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quarta-feira, 28 de agosto de 2013
Greve dos “chapeiros” em pemba
Texto e fotos: Estacios Valoi
28/08/13
“Transito sempre leva carro para o comando. Todos dias operação, então cansamos com isso. Esta greve é com polícia de trânsito.”.
Estiveram reunidos durante aproximadamente duas horas representantes da direção provincial de transporte e comunicação Policia de trânsito, camararia, a associação dos transportadores o INAR em Cabo Delgado para porem fim a greve dos transportadores semicolectivos registados desde aas primeiras horas da última segunda-feira na Cidade de Pemba.
A greve levada a cabo pelos vulgos ‘ chapeiros’ durante todo o dia de segunda-feira última teve como bases revindicações segundo aqueles o parqueamento, cobranças ilícitas a corrupção instalada por parte da polícia de trânsito
“Transito sempre leva carro para no comando. Todos dias operação, então cansamos com isso. Esta greve é com polícia de trânsito, só num dia é possível ser fiscalizado 3 vezes. Apanha transito aqui, v na feira, a subir pouco o chapa esta apanhar outro trânsito, do outro lado esta apanhar trânsito, em toda a cidade. A polícia de pemba é ladrão, anda a burlar-nos, os nossos carros têm documentos mas eles andam nos burlar, da la 100, 200, 400 meticais”.
De acordo com Benedito Martins Director provincial dos transportes e comunicação de Cabo Delgado, que tentou minimizar a situação numa cidade em que não apenas os “chapeiros” são vítimas das incursões de alguns elementos da polícia, sempre na tentativa de extorquir ao automobilista, “patrão um refresco”, não em poucas situações, sem exigir a documentação da viatura e do automobilista, facto é que não existem condições pelas instituições de tutela a curto prazo para que tal situação seja colmatada. Enquanto isso, vai se remendando.
“Dizer que esta paralisação foi realizada por um grupo de transportadores que não é reconhecido pela associação dos transportadores. Nós fomos ao terreno e conseguimos identificar um grupo e sentamos com eles para ouvir o que estava na origem desta paralisação. Mas antes queria dizer que neste momento estão em curso duas operações em simultâneo
O plano de harmonia na estrada é um plano nacional que visa combater os acidentes e a outra o plano operativo na área de transportes no município de Pemba, em que a direção provincial de transportes da o seu apoio e monitora. Então estes dois planos estão a produzir resultados e alguns são estes que estamos a ver neste momento.
Origem desta paralisação. Eles reivindicam que a polícia esta a fazer o parqueamento das viaturas deles em função das infrações que eles estão a detetar como os transportadores. Outro especto tem a ver com a mudança de rotas. Eles estão licenciados em determinadas rotas mas estão a operar em outras Também são sancionadas. Estão a operar com cartas de condução não do serviço público, aquelas recomendadas para o transporte de passageiros”.
“Então em relação a estes aspectos nós chegamos as nossas conclusões, ao entendimento de que em relação ao primeiro ponto sobre o parqueamento, só se parqueiam viaturas quando de facto a própria viatura não tem requisitos para poder circular e este é um compromisso que assumimos desde a muito e tem sido frequente para nós. Essas viaturas vão ter que ser parqueadas naturalmente. Se o problema é do condutor e a viatura esta devidamente licenciada, então não há nenhum problema, não é parqueada. Chegamos a esse entendimento e vamos continuar a trabalhar nesse sentido.
Em relação a mudança de rotas, chegamos a um entendimento de que cada um vai observar a rota para qual este licenciado. Estava a acontecer que todos utilizavam a mesma rota porque diziam que é a rota que tem mais passageiros. Querendo mudar a rota, estão abertas as portas para eles poderem requerer, existe este espaço e vai acontecer.
Em relação ao averbamento de cartas para o transporte de passageiros portanto serviços público, eles diziam que nós não tínhamos as condições aqui do INATER mas de facto sim, não existem condições, não temos aqueles machibombos ou camiões com sele reboques, mas há uma orientação, eles podem requisitar serviços externos e trazer e o INATER apenas confere o grau que eles querem atingir naquele momento usando aquele meio. Também esta concordado e, na verdade não sabiam isto, ficaram a saber e vão fazer isto. De tal modo que a partir deste momento eles vão voltar a se fazer a estrada, portanto o transporte vai circular normalmente e esses pontos já foram ultrapassados”.
Martins diz não ter conhecimento das cobranças ilícitas por parte da polícia de trânsito em que ambos os ventores alimentam se mutuamente, policia vs. ‘Chapeiros” e, alega que o grupo dos grevistas não faz parte da associação, algo que não constitui a verdade segundo factos constatados pela nossa reportagem
“Eles estão a acumular multas. Um transportador que ‘e encontrada com 2, 4 infrações, as multas também acumulam, em parte ‘e problema de conhecimento. Até porque em última analise, recomendamos ao nosso delegado do INATER para tirar cópias do regulamento do código de estrada e do regulamento do trânsito automóveis, para eles saberem e discutir as coisas com conhecimento de causa, são aspectos que em algum momento não estavam claras”.
Polícia de trânsito cobranças ilicitas
“De facto se há este tipo de coisas é desencorajar. Nós não gostaríamos que isso acontecesse. Desde já apelamos aos nossos colegas da polícia para que possam fazer isto de tal modo que o ambiente seja aquele Bom não tenho conhecimento oficial de que isto é uma prática por isso estavam reunidos com eles para dizerem o que esta a acontecer. Os pontos levantados foram estes e discutidos na presença da polícia de trânsito, camararia do INATER, a associação dos transportadores estávamos ca na mesma mesa; Discutimos e ultrapassamos e também apelamos que se isto acontecer estamos abertos a receber por qualquer via uma denúncia para podermos intervir. Eles podem alugar o serviço e chegar a INATER que pode examina-los conferir o grau que se pretende”.
Mas nem tudo foi ultrapassado a esteira desta problemática que vem se arrastando/e ou arrastada a anos, desde a falta de condições das instituições, a isto adicionando as cobranças ilícitas por parte das escolas de condução que não garantem um serviço completo aos utentes dos semicolectivos. Contudo, ainda no acto da inscrição para a aquisição de uma carta de condução de transporte de passageiros, os montantes são pagos na globalidade, menos o serviço.
Sousa Eduardo Dimande representante dos transportadores cansados de contabilizar covas pelas estradas do município de Pemba e não só também apelou a maior abertura, dialogo com as instituições de direito.
Aqui em pemba nós estamos a sofre mais pelo parqueamento das viaturas. Numa sequência qualquer com a polícia de trânsito, uma coisa que nem constitui com que se parqueia o carro, eles levam o carro e parqueiam, as vezes é a lotação que esta a mais no minibus, as vezes é por causa do motorista que não tem carta de serviços públicos, eles parqueiam o carro. Então isso foi uma das coisas que procuramos saber o que é necessário.
Nós sabemos que, se a minha carta não esta adequada para conduzir passageiros tenho direito de levar uma multa e não é parquear o carro. Outra coisa os que não tem publicas seguimos nas escolas de condução, quando chegam sempre levam o dinheiro daquelas pessoas mas quando vão para averbar as cartas, dizem que eles tem que alugar as viaturas, os carros pesados, machibombos para poderem fazer exames porque eles não tem esse tipo de automóveis. Agora nós não sabemos como é que eles aceitam que as pessoas se matriculem a saber que eles não tem condições desse tipo de coisas?”.
“Tem muitos casos aqui como o das rotas. Nós não negamos que os carros penetrem até lá, zona baixa mas pedimos que tapem as covas. Baixa, hospital esta cheio de covas e ali o minibus para entrar, no primeiro dia e segundo dia, o carro de seis em seis meses tem direito de entrar na inspeção e sem inspeção o carro não pode circular aqui mas eles nos obrigam que nós temos que entrar para aquelas vias. Nós não negamos.
Uma coisa que tem que fazer, nós avise, por cada carro que chega, dia X nós precisamos de um encontro convosco, eles não avisam, só fazem. Exemplo tem carros que prenderam no sábado, procuramos saber, outros estão presos, prenderam documentos. Não sei como é que um policia prende documentos sem te dar um recibo e diz que teus documentos estão presos! Eu tenho minha carta pública e se souber que esta tudo legal pagar a polícia eu nego. Reclamamos o parqueamento das viaturas.
Estamos de acordo com aquilo que foi aprovado. Aqui tivemos o comandante da polícia e ele também ouviu. Ele disse que são certas coisas que ele também não sabia, só via ali viaturas entrar, parqueadas”.
Teófilo Cadre Metilal presidente da associação dos transportadores relativamente a circulação dos ‘chapas, contrariamente ao que anteriormente acontecia, deixava vários citadinos, estudantes do curso noturno a percorrer quilómetros a pé durante a noite de volta aos seus aposentos apenas porque a ‘ chapa circulava até 19h, garante outro cenário.
“‘E justa a reclamação dos motoristas. N’os Garantimos que vamos fazer de tudo, sentimos isso, o horário vai ser alargado para além das 19horas, podem conduzir ate 24h, as chapas podem circular”. Sublinhou Metilal.
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