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quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Hidroafrica pela quinta vez não faz a entrega do regadio de Tewe
Texto e fotos: Estacios Valoi
09/08/11
Hidrioafrica empresa do grupo Visabeira depois de ter prometido fazer a entrega do regadio de Tewe no distrito de Mopeia na província da Zambézia no último domingo, desta vez preferiu abandonar a obra financiada pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD)
O pacote num montante de 3,187 milhões de dólares na sua totalidade entregue a aquela empresa maioritariamente portuguesa para que concluísse a obra em 2009 um ano depois do seu preludio, esta segunda feira de acordo com as fontes locais, a empresa preferiu baldar se deixando a suposta obra entregue as suas aguas.
Nem com as vistas do ministro agricultura José Pacheco e o governador da província, surtiu efeito, e todavia não se sabe para quando o seu termino deixando a associação e camponês e um investimento de mais de 35 milhões de dólares no “ar” ou serão as comissões! Mesmo assim a Hidroafrica vai começar a erguer uma infra-estrutura de irrigação no distrito de Chokwe na província de Gaza avaliado em cerca de 15 milhões de dólares.
Na altura no engenheiro da Hidroafrica em Mopeia Jaime Mucavele disse que a obra seria entregue a populacao em menos de uma semana, isto partindo da última semana do mês de Julho o que não veio a acontecer porque não conseguiram solucionar o problema.
“O que esta a acontecer aqui é o que esta a acontecer em quase todos os pontos onde temos problemas de fuga entre o tubo macho e fêmea das duas manilhas, isto não se pode levantar porque tirando uma implica desactivar toda a linha de tubagem e como solução esta a fazer se um maciço em volta para se vedar a fuga que se recorre a cola PVC e borracha aceitável de ponto de vista técnico”.
“ A borracha que temos no interior, tem como função estancar a agua durante os seu escoamento, então ‘e o trabalho que estamos a fazer em todos os pontos em que temos fugas numa extensão de 100 metros.
No local a nossa reportagem constatou que as fugas a que o engenheiro da Hidroafrica se refere. Estão a ser vedadas borracha (câmara-de-ar) e que o diâmetro das válvulas para a descarga da água nos campos para a produção do arroz com 227 hectares actuais, ao invés de ter o diâmetro de 80 ml tecnicamente aconselhável, tem apenas 20ml, algo que segundo dados técnicos contrasta com o padrão normal e Jaime culpabiliza o consultor.
“Não sei que suporte técnico é esse, não tenho que olhar para o campo que isto tudo é feito dentro dos padrões de engenharia, a consultoria que fez o trabalho sabia qual era a área que ia irrigar e fez os cálculos da quantidade de água e sabia que a cultura que iria se colocar seria a do Arroz e sabia que quantidade de água seria necessária para se colocar no campo para a produção dessa cultura. Nem eu poso dizer se é pequeno, não tem nenhum fundamento técnico para dizer isso.
Se alguma coisa ficar comprometida não vai ser por causa dos trabalhos que estão a ser feitos. Conforme vocês estão a ver estão a decorrer grandes trabalhos e que isto vai levar o seu tempo e ate lá quando os trabalhos estiverem concluídos o regadio estará entregue. A campanha da produção do arroz não estará comprometida, esta semana vamos entregar.
Estes são projectos financiados pelo BAD com orçamento estático e não aceitam dilatação o orçamento. Como empreiteiro diria que a qualidade das obras é boa sim, mas tem a fiscalização que na fase da entrega da obra vai poder responder se gostou ou não da qualidade das obras, não é péssima qualidade. O facto de ter fugas não quer dizer que o trabalho ‘e de baixa qualidade e digo que este é um sistema hidráulico e tem anomalias que podem existir na sua fase de execução “.
Durante mais de uma semana a nossa reportagem tentou falar com a representação administrativa da Hidroafrica Visabeira em Maputo e em Portugal mas surtiu sem efeito, sempre atirando nos mais e mais números de telefones e menos nomes e sem ninguém para falar a nossa reportagem. Que o diga o engenheiro director da Hidroafrica, " aqui, não tenho rede, não estou autorizado a falar, estou em Nampula.
Na manha de terça-feira desta semana a nossa reportagem contactou ao engenheiro Paulo Cordeiro porta-voz do sector da agricultura na província da Zambézia(DPAZ) que disse que no terreno apenas existem dois homens da empresa Hidroafrica e que a solução estava acima do nível provincial.
A hidroafrica não abandonou o sistema de irrigação, esta com dificuldades de fazer a entrega. Ainda há problemas de fuga de água sim, não estão resolvidos. Deram o prazo de uma, duas semanas e ainda não cumpriram. Na última vez o ministro chamou os directores para resolver porque aqui já ultrapassou o nosso nível. Mas não abandonaram a obra estão ali só que atrasados. Tem lá um técnico João Mucavele e o outro.
Apenas dois técnicos para tamanho monstro. Algo para questionar ao timoneiro da Agricultura José Pacheco quando é que a entrega do sistema de irrigação será entregue e já se começa outro em Chockwe na Província de Gaza.
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