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terça-feira, 24 de julho de 2012
Tambo Tambulani tambo Festival do povo no país de relegação cultural
26/07/12
Texto e fotos: Estacios Valoi
Foi quase uma semana de muita festa na sétima edição do festival Tambo Tambulani Tambo realizado pelo centro cultural do mesmo nome em Pemba na capital provincial de Cabo Delgado.
Sob o lema ”diversidade cultural “ estiveram presentes artistas provenientes de Maputo, Nampula, Ilha de Moçambique, do Zimbabwe e a presença massiva de grupos locais não apenas não apenas nas artes representativas mas assim como nas expressivas.
O festival que teve o patrocínio do Teatro Avenida, Cooperação Suíça (Helveta), Embaixada da Espanhola, Projecto Mundi, a empresa SOTIL teve uma participação considerável do público na apenas como mero espectador mas a traçar a areia com seus passos a ritmo de ribombadas loucas exaltando o corpo, voz, um Mapiko e Kimbondo na sua originalidade, com se faz em Cabo Delgado.
De acordo com Victor Raposo sob olhar atento da decana do teatro Manuela Soeiro que esteve a todo o momento a “ puxar as orelhas” da organização com um olhar para o público o festival foi positivo.
“ Foi positiva em termos de prestação dos artistas, em organização e afluência de público. Se nos anos anteriores o evento tinha o seu ponto mais alto aos fins-de-semana, esta edição teve os shows na quarta, quinta e sexta-feira e a afluência de público foi equivalente aos últimos dois anos, calculado em 3000 pessoas. Pese o facto do acidente que vitimou mortalmente 2 dos 10 artistas do grupo Assota proveniente do Zimbabwe, o festival, embora sem abertura oficial, por observância de luto aos malogrados e famílias.
Dos grupos participantes destacam se o tufo do grupo Forte Amizade da ilha de Moçambique, grupo de jovens da companhia distrital de Canto e dança do distrito de Chiure. O Mapiko moderno da cidade de Pemba contagiou de alegria da comunidade local, através dum desfile de mascaras que arrastou centenas de populares pelas principais artérias do bairro. Também se destacaram os grupos Anamavenchiwa da penitenciária de Nampula com teatro e música. Com musica também se destacou o grupo de música Apathani de Pemba e a cantora Atija que vinha na companhia do grupo já referenciado da ilha de Moçambique.
Não menos se destacou o grupo anfitrião Tambo Tambulani Tambo com uma peca de teatro apresentada pelos seus jovens e adultos bem como através da dança tradicional com os seus pupilos em plena demonstração de forca do jogo tradicional já extinto que exalta o nome e traduz o conteúdo do nome Tambo Tambulani Tambo”, Hopangalatana com uma peca de teatro.
“O palco e algumas infra-estruturas foram alvos de comentários como esteticamente bonitos, e elegantes pela sua cor e luz e como ‘e tradição houve uma exposição de artesanato, workshops de música, teatro e dança, bem como uma visita aos ateliers de escultura Maconde em Pemba.”
Um dos artista que deu voz a nossa reportagem foi Jorge Vaz actor do grupo de teatro Muthmbela Gogo, um dos elementos em palco.
“‘E positivo. Aqui na cidade de Pemba acontece muito pouco e, este festival Tambo Tambulani Tambo vem catapultar a cultura, o teatro, musica, artes plásticas, gastronomia. Sede da população aqui de Pemba e isto tudo junto é positivo. Não é todos os dias que isto acontece aqui. Pessoalmente estou feliz porque a segunda vez em que participo, ver que as coisas estão a melhorar e o festival já esta a ser uma referencia a nível nacional; Do ano passado ate aqui muita coisa melhorou, desde a s infra-estruturas, o palco em si é uma coisa já mais bonita, melhor, a luz o som é uma mais-valia.
Aqui em Pemba há uma coisa, diria que é uma doutrina, as pessoas são um pouco mais fechadas, dogmáticas, é a maneira de ser e estar, temos que respeitar isso. Mas quando acontece este festival sentimos que a s pessoas também se abrem um pouco para o mundo porque o festival não é só a nível nacional de Maputo, Nampula, Beira mas a nível internacional. Temos que lamentar sobre esse acidente dos zimbabueanos que vinham para cá, são pessoas da nossa área e o Tambo ficou de luto.Tirando isso o festival esta fantástico".
Aberração total, uma hecatombe foi a ausência completa dos que se alegam promotores da cultura que apenas fazem em dias de campanhas ou/ou congressos. Nem vivalma e muito menos um centavo o governo local alocou para o festival. Mesmo com convites enviados ao presidente do Município Tagir Asamo, até via SMS.
“País de relegação da cultura “
“O que é feio para mim, é quando se gastam rios de dinheiro a investir numa coisa de uma semana, é uma aberração. A cultura de um povo, o bem-estar, o seu dia-a-dia, usos e costumes, na sua pobreza ou riqueza seja lá o que for, é uma coisa que tem que se preservar no seu dia-a-dia. Estamos num pais de relegação da cultura, algo que fica para o segundo plano. Tudo que é povo, que é orgulho nacional é pela cultura.
“As pessoas adoram as nossas artes o que é nosso. Ali vejo Tufo, Damba, Mapiko, fico identificado, afinal tudo que estamos a ver aqui é originalmente moçambicano, Made In Moçambique, é esta a patente que nos temos que ostentar e aqui temos todo o nível de pessoas desde os mais novos até aos mais velhos e todos nós ficamos com essa sede de ver coisas diferentes. Meus deuses afinal têm esta riqueza cultural no nosso país. Não vamos gritar Made In Moçambique só por um selo, mas gritar Made in Moçambique. Nós promovemos e bem aquilo que é nosso”. Sublinhou Jorge Vaz
“O recital moderado pela poetisa Zimbabueana Batsirai Chigama que ao gosto do seu saber deu asas ao espaço literário organizado em numa co- produção com a”Combatendo com arte” (Comarte), uma associação de jovens virados para a literatura em Pemba, em circular, sibilante, fogo as cores, o calor, da energia vindo de dentro e de fora naquela noite de luar sentados em camas tradicionais, trancadas em sisal simbiótico assim como as palavras, sentimentos. Que iam sendo libertos alimentaram almas, espíritos, momento de tanta emoção. Só estando para perceber a dimensão do recital.
Batsirai Chigama nome que trocando em quinhentas também quer dizer “ajuda me ou ajuda”, que na sua fase embrionária nas lides literárias viu se levada pela poesia mesmo que muitas das vezes tenha tentado por se em fuga, mas a poesia encontrou na esquina, foi mais forte.
“A poesia encaixou me, já não havia forma de com fugir dela e no Zimbabwe a poesia é mais vibrante do que era cinco anos atrás, estão a surgir novos movimentos que criam suas sessões entro e fora a cidade, recitais que são organizados uma vez por mês. ‘E vibrante. Aprendi que nem sempre são os poemas com longos versos que fazem sentido, mas também os curtos.
Nascemos com talento e as vezes não damos ouvido a aquela voz que sempre te diz’ és escritor, és escritor’, guardas o que escreves e não fazes nada com isso mas a mesma voz continua seguindo - te para onde quer que vás. Cheguei a um estagio em que encontrei escritores de renome e indo aos workshops fui encorajada a levar a minha arte em frente”.
“Comecei a ver me envolvida na poesia ainda na escola e mais tarde passei a escrever os meus poemas. A cinco anos que escrevo. Lembro da minha primeira aparição em publico, casa cheia a dado momento enquanto recitava, esqueci me do ultima estrofe do poema, fiquei assustada que passei a levar sempre comigo ao palco a poesia escrita no papel para ter certeza que tudo ia sair certo mas passados estes anos tornei me confidente e, papel ficou para traz.
No ano transacto o festival Tambo Tambulani estava mais carregado de música, dança, teatro, era a única poetisa, estou feliz porque este ano temos poetas de Nampula assim como de Pemba da comunidade. Como exemplo deste festival para as próximas edições é espírito. Trouxe um festival comunitário onde a maioria das pessoas da comunidade fizeram parte, que as coisas acontecessem, o sucesso desta edição”.
quarta-feira, 18 de julho de 2012
O Caminho Festival Tambo Tambulani Tambo em Cabo Delgado Acidente de viação causa mortes
Texto e fotos: Estacios Valoi
18/07/12
Dois mortos e três feridos 'e o rescaldo do acidente ocorrido segunda-feira passada no distrito de Namacura na província da Zambézia por volta das 12 horas.
Numa das viaturas vinha cerca de 15 artistas zimbabueanos a caminho do festival que tem lugar na cidade de Pemba.
Segundo Victor Raposo trata se de “dançarinos zimbabueanos convidados para o evento. Uns foram transferidos para o hospital de Namacurra enquanto os outros para o hospital central de Quelimane. Estamos em contacto com o consulado do Zimbabué. Os outros artistas voltaram para Zimbabué”
A associação Tambo Tambulani Tambo tinha agendado a abertura da sua sétima edição do festival de teatro, dança, literatura sob o lema “diversidade cultural” para o dia 16, adiou para hoje dia 18 e com o seu término no dia 22.
Com as suas instalações localizadas no bairro Nanhimbe, numa área de 2000m2, com três blocos, que contemplam um do centro cultural, anfiteatro, campismo e um parque de estacionamento, tem a capacidade de acolher cerca de 600 pessoas, espera se a presença de artistas moçambicanos, da Polónia, Zimbabwe, Zâmbia e África do Sul.
“Tambo Tambulani Tambo é um jogo tradicional do antigamente, os Imacua e os Makondes dizem ser sua pertença, mas é de origem Kimwane, (Ibo, Mucojo, Mocimboa da Praia)
Por esta estar a passar para historia nós retomamo-lo dando o nome a associação exactamente para resgatarmos uma coisa que já esta em vias de extinção; um jogo que era feito por mulheres, mais ou menos no contexto do " pim pam pum" internacional mas a nossa maneira em Cabo Delgado"
Ainda de acordo com Raposo alguns já confirmaram a sua presença e outros ausentes por falta de apoio para a sua vinda.
“Confirmados que já tem patrocinadores, sua maneira de vir, é caso do Muthumbela Gogo, dois grupos musicais da Cidade de Nampula, um grupo de dança da ilha e Moçambique, a presença do Mapiko e outras danças locais, na literatura com a Paulina Chiziane para dar cobro a um sarau e estão ainda por confirmar algumas presenças estrangeiras, uma da Polónia, África do Sul e também Zimbabwe,de Maputo havíamos convidado Mutukomo, Kinamata, Xidiminguana e muitos outros mas que infelizmente não tiveram patrocinadores para cá vir.
Pode ser que isso venha a acontecer mas, até agora a situação é esta. Também temos aquele aspecto do Ramadão de Jejum que vai aparecer logo no fim-de-semana, algo que a maior parte aqui a nossa população tem. Não queremos entrar em choque, então contornamos o evento para sábado, domingo que são os últimos dias sob lema “diversidade cultural”.
Mapiko só em outras províncias
Também vamos apresentar algumas danças locais extintas como Ipathuca, Nquissa, Iquirimo, Iquithuculo, numa terra do Mapiko em que só se vêem nos dias de exaltação deste ou aquele Como tenho dito nas reuniões. Vais a Maputo, Beira, Nampula e tens Mapiko aos domingos e aqui de onde o Mapiko é originário não tens em nenhum dia da semana. Ė Um paradoxo. Nos preocupamos em ter o Mapiko sempre que se faz o festival, uma vez por ano. Para mim é sintomático que a província que tem como padrão o Mapiko, na tenha catalogado em cada domingo, mês porque aqui agora tem os turistas.. E, vem ai pensando que vão ver o Mapiko onde devem ver, infelizmente não vêem Mapiko em cabo Delgado mas sim em outras províncias”.
Enquanto o dia não chega o centro vai sendo reabilitado para acolher acima de cem artistas, infelizmente arranjos que só se notabilizam uma vez por ano, dos escassos apoios que o centro consegue angariar. Mas Quisemos saber do Raposo sobre o desenvolvimento cultural que se pretende em Cabo Delgado nas suas vertentes, com expressões apenas em fases de campanhas eleitorais…
“Apoio só em campanhas eleitorais, congressos..”
“Temos lamentar. Mutas das vezes pedimos apoio ao governo, a ministério e não temos tido a replica que desejamos mas não deixamos de fazer as coisas. Há de facto esse problema. Quando chega o momento da vontade dos outros, nós temos que ser as pessoas que devem servir essa vontade, quando devia ser uma mão lavar a outra. A verdade é que nós não nos propomos a preservar a cultura e, aqueles que por direito dizem estar a preservar, nem sempre parecem ter essa sensibilidade.
O mais gritante é que de facto não tem havido aquele envolvimento de quem patrocina mas nós temos que fazer o que nos propomos a fazer, que são eventos em media, a cada mês e meio ainda que seja para manter a rotina, para não deixarmos de fazer aquilo que temos como missão mas nota se cada vez mais uma crescente falta de apoio do empresariado mesmo das estruturas do governo.
Quando chega a esta altura “ congresso” como estavas a dizer começa a haver mais envolvimento mas não naquela percentagem que era de desejar. As vezes pensamos que podemos confiar num outro patrocínio e, é traduzido em 10 porcento daquilo que nós esperávamos. Infelizmente”
“Não se pode estar actor, tem que se ser actor”
“O teatro tem vindo a decrescer. Isso vê-se pelo número de grupos teatrais actualmente existentes. Se fizer um recuo de vinte anos atrás, falo de vinte anos porque foi a fase que eu deixei Maputo para vir a Pemba, tinham entre dez a quinze grupos e hoje temos que procurar para ver se ainda existem pelo menos três.
Um deles é o nosso Tambo, existe um outro que esta sempre associado as ONG’s, projectos de HIV/Sida, apoio social, são cada vez mais decrescentes. E, é para ai que a gente vai e além em termos quantitativos, e a qualidade! Os grupos de jovens com falta de formação, e por outra intenção não vêm, não querem fazer teatro como carreira, mas aparecem porque existe algum foco de “mola”, a favor do projecto Sida ou outro qualquer”.
Então mais do que “stand up”, qualidade, do que ‘e propriamente encenação, não se vê nada. Há muita falta de formação e, é a razão pela qual agora estamos a pensar num envolvimento directo entre o Norte, Centro Sul na aposta na questão da formação como uma das nossas visões e fazer do nosso espaço um centro de formação de artes cénicas e quem sabe um pouco mais, uma feira de periódica com exposição de artesanato, escultura já que temos um potencial de arte Makonde, um lugar por visitar.
Victor Raposo falas calmas, agastado com o estágio do teatro em Pemba
“Tenho apelado as ONG’s que em alguns momentos tem nos apoiado e percebem quanto vale a formação. Não apenas as ONG’s, o governo de tutela tem que pensar na formação. Não basta fazer teatro por impulso, emoção, tem que haver formação para a gente perceber que existe uma actividade da qual se joga o nível através da formação, engajamento dos artistas. Não se pode estar actor, tem que se ser actor. Apelar aos empresários. Temos agora o congresso que pede ser o momento de beneficiarmos de alguma divulgação, demonstrar que somos e que haja olhos para ver o que estamos a fazer e cada vez mais melhor”.
Tambulani esteve no VII Festival Nacional de Cultura em Nampula
“Levamos uma peca de teatro para Nampula intitulada “Nós, os sem viagem” baseada no romance do escritor Mia Couto “ Jesus Além”, a mesma para nosso festival e consequentemente para o festival do Muthumbela em Novembro, mas também levamos uma arma secreta que são as danças tradicionais, já extintas mas que só nós executamos.
Iquitukulo, ibatikulo …. São para ai uma seis danças made in Cabo Delgado, e na vamos a reboque mas sim a convite do festival. Estamos facilitados por sermos vizinhos da província. A gente não se faz convidado mas sim como convidados
.
Até as últimas horas de ontem Raposo confirmara a nossa reportagem, que dos artistas estrangeiros convidados apenas uma da poetisa Zimbabué já se encontrava em Pemba mas que os da Zâmbia também já tinham a sua presença confirmada.
Pemba Contagem decrescente rumo ao 10˚ congresso da Frelimo
Texto e fotos; Estacios Valoi
18/07/12
Agendado para o próximo mês de Setembro na cidade de Pemba província e cabo de Delgado a caminho encontram se acima de três mil delegados o partidao e convidados.
Na sua mais recente visita a Cidade de Pemba, o primeiro-ministro Moçambicano durante a passagem pelo local onde esta a ser erguido um monumento de vulto nas bandas do Bairro Muxara disse estar seguro quanto a entrega das obras definitivas nas datas previstas, obras históricas já que coincidiram com a celebração dos cinquenta anos d Partido Frelimo.
“A nossa ideia é que nós temos que criar as condições melhor possíveis para que o evento, os delegados, convidados ao congresso possam usufruir de um bom ambiente de trabalho, condições, que lhes ajude a pensar e tomar as decisões necessárias mas também que fique um legado.
Nós estamos a comemorar os cinquenta anos da Frelimo, estamos a realizar o nosso décimo congresso, então se pudermos deixara alguma coisa substancial que fique para a história. Então é este empenho com o envolvimento de milhões de membros. Sabe que o nosso partido já esta quase a atingir os quatro milhões de membros, temos muitos simpatizantes, esta a contribuir, a fazer com que esta obra fique algo que nos orgulhe, 90% talvez vai ser em obras definitivas”
Vamos ter dormitórios, gabinetes de trabalho, salão maior do congresso para receber cerca de três mil delegados e convidados, facilidades para o local, provavelmente algumas tendas para as refeições, mas tudo resto o essencial …tudo em material definitivo.
Logística, finanças que se pode dizer sobre a atitude dos militantes, “Estamos muito animados, é uma resposta positiva por parte dos nossos militantes e amigos mas, precisamos de mais apoio de modo que o nosso congresso possa ser um sucesso a altura da Frelimo, dos cinquenta anos. Partido na província vai assumir a manutenção.
Sentimos um grande empenho, uma grande dedicação, envolvimento dos empreiteiros, dos quadros da província e estamos seguros que vamos conseguir concluir com as datas aprazadas. Vai ficar uma infra-estrutura penso que a condizer com aquilo que nós pretendemos que seja o décimo congresso do nosso partido. Gostei de ver esta dinâmica que esta acontecendo aqui a dia a dia só que devemos continuar a encorajar as trabalhadores, aos empreiteiros para se empenharem mais a fundo e também saudar a população da província que tem estado a acompanhar e acarinhar estas obras” Disse Ali.
Passado domingo, a nossa reportagem mais uma vez fez se a aquele local e ouviu alguns residentes do Bairro Muxara, assim como pouco mais de duas dúzias de trabalhadores nas obras, e quis saber sobre o impacto do congresso, o porque da construção daquelas infra-estruturas. Mas no geral a preocupação dos trabalhadores eram os seus retroactivos, horas extras, condições de trabalho, despedimentos compulsivos, a comunidade local, apenas quer uma escola, energia, hospital.
Trabalhadores VS empresa Teixeira Duarte
“Somos escravos, beneficiam os patrões, trabalhamos das 7 as 16 horas, 11 meticais por hora. Hoje é domingo as horas extras não nos são pagas. Falamos com os brancos mas até aqui nada. Desgastados, reunimos com o patronato e a maior parte dos trabalhadores não tem contractos. Alguns entram hoje e na ficam mais de 24 horas, uns são expulsos, principalmente os que vem de Maputo. Ė Xibalo.
Aqui tem chineses, uns trabalham com eles, com chefes moçambicanos e os brancos. Hoje domingo muitos não vieram porque estão cansados de ser mal tratados, trabalhar sem dinheiro, quando chega dia trinta, há estorias. Na querem resolver nossos problemas mas querem para nós trabalharmos. Ė PIDE que esta aqui, somos escravos. Lamentou um grupo de trabalhadores que esteve a falar com a nossa reportagem no local onde decorrem as obras no Bairro Muxara cerca de seis quilómetros da Cidade e Pemba”.
Comunidade do Bairro Muxara
Aranha céu no meio Gheto e a voz do pacato cidadão
O espaço com cerca de oito hectares, anteriormente ocupado por camponeses residentes no Bairro Muxara, que tiveram que abandonar aquele espaço mediante ordens do governo e a posterior indemnizados com montantes que variam de 2.500 a 70 mil meticais, nem todos receberam as suas devidas indemnizações. Clamam pela responsabilidade social
“ Recebemos dinheiro. Outras pessoas ainda não receberam, são oito pessoas, dinheiro 2.500,20, 30, 70 milhões (mil meticais da nova família). Aqui não temos escola, só na cidade e ali no mato, não tem mercado, lojas, tem maternidade só para mulheres grávidas, centro e saúde esta lá, três quilómetros daqui, na tem posto de energia só aquelas duas madeiras que estas a ver ali com fios.
Alguns como eu também trabalhei na obra d congresso mas deixei porque na tem condições boas, agora aqui os brancos estão a comprar casas na aldeia, este aqui desta casa ate vendeu machamba.esta acabar, as pessoas não sabem onde vão viver, os brancos estão comprar machambas, estamos mal, pagam 100, 120,130,300 milhões (Mil meticais). Alguns de aqui trabalhamos na obra do congresso mas deixamos, as condições não são boas".
Depois do périplo da nossa reportagem, constatamos que a única escola que existe naquele local, e uma primária, a que governo se propõe construir, vira a luz do manifesto eleitoral do partido Frelimo das últimas intercalares. Quanto a o congresso as pessoas da comunidade, pouco ou nada sabem sobre o que se trata, apenas esperam, isto é, conseguir alugar suas casas, ver lideres que virão daqui e acolá. Os trabalhadores nas obras apenas querem saber dos seus retroactivos.
Que se sabe sobre o congresso!
“ Ė pela primeira vez ouvir sobre congresso. Não sei o que é congresso, que traz, não tem hospital, energia, maior parte vai para hospital na cidade”
Não sabemos. Outros estão orgulhosos, nosso bairro vai crescer, as pessoas vão alugar casas. Quando congresso acabar aqui muitas pessoas dizem que vai ser escola política do partido”. Afirmações unânimes em Muxara.
Pelo centro da cidade de pemba
“O congresso de Setembro em Pemba. Era de esperar, aliás fala-se de Cabo Delgado como sendo o berço da Frelimo, mas que no entender de alguns faltava uma certa consideração porque sempre a questão colocada era a seguinte. Foi nesta província que a Frelimo quase nasceu, esta província sempre reforçou e apoio a própria Frelimo nos momentos renhidos da política ao nível do pais e porque a província não desenvolve, estamos falar em termos económicos e sócias, escolas, hospitais, saúde estradas, desporto, agricultura, e.t.c.
Por isso com este congresso será o momento oportuno de resgatar a sua popularidade que tinha, resolver os problemas internos, traçar planos para o futuro, visto que o próximo ano haverá eleições autárquicas e depois 2014 as gerais.
O decimo congresso vai escolher o candidato da Frelimo para as eleições de 2014, mas atenção aqui os camaradas devem fazer uma escolha certa. Atendendo que o país tem novos desafios pela frente com tanta riqueza descoberta, falo dos recursos minerais que nada será fácil para os futuros dirigentes. Aliás a população precisara de benefícios dos mesmos. Neste congresso acredito que muitos aspectos serão colocados no congresso e Cabo Delgado vai ter que aproveitar no máximo para merecer num lugar que merece”
Também tentamos sondar a representação do Movimento Democrático de Moçambique. Foi como procurar ‘agulha num palheiro’, que este, assim como a Renamo, por estes lados andam adormecidos.
Delegado político do MDM Juma Rafin
“Não esta a apagado, esta a trabalhar. Gritar não significa trabalhar muito, estamos na trabalhar na base a mobilizar as massas, reestruturar partido. Aqui em Pemba depois da intercalares não mudou nada, como vês vai ate ao palácio do governador e apanhas muito lixo, a cidade cheia de covas. Estamos a ver em Quelimane que me poucos meses conseguiu mudar alguma coisa mas aqui não, semáforos. Vamos pegar este município em 2013.
Convidamos o nosso entrevistado a por os pés em Pemba e não Quelimane mas antes questionei o sobre o que ‘ mudou em Quelimane e se os semáforos comem se.
“Em dois meses estava o presidente do município a montar semáforos, uma grande mudança. Aquilo não é questão de comer, serve para todos os munícipes, os automobilistas circulam sem riscos. Se em Pemba o Município ainda não esta a cumprir, o povo vai fazer justiça, a justiça esta nas mãos do povo.
O congresso da Frelimo. Cada partido organiza o seu congresso. Nós também MDM estamos a preparar o nosso congresso. Distancio me em falar do congresso da Frelimo, na sou quadro e muito menos membro da Frelimo.
“Eu na semana antepassada estava a trabalhar no Bairro Muxara. Aquelas infra-estruturas, acho que uma parte da população esta a reclamar, eu estava lá. Há muita reclamação porque aquela população não se vai aproveitar daquelas infra-estruturas. Eles deviam ter construído um centro de saúde para beneficio daquela população, mas na tem nenhum. Aquelas machambas foram apoderadas e tudo fica ao critério do partido Frelimo.
A Frelimo apostou em construir de raiz, devia construir um centro para nos beneficiar a nós e os bairros circunvizinhos. A população não vai usar aquelas instalações. O povo quer uma coisa que lhe beneficie”
Mussagi Amade presidente da liga juvenil do MDM
“A juventude não é beneficiada. Não tem como criar as suas associações, grupos para seu próprio benefício. O estado não tem com ajudar as iniciativas da juventude. Já criámos algumas associações mas não foram aprovadas nos seus distritos. A nível da cidade e cabo delgado a juventude na é beneficiada na educação, como aumentar seu nível de escolaridade
Em Muxara existem pessoas que estão a ser ameaçadas para afastarem daquele sítio, deixar espaço livre para as construções do edifício para o congresso, uma ameaça intelectual para que as pessoas se retirem do lugar”
Taxista dizia “ Estou a espera de um carro que vem de Maputo para alugar para o pessoal do congresso.
VIII Festival Nacional de Cultura sob lema “Unidade Nacional” Nampula
texto e fotos :Estacios Valoi
18/07/12
Caiu o pano domingo passado na capital do Norte mais a VIII edição do Festival Nacional de Cultura com viagem marcada para a Província Inhambane escolhida para acolher a IX edição
Um festival com a participação vários artistas a escala nacional, da África do Sul, Zâmbia, desde, musica, dança, teatro, gastronomia, exposições de artes plásticas, livro e disco, fotografia nos diferentes pontos da cidade, a Nacala, périplo pela ilha de Moçambique movimentou milhares de pessoas que se fizeram a Nampula para presenciar a efeméride, assim como um grupo de voluntários japoneses.
No fecho do evento que teve lugar no campo 25 de Setembro na cidade de Nampula, o ministro da Cultura Aramando Artur fez questão de informar sobre o próximo epicentro cultural assim como” “ Inhambane vai acolher em 2014 o Festival Nacional de Cultura”.
Para uma dimensão nacional conforme se pretendeu, muito faltou em termos organizacionais, desde a programação dos espaços onde os eventos iriam ter lugar, higiene pública. Falta de profissionalismo por parte de alguns artistas. Promoveu se fecalismo a céu aberto.
Exposições, literatura
As salas de exposição como a de fotografia e não só, estiveram praticamente fechadas, tamanha era a insatisfação das pessoas que quiseram ver a exposição exposta numa das salas do museu. Nós outros tivemos que espreitar pela porta vidrada e gradeada. Bonita foi a exposição de artes plásticas, artesanato exposta no pavilhão de desportos. Foi lançado um livro que versa sobre a Ilha de Moçambique património mundial.
Música
No campo 25 de Setembro ao havia sequer uma casa de banho, as necessidades biológicas eram feitas ao ar livre, fecalismo a céu aberto em promoção, sobreposição dos eventos o que fez com que o publico ficasse sem saber para onde se deslocar, durante dois dias faltou combustível para o publico abastecer as suas viaturas.
No múseu coube aos músicos mais consagrados como Zé Mucavele que dedilhando fez e facto a unidade nacional rasgando os dedos sobre a sua acústica viola, diferentes ritmos a mistura e, por vezes o público perdia se no som apanhando o, mais tarde. “ Para os que não percebem a minha música, toco ritmos tradicionais moçambicanos”.
Mas foi mais tarde já no momento mais efervescente da sua actuação com um público a altura que Mucavele ficou com os dedos da mão esquerda contraídos e não podia mais continuar, até tentou. O publico, esse ficou preocupado porque não percebia o que tinha acontecido com o músico. Hortêncio Langa, o público com ele vibrava e cantava, Nondje incompleto fez as suas maravilhas.
Mas não foram apenas estes e alguns com o Jazz presente em Nampula com bandas da capital moçambicana, os Masukos do Niassa escalaram Nampula actuaram perante uma plateia considerável no Estádio 25 de Setembro, mas na hora do regresso apanharam uma ‘seca’ de mais de três horas com a Linhas aéreas de Moçambique LAM, avião esse não chegava.
As bandas no tradicional, umas ausentes, os géneros, temas musicais na bagagem deixaram alguns espectadores desiludidos. “ Não trouxeram as músicas e músicos que deviam”. Participação do público foi imensurável.
Teatro, dança
Faltou o profissionalismo de alguns grupos, quiçá derivado da falta do profissionalismo, algumas pecas apresentadas sua mensagem perdia se entre os actores no palco. Ao som dos batuques e outros instrumentos trazidos, o balanço dos corpos, em fim as danças, foram também um ponto a considerar. Não podemos ver todas devido a desorganização na sua programação.
Gastronomia
Umas mais cheias que as outras. A de Gaza, da Xiguinha, Caril de amendoim, Xima, do outro lado a de Cabo Delgado, tambem com Xima. Andaram lotadas.infelizmente naquela zona também na havia sanitários. Deu para comer, só visto que os voluntários japoneses andaram sempre por lá.
Cair do pano do festival
Comparativamente ao estágio cultural em Nampula durante o ano, por um minuto era tudo cheio de cor, luz, som, movimentos, traços, tatuagens, espíritos soltos vivos em tambores alegres e outras num silêncio profundo a espera do próximo dia e Nampula voltou a normalidade cultural.
Na despedida Armando Artur dissera que “ o elevado grau de participação popular no VIII Festival Nacional da Cultura, desde a fase comunitária a fase nacional contribuiu para que o evento tivesse um grande impacto a nível nacional e internacional”
Ao ministro Armando Artur
. Sim. “elevado grau de participação”. Mas ficou Nampula em ressaca já anunciada numa província em que reina a (In) cultura durante quase o ano todo onde os eventos culturas são, digamos uma vez improvisados. Falta tudo.
Os artistas reclamaram relativamente a tamanho dos palcos que eram pequenos. Não fizeram digressão a locais históricos como a ilha de Moçambique, apenas umas poucas dúzias seleccionados a rigor.
Reacções unânimes do publico em especial de Nampula
“ Foi bom ter estas muitas pessoas aqui, a nossa cidade nunca tinha tido um evento igual. “Talvez vamos aprender como organizar as nossas actividades culturais” “Uma oportunidade de visitar Nampula”.” A província não esta bem preparada outros nem sabiam para onde ir ver as actividades. “ Não tinha gasolina”.
O lixo já destapou as peneiras que tinha posto por cima, as estradas e os carros continuam no seu festival diário, buracos, poeira a mistura e de sobra na capital do Norte.
“Aqui. Quase que não temos exposições, musica, lançamento e livros … manifestações culturais. Agora que acabou festival. hahaha. Voltou tudo na mesma. Localmente não se olha para a cultura.faltam apoios, formação, salas para nossos eventos, equipamento…adeus festival também adeus a cultura em Nampula” dizia um dos espectadores a nossa reportagem.
Muito faltou para aquilo que se pretendia ser o Festival Nacional de Cultura. Mas também foi um espaço de campanha pré eleitoral do partido Frelimo no poder para as próximas eleições autárquicas.. A Seu bel- prazer, camisetes, bonés.do partido iam sendo distribuídos, a venda no estádio, no local escolhido como área gastronómica na efeméride.
Tudo anda a RodaEmpresariado de Cabo Delgado
Tudo anda a roda
Texto e fotos: Estacios Valoi
18/07/12
Na mais recente visita do presidente da Republica Armando Emílio Guebuza a província de Cabo Delgado o empresariado local através do seu comité organizou um jantar para sua excelência, quiçá com o intuito de informar segundo elaborado e feito por um dos empresários da praça Osman Yacub, referencia no meio empresarial na cidade de Pemba.
No jantar que se realizou n Pemba Beach Hotel no qual se esperava a presença de 150 pessoas entre convidados e a comitiva do presidente, cada “convite” estava ao preço de 3000 meticais.
A bilheteira esgotou mas o número de pessoas, isto do total de pessoas que contribuíram apenas 80 pagaram os convites enquanto que as outras 60 foram a boleia dos” paga nines”.
Na altura o chefe e estado que pouco e quase nada disse, dirigindo se as empresários disse “ Nós consideramos o empresariado como parceiro de desenvolvimento…”
Por sua vez Osman, digamos que em nome do empresariado local, segundo ele mas sem ter certeza conforme vem no discurso que fez, Cabo Delgado esta pior do propalado pelo discursante.
“ As presidências abertas… constituem uma virtude impar nos anais das governações africanas ..Sendo um exemplo e sucesso que esta a ser seguido não só em África como noutros continentes.
Sobre a província de Cabo Delgado queremos aproveitar dizer que a contrário do que algumas opiniões mais pessimistas afirmam, empresário de Cabo Delgado na esta adormecido. Sabemos do potencial e crescimento que da província agora em exploração. A politica do pais não é acabar com os ricos …motivar os ricos assumindo a sua moçambicanidade…juntos acabarmos com a pobreza”.
Não são precisos mais relatórios para se saber que em Moçambique o fosso entre ricos e pobres vai aumentando a uma escala vertiginosa, não fosse Osman, em nome do empresariado a escovar o presidente para que juntos criarem mais riqueza e acabar com a pobreza. País real.
Tudo anda a roda
Em Cabo Delgado as únicas industrias que poderiam ter sido criadas nos tempos que lá foram, com muitos dólares envolvidos como na exploração do camarão que acabou não se concretizando os dólares voaram, a estorias das parcerias, em que alguns membros do governo local que pediam comissões ou parcerias a forca, como exemplificaram algumas fontes “ o antigo governador…Hoje Cabo Delgado com seu potencial já exposto continua sem industria,, fraco desenvolvimento agrícola, pesuqiero o empresariado local fraco.
A última feira económica recentemente realizada foi exemplo disso, apenas serviu para o politicamente correcto. Algumas pessoas trouxeram seus produtos de Nampula para exibir los na feira, há sim a turma dos vegetais, esteve em peso no primeiro e único dia dos dois dias da feira. Venderam tudo, mas já não havia tempo de ir a Nampula e comprar o stock.. Agora empresariado dos minerais, esse anda a quatro ventos. Que desenvolvimento empresarial quer Osman fazer transparecer!?
Estratos de uma entrevista com o anterior director da Industria e Comercio de Cabo Delgado Mateus Matusse.
“O constrangimento básico que é resolvido, tem a ver com infra-estruturas, centro de tudo o resto. Se terminar com a estrada que liga Montepuez a Ruassa, que esta em zonas altamente produtivas, um grande regadio de Nguri, então esse problema de vegetais, legumes, resolve - se. A quem vai até Malema cerca de 500 quilómetros comprar tomate para vir vender aqui. Há uma serie de constrangimentos e as medidas administrativas não são a base em relação ao controlo dos preços.
“ Em Cabo Delgado tem que ser visto em dois extremos: Produtos agrícolas que são produzidos aqui e a província tem excedentes e industrializados de vegetais em que a produção não é local, e se é, muito baixa. Em termos de cereais, tubérculos temos excedentes e claramente temos preços mais baixos a nível nacional. Produtos nossos agrícolas, saem daqui para outras províncias porque a mais-valia do comerciante que leva esses produtos para lá”.
“Na componente de vegetais, tomate, cenoura, cebola, a província não tem a cultura de produção desses produtos, é uma cultura que vai sendo introduzida. O nosso camponês quando chega o tempo para preparar o campo para plantar mandioca, milho … Deixa tudo e vai concentrar se naquela produção que tradicionalmente se habituou. Maior produção baixa de preços”.
Os nossos grandes armazenistas da praça tem feito as suas compras em Nacala ou fazem directo de Maputo e fazem via terrestre. Esses produtos que vem de fora, a província já não tem o sistema de cabotagem, resta a ligação marítima a nível nacional, estamos a falar de um navio que sai de Maputo, Pemba, Nacala. Verdade que a capacidade de produção ainda não satisfaz aquilo que é as necessidades reais de consumo.
Turismo ainda a procura de espaço
Quanto a questão alojamento por si só o governo local já reconheceu, que terá que albergar os mais de 3000 mil delegados que vem a Pemba em casa dos “camaradas”. Anda tudo lotado e a roda, da turma do gás.. Homens de negócio.. Com os seus quartos garantidos.
Uma ausência completa de salas, anfiteatro, espaços de lazer .. A na ser que se considere espaço e laser, uma barraca Jet Set de nome “Brazuca” onde o cálice de whisky ronda os 250 meticais, ‘e uma vivendinha transformada numa discoteca, o teatro, dança Mapiko só em dias de jubilo este ou daquele, com agora que vem ai o congresso.
Rasgando nas duas vertentes a maioria dos delegados, ao ritmo dos preços que se praticam por estas bandas vai lhes restar a barraca “Frango Assado”, muito maior que Brazuca nas usa varias dimensões.
Primeiro há 2 tipos de Frango, ambos e duas patas. O que se vende no balcão e o que se vende a si mesmo. Faltam camas … mas o Frango Assado será de facto o albergue familiar onde mais de que frango, cambem lá uns bons franguinhos dos seus 12, 14 anos a um preço módico que varia dos 100, 300 meticais, um bom mercado de divulgação do ambiente de negocio, empresarial. Enquanto isso as estruturas e direito, empresários apenas a mola lhes interessa.
“ Motivar os ricos assumindo a sua moçambicanidade” dizia Osman Yacub em nome do empresariado de Cabo Delgado e que pelo que se sabe tem cerca de quinhentos trabalhadores. Será que o empresariado local esta acordado? Que tipo de empresário e empresário existe e se pretende. “A politica do pais não é acabar com os ricos …motivar os ricos assumindo a sua moçambicanidade…juntos acabarmos com a pobreza”.
Ainda naquele jantar o presidente a republica Armando Emilio Guebuza foi oferecido uma bengala. Experimentou tacteado o chão aparentemente num prenuncio do peso dos anos e/ou do poder mas depois levou a bengala para cima bem segurado com as duas mãos. Se fica ou não na presidência do partido ou do país, fica para os próximos tempos.