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quarta-feira, 26 de outubro de 2011
MDM preocupado com manobras maquiavélicas da Frelimo face as eleições intercalares
Estacios Valoi
26/10/11
O partido Movimento Democrático de Moçambique reuniu esta semana em Quelimane na província da Zambézia para mobilizar os munícipes daquela urbe face as próximas eleições intercalares a realizarem se no dia 7 de Dezembro em três municípios Quelimane na Zambézia, Cuamba no Niassa e Pemba em Cabo Delgado.
Nestes municípios as movimentações que se fazem sentir face as intercalares, após a saída forçada dos seus anteriores edis pelo Partido no poder, já deixa o MDM preocupado com as manobras encetadas pelo partido Frelimo.
Segundo Daviz Simango na Zambézia o principal objectivo da sua estadia na Zambézia teve como pano de fundo o encontro com a sua maquina politica, desde os candidato Manuel de Araújo a concorrer pelo município de Quelimane, unir esforços com os munícipes aqui assim como em Cuamba e Pemba.
“Estamos na cidade de Quelimane no âmbito do processo de eleições intercalares. De Quelimane vamos escalar Cuamba e finalizar os nossos trabalhos em Pemba. Estamos aqui para juntarmo-nos aos esforços dos nossos colegas, no caso concreto de Manuel de Araújo e a delegação política de Quelimane, iremos também fazer o mesmo com Maria Moreno em Cuamba, assim como com Tique em Pemba.
Objectivo principal é de juntar os esforços, mobilizar os munícipes dessas autarquias para poderem se recensear. Num processo eleitoral, importa como base fundamental os munícipes estarem recenseados para no dia 7 de Dezembro, poderem exercer o seu poder de voto. Referir a situação em que vivem os nossos munícipes, fiscais ou como decorre esse processo de actualização”.
Uma das situações que preocupam o Movimento Democrático de Moçambique são as manobras que vem sendo engendradas pelo partido no poder, algo que Daviz Simango frisou em umas das suas anteriores intervenções na cidade de Quelimane.
“A Frelimo esta a afugentar e a promover a descriminação do direito constitucional que os moçambicanos tem. O MDM, esta preocupado com isto, afinal de contas ao funcionar nesses postos, estão a intimidar, afugentar e a promover a descriminação do direito constitucional que os moçambicanos têm “.
Quelimane
Aqui em Quelimane esta claro que o STAE proibiu os brigadistas a darem qualquer tipo de informação aos nossos fiscais do trabalho diário do relativo posto de recenseamento. Por outro lado nota se que o STAE também proibiu que os brigadistas recebessem qualquer tipo de reclamação por parte dos nossos fiscais.
Tinham sido detidos três membros nossos ligados a logística. Aqui em Quelimane, no primeiro dia o MDM arrancou com fiscais em todos os postos e o partido no poder não tinha fiscais. Portanto isso mostra a capacidade organizacional do partido neste processo.
Ontem a tarde ao lado da nossa delegação política provincial, onde esta o mastro da bandeira do MDM, há uns três metros dali foi colocado o mastro do partido Frelimo no quintal da sede do Movimento democrático de Moçambique, uma clara provocação em que circulava a polícia a paisana com objectivo claro de verificar quem iria tocar na bandeira para depois prenderem os nossos membros.
Niassa
“No caso concreto de Niassa, alguns postos de recenseamento estão nas casas dos régulos, secretários de bairros, nas casas de alguns membros das assembleias provinciais. Como podem imaginar, a estrutura do Regulado na Republica de Moçambique tem grande influência partidária, já não são aqueles regulados tradicionais que nós conhecíamos, que era por grau de parentesco ou hereditariedade familiar mas sim pessoas nomeados pelo partido no poder “.
Cuamba temos a Maria Simaune que é do regulado, membro da assembleia provincial e aí funciona o posto, em Maganga que é uma rainha, também funciona um posto, em Mecupa central onde é a casa do falecido cabo, em Matia e Adine Broge na casa onde reside o secretario comunitário também funcionam postos e isto tudo desencoraja os munícipes, afugenta e promove interesses partidários.
Os jovens, sobretudo os da primeira inscrição estão sendo impedidos de exercer o seu direito constitucional. Nós voltamos a ponderar este tipo de situação. Em Maganga a policia ameaça os nossos fiscais, obriga-os a estarem a mais de dez metros e o mais grave é que chegam a ameaça-los de disparar contra os fiscais. No Domingo houve um incidente em que o regulo Mucuapa acabou retirando a bandeira do MDM numa das sedes. Estas atitudes que hoje se vivem, não ajudam o processo democrático em Moçambique, a transparência deste processo de Actualizacao
Pemba
“Em Pemba nota se que os secretários dos bairros ficam nos postos mesmo sem serem fiscais e por outro sem serem credenciados. Essa atitude de colocar a estrutura administrativa a funcionar e a frequentar o posto intimidada as pessoas por outro lado também em Pemba a existência de lista em que os secretários dos bairros andam com listas para entregar o supervisor para posteriormente lançarem esses dados. Ai a preocupação deles de afastarem os nossos fiscais para estarem longe dos centros de comunicação.
Temos o caso do alto Gigone em Pemba onde o senhor onde o Senhor Abdul Sufo acabou entregando a lista aos supervisores. O caso do Ama 2 em que o secretario Casimiro também procedeu da mesma forma, professor Fidel Cão da Escola Secundaria de Pemba que também procedeu a entrega de lista. Portanto essas listas é para depois introduzir no sistema informático e como pode imaginar as pessoas podem votar mesmo sem o cartão de eleitor recorrendo a testemunhas”.
Integração dos partidos no STAE
“O MDM fica claro. Neste processo todo o SATE, CDE, CPE continuam ao serviço do partido no poder, dai mais uma razão para que os partidos políticos estejam integrados no STAE, nos órgãos eleitorais para assegurar a transparência e a supervisão do processo.
O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), aqui na cidade de Quelimane e nas outras autarquias, foi o primeiro partido a colocar na primeira hora, o inicio do processo de Actualizacao de fiscais. O partido Frelimo andou dias sem fiscais, prendeu os nossos apoiantes ou colaboradores de logística exactamente para desmobilizar a capacidade logística e organizativa que nós impomos, o MDM tem fiscais e estão a trabalhar neste processo.
Chamar atenção, os moçambicanos devem entender compreender e acompanhar sobretudo as irregularidades que estão a acontecer porque o nosso interesse é que haja paz, tranquilidade neste processo e, que de facto erros do género que são feitos pelos homens, sob instrução ou que estão a ser instrumentalizados pelo partido no poder, deixem de o fazer porque afinal de contas, eles ao servirem os órgãos eleitorais estão a servir os moçambicanos e recebem o dinheiro do erário público e devem ser transparentes. Não podem ser de alguma forma partidária. Disse Simango
“Lamentavelmente, a CNE central só agora é que esta movimentar se para as províncias para essas autarquias e esperemos que com essa movimentação que devia ter acontecido logo no principio possa ultrapassar esses problemas. O STAE barra a entrega das nossas reclamações dai que, o dialogo com eles não é nada fácil, o discurso é um mas os actos práticos de instrumentalizar brigadistas são outro.
Algo a margem da lei, de qualquer forma influencia um processo eleitoral. Nós continuamos encorajados, muito bem organizados, continuaremos neste processo ate ao fim mas, temos a obrigação moral e ética de corrigir aquilo que esta errado.
Os candidatos tem a máquina operativa do partido, as nossas delegações políticas estão a trabalhar no terreno e, ao nível da direcção máxima do partido estamos agora no terreno a dar apoio aos nossos candidatos. Pensamos que aquilo que esta programado em termos estratégicos esta sendo cumprido a tempo e horas. O ambiente é de mudança, portanto as comunidades, os munícipes de Quelimane estão a espera do 7 de Dezembro para dizerem a verdade e, claro que a verdade vai ser a mudança. Estamos a viver a mudança em Quelimane”.
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