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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
“Arca de Noé”
Cape Town International Jazz Festival
Textos e fotos: Estacios Valoi
21/02/03
(Zambeze Newspaper)Sentado, pensando sobre o que acontecerá pelo mundo com dramas por todos os cantos, não haveria melhor que entrar pela “Arca de Noé”, Cape Town Internacional Jazz festival já na sua 14 edição.
Todos os caminhos vão dar a Cape Town, “Arca de Noé” tem encontro marcado brevemente no Cape Town internacional Convention Center (CTICC) na sexta-feira, Sábado dia 5 e 6 de Abril com mais de 40 músicos desde vocalistas, instrumentalistas nos cinco palcos montados
Não tenho que cogitar ou dormir sobre o assunto, se não tentar desenhar alguns rabiscos sobre o alinhamento para esta edição de um festival considerado o quarto maior do mundo, e, sempre desde que existiu habituo-nos a ter dos melhores, desde da música prato principal, exposições fotográficas sobre música, workshop sobre artes para jornalistas, aulas sobre desenvolvimento musical…tudo a medida certa para que se possa chamar de facto, festival.
Como dizia em outras vezes, musica o ultimo verdadeiro grito do espirito humano, assim como a dança o ultimo movimento, ao encontro do som, luzes, cores, almas, espíritos congregados numa única e grande panela desta aldeia global, levaria muito tempo para desenhar o festival em linhas, com o risco de saírem tornas ou de perder-me pelo meio do começo.
Como sempre com a organização do festival a cargo da espAfrika, esta edição tem como financiadores oficiais o departamento de Artes e Cultura e a SABC desde do ano 2000 e como cabeças de cartaz, Buena Vista Social Club, Jill Scott e Brand New Heavies.
Mas vamos ao que mais interessa a “ Arca de Noé” … que carrega consigo para a 14 esta 14 edição do festival desde os clássicos aos contemporâneos, numa lista colorida, começando pelo Buena Vista Social Club de Cuba que pela primeiríssima vez oferece ao festival e ao público uma experiencia inédita.
Orquestra Buena Vista Social Club em palco com Omara Portuondo (Cuba), BWB's Norman Brown, Kirk Whalum, Rick Braun (USA), Zonke Dikana (South Africa), Jill Scott (USA), Thandiswa Mazwai (South Africa), Jimmy Dludlu (South Africa), Brand New Heavies (UK), Céu (Brasil), Cheikh Lô (Senegal), Errol Dyers (South Africa), Pu2ma (South Africa), Claire Phillips (South Africa), Mi Casa “My House” (South Africa), Khuli Chana e AKA (South Africa), Dubmarine (Austrália), Trenton and Free Radical (South Africa), Brother Ali (USA), Mafikizolo (South Africa), Ben Sharpa e Pure Solid (South Africa), Chef'Special (Holanda), Victor Ntoni (South Africa), Jack DeJohnette, Ravi Coltrane, Matt Garrison trio (USA), Reza Khota Quarteto (South Africa), Jean-Luc Ponty (Franca), Sonti (South Africa), Kirk Whalum – Romance Language (USA), Chano Domínguez (Espanha), Louis Moholo presents 4 Blokes & 1 Doll (South Africa), Ibrahim Khalil Shihab (South Africa),Robert Glasper Experiment (USA),Gregory Porter (USA), Auriol Hays (South Africa), Ronin (Suica), Jonathan Rubain and Don Vino (South Africa), Afrika Mkhize (South Africa),Steve Turre (USA), outros a caminho para se juntarem a esta lista.
Segundo Rachid Lombard director do festival CEO da espAfrica, organizadores do evento, esta tudo a postos e satisfeitos com o apoio que o festival vem tendo.
“Estamos maravilhados com este alinhamento. Mais uma vez podemos garantir a classe mundial de artistas internacionais de gabarito assim como uma lufada de ar fresco para os nossos talentos locais. Existe tudo para todos, para os amantes do jazz tradicional ate para os expectadores mais jovens esperançosas de ouvir mais as tendências, a música popular. Para os que vão caminhando ao festival, não se vão arrepender.
Todos os anos nos regozijamos pelo número crescente de expectadores que vem ao evento. Vemos mais e mais visitantes internacionais e a média que vem a Cape Town, uma indicação de que o festival consta no panorama global”
Um cheirinho dos cabeça de cartaz
Orquesta Buena Vista Social Club - O nome se deve a uma antiga casa de shows cubana onde diversos músicos cubanos se apresentaram, que já havia deixado de existir nos anos 50 com "Chan Chan, Quizas quizas, Candela", Compay Segundo, textualmente afirma: "eu não compus Chan Chan; Sonhei. Sonho com a música. As vezes desperto com uma melodía na cabeça, oiço os instrumentos, todo muito clarito. Meto me pelo balcão e não vejo ninguém, mas a escuto como se estivessem a tocar na rua. Não sei o que será. Um dia levantei me escutando essas quatro noticas sensíveis, pus as numa letra inspirando-me num conto infantil de quando eu era criança, Juanica e Chan Chan, e já vês, agora se canta em todo mundo".
Jill Scott nasceu a 4 de abril de 1972, o que significa que completará mais um ano de vida em Cape Town, carrega consigo três grémios nas categorias de cantor, compositora, actriz e poetisa. Desde 1999, Scott construiu uma reputação por ser clássica com álbuns como “Bonito humano” Beautifully Human: Words and Sounds Vol. 2 Lançado em 2004 e “ Coisa real: palavras e som vol.3” The Real Thing: Words and Sounds Vol. 3, em 2007 ambos alcançaram estatuetas de ouro…
Brand New Heavies começam nos anos 80 como um grupo instrumental de Acid Jazz de nome “Irmãos Internacionais” (Brother Internacional). Depois de publicarem o seu primeiro disco com contrato, veio o nome Heavies, emprestado de uma ligeira nota no single de James Brown declarando o artista: Ministro do novo funk pesado”. Como Brand New Heavies, alcançaram o culto seguido no cenário do Clube Londrino e rapidamente assinaram para o Cootempo como Acid Jazz substituindo o raro groove nos clubs. Gravaram Eddie Piille em 1990 com Jay Ella Ruth como líder vocal.
O single “ Tenho que dar ou "Got to give" veio ao de cima no Cootempo antes da banda carimbar as gravações Acid Jazz e lançar Brand Reavies para a aclamação da critica. Seguiram- se as outras musicas como, “Sonho torna se realidade” (Dream Come True), “Nunca parar” (Never Stop) e “Permaneça no mesmo pé” "Stay This Way", todas com Davenport como vocalista principal.
Jack DeJohnette, Ravi Coltrane e Matt Garrison estarão juntos com o trio Jack Dejohnette Trio (USA). Ravi, Jack e Matt (USA), uma reunião de feitos e celebração de um evento original no Museu de Brooklyn em Nova York celebrando a música do grande John Coltrane.
Os aficionados do Jazz também darão as boas vindas a anúncio de que o cantor sul-africano Jimmy Dludlu estará no evento. Dludlu um guitarrista auto didacta aclamado, líder da banda, compositor, envolvido nos arranjos técnicos, internacionalmente conhecido pelo seu Jazz e Fusion original africano.
Robert Glasper Experiment (USA), o trio Chris Dave na bateria e Vicente Archer na viola baixo e Robert Glasper Experiment, explorando a fusão do Jazz e hip hop dobrando o Jazz Funk com beats eléctricos do hip hop, o baixista Derrick Hodge e saxofonista e vocalista Casey Benjamin.
Errol Dyers (SA) trás o seu cruzar único do tradicional, guitarrista de Cape Town de altamente respeitado como pioneiro daquilo que actulmente; e conhecido como Cape Jazz-Ghoema.
The Reza Khota Quartet (SA) de volta ao festival nesta edição de 2013. Liderado pelo vocalista e guitarrista Reza, o quarteto actua com Shane Cooper no Baixo, Buddy Wells no saxofone e Jonno Sweetman na bateria.
O pianista latino do Jazz Chano Dominguez (Espanha) será a outra surpresa para os verdadeiros amantes do Jazz, do post-bop, fusão e flamenco influenciam a música em referência as suas raízes andalusianas. O seu álbum mais recente “ Apanhados do Flamenco (Flamenco Sketches) lançado pela Blue Note Records em Março de 2012 e assina o seu estilo com as reinterpretações de Miles Davis "Kind of Blue".
“Chano Dominguez toca estas melodias com maior beleza, imaginação que virtualidade desde Miles Davis e Bill Evans” entra em palco com Blas Córdoba no vocal, percussão, Ben Street no baixo e Dafnis Prieto na bateria.
Músico a solo Zonke Dikana (SA) carimbou a sua parte no cenário musical, compositora solo, vem as três pe;cas de MI Casa assim como o dueto Khuli Chana e Aka Hip-Hop, nome real Kiern Forbes, Motswako, e o vocal Jazz, Compositor e actor Gregory Porter (USA). A viagem começou.
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