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terça-feira, 12 de junho de 2012
Hugh Masekela-Zolane Mahola
Estacios Valoi
13/06/12
Estávamos nós, isto depois de uns voos em cape Town para cobrir o Cape Town International Jazz Festival, um dos maiores eventos do género jazz do continente e quarto a escala mundial.
Estava eu com a Nil Aktar, assistente fotografa que de quando em vez ia fazendo algumas fotos enquanto eu brincava de entrevistar aos músicos. Antes, na sabíamos onde pernoitar que as ofertas eram muitas, uma em casa da Sylvia Vollenhoven, em casa da Margoux parente da Nil em Simon’s Town, ou da Zolane.
Esta bem. Ficamos dois aqui, acolá e ali. Assim foi. Mas por fim acabamos ficando em casa da Margoux, não estivemos com a minha querida Sylvia que a correria era tanta. Conferencia de imprensa quase o dia todo e depois os concertos. Tentar estar em todos o que não era possível. Os últimos dias passamos em casa da Zolane que era mais próximo do Convention Center, o epicentro dos concertos, nos porque os outros lugares fossem distantes, afinal de contas estávamos e era nos concertos e depois os jantares…onde nos encontrávamos.o Frederico Jamisse, Machado da Graça ,Reginaldo, Junior, Helder …
Até o Mavel Pinto e a Simoneta lá da embaixada da Itália, sempre metida nos festivais de Jazz Itália/Moz, lá estivam no ponta pé de saída do festival. Mas vamos ao que mais interessa.
Duas gerações Zolane Mahola dos Freshlyground (FG) -Hugh Masekela
EV -Estiveste em palco com Hugh Masekela celebrando “Mama África tributo a Miriam Makeba”. Hugh sempre faz menção a questão da perca dos nossos valores culturais. Para ti estares no palco Kippies com Hugh, Vusi Mahlasela, Thandiswa Mazwai, músicos de ontem, hoje e de sempre. Achas que estamos de facto a perder a nossa cultura?
ZM -Penso que não. Não acho que estejamos a perder a nossa cultura. Penso que, é como daquelas coisas, o Hugh Masekela esta a prestar homenagem a Miriam Makeba. O papel que ele teve na divulgação da informação a público relativamente a que estava a acontecer na África do Sul, a fase do Apartheid, uma representante como mulher africana, sabes. Representar a África para todo o mundo. Então o Hugh esta a lembrar nos dessa tradição, raízes sobre a nossa cultura. Penso que enquanto nos forem lembrando, pessoas que como o Hugh a tocar aquelas músicas, canções antigas, entao não nos vamos esquecer da nossa cultura.
EV -Que foi para ti estares em palco com aqueles ícones da música sul-africana, e de renome no mundo?
ZM – Fantástico. Hooo. Quero dizer que mesmo cantando uma só musica com Hugh, é algo fenomenal. Para mim foi incrível, significa muita coisa.
EV -Muita coisa. Foi mais por estares no festival ou no palco com o Hugh?
ZM – Claro que é parte do festival que é um grande evento para a África do sul e penso que também para o continente. Então fazer parte deste e, é algo especial.
EV -Ontem voltei a tua casa, vi te com um corte de cabelo e hoje estas diferente, com um novo corte e no palco quando actuaste com Hugh a outra tinha um corte semelhante. Quando é que decidiste e porque nesta fase?
ZM -Hahaha. Bem tive um corte diferente e estava para mudar o meu penteado. Quando dei por mim, o corte era um pouco similar ao da Thandiswa e, estava um pouco envergonhada. Ninguém das duas comentou mas também é meu cabelo que poderia ela fazer.
EV -Mas a forma como a audiência as encarou pensou que fosse o corte para a ocasião e muito longe de pensar que tinha sido um acaso bem sincronizado! Um abração a Hugh Masekela e ai foi, digamos ”este é o meu mundo”. Foi?
ZM -Hahaha. A Thandiswa trazia e bom estilo e eu também. Mesmo se me parecesse a ela, para mim é bom, e um complemento. Totalmente fantástico. Ė o Hugh Masekela, que podes dizer!? Cantar com hg no palco.
EV -As pessoas, os fans perguntam pelas paragens dos FG, sem saber onde vos encontrar?
MZ -Lançamos quatro álbum e acabamos de lançar o "best off" destes quatro, e no momento estamos no estúdio a escrever, a trabalhar no nosso sexto álbum. (Risos) Penso que.sempre que ouves uma coisa boa, trate de ficar feliz e sem stress com a música. A música é arte. Para se fazer arte não há tempo limitado.
Enquanto vasculha a casa da Zolane, livros, CD’s, geleira, a cozinha onde estávamos e lugar onde a nossa entrevista teve lugar, isto é, a primeira parte, minutos depois entramos pelas panelas adentro, hum, para praticar a outra arte, a de cozinhar e, Zolane já estava de mãos dentro das panelas que já fervilhavam. Também ajudei!
ZM -Estou cozinhar, pedaços de carne de ovelha, os temperos já estão dentro, espero que na esteja muito cozido. Parece estar um pouco mais cozido do eu devia.
EV –Ė um prazer tomar de assalto a tua cozinha e, agora vamos experimentar, há não. Digo comer das tuas mãos. Mas é desta forma que cozinhas as tuas composições, música?
ZM - Penso que sim. Nestas panelas tiveram a colaboração do meu namorado o Nick e, como FG temos muita colaboração. Não é apenas uma pessoa que escreve as musica, juntamo-nos num quarto, sentamos e escrevemos. Jam session. Sabes! Para mim é um Jam session (Risos)
EV -Na mesa também têm um pouco de salada, uma mistura de vários vegetais, queijo outras coisas mais e claro uma garrafa de vinho branco fabricado aqui na África do sul?
ZM -Hho yes. A África do Sul tem um dos melhores vinhos do mundo e, seria imperdoável não ter uma garrafa de vinho Ana mesa para acompanhar a nossa refeição.
EV hoje, a caminho do tal local onde vão actuar no “Hervin Wine”, um vinhal. Vai ser copofonia a serio, umas boas garrafas?
ZM – Hehe. Aguenta aí as goelas. Vamos actuar lá sim. Ė o fim de uma tournée de bicicleta que durou sete dias, percorrendo algumas partes da província de Cabo e não só.
EV -Estiveste a pedalar? Tournée de sete dias e os sete elementos d FG em palco Surpresa!
ZM –Hufff. Pedalar, não (Risos). Não tenho feito parte da corrida, mas hoje vi algumas pessoas que estavam a pedalar na corrida. Nós os sete estaremos a pedalar de forma diferente, no palco durante uma hora de tempo.
EV –Depois do concerto perguntamos a Zolane qual tinha sido a melhor pedalada. A que durou sete dias ou a dos sete elementos da banda em palco?
ZM –O concerto deveria ter a duração de 90 minutos mas eu estava doente. Acho que foi bom porque os concorrentes do outro lado, os ciclistas estavam cansados, apenas queriam ter um gostinho da música, um pé de dança. Era a última coisa do dia, as pessoas já estavam a conduzir de volta as suas casas. Sabes. Só queriam ouvir um pouco dos FG, e dizer obrigado, apanhamos a viagem.
EV –A quanto tempo não pões os pés em Maputo e os teus fans?
ZM - A última vez, não muito tempo atrás estivemos no Coconut e esperamos lá ir, quiçá no fim do ano, entre Agosto e Setembro quando lançarmos o nosso álbum. Espero que possamos ir e promover o nosso álbum.
EV – Estamos aqui em tua casa, a “Table Mountain” em frente, boa comida assim como o vinho. Próxima vez que fores a Moçambique já terás o teu álbum o qual esta ainda a ser temperado e cozinhado no vosso estúdio?
ZM -Espero que sim. Tínhamos 48 faixas e agora descemos para as 14 com mais impacto. Talvez destas catorze vamos apenas gravar 12 e encaixar 10 no álbum. As melhores e com certeza que o álbum ser'a quente sem duvida. Fantástico.Hello bebés vamos comer. Tchau (Risos)
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