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segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Distrito de Chinde beneficia de novas Escolas
Distrito de Chinde beneficia de novas Escolas
Texto e fotos: Estacios Valoi
12/08/10
A Organização não governamental Concern Worldwide entrega oficialmente ao governo moçambicano mais 3 escolas no Distrito de Chinde na Província da Zambézia no final deste mês de Agosto.
Desde que ONG começou a desenvolver as suas actividades na área da educação básica em 2006, actualmente conta 8 escolas construídas com cada sala orçada em cerca de 10mil dólares para albergar 39 mil crianças.
As 3 Escolas a serem entregues para leccionar os níveis do EP1, EP2, ate o EP 6 nas localidades de Chinde C, Nhangalaze, Muinde, Chacuma, Chacuma 2, cada uma é composta por três salas completamente apetrechadas, bibliotecas e outros materiais didácticos.
De acordo com o representante da Concern Worldwide na Província da Zambézia Aníbal Machava este feito faz parte dos 4 resultados preconizados pela sua organização num período de cinco anos com ênfase na educação da rapariga.
‘As metas até aqui alcançadas têm maior enfoque no acesso da rapariga a educação, o enquadramento dos Pais e encarregados de educação na gestão escolar, o trabalho com professores e técnicos dos serviços distritais de educação no sentido de melhorar as condições assim como a qualidade do ensino no Distrito’.
‘ As primeiras cinco construções de raiz foram feitas por empreiteiros enquanto as três últimas pela própria comunidade mas isto dentro dos seus próprios anseios onde os Pais contribuíram com a sua mão-de-obra, escolas completas ou não. Temos salas de aulas ainda sem tem latrinas, outras porque os Pais gostariam que tivessem uma secretaria, uma casa para professores, entao estes projectos são feitos com o conselho de escola.
Frisar que as cinco escolas no Distrito de Micaune são as primeiras a serem construídas desde a independência nacional. Temos uma EPC na localidade de Magaza com 3 salas, EPC Samora Machel e Mucinde, todas pré-fabricadas com estruturas metálicas compostas por 9 salas e foram entregues ao governo Junho último totalmente apetrechadas. Actualmente estamos mais focalizados na vertente de uma maior qualidade de ensino, assim como melhorar os aspectos curriculares locais e a advocacia. É desta forma que vejo a qualidade de ensino e não apenas em metas que se traduzem no número de crianças abrangidas’.
‘ Na zona da baixa Zambézia a questão do acesso no transporte de material tem sido um dos grandes problemas, chegando se recorrer a canoas porque a área não é propícia o que acarreta elevados custos, mas posso assegurar que conseguimos fazer as salas com um valor abaixo dos 10 mil dólares com estruturas pré metálicas propícias para aquelas zonas, preparadas para resistir a ciclones e a terceira escolas é de alvenaria’.
Mesmo com os ‘feitos alcançados’ Machava reconhece que ainda há muito por fazer em prol do ensino assim como da integração da rapariga na educação
‘ Apesar dos feitos alcançados na educação, quando se trata da rapariga torna-se complicado analisar o seu impacto. Os grandes desafios tem a ver com a integração, o abuso da rapariga na escola, mas relativamente a fase inicial das nossas intervenções, hoje a situação vem melhorando e actualmente a rapariga tem maior acesso e, é de salutar o aspecto da sua retenção porque a questão do abandono da escola por parte desta para ir a machamba ou cumprir com outras tarefas de índole doméstica é uma realidade.
‘Mas isto também passa por uma sensibilização dos pais e encarregados de educação. Na baixa Zambézia temos a questão da mobilidade das pessoas devido as cheias, das machambas e, quando se chega a fase da colheita a rapariga abandona a escola. É preciso trabalhar com as comunidades para que entendam o valor da educação e encontrar outras alternativas de meio de subsistência porque o projecto de ensino só por si dentro das necessidades básicas não resolve o problema da educação, refiro me a projectos de segurança alimentar, dos aspectos da redução da pobreza extrema que possam encorajar as crianças a irem a escola’.
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