocoes.
Os dias sao todos importantes, e’ conhecido destino desconhecido em que todos os momentos, dias fazem parte de n’os .

SELAELO SELOTA


SELAELO SELOTA

Estacios Valoi

Quem é Selailo Selota?
Selailo sou um músico sul-africano nascido na Província do Limpopo no Norte da África do Sul, proveniente duma família rural pobre, a minha música começou nas minas de ouro Dearly Ground após ter visto muitas pessoas tocarem música tradicional e guitarras por um período de três anos os quais permaneci nas minas. Antes da minha ida a Johannesburg onde posteriormente encontrei centro teatral repleto de salas onde trabalhei como empregado de limpeza, assim como no teatro de nome ´Keeps´ onde também trabalhei como empregado de limpeza, Keeps era o local de concentração de vários músicos no desenrolar das suas variadas sessões musicais.

Após trabalhares nas minas, a posterior passas para a área musical onde te encontras actualmente ate. Como é que descreves essa viragem?
Após concluir o nível secundário, decide procurar emprego em várias instituições principalmente devido ao meu nível social baixo e originário de uma família humilde. Tantas portas bati, contudo o resultado foi negativo. Após tantas andanças fui as minas onde não se pedia nenhum certificado de habilitações apenas forca bruta para poder sustentar a minha família e minha mãe numa infância marcada pela ausência do meu pai.

Sabia que trabalhar nas minas era um começo mas com a finalidade de atingir outros patamares.

Não foi fácil atingir o estagio em que estou hoje e com estatuto de musico. Trabalhei nas minas com pessoas de diferentes lugares, países, regiões, tradições, partindo do Malawi, Suazilândia, inclusive Moçambique e por ai em diante. Nas minas éramos divididos em blocos residenciais de acordo com a nossa proveniência, os do Botswana aqui, os Zulos lá, e assim em diante.

Aquando da minha estadia nas minas pratiquei atletismo na categoria de distância média por ai 21km, meia maratona, o que me permitiu quebrar todas as fronteiras que pudessem existir nas minas e ainda hoje continuo a correr pelos palcos.

Para mim as minas serviram de campo de treino e de alavanca para enfrentar o mundo da cidade o qual muitos temiam. No meu caso foi fácil após ter permanecido no subsolo minas, dentro da terra enlatado como um peixe. Mas a terra é tão enorme que eu parecia um grau de areia nas profundezas da terra.

E quando é que descobres que tinhas encontrado o que consciente ou inconscientemente andavas a procura?
O meu périplo na arena musical começou quando eu tinha 22 anos. Na época em que descobri que podia aprender a tocar, cantar, comprei a minha primeira viola acústica barata sem qualidade ao preço de 150 rands, é com ela que dou o meu primeiro salto. Infelizmente já não a tenho comigo, a minha criança ricem nascida naqueles dias ficou com um dos músicos de Port Elisabeth que na altura vivia em Johannesburg e tocava para a banda do musico George Lee um dos que fazem parte do crescimento de Jimmy Dludlu.
Nessa fase o musico utilizava a minha viola para os seus ensaios e posteriormente mudou se com a família e lá se foi a minha filha outrora recem nascida.

Actualmente com muitos admiradores e amantes do teu ritmo jazz, na mais eloquente forma de tocar. Como é que te sentes?
Hoje sinto me abençoado e não seria possível atingir o estagio em estou sem a ajuda de deus e o amor das pessoas.

No conjunto dos quatro álbuns. Qual e o ultimo assim como o titulo?
O meu último álbum e intitulado ´The Azanian Song Book´

Qual é o significado?
Quando a África do Sul lutava pela sua liberdade as pessoas pensavam que assim que atingisse a independência mudaria de nome para passar a chamar se de Azanian e não África do Sul como é hoje conhecida.

Mas antes pesquisei a palavra ´Azanian´ descobri que era relevante, e, não podia intitular o meu álbum de ´South African Song Book´ mas sim ´Azanian´ isto porque constatei que os vários países da região ou da África tem um aspecto em comum. As terminações dos nomes dos países por exemplo encontram ´I, A´, Nigéria, Etiópia, Tunísia, Abissínia, Namíbia, Argélia. Entendes? E por outro lado países com a letra ´Z´ como Moçambique, Zâmbia, Tanzaniana por ai em diante e achei este aspecto relevante.


Como descreves a África do Sul Nos dias de Hoje?
África do Sul é um país dinâmico em processo de mudanças que tiveram o seu começo em 1994 antes da eleição de Nelson Mandela como presidente. Após a investidura de Mandela como presidente as pessoas tiveram a sua liberdade ate ao ponto de pensarem que podia interpretar essa liberdade a seu belo prazer gritar saltar... a África do sul atingiu a sua liberdade mais o povo não alcançou a sua liberalização.

Quando se é livre faz um pouco de tudo conforme o nosso desejo, mas, quando se atinge a liberalização as coisas fazem se com conhecimento de causa e todavia a África do Sul esta na sua fase mediana do processo de libertação alem a liberalização.

Um dos maiores problemas é que as pessoas confundiram liberdade com libertinagem. Vejamos o livro ´Negro Capitalism ou Capitalismo Negro´ e percebe se. Ainda há muito por ser feito, antes as pessoas não tinha acesso as casas de banho porque vinham escritas ´White only´, e em resultado disso as pessoas encontravam se pressionadas, aprisionadas aliviando se na próxima esquina que encontrassem, arvores...

Muitas pessoas continuam a fluir a cidade vindo das zonas rurais do pais e o modo de vida é diferente, lá não existem casas de banho públicas assim com em muitas pessoas a mentalidade esclavagista da época do apartheid contínua patente no seu dia-a-dia.

Sempre que toco exponho mais a África e não propriamente a África do sul apesar de estar enraizado aqui, estou mais aberto para continente. Se for a Moçambique e banhar me naquelas belas praias e ouvir e tocar com músicos moçambicanos, logicamente que isto sempre desperta o outro lado esquecido dentro de mim e vem facilmente ao meu interior, por isso nas minhas musicas podes vir a escutar algo do ritmo moçambicano.

Em Guiane a muitas pessoas que falam a língua tradicional Changana assim como em Moçambique, e não se pode dizer que não são as mesmas pessoas. São as mesmas apenas divididas pelas fronteiras que foram criadas pelos homens.


Estou a trabalhar no terceiro álbum da Judith Sephuma assim como escrevi e produzi o primeiro.
Qual será o nome do álbum?
Não sei só ela pode dizer. Mas como digo, quando a minha filha canta e quando eu canto zip, quero dizer, esta com a mãe, Selailo atriiill apa.

RINGO 2


‘DING DONG, OS SINOS TOCAM’
Estacios Valoi
28/02/09
Ambos os ritmos serteiam divinos. Contudo foram dias a procura do outro, as vezes perdido no ‘hifen’ par que pudesse escrever ao Ringo caso fosse necessário acrescentar algum dado sobre a tertúlia no momento. Entre o cruzamento das linhas o ruído era permanente que por alguns instantes dificilmente percebia o que ele tentava explicar me, se o ‘hífen’ no seu correio electrónico, deveria ser colocado no meio ou mais abaixo. Em fim foi como ‘ o ultimo voo do flamingo título de uma das obras literárias do Mia Couto que brevemente estará nos ecrãs. Era preciso beber e beber mais e claro com a tua permissão rasgo o título.
A minha viagem continua a procura do outro e desta vez coube a Ringo Madlingozi, musico sul-africano conhecido entre nos cuja sua ultima actuação em solo moçambicano realizou se na catedral da cultura Cine Africa. Ringo que se encontra entre os vários nomes sonantes das estrelas que vão actuar nesta 10 edição do festival internacional de Jazz Cape Town a ser realizado brevemente destacam se nomes como o do saxofonista McCoy Mrubata, o guitarrista Sul-africano Dr.Philip Tabane, Cape Town Orquestra Jazz, a primeira profissional após o Apartheid. As 16 pecas constituem o cérebro da criança do pianista lendário Abdullah Ibrahim.
Também estarão presentes o guitarrista Jonathan Butler que vai actuar na companhia de Dave Koz, o pianista Mikel del Ferro, Sibonguile Khumalo, Shannon Monday, Al Foster Quartet, Arturo Lledo, o Grupo Dave Libien, Dianne Reeves, Emily Bruce, Freslyground, Hugh Masekela, Incognito, Jonathan Rubain, Kyle Eastwood, Loading Zone, Maceo Parker, Maurice Gawronsky, New York Voices, Peter White, Rus Norwich’s colective imagination, The Stylistics e Zap Mama.
Mas agora vou ao encontro do outro no festival, mas antes a outra linha dos músicos que também estarão presentes nos 5 palcos a serem montados para o espectáculo.
De entre estes encontram se os 340ml, Prisioners of Strange, Goldfish, Kyle Shepherd, Magic Malik, Napalma, Ndumiso Nyovane, Pete Philly e Perquisite, Robert Glasper e The Experiment, Shakatak, Siphokazi, Southpaw Stewart Sukuma...

De Volta ao Ringo
Porque é que levaste muito?
A dois dias que tenho estado no estúdio.
Que andas a fazer pelo estúdio?
Estamos a trabalhar no projecto do Sibonguile a sua visão na melhor forma de criar uma plataforma de trabalho própria, ’nossa’ de modo a perdoar aqueles que outrora nos oprimiram como sul-africanos.


Será esta uma versão do processo Verdade e Reconciliação!
Segundo Ringo esta iniciativa visa sarar as feridas, libertar se da dor e a magoa que nos como velhos e jovens sul-africanos temos vindo a carregar dentro de nos. Este evento será realizado no proximo mes de Marco nos dias 20 e 21 de Marco próximo.
Pelo menos estas de volta. Ringo, por este mundo fora. Quem você realmente e”? o homem, musico e quais são os teus ideais?
Sou um músico que crio a música com a forca em mim, o amor, a sabedoria do universo na cura daqueles que tem a oportunidade de ouvir e entender a mensagem contida na minha música.
Mais uma vez convidado a fazer parte do festival. Qual e o teu sentimento?
Foi uma honra ser convidado 10 anos atrás para fazer parte do 1 Festival Internacional de Jazz de Cape Town, e agora que se celebra o 10 aniversario é formidável estar de volta, é uma outra grande honra, maravilhoso.
Como é que e feita a composição das suas musicas? Trazes contigo uma espécie de um codigo bíblico que te guia?
Estacio, sempre que entro no estúdio pouco sabe ou quase nada sabe sobre o que vou gravar. Entro com uma crítica clara e passado um mes lá estão as 12 músicas que serão o reflexo do meu modo de estar de viver o momento. Em norma peco um ‘click’, na nossa linguagem musical pede se tempo ‘ ritmo’ ao engenheiro de som e escuto as musicas em torno do meu espaço. Creio que poderia criar uma canção por dia como acredito que ‘ cada dia e uma canção’.
Quando é que o primeiro ‘click musical vem a sua cabeça?
Cresce cantando. Nunca utilizo um realejo artificial na criacao da música, seja no estúdio ou numa actuação em vivo. Não actuo para impressionar mas sim para satisfazer a minha necessidade interna espiritual.
Hoje a Africa do Sul com um índice elevado do consumo da cannabis sativa, primeiro no ranking mundial. Que transparece na tua mente?
Não estou interessado na quantidade da Cannabis Sativa que a Africa do Sul tem. Estou sim interessado no bem-estar dos meus compatriotas sul-africanos e o ser humano no mundo.
Quando fores ao palco nos dias 3 e 4. De que será composta a sua vestimenta?
O que vou vestir constitui uma surpresa pessoal assim como o meu voto é secreto
Enquanto divago na busca do outro, quiçá perdido algures neste mundo, descubro que ainda não o encontrei, engraçado e que todavia sei se o outro e o outro ou outra ou um objecto sei la. Vou embarcar no ‘ último voo do flamingo. Quem sabe não encontre o outro.

RINGO MADLINGOZI


‘’ DING DONG, THE BELLS RING’
Estacios Valoi
27/02/09
Days trying to find the other sometimes lost on ‘Hyphen’ to write Ringo his email in case of something missing. I could not hear him properly when he was explaining to me if the ‘hyphen was to be set on the middle on at the bottom. Anyway was like ‘the last flighty of the flamingo’, of course Mia Couto’ (Mozambican writer), with your permission in using this words, the title of one of his books soon to be screened.
Ringo Madlingozi, the South African musician well known among the Mozambican people and once performed at Mozambican hall of culture ‘Cine Africa’ in Maputo is between those who are going to be at the festival such as the South Africa’s guitar wizard Dr. Philip Tabane as well as award-winning, saxophonist McCoy Mrubata. “Jazz meets Opera’. Also present is Cape Town Jazz Orchestra, the first professional and city-wide jazz orchestra in post-apartheid South Africa. The 16-piece unit is a brainchild of the legendary pianist Abdullah Ibrahim.
“ The guitarist Jonathan Butler/saxophonist Dave Koz guitarist Jonathan Butler/saxophonist Dave Koz, Dutch pianist Mike del Ferro, South Africa’s diva Sibongile Khumalo and locally-based saxophone talent Shannon Mowday, Al Foster Quartet, Arturo Lledo (Spain), Dave Liebman Group (US), Dianne Reeves (US), Emily Bruce (RSA), Freshlyground (RSA), Hugh Masekela (RSA), Incognito (UK), Jonathan Rubain (RSA), Kyle Eastwood (US), Loading Zone (RSA), Maceo Parker (US), Maurice Gawronsky (RSA), New York Voices (US), Peter White (UK), Ringo Madlingozi (RSA), Rus Norwich’s collective imagination (RSA), The Stylistics (US) and Zap Mama (Belgium).
340ml (Mozambique); Prisoners of Strange (RSA); Goldfish (RSA); Kyle Shepherd (RSA); Magic Malik (France); Napalma (Brazil/Mozambique); Ndumiso Nyovane (RSA); Pete Philly & Perquisite (Netherlands); Robert Glasper and The Experiment (US); Shakatak (UK); Siphokazi (RSA); Southpaw (RSA) and Stewart Sukuma (Mozambique)...
But now I have to fly to the encounter of the other and also of the Cape Town International Jazz festival soon to be held.
Why you took so long?
R-I've been in the studio for the last two days. We are working on Sibongile Khumalo his vision of working with ourselves in forgiving those who oppressed us as South Africans. This is an initiative to heal and let go of the pain and hurt that we have been carrying within ourselves as young and old South Africans. That will be on the eve of 21st March, the 20th of March.
At least you are back. Ringo, ringing in this world who are you exactly, the man in you, the musician and how have you been living?
R-I am a musician that creates music by using the power, love, wisdom of the universe to heal those that have the chance of listening and understanding the message in it.

How pleased are you once again engaged in this festival?
R-I was very honoured to be invited on the very first Cape Town International Jazz Festival 10yrs ago. Now on the 10th Anniversary, it is another great honour to be part of it.
How do you compose your songs? Do you have some kind of bible code which guides you?
R-Estacio, I never get in the studio knowing what I would record. I get in with a clean slate and come out after a month with twelve songs that would reflect my way of perceiving life at that moment.
It is my norm to ask for a click, that is a tempo from the engineer and listen to the sounds around my space. Each day would bring a song, as I believe "every day is a song".
When the first click does come up into your mind?
I grew up singing. I never use any artificial enhancer to create music, whether in the studio or live performance. I don't perform to impress. I do it to fulfil the need inside of me.

South Africa the first position in the world o dagga consumers? What is you view point?
R-I'm not interested in how much dagga South Africa has, I'm only interested in the wellbeing of my fellow South Africans and human world over.

What are you going to wear on 3 and 4 and to whom are you going to vote on the coming election process in South Africa (stage)?
R-What I'm going to wear is my surprise and of course my vote is my secret.

While i am thinking about the other, perhaps lost somewhere in this world i am embarking on the last flight of the flamingo.

NEW YORK VOICES



NEW YORQUE VOICES
Estacios Valoi
01/03/09
Os NYV vão se associar a outras estrelas como: Al Foster Quartet, Arturo Lledo, Dave Liebman Group, Dianne Reeves, Emily Bruce, Freshlyground, Hugh Masekela celebrating his 70birth day, Incognito, Jonathan Rubain, Kyle Eastwood, Loading Zone, Maceo Parker, Maurice Gawronsky, New York Voices, Peter White, Ringo Madlingozi, Rus Nerwich’s collective imagination, The Stylistics and Zap Mama.
Dave Liebaman, New yorque Voices, Jonathan Rubain,Stewart Sukuma, Napalma, 340mil, Mc Coy Mrubata and Special Friends , Gold Fish, Carlo Mombelim and Prisoner of Strange, Cape Town Jazz Orquestra, Abeligali Kubela, Incognito-Uk, Jonathan Bather and Dave Koz Collaboration, Kyle Shepherd, Mike Del Ferro and Sibongile Khumalo, Sahanon Monday, Dr Philip, Robert Glasper and The RCDC experiment,Ndumiso Nyovane, Shakatak-UK, South Spaw, Mosh Def,Siphokazi, The Stylistic, Zap Mam, all invited to be bouncing on the five stages during two days and two nights. My journey is the other, toiling and froing to find the other, and today the other is Emily Bruce.

Mas Quem são os New Yorque Voices e a sua filosofia de vida?
NYV é o Kim Nazarian, Laurent Kinhan, Darmon Meader e Peterr Eldridge. Estamos juntos a cerca de 21 anos circulando a nível mundial apresentando a nossa musica aos fans do Jazz em vários países. A filosofia da nossa música apresenta músicas interessantes em quatro partes de estilos vocais, profundamente influenciados pelo vocabulário e harmonia do Jazz. Contudo o nosso reportoiro e não se baseia apenas no Jazz Standard. Somos influenciados por outros tipos de música incluindo pop, a brasileira e a clássica.
A quantas noites e dias vocês vem produzindo a vossa musica com todos os ingredientes?
New York Voices começou em 1988, com as raízes do grupo balançando para a universidade nos anos 80, o nosso primeiro CD foi lançado em Junho de 89. Então tocamos juntos a já algum tempo
Quando é que a primeira chama aparece e faz vos engrenar na arena musical?
Cada um de nos poderia responder de forma diferente. No meu caso, penso que sempre quis ser músico desde dos 10anos de idade. Adorava tocar e cantar e fui a universidade como instrumentista clássico. O meu interesse em desenvolver o jazz explodiu na universidade onde fui apresentado a outras pedras do Jazz na mesma época. Nunca pensei que a minha carreira fosse vincar como vocalista Jazz, mas nunca podes prever estas coisas, podes tu? Os outros três membros da banda estão carregados de estorias similares em resultado de tantas experiências musicais na sua adolescência, o que os ajudou a seguirem a sua carreira nos NYV.
Neste percurso, o que vos inspira?
O grupo tem sido inspirado e influenciado por muitos artistas como Lambert Hendricks e Ross Manhattan Transfer, Singers Unlinited, Stivie Wonder,Nancy Wilson, Duke Ellington, Count Bassie, Jonh Coltrain, Antonio Carlos Jobim, Ivan Lins, e Paul Simon. Em fim, a lista é muita longa e vários estilos
Também somos inspirados pelos nossos parceiros na world music, assim como pelos estudantes novos com quem temos trabalhado.
A quantas andam em termos de álbuns a as faixas favoritas?
Os nossos CDs todos são : “New York Voices” (1989), “Hearts of Fire” (1991), “What’s Inside” (1993), “New York Voices Sings the Songs of Paul Simon (1997), “Sing! Sing! Sing! (2001), e “A Day Like This” (2007). Também já fomos convidados a participar na gravação de outros e muitos CDs
Realmente não posso começar a seleccionar a faixa ou faixas favoritas. Todos teríamos que responder de acordo com as nossas diferenças e honestamente não tenho nenhuma favorita. Acho que o meu CD favorito é o nosso mais recente, ´A Day Like This´ este apresenta o grupo numa forma balanceada das partes do Jazz standard misturado com composições originais e outros estilos diferentes similar a forma como apresentamos os nossos concertos ao vivo.
Os membros do NYV também fizeram vários trabalhos a solo.
Quem são os membros do agrupamento que estarão no festival e porque a sua escolha?
No nosso trio ao longo dos anos tivemos vários e bons músicos e esta viagem não é nenhuma excepção. O nosso trio para o Cape Town são Mark Soskin no piano, Paulo Nowinski no baixo e Marcello Pelleitteri na bateria. Todos os três uma e outra vez vêm tocando com os NYV ao longo dos anos. Mais ainda para ser um verdadeiro solista, todos entendem o conceito no acompanhamento do nosso grupo. Isto requer um touco profundamente sensível assim como entender os vários estilos de musica
O que a audiência pode esperar do vosso grupo na noite da vossa actuação?
Como disse anteriormente, nos vamos apresentar um leque variado de músicas e estilos o que será sincronizado pelas linhas das quatro partes da nossa harmonia. Todos os quatro músicos terão o seu momento a solo mistura com as nossas linhas de trabalho. Também vais ouvir Peter e eu tocar algum piano e o saxofone respectivamente.
O que te vem a cabeça quanto rebolas pelo palco?
Bem. Esperançado, nós estamos´ no momento e concentrado em todas as subtilezas da música. Nós ouvimos a banda e as outras três vozes. Ouvimos a intensidade do balancé rítmico e a entoação. Assim como tentamos sentir a energia da audiência e usa lá como outra fonte de inspiração.
O que mais vos atormenta neste mundo?
Mais uma vez, você poderia obter quatro respostas diferentes. Mas pessoalmente, temo a ignorância e a intolerância. Neste contexto a maior parte dos problemas no mundo são causados pela reacção das pessoas perante o medo e a ignorancia, em vez de aprenderem e saberem o que se passa no mundo e tentar perceber o grande plano o mundo.
Qual será o vosso próximo projecto e o ultimo álbum
Não estamos cientes quanto ao nosso próximo projecto de gravação. A indústria mudou bastante e estamos preocupados se o CD continua sendo um modo viável a utilizar. Talvez comecemos a gravar poucas musicas a cada momento o que podemos tornar disponível na Internet para os downloads a semelhança do ´Itunes´. Também temos um agravado ao vivo com a WDR da Alemanha e esperamos lança lo um dia mas questão logística continua sendo trabalhada. E mais uma vez o nosso mais recente álbum é o ´´A Day Like This´lancado em 2007
O que é para vocês estarem desse lado do continente e poderem participar no festival e esta a vossa primeira vez?

Esta e a nossa primeira vez a embarcarem no Cape Town Internacional Jazz Festival. De facto a nossa primeira vez em Africa! Infelizmente não teremos muito tempo par explorar a Africa DO Sul, mas alguns de nos vão permanecer por lá mais alguns dias pelo menos para vermos um pouco mais Cape Town. Sentimo— nos honrados pela oportunidade de partilhar a nossa música com um ciclo completamente novo de fans. Esperamos que nao seja a nossa última viagem a Africa doSul
Como e que vês a questão da crise financeira e o HIV/SIDA em África?
Tenho que admitir, não sabe quase nada da implicação financeira para Africa mas assume que a grande maquinaria financeira do mundo ocidental esta a balançar e certamente que a Africa vai sentir os efeitos disto. Infelizmente devido a esta crise financeira muitas das outras questões como saúde (crise do HIV) aquecimento global sobre a população e os direitos humanos poderão não ter a devida atenção. Isto, infelizmente.
Sobre o papa que aborda a questão do combate da HIV/sida acente na abstenção e não o uso do preservativo?
Não vou responder esta pergunta directamente por ser complicada e não estou preparado para entrar numa discussão´caliente´ a cerca da religião. Contudo, acho que devemos olhar para todas as formas disponíveis para ajudar nos a reduzir o alastramento da pandemia que vai a rastilho em todas as sociedades. Assim como a capacidade do planeta suster a nossa crescente população que esta a alcançar uma crise. Então e o conceito for a de uso ´vão adiante e multiplicais vos´ apoiado por muitas igrejas e culturas talvez precise ser reexaminado caso queiramos alcançar um balance para o nosso planeta
Ok. Chega de politiquices. Voltando musica e a. Nossa viagem. Deixe finalizar dizendo que os NYV esta ansioso por fazer esta viagem. NYV já andaram quase por todo o mundo, mas como disse anteriormente, esta é a nossa primeira viagem a Africa do sul e esperamos levar as várias visões, sons, gostos, conversas e experiencias

NDUMISSO NYOVANE 2

CAPE TOWN
Estacios Valoi
01/03/09

Sao poucos que conhecem a dimensão fenomenal da industria musical sul-africana. O carácter do musico Dumiso Nyovane, o seu talento, criatividade, seu movimento riquíssimo na voz num país promissor na arena musical.
Dnumisso entra na odisseia musical aos seus 12 anitos de idade quando forma a sua primeira banda profissional Varukwero. Nascido em Soweto Mofofo titulo do seu álbum o que significa orgulhoso da sua proveniência foi e ‘contnua; sendo auto didacta no uso do trompete após adquiri lo do antigo director da Gallo Africa Record Ray Nkwe nunca mais parou. Companhia na qual o rapaz por varais vezes adormecia tocando o seu predilecto instrumento.

Ndumiso a semelhança de outros músicos não foz a regra. Também tocou com outros músicos uns menos e outros mais conhecidos como a Banda popular Zimbabweana, Sipho Mabuse “Hosticks”. Contudo, a sua banda ‘ Varukwe ‘ funda no prelúdio dos anos 80 abraçou os palcos com outros músicos de renome como Papa Wemba, Blondie Makhene, Mara Louw, a Diva sul-africana Abigali Abigali Khubela, Luck Dube assassinado em 2007.

Pela primeira vez Ndumisso e convidado a fazer parte do festival e segundo ele e sente se honrado e um privilégio para o continente ‘ e momento de construir o nosso Estados Unidos de África e sentirmo-nos orgulhoso por sermos africanos.

Nesta 10 edição do Festival Internacional de Jazz Cape Town Ndumisso vai escalar aqueles palcos com músicos como Prisoners of Strange (RSA); Goldfish (RSA); Kyle Shepherd (RSA); Magic Malik (France); Napalma (Brazil/Moçambique), Pete Philly & Perquisite (Netherlands); Robert Glasper and The Experiment (US); Shakatak (UK); Siphokazi (RSA); Southpaw (RSA) and Stewart Sukuma (Mozambique) wizard Dr. Philip Tabane as well as award-winning, saxophonist McCoy Mrubata. “Jazz meets Opera’

Nao só destes traços e composta a carreira de Ndumiso. Também fez se presente em palcos a nível mundial, primeiramente em todo os Estados Unidos, Europa. Ásia e claro Africa e por duas vezes no famigerado festival de Sun Splash na jamaica. Contudo a lista dos presentes neste festival parece infindável a semelhanca dos anteriores.

Outros musicos“ The guitarist Jonathan Butler/saxophonist Dave Koz guitarist Jonathan Butler/saxophonist Dave Koz, Dutch pianist Mike del Ferro, South Africa’s diva Sibongile Khumalo and locally-based saxophone talent Shannon Mowday, Al Foster Quartet, Arturo Lledo (Spain), Dave Liebman Group (US), Dianne Reeves (US), Emily Bruce (RSA), Freshlyground (RSA), Hugh Masekela (RSA), Incognito (UK), Jonathan Rubain (RSA), Kyle Eastwood (US), Loading Zone (RSA), 340ml (Mozambique);

. Also present is Cape Town Jazz Orchestra, the first professional and city-wide jazz orchestra in post-apartheid, Maceo Parker (US), Maurice Gawronsky (RSA), New York Voices (US), Peter White (UK), Ringo Madlingozi (RSA), Rus Norwich’s collective imagination (RSA), The Stylistics (US) and Zap Mama (Belgium).


Dnumiso tambem actuou no festival Joy of Jazz, Arts alive, o festival de Jazz em Cape town North Sea, num dos shows da estacao de difusao sul-africana (SABC) no espaço Just Jazz e a sua música continua a passar pelas rádios e estacões televisivas local e não só.

Segundo o cantor, o seu estilo de musica e único e esta para alem deste mundo. É uma fusão da música sul-africana (Mgaqanga) e o Afro Jazz. Nas suas composições utiliza todos os instrumentos capazes de proporcionar ao ouvinte uma viagem transcendental a mistura de vários e diferentes estilos musicais carregados de muita energia.


O seu primeiro álbum intitulado Mofolo hall ( Akulawa) foi gravado nos estudios da Records CSR em 2001. Nyovane também afirmou que esta ‘ a cozinhar’ o seu segundo álbum esta sendo produzido na companhia de diferente artistas e com o lançamento previsto para o próximo ano.

Todavia de acordo com Nyovane, para além da sua música tambem toca Afro Jazz, Jazz Standard e kwasawasa só em algumas ocasiões especiais no continente.

Depois de Vakwero (irmão), actualmente o musico encontra se a trabalhar o seu novo álbum o qual de acordo com Nyovane ‘este e para voces’ porque e um daqueles que levou uma ‘ eternidade’

Em entrevista o músico expressou sua vontade de actuar em palcos moçambicanos. Vamos ver. Mas o meu périplo a procura do outro contínuo. Quiçá pudera dizer quem e o outro, o que e o outro. Nem eu sei! Presumo e espero uma longa caminhada rumo a/o outro.

NDUMISSO NYOVANE

CAPE TOWN


Few people know the phenomenal dimensions for South Africa’s vibrant music industry like Ndumiso Nyovane. Ndumiso’s rich moving voice and his easy going character believe he intensity, talent and creativity as one of nation’s most promising artists. Ndumiso began his musical odyssey at the age of 12 by teaching himself to play trumpet after he got his first trumpet from Ray Nkwe who was the Director of Gallo Africa Recording Company which the boy loved so much that he often fell asleep playing it and woke up holding it.

“ The guitarist Jonathan Butler/saxophonist Dave Koz guitarist Jonathan Butler/saxophonist Dave Koz, Dutch pianist Mike del Ferro, South Africa’s diva Sibongile Khumalo and locally-based saxophone talent Shannon Mowday, Al Foster Quartet, Arturo Lledo (Spain), Dave Liebman Group (US), Dianne Reeves (US), Emily Bruce (RSA), Freshlyground (RSA), Hugh Masekela (RSA), Incognito (UK), Jonathan Rubain (RSA), Kyle Eastwood (US), Loading Zone (RSA), Maceo Parker (US), Maurice Gawronsky (RSA), New York Voices (US), Peter White (UK), Ringo Madlingozi (RSA), Rus Norwich’s collective imagination (RSA), The Stylistics (US) and Zap Mama (Belgium).
340ml (Mozambique); Prisoners of Strange (RSA); Goldfish (RSA); Kyle Shepherd (RSA); Magic Malik (France); Napalma (Brazil/Mozambique); Ndumiso Nyovane (RSA); Pete Philly & Perquisite (Netherlands); Robert Glasper and The Experiment (US); Shakatak (UK); Siphokazi (RSA); Southpaw (RSA) and Stewart Sukuma (Mozambique), Dr Philip



Ndumiso played with popular band Harare with Sipho “Hotsticks” Mabuse. Though his band Varukweru which was formed in the early 80’s he played with South African respected and great musicians of the times like Papa and Blondie Makhene, Mara Louw and Abigail Khubeka. Ndumiso’s musical aspirations in early 80’s culminated with Lucky Dube and his band Slaves, which helped propel Lucky and his unique SA Reggae style from obscurity to international stardom. Along with Lucky Dube and the Slaves, Ndumiso toured all four continents of the world, Africa, Asia, Europe and North America, and fifty two (52) states of USA, also performed twice at Jamaica’s prestigious Sun Splash Festival.


Ndumiso has been featured in popular Joy of Jazz International festival sponsored by Standard Bank, Arts Alive, and North Sea Jazz festival in Cape Town. He has also performed in the South African Broadcasting station show, namely Just Jazz and his music and videos have also been played in radios and fleeted on television stations.
Ndumiso’s style of music is unique and out of this world, he is fusing our South African own type of music (Mgaqanga) and African jazz and really grooving it. He is using all the musical elements which epitasis the listener, and combining different styles with lots of energy.

In 2001 he recorded his first album entitled Mofolo Hall (Akulawa) with CSR Records Company and he is presently recording his second album with different artist, which will be released next year.
Besides his music Ndumiso is playing Afro Jazz, some Jazz standards and Kwasakwasa from Africa for specific occasions.

NANA KOYOTE


NANA KOYOTE
Musico sul-africano que vinte anos depois escalou o palco do centro de Conferencia Birchwood em Johannesburg, mesmo ali ao lado do Aeroporto Oliver Thambo
Qual e a sensação de estares aqui neste palco vinte anos depois?
Sabia o que esperar do publico Ja actuei nestes palcos mais de quatro vezes, e uma atmosfera por mim conhecida. Mas o que achaste do concerto? Você é que deve dizer me, afinal de contas o concerto era teu e não meu.
Apesar de ter estado aqui antes, durante as primeiras duas músicas estava apreensivo quanto a reacção do público que esta habituado a ver me actuar com a banda Stimela e com outros grupos com os quais venho trabalhando.
Esta e uma aparição singular onde estendo os braços para público. Sabes! Depois das primeiras duas músicas, levantei o voo, relaxei e disse a mim, esta casa é minha. Dali em diante comecei a desfrutar e digo que tive um bom momento de diversão e agradeço a todos os presentes.
Deixe me ficar neste canto para me tirares uma foto. Dizia Nana coyote ao fotografo do Sowetan Newspaper, Pete ‘ the picture man’
Naquela noite Pete concentrava me no levantar e no aterrar dos aviões no aeroporto Oliver Tambo em Johannesburg como se de uma criança se tratasse. Mas o meu objectivo nao era olhar para aquelas luzes todas do aeroporto que quase se cruzavam com as estrelas como se fossem laranjas bem amareladas. Aquela estoria como a do tipo que saiu de Inhambane e se engraçou com as luzes da cidade.
Só que desta vez não se tratava se de Inhambane mas sim da terra do Rand e o meu objectivo como disse era Nana Koyote.
Este e teu último álbum. Qual é o titulo da seu segundo rebento?
O álbum e intitulado ‘ Monphe Second Time Around’, e Monphy significa partilhar, dar. Se uma criança pedir peixe não a dêem uma cobra. A principal faixa e Monphe, mas, a que mais gosto e a que agradeço a deus por ter salvo a minha vida. No ano passado fui hospitalizado e operado devido a uma doença 'buracos nos intestinos' que cheguei a pensar que estava morto e agora e só estender as asas e continuar a voar.
Hoje achas que as pessoas vão partilhando dando um ao outro ou ‘e cada um por si e deus por todos onde o nos e praticamente inexistente apenas o eu permanece?
A questão da xenofobia que estamos a tentar combater, lembro me de anos anteriores na época do apartheid nos refugiamos nestes países vizinhos como, Zimbabwe, Moçambique, Angola onde estive pessoalmente e essas pessoas nunca me trataram mal e por que temos que os tratar mal no nosso pais quando de facto precisam de ajuda! E preciso dar, dar e dar mais aos que precisam de ajuda, não podemos dizer que essas pessoas vieram para aqui para roubarem os nossos empregos. Isto significa que somos preguiçosos e eu estou a combater a xenofobia.
A quem culpabilizas por aquela vaga xenófoba que recentemente aconteceu aqui na África Sul. A mentalidade esclavagista ou ao sistema?
Posso ser preso pelo que vou dizer, mas não sou nenhum cobarde e deus esta sempre ao meu lado, então ai vai.
O governo não quis ouvir aquando dos primeiros avisos sobre a xenofobia, lembro me que o meu antigo presidente Thabo Mbeki ter dito que não havia nenhuma crise. Mas as crises rebentavam dentro do país. Convocou aos militares. Que fariam os militares! Matar o seu próprio povo? O governo falhou, não ouviu a voz da sabedoria, a voz do povo.
E preciso ver a questão da educação através dos olhos de uma criança, os pais, lidere devem garantir uma visão futurista positiva para os futuros líderes de forma a evitar que existam guerras no mundo. Existem muitos conflitos armados no mundo, a partir dos países mais desenvolvidos ate aos que estão em vias de desenvolvimento porque os políticos estão interessados em acomodar se nos milhões que através do governo tem acesso se esquecem de pensar no povo que votou neles.
Olho para Nelson Mandela o ‘messias ‘ do mundo sempre pronto para dizer o que lhe vai na alma. Nana Koyote perfeitamente satirizava a forma de se expressar de Mandela dizendo ‘ nasci preso durante 27 anos por acreditar que estou certo. Agora não e momento para castigar a essas pessoas, vamos tentar e alcançar a ponte e mostrar a essas pessoas que somos uma nação de perdão
Dar e dar. Qual e o teu ponto de vista sobre a fura criação dos Estados Unidos da África partindo do contexto actual do continente varrido por vários problemas como, pobreza conflitos armados e por ai em diante?
Vamos construindo e depois se vê. Acredito que um dia a longo prazo possamos ter os Estados Unidos da África. E preciso focalizar e saber e acreditar no que estamos a procura e principalmente um pensamento positivo, a positividade vence sempre.
Como dizes e preciso dar e dar cada vez mais, para não falar do titulo do teu ultimo álbum cujo significado e dar.
Pensas que estamos a dar o suficiente?
Não estamos a dar o suficiente

McCOY MRUBATA 2



JAZZ
Estacios Valoi
07/03/09

O Festival Internacional de Cape Town realiza se no Convention Centre (CTICC) na Cidade do mesmo nome naquilo que se considera ‘ mãe de todas as celebrações’.

Na minha longa caminhada a procura do outro cruzei me com o saxofonista vencedor do premio Award McCoy Mrubata


O mais recente trabalho de McCoy ja na banca: The Brasskap Sessions Volume 1
Quem ‘e McCoy Mrubata homen, o musico e sua forma de estar na vida?
M- McCoy o saxofonista, flautista líder musical e compositor nasceu no subúrbio de Langa - Cape Town na África do Sul em 1959. Mrubata cresceu com sons da música africana. Do ritmo soul da igreja Zion Crista, os cantos e rimos soltados pelos médicos tradicionais e brasa acesa do agrupamento Merry Macs que ensaiava ao lado da sua casa. McCoy apenas acredita na simplicidade e humildade.
Segundo o musico, este de facto não escreve musicas, estas vão ao seu encontro porque todos os dias desperta com uma melodia cabendo o apenas trabalhar nela assim que acorda ‘ sonha’. McCoy também e produz, lecciona e passa a maior parte do tempo com a família, conforme elucida’ simplesmente homem de família.
‘A minha ambição e manter vivo o nosso estilo de musica aqui em casa. Tudo o que faço converge no estabelecimento do laco entre o agora e os anos todos de vida com a comunidade de onde venho (Langa) e partilhar a minha experiencia na África do Sul com o resto do Continente e o mundo através da musica
A quanto tempo na arena musical e a quantas cozinhas?
Não escrevo as minhas musicas estas aparecem em mim porque todos os dias acordo com uma melodia, falando apenas lima-la quando estou desperto.
Quando e que raiar do sol te encontra e decides apanhar este comboio musical?
Consequentemente Quando a escola tornou se impossível no ardente levantamento de 1976, o jovem McCoy na altura tocando flauta aliada ao estudo informal em Langa sua terra natal a semelhança de Madoda Gxabeka, Winston Ngozi, The Nacukanas, Ezra e Dube, mais ainda com Blackie Tempi e Robert Sithole. Mas foi exactamente em 1976 quando pela primeira vez pegou na flauta vertical.
McCoy ou apenas Mrubata também este envolvido em outras viagens. Em 1989 formou a banda Brotherhood, na qual se inclui o guitarrista Jimmy Dludlu, o pianista Nhlanhla Magagula e Lucas Khumalo. Em 1990, o agrupamento ganhou o premio para o vencedor da musica africana Gilbey. Em 1992 começa a fazer digressões com o ícone da musica sul-africana Hugh Masekela acompanhado do guitarrista Lawrence Matshiza e o posterior pianista Mosses Molelekwe e outros mais. Também cria a sua banda do ‘ Cabo ao Cairo (Cape to Cairo) e ‘Mcoy e amigos’. Nos meados dos anos 90 fez uma serie de álbuns como líder para spots musicais. Lágrimas de alegria (Tears of Joy), os amigos da turma (The personnel of Friends) incluindo o pianista Paul Hammer, o baixista Adre Abrahamse, e o trombonista Jabu Magubane. Entre outros na sua longa lista de colaboradores destacam se nome como Phosa Nagasemwa, Hoelykit, Face the music vencendo o premio 2003 Award sul-africano do festival tradicional de Jazz na mesma categoria e também arrecadou o premio Icamagu Livumile em 2005 assim como a compilação do Cd ‘ Best of the Early Years’.
Para te tornares no musico que hoje és, quais foram e continuam sendo as tuas fontes de inspiração? É o fumo e o álcool?
M - Nunca bebi ou fumei. O que me inspira e a forma de estar das pessoas na vida, lugares e situações por esta s vividas.
Quantos álbuns levas na tua sacola e qual seria o teu favorito quem estará contigo no palco nesta 10 edição do Internacional ‘fest’ Cape Town?
M -Tenho oito álbuns lançados a solo e outros cinco na colaboração de outros músicos. Realmente, não tenho uma única faixa favorita, Adora as todas. Amo a musica mas a musica jazz e a minha preferida, lidero algumas bandas McCoy and Friends, a grande banda Brasskap, uma outra a Vivid Africa com Greg Georgiades.
Neste festival vou actuar na companhia de alguns amigos especiais como Louis Mlhanga, Paul Hanmer, Marcus Whyatt, Kesivan Nidoo e Herbie Tsoaeli.
No prelúdio dos anos 80 Mrubata tocava com agrupamentos como Fever, Touch e Airborn onde cruza seus caminhos com Lois e Jive. Após um declínio e um empurrão que lhe e dado por Sipho Hotstix Mabuse a transformar Joburg em sua casa, trabalhou com varias bandas de Pop Jazz. Em 1988 McCoy ou Mrubata sob tutela do produtor Koloi Lebona que lhe propõe um acordo de gravação com uma companhia produtora britânica Zomba Records. A mesma companhia que produziu a musica de Jonathan Butler Billy Ocean e outros. O álbum de McCoy veio a ser lançado no ano seguinte.

Nao e a primeira vez que és convidado para fazeres parte de um festival desta magnitude. O que é que o publico pode esperar de ti e como descreves a tua presença em festivais anteriores?

M- Ésempre um privilegio fazer parte de um festival destes e desfruto todo o minuto.
Os voos de Mrubata não param por aqui. Também colaborou com outros músicos sul-africanos ‘Jazzistas’ assim como alem fronteiras com artistas como Airto Moreira e Flora Purim. Esteve envolvido numa peca dramática na criação de marcas para produtores sul-africanos sobre o jornalista Bloke Madisane e o lendário saxofonista Kippie Moeketsy e em 2001 touca numa produção Norueguesa baseada na vida de John Coltrain. Mais tarde cria na África do Sul o que ele chama de Young Fariends ‘ jovens amigos’ uma colaboração com a futura geração de músicos de jazz sul-africanos
Quando estas no palco a rebentar o ‘ sax’ ou a flauta em que pensas?
M- Quando estou a tocar encontro me fora da ilha para além do espaço físico em que estou. Não posso explicar, mas e maravilhoso e sinto me livre.

Antes de subires ao palco quantos duplos de ‘ Whisky ou outra substancia usas se é que utilizas?
M- Bebo agua
Que bagagem levas para o festival?
M - Meus trompetes, Laptop, cell phone, camera de filmar e roupas
McCoy simples homem de família. Qual seria o teu maior medo neste mundo?
M - Deixar minha família entregue a sua sorte.
O que tens lido e em que obras literárias vens navegando?
M- Biografias são as minhas favoritas, por exemplo do Hugh Masekela, Miles Davis e John Coltrain.
Falas-te de roupas. Que traje para os dias 3 e 4 naqueles palcos?
M-Nao faço a mínima ideia; e segredo. Mas nada especial, vou estar limpo, puro e apresentável.
Anos anteriores actuaram em Mocambique. Faras parte das estrelas que vão desfilar no Moçambique Jazz festival?
M-A ultima vez que toquei em Moçambique foi em 1989 com a Brenda Fassi. Gostaria de fazer parte do Moz Jazz Festival.
Próximo e novos projectos?
M- Celebrar o aniversaria pelos meus 50anos de vida na companhia da minha banda, amigos e familiares Junho próximo.

Actualmente o outro projecto de McCoy conta coma participação de Kulturation e Vivid Africa. Kulturation é um álbum duplo com o pianista Wessel Van Rensburg explorando novas interpretações das tonalidades africanas assim como das suas comunidades Africkaaners. Este projecto acasala tonalidades da cultura Zulu Xhosa e o folk Afrikaans em versões contemporâneas locais, sul-africanas. A colaboração da Vivid África com múltiplos instrumentalistas como Georgiddis, usando um instrumento como Oudh e Bauzouki a mistura do saxofone na exploração das especiarias musicais da costa oriental africana.

Actualmente McCoy vive em Johannesburg com a sua Familia. Casado com Zawa e com seus quatro ‘putos’. Dois rapazes e duas meninas.

Do outro lado fica mais uma estrela do Jazz, mas a minha viagem continua. Certamente que hoje o ‘outro ‘não se encontra nas terras do Mandela. Melhor e cruzar a fronteira para a cidade das acácias, para um outro próximo voo ao encontro das ‘ andorinhas’ da Paulina Chiziane.