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quarta-feira, 2 de maio de 2012
Patrono do DZ Manuel de Araujo burla jornalistas
Texto: Yohko Ndunko
01/05/12
Jovens que se empenharam na produção, edição e publicação do jornal Diário da Zambézia, sobretudo no formato tablóide mensal, lançado na cidade de Quelimane nos finais do ano transacto, acusam o patrono da publicação, Prof. Doutor Manuel de Araújo de os ter burlado, não honrando os seus compromissos na remuneração deles.
A prior, depois de constituir uma equipa, o actual edil de Quelimane, nomeou um chefe de redacção, o qual nunca chegou a paga-lo, isto para não falar de jornalistas que se encontravam dentro e fora de Quelimane e que iam contribuindo com o seu saber para o sucesso do jornal.
Durante a produção do primeiro numero, o titular da redacção, isto é, passados três anos de tentativa por parte do patrono em fundar e produzir um tablóide, tendo fracassado solicitou ao mais tarde eleito chefe da redacção Estacio Valoi, para que fundasse esta parte daquele órgão de informação antes difundido apenas por via de correio electrónico email.
Todos os requisitos inerentes a fundação do jornal foram tomados em consideração, a prior ,tendo o chefe da redacção a partida solicitado ao patrono para que no mínimo tivesse um orçamento para o funcionamento do jornal, a prior, para um período de três meses e o mesmo disse que sim.
Compilação
Dai em diante, foi trabalhar em todas as áreas que compõem o jornal. Contactos feitos com colegas da área dentro e fora do pais, para que enviassem os seus trabalhos com a garantia de pagamento por cada artigo num montante que varia entre 200 a 250 meticais.
Em menos de seis meses o jornal estava feito, com gralhas foi a impressão tendo sido produzida a primeira no dia 25 de Maio e lançada no dia 30 de Junho de 2011, cujo textos vieram de vários quadrantes, de pessoas que queriam ver a iniciativa ir além e o jornal nas mãos dos leitores, mas principalmente depois do lançamento do primeiro número com dezoito páginas o qual foi na totalidade produzido pelo chefe da redacção e publicado com o dinheiro do patrono, começaram os atropelos do patrono Doutor Manuel de Araújo.
O segundo número ainda com dezoito páginas e mais tarde o terceiro com 24 páginas com uma tiragem de cerca de 3000 mil exemplares, também tiveram o mesmo processo de elaboração, não fugiram tanto do que se fez para que as primeiras duas edições fossem a rua, a maioria dos textos foram elaborados pelo chefe da redacção, outros jornalistas dentro e fora do Pais, assim como de pessoas interessadas em escrever para o jornal, os quais na sua maioria o chefe de redacção os solicitou para que o enviassem os seus artigos.
O projecto traçado consistia na produção do jornal todos os meses. Postos de distribuição identificados, ardinas, contractos publicitários, agentes interessados... Tudo feito com e no transporte, graças a “bicicleta de guerra” do chefe de redacção que ia pedalando Quelimane a torto e direito com expectativa. Lembrar que o primeiro e segundo número foram distribuídos a nível nacional até ao distrito de Chinde o jornal foi parar, em Alto Molhe e outros distritos o jornal esgotou, mesmo em Quelimane. Dizer que o patrono, esteve pessoalmente, em algumas vezes envolvido na distribuição do jornal pela cidade e para alguns distritos da Zambézia.
Atraso nas publicações
O patrono apenas queria ver o jornal na banca, enquanto o chefe da redacção recolhia os textos, editava, a distribuição encarregue a este e ao Desenhador Gráfico que para além de montar o jornal, também tinha que contactar aos ardinas, controlar as vendas e se possível saber das receitas da venda do jornal, isto feito na maior parte das vezes por ambos, maquetizador e/ou desenhador gráfico Arlindo Navaia...até a requisição do dinheiro para a compra do papel para a impressão do jornal e ou mesmo simples impressão.
A 3 edição produzida no dia 25 de Novembro de 2011, impressa e entregue nos escritórios do jornal na residencial Palmeiras na cidade de Quelimane cinco dias antes das eleições intercalares, só veio ao publico depois das eleições intercalares de 7 de Dezembro em Quelimane na Zambézia
Devido a intromissão do Director, patrono jornal Manuel de Araújo que pensou que era jornalista quando da área menos percebe, queria ao mesmo tempo escrever, editar, escolher os títulos..Por vezes o jornal já estava pronto para ser enviado a gráfica e lá estava o patrono e de forma arrogante cancelava o envio a impressão porque queria meter mais um texto e/ou porque queria que o jornal fosse publicado numa data festiva, digamos que “no seu aniversario” e outras incongruências do doutor ‘sabe tudo”.
Administração..vieram depois
Os outros colegas, a equipa administrativa.. Vieram depois, isto, já na segunda edição assim como o próprio patrono “entrou”, o editor que nunca chegou a editar sequer um texto, mas apenas para constar na ficha técnica.
Apôs o segundo encontro do alegado corpo directivo realizado durante a produção da 2 edição, isto no ano em que o Jornal Diário da Zambézia distribuído via email celebrava cinco de existência, produção esta que não fugiu tanto ao processo do primeiro numero, apesar de já se ter escolhido o elenco, nomes para o corpo directivo do jornal, o que não passou apenas de mais nomes, a recolha de artigos foi feita pelo chefe de redacção que teve que andar, contactar jornalista da praça enquanto o próprio director do DZ via email António Zefanias, que antes do primeiro numero sair, pessimista, vociferava que o jornal não seria produzido, mas provou se o contrario e aquele foi publicado mesmo sem que o mesmo em três edições tenha escrito, editado um único artigo para o jornal (tablóide).
Pompa e circunstancia no hastear da bandeira.
Quando se soube que o jornal já tinha sido impresso, ate ao distrito do alto Molocue foi se a velocidade de Luz de carro para trazer o jornal a cidade de Quelimane onde o publico, assim como o governador da província Itai Meque, esperavam para o lançamento do jornal. Atraso devido as Linhas aéreas de Moçambique que não meteram o jornal a tempo no avião apesar do mesmo ter lhes sido entregue e pago com antecedência para que este fosse entregue em Quelimane a tempo e horas.
O Jornal foi recebido em Alto Molocue vindo de Nampula das mãos do Jornalista Aunicio da Silva. Foi tudo fantástico, mas era preciso trabalhar mais, a administração, publicidade, redacção, distribuição não podia estar nas mãos de um só indivíduo, era preciso encontrar pessoas capazes. Situação minimizada aquando da produção da terceira edição, quando o irmão do patrono Arcénio de Araújo prontificou se em apoiar o jornal na administração, isto por insistência do patrono, também esteve na área da distribuição onde também continuou a trabalhar com o chefe de redacção.
Mas na essência tudo continuara nas mãos do chefe da redacção, mesmo com a tal equipa já “constituída”, a reboque de alguns funcionários da residencial e não do jornal até a produção da terceira edição que chegou a Quelimane três dias antes do processo de votação face as intercalares realizadas naquele distrito de Quelimane, e que teve como vencedor o PHD Manuel de Araújo. Outras edições não vieram ao publico devido aos deslizes do patrono o qual por varias vezes fora alertado pelo Chefe da redacção , relativamente a sua arrogância, ego..e que apesar de serem amigos o jornal era um negocio como aquando da sua fundação e não do Partido do qual mais tarde o patrono veio a fazer parte, até hoje.
Contratos fictícios
Manuel de Araújo sempre disse que os contratos seriam assinados em papel com todos os jornalistas e colaboradores que iam dando vida ao Tablóide mensal, na expectativa de que o mesmo um dia fosse diário, algo que não veio a acontecer. Manuel de Araújo, dizia que estava ocupado e ia enviando algumas mensagens como “ mapuntando, em Tete, Londres e outras semelhantes para dizer que estava fora de Quelimane, mesmo quando se tratasse do pagamento de salários que algo que nunca veio a acontecer, o cenário era o mesmo e por fim dizia em mensagem telefónica” quando voltar”. De volta a mesma música, mesmo quando os outros criaram bancos e nós solicitamos a abertura de contas bancárias….
Apôs seis meses de exigência dos nossos honorários, isto na fase das intercalares o proprietário não se pronunciou. O jornal já estava em Quelimane dias antes das eleições e o nosso espanto foi não vermos o jornal na banca. Só saiu a rua cerca de duas semanas depois do anúncio dos resultados das intercalares. Não sabíamos porque é que o Jornal não tinha saído na data prevista.
Arrogância de Manuel de Araújo
Eis que o patrono do Jornal envia uma mensagem para o chefe da redacção com o seguinte teor: “Vai pedir Aboobacar para pagar te pelos dois textos” não me enche a cabeça. Surpreso o chefe da redacção questionou o sobre a mensagem e Manuel de Araújo disse apenas que não iria pagar porque os dois textos fazem referência a Frelimo e a pessoas ligadas ao partido no poder. O teor do texto, isto é, a entrevista conduzida pelo jornalista Estacio Valoi sobre o manifesto eleitoral do na altura Lourenço Aboobacar, candidato a presidência pelo município de Quelimane num frente a frente para o jornal entre os dois candidatos, sendo o segundo Manuel de Araújo e o outro texto retirado do jornal notícia a esteira da sondagem que fora feita pela Universidade Apolitécnica veio no primeiro plano do PHD.
Curioso é que as entrevistas estavam agendadas com os dois candidatos, do conhecimento do Director do Jornal Diário da Zambézia (tablóide) Manuel de Araújo, quiçá para não pagar o leque de jornalistas, arrogância, falta de conhecimento na área Jornalística, porque pode se perceber que tudo mudara. Já não se tratava do director do Jornal mas sim do politico, candidato ao município de Quelimane pelo MDM.
“ Aqueles dois textos são um insulto para o MDM, um insulto aos membros do MDM que morreram no acidente de viação, insultaram ao partido”vociferou De Araújo. A resposta dada ao Dr. Manuel de Araújo foi a seguinte: Somos jornalistas e não políticos.
Apôs várias tentativas fracassadas. Finalmente um encontro teve lugar com o patrono do Jornal Diário da Zambézia (Tablóide), já presidente do município de Quelimane na Zambézia no seu escritório no Conselho Municipal de Quelimane onde mais uma vez prometera pagar mas que até aqui nem água vem nem água vai.
Na ocasião apôs mas um malabarismo de Manuel de Araújo, mais uma promessa adiada, o ex. chefe da redacção disse mais uma vez que não era politico mas sim Jornalista e caso o patrono quisesses dar continuidade ao jornal para que pagasse aos jornalistas ou que o próprio patrono levasse mais uns anos e que produzisse o jornal sozinho ou que arranjasse outras pessoas, neste caso com amor a camisola do patrono. Usamos o mesmo lema do DZ (tablóide) “não vamos vacilar..” Até que os nossos honorários sejam a nós canalizados. Assim, e até hoje o Jornal Diário da Zambézia (Tablóide) ficou no ego do Dr. “Sabe Tudo” Manuel de Araújo.
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