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quinta-feira, 31 de março de 2011
Dança o último verdadeiro movimento do ser humano
Dança o último verdadeiro movimento do ser humano
Texto: Estacios Valoi
Foto: Sarah Hickson
31/03/11
O mais recente trabalho de Kettly Nõel, no Donko Seko uma organização sem fins lucrativos do Mali, a dez anos em Bamako e no país em geral para o desenvolvimento de abordagens contemporâneas.
Centro de formação profissional reconhecido Donko Seko, acompanha os bailarinos do país e do continente em todas as fases do seu aprendizado, oferecendo formação personalizada. Além de um programa de educação continuada, o centro acolhe workshops específicos sobre a. Além disso, muitos jovens bailarinos do centro incluindo companhias de dança internacionais foram acolhidos em diferentes estruturas de formação profissional.
O objectivo de apoiar estes jovens artistas de forma a se tornarem bailarinos profissionais e coreógrafos, Donko Seko desenvolve um eixo de profissionalização do jovem artista bailarino, coreógrafo.
Donko Seko estabeleceu parcerias com diversas estruturas internacionais (Ballet Prejlocaj-Black Flag, Conservatório de Roma, o Centro Coreográfico Nacional de Tours, La Compagnie Gilles Jobin (Suíça),) e também uma parceria privilegiada com o Conservatoire National des Arts et Métiers Multimédia Balla Kouyate Fasséké Bamako, que abriu suas portas em 2003.
Criado em 2003, o festival ‘Dança, Dança Bamako’ está em consonância com eventos de dança mais importantes do continente, permitindo que as companhias internacionais ao lado de artistas jovens no País reúnam um público grande e fiel. Não se restringe à dança contemporânea, o evento já favorece cruzamentos entre os vários artistas com abordagens contemporâneas.
Após teres deixado Maputo - Moçambique por onde é que andaste a apresentar o teu trabalho?
Franca.
Quem é a Kattly Noel por de tras da dançarina?
É apenas uma mulher
Quando é que começas a dançar?
A minha viagem pela dança começa quando tinha seis anos de idade, foi a primeira vez que dancei.
Começas a dançar ainda na barriga da tua mãe?
Não. Quando fui escolhida, quando vi a vida.
Como é que foi para ti pisares o palco pela primeira vez?
Não me lembro.
Qual é a sua filosofia de vida?
Apenas ser realista no que faço.
O que te inspira?
O quotidiano
A última vez que ti viste actuar e conversamos foi em Maputo na apresentação da tua peca a solo intitulada o outro (The other). Mais uma vez pergunto te quem é o outro e por acaso encontraste?
O outro sou eu.
Agora com um novo projecto. De que se trata, o que versa este teu novo projecto?
O projecto de anca é intitulado “Eu chamo me Fanta Kaba” esta é a minha nova identidade.
Sendo a peça sobre prostituição porque é que o homem é o maior suspeito?
Por ser o principal beneficiário.
Quantas pessoas estarão inclusas nesse projecto?
É um solo, mas eu tenho alguns colegas em torno do projecto que vão colaborando.
De entre os projectos que produziste qual consideras o melhor?
Cada peca tem a sua própria estoria. Estou todos os dias pronta a criar novos projectos e são todos importantes. Mas dizer que uma peca forte continua sendo a que criamos ‘L’Autre” com Augusto Cuvillas no Centro Cultural Franco Moçambicano
Foi difícil despires a bailarina que estavas a representar na peca o outro (‘L’ Autre') e algum ritual?
Não foi difícil assim como não tenho nenhum ritual antes de subir ao palco
Quando estas no palco que te passa pela cabeça?
É assim, quando estou no palco tenho sempre pressa de terminar a apresentação
A quem diga que em termos culturais o continente vai perdendo a sua raiz qual ‘’e o teu ponto de vista?
Não. Penso que a África não esta a perder o seu património. Penso que em termos culturais a África tem um enorme potencial e que vai continuar a florir e a criar novos autores.
Tens alguns líderes africanos que andam com o lema “reduzir a pobreza” achas que estão de facto a fazer o suficiente ou estão a afundar cada vez mais na corrupção?
Podem reduzir sim a pobreza, se assim o desejarem, se houver um projecto real, uma verdadeira consciência, o que implicará a ser exigente consigo mesmo, resistente e com princípios muito rigorosos para atender estes objectivos.
Que mais te assusta neste mundo?
A Guerra
Quem tu consideras o melhor musico ou bailarino?
Considero Melleur Moussa de 12 anos de idade como melhor bailarino actualmente em formação no centro Donko Seko.
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