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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

JANELAS DE MIM

‘JANELAS DE MIM’ NOVO LIVRO NO MERCADO
Estacios Valoi
16/12/09
Lançado semana finda no Instituto Camões em Maputo com a assinatura da editora alcance e com o patrocínio da mCel, o livro comporta desenhos pintados que versam o périplo feito depois da Independência de Moçambique a vida do arquitecto, escritor Miguel César
‘O que pretendo com este livro é tirar o espolio que estava escondido em casa e atira-lo para a rua para que todos o tenham em casa e poderem estudar, aquilo que é a arte deste País e espero que muitos artistas da praça ainda escondidos que aproveitem esta onda e comecem a por cá fora aquilo que tem escondido’
‘ É uma espécie de participação minha novamente na vida de cada um e o livro acaba por mostrar uma historia não só minha mas de todo o País e este é que é o meu grande objectivo, que o comam’
Não se esquecendo da ‘ Alda costa pela atitude que teve durante a preparação do próprio livro, em transformar as mã fotografias que haviam daquele tempo em slides em figuras possíveis de imprimir agradecer a família toda que vai suportando as minhas angustias e ma disposições.
O livro é uma parte do contexto histórico, as mulheres, a experiencia, as crianças, há muito trabalho feito na Beira, para quem conhece aqueles bairros periféricos o Chipangara, a Manga. Socialmente é um livro que esta tipograficamente muito bem feito, o que ali fica é o nosso País, é a nossa gente que ali fica, especialmente a gente mais humilde, que esta ali de bicicleta, que empurra um pequeno carrinho, das mulheres que carregam agua, penso que em qualquer parte do mundo é um livro que atrai, o livro fala da vida muito viva em variadíssimos aspectos é um livro importante, são janelas de todos nós e muito orgulho para o nosso povo.
De acordo com Calane da Silva que se fazia a mesa apresentando o livro
Miguel César tem uma coisa muito interessante é um arquitecto mas antes disso é um homem do desenho, neste livro ele vai fazendo uma compilação daquilo que é um pouco a historia da sua própria arte, os primeiros desenhos, é um militante da arte porque logo que começa a independência ele começa por fazer a cidade os murais da Cidade da Beira, nas Escolas, aqueles murais, mobilizador da juventude e mais tarde foi trabalhar com eles na Revista tempo nas artes e letras, não é por acaso que muitos de nos nossos primeiros livros, do Mia, Couto, Heliodoro Batista são ilustrados com desenhos do Miguel César.
‘Janelas de mim já é um novo traço ainda a gente vê nele o Miguel César antigo mas hoje mais ordenado que quer abrir outro espaço não só para os nossos olhos do exterior mas também os do interior, a janela abre não só para fora mas também para dentro de nós. E quer mostrar-nos que na arte as janelas são multidimensionais que Podem ter leituras exteriores como interiores. Ele também tem um espírito e uma alma e quer transmitir a sua beleza.
Relativamente ao aspecto actual arquitectónico e cultural no País, é que estamos a destruir o património das sociedades, não estamos a respeitar, quer ecológico, urbanístico. Havia uma lei da Direcção Urbana da Cidade que devimos cumprir porque o facto de existir o colonialismo não significa que houvesse estupidez, agora que nós temos arquitectos e os olhos abertos para dentro do País devíamos ter mais respeito para com a sociedade e não estamos a ter, estamos a ver a cidade a degradar se, pior do que ainda desleixamos nos pela parte total urbana, não estamos a dimensiona-la, tentar integrar os subúrbios afastamos -a, pensamos que estamos num mundo diferente do nosso quando não, é o mesmo e nós é que estamos a separa-lo. Não é só o homem da escrita que deve publicar um livro.

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