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terça-feira, 28 de junho de 2011
OlAM investe na Zambezia
OLAM vai investir em Mopeia na Zambézia cerca de 35 milhões e dólares
Texto e Fotos: Estacios Valoi
27/06/11
A OLAM na Zambézia pretende produzir cerca de 100.000 toneladas de Arroz por ano
Num investimento de cerca de 35 milhões de dólares para os próximos dez anos, a empresa OlAM que se dedica não apenas a produção deste cereal mas também na exploração florestal, vai implementar o Arroz nos cerca de 10 mil hectares que vai adquirir naquele distrito.
A empresa que recentemente adquiriu cerca de 200 hectares Mopeia, já há algum tempo que vinha trabalhando na identificação de um espaço adequado para produção deste alimento, depois de ter feito uma pesquisa em Mucelo onde constatou – se que a zona não era apropriada para o fomento da produção naquela área da Zambézia.
Actualmente o arroz que se produz na província da Zambézia é procurado a nível nacional e internacional pela sua qualidade Segundo o director da área de produção daquela empresa na Zambézia Ross Grear, esperam produzir 100.000 mil toneladas.
“Em cada época e por hectare tencionamos produzir 5 toneladas e, 10 toneladas o ano todo o que pré faz 100.000 toneladas. Nós Investimos na área de investigação, informação, consultoria mas, ainda na fase da implementação e recentemente solicitamos uma serie de maquinaria já a operar no terreno e esperamos receber mais já a caminho e esperamos ter o nosso DUAT dentro de um mês o que nos permitira adquirir uma área em nosso nome.
Este investimento de 32 a 35 milhões de dólares foi aprovado pelo Centro de Promoção de Investimento (CPI), mas a realidade no terreno manda dizer que será um pouco mais por isso o acréscimo”.
Quanto a questão da responsabilidade social por parte das empresas na Zambézia, não são ínfimas as que enquanto vão explorando os recursos naturais existentes deixam as populações locais de mãos a abanar, sem escola, posto de saúde. mal construídas. A riqueza, essa vai sempre saindo da província. Cautelosamente Ross diz
“Criamos uma estrutura parental com a população local no sector da agricultura, refiro me as associações de produtores do Arroz. Aqui constatamos que as pequenas associações tem o acesso a terra a agua mas estão desprovidas de todos estes meios e para a OLAM O acesso ao capital, tecnologia, manutenção e o acesso ao mercado constitui um dos pilares os e juntos criamos uma simbiose.
O nosso plano a curto prazo consiste no uso de terras dessas associações mas ao mesmo tempo disponibilizar o capital de forma a desenvolver, através da transmissão de conhecimento, técnicas, formar os membros da associação na área comercial. A maioria dessa população esta empregue na nossa empresa.
Na produção do Arroz temos três aspectos como apropria selecção da semente resistente a praga, implementação do sistema de irrigação, são técnicas que vão sendo transferidas a população quanto a sua forma na utilização da maquinaria, funcionamento o que pode ser aplicado nas suas áreas de menor escala. Ao longo destes anos as associações serão envolvidas nas nossas actividades desde o começo no processo de descasque, na comercialização o que passara para a gestão local desta mesma população e aumentar a produtividade”.
Mercado
Nesta fase do prelúdio do projecto a empresa tem cerca de 210 trabalhadores temporários e um estrangeiro mas promete subir a fasquia para a casa dos 10 internacionais e 1000 locais.
“Começamos com o projecto e temos cerca de 210 trabalhadores temporários e um estrangeiro e vejo que no fim teremos mais ou menos 10 estrangeiros e 1000 locais e ate aqui penso que investimos um milhão de dólares e esta semana com a maquinaria que vai chegando vamos atingir os sete milhões de dólares.
Em termos de mercado entende que vamos produzir vai substituir a importação do Arroz que Moçambique actualmente faz com um número de 300.000 toneladas onde esperamos cobrir com o produto local 30% desta importação. Ate 2013 Pensamos em construir uma fabrica de descasque em Mopeia para processar o nosso próprio Arroz mas ao, mesmo tempo estaríamos interessados em comprar o Arroz que será produzido pela população, contudo isto não faz parte da nosso plano comercial.
Os pequenos produtores produzem em pequena escala e se pusermos o nosso custo de produção, estarão em desvantagem mas acredito que vamos fazer essa propostas e distribuir através dos nossos canais comerciais As politicas da empresa não preconizam a compra do Arroz e, porque a fabrica não pode parar por falta de matéria-prima vamos comprara e incentivar a população local a produzir mais mas com menos custos para que seja sustentável “.
Enquanto se enceta a colheita do Arroz da primeira época, a segunda 2012/13 já a caminho, os produtores entram em grande depois de uma boa produção apenas manchada por falta de escoamento e mercado onde colocar as grandes quantidades alcançadas em relativamente ao ano transacto e a OLAM não fica a espera.
“A partir do momento em que produzirmos haverá pouca saída de divisas do Pais para comprar o arroz e no local já teremos boa qualidade e o preço relativamente mais baixo comparativamente com o importado. Por enquanto fizemos acordos com duas fábricas de descasque localizadas no distrito de Nicoadala e o Arroz será transferido para esses locais e Namacura ate que a nossa produção justifique a instalação da nossa fábrica em Mopeia”.
O novo Administrador de Mopeia João Zamissa espera que os recursos sejam explorados de forma sustentável no Distrito que dirige.
Em termos de desafio no distrito é assegurar que o potencial do distrito de Mopeia seja explorado de maneira sustentável para o bem das própria comunidades, incrementar melhor a cultura de cereais, estamos a falar de milho, Arroz, aqui temos grandes extensões de terra que podem ser usados em sistema de regadio para a produção do Arroz, assegurar que o sistema de caleiras leve a água do rio Zambeze ate aos regadios. O projecto numero um é a produção de alimentos no regadio de Tewe que não estamos na ordem dos 20%. Para a produção do arroz podemos dizer que não estamos a aproveitar o máximo.
Há necessidade de se ter um banco em Mopeia. O Banco Comercial Internacional (BCI) fez um estudo mas ainda não tivemos retorno, o Banco de Moçambique em Quelimane idem. Assegurar que estas associações sejam autosustentava e gerar produtos para o consumo do distrito e comercialização
Associação dos camponeses
Segundo o presidente da associação de produtores de Arroz de Mopeia Assis João Chabuca composta por 104 membros este ano tiveram sucesso na produção.
. Em 2010 tivemos um prejuízo na produção do Arroz, a seca, cheias, este ano temos um pouco de sucesso porque tínhamos o problema de maquinaria com 78 hectares de Arroz onde em quatro experimentamos o Gergelim e sete de Milho. Nesta época por enquanto não da para confirmar que ainda estamos na colheita mas em termos de área do arroz fizemos 43 hectares. Isto tudo fizemos a mão e tivemos que esperar porque o projecto Doa África ainda estava a trabalhar e disseram que não podiam fazer nada.
Nesta primeira fase vamos trabalhar com a OLAM numa área de 227 hectares mas também existe a área de cerca de 110 hectares pertencentes a associação. Tivemos problemas sérios de combustível, massa, óleo mas a população pode fazer alguma coisa. O nosso sonho é produzir muitas toneladas 200, 300 e resolver o problema da maioria, não vamos produzir só para comer temos que contar com cadernos, roupa e dar de comer as nossas crianças.
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