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terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Diz Lourenço Sambo, Linha feira e porto de Aguas profundas para Macuse
Texto e fotos: Estacios Valoi
23/12/11
Rio Tinto empresa Australiana envolvida na exploracao de jazigos de carvão na província de Tete prevê a construção de uma linha férrea com a extensão de 575 e um novo porto de águas profundas na localidade de Macuse no distrito de Namacurra, na Zambézia
Os dois projectos a serem implementados estão orçados em cerca de 8 bilhões de dólares americanos como previsão para a conclusão da sua fase piloto em cinco a seis anos.
Segundo o director do Centro de Promoção de investimento (CPI) Lourenço Sambo apesar de estes projectos não fazerem parte do plano estratégico de desenvolvimento da Zambézia, são imprescindíveis para a continuidade das várias actividades em prol do desenvolvimento integral da província mas com o envolvimento de parcerias pública e privada.
“O CPI tem este papel, recebe os projectos, faz toda a articulação institucional. Nesta fase estamos com o sector dos transportes, ambiente e valor de investimento assim como o impacto económico é significante. Vamos levar este projecto ao conselho de ministros para numa primeira fase ser aprovado o acordo de princípio, incentivos.
Prevê -se que a fase de conclusão da projecção do inicio da construção das infra-estruturas seja de cinco a seis anos, implementado com base numa parceria publica e privada”.
“Vão fazer vários estudos e, um deles é da empresa Rio Tinto na altura Riversday. Na reunião da Commonwealth, na presença do chefe de estado moçambicano visitamos as instalações da Rio Tinto e houve este cometimento de se estudarem alternativas em como utilizar o rio Zambeze para escoar o carvão e a outra a mais viável foi como construir o ramal de 575 quilómetros de Tete ate um novo porto de águas profundas já identificado aqui em Macuse.
Recebemos o projecto e com orientação do primeiro-ministro, os detalhes são simples. Estamos numa fase de análise, há estudos de impacto ambiental que vão ser feitos. Só o estudo esta acima de 20 milhões de dólares mas é aquilo que a Rio Tinto e outras empresas de Queensland vão investir numa primeira fase. É o mínimo daquilo que o porto vai custar.
O porto de Macuse e os 575 quilómetros de linha férrea de Tete a Macuse. De Quelimane a Mocuba fica para a história.
“Daqui para frente e assim como fizemos em Tete, vamos organizar uma visita a Rio Tinto na Austrália com o envolvimento da própria da Zambézia e no primeiro trimestre do próximo ano vamos levar o projecto ao conselho de ministro.
‘E precisa preparar já o empresário nacional e em particular o da Zambézia para tomar conhecimento porque isto vai envolver muito trabalho porque o ramal do lado da Zambézia vai ter uma certa distância que agora não posso precisar mas só para chegar até ao porto de águas profundas é uma coisa fenomenal. É um projecto submetido ao governo para apreciar, não para aprovar”.
Utilidade pública do projecto
São duas infra-estruturas de utilidade pública. Com os Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) fizeram um trabalho já de cinco a seis meses agora vão organizar uma equipe que vai visitar a Austrália com o envolvimento de vários sectores incluindo o governo provincial.
Quando falo de 8 bilhões é só uma pequena parte porque o governo tem que participar com a outra, energia um conjunto de coisas mas para isso tem que haver uma definição clara.
Esse vai ser um primeiro projecto que vai elevar o nível de investimento na Zambézia, um projecto ancora que não esta no plano estratégico mas já podemos anunciar.
Clivagens políticas
“Acredito que não haverá, sim porque tem múltiplas vantagens e, num Pais de democracia a infra-estrutura acaba resolvendo ou aproximando as divergências políticas. Não vejo de facto nenhum problema. São daquelas coisas que tem que acontecer, um empreendimento meramente económico e, aqui o investidor não é o governo, o mais interessado é uma empresa meramente séria que se chama Rio Tinto.
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